Cefaleias Flashcards
Quais são os sinais de alarme da cefaleia?
Nova ou com mudança de padrão Súbita ou pior da vida Sinal neurológico focal Alteração do nível de consciência Febre ou sinais de meningismo Edema de papila Imunossupressão Uso de anticoagulante
Mulher, 35 anos de idade, procura pronto atendimento com dor em hemicrânio direito, pulsátil, de forte intensidade, acompanhada de náuseas/vômitos, foto e fonofobia há 6 horas. Refere episódios prévios de cefaleia semelhantes ao atual. Nega uso de medicações contraceptivas. O exame neurológico é normal. Qual a hipótese diagnóstica?
Enxaqueca/migrânea. Não necessita de exame de imagem
Quais as características da aura na migrânea?
Geralmente precede a cefaleia
Parece sinal focal (visual ou sensitivo)
Gradual
Geralmente dura 1h
Quais as características da migrânea?
Pulsátil ou latejante Piora com atv física Unilateral (maioria) Moderada a intensa Náusea e vômito Fotofobia, fonofobia Dura 4h-72h
Quais as opções no tratamento da migrânea leve?
Via oral: Analgésicos, AINEs (naproxeno), anti-migranosos (triptanos e ergotamínicos)
Quais as opções no tratamento da migrânea intensa?
Via EV: Analgésicos, AINEs, anti-migranosos (triptano SC ou nasal), anti-eméticos, corticoide (dexametasona)
Qual medicação analgésica é inadequada para o manejo da migrânea?
Opioide - baixa efetividade, potencial de tolerância e dependência, é último recurso (altamente refratários)
Quando iniciar o tratamento profilático para migrânea?
> 4 episódios/mês
Duração > 1 ano
Causa incapacitante
Quais são as opções do tratamento medicamentoso profilático da migrânea?
Mnemônio TOP-AM PRO-VÁ a medicação:
TOpiramato, AMitriptilina, PROpranolol, VAlproato
*Venlafaxina e verapamil também são opções / Medidas comportamentais
Quais as características da cefaleia tensional?
Geralmente bilateral, em aperto (não é pulsátil), leve-moderada, não piora com atividade, sem náusea/vômito/foto ou fonofobia em geral, dura 30min-7h
Mulher, 57 anos, hipertensa em uso de Enalapril 40mg/dia e hidroclorotiazida 25 mg/dia, procurou a UER com queixa de cefaleia de início súbito há 45 minutos, de máxima intensidade desde o início, localizada à direita, associada a náuseas. Relata ter enxaqueca com aura (moscas volantes), para a qual não faz profilaxia, porém não se recorda de ter tido dor com essa intensidade antes. Usa analgésicos e ergotamínicos eventualmente. Seus sinais vitais são: Tax=36,8°C, FC=95bpm; PA=198x113 mmHg, FR=15 mrm, SatO2=97% em ar ambiente. A glicemia capilar é de 97 mg/dL. O exame físico revela ausculta cardio-pulmonar normal, e o exame neurológico demonstra ausência de rigidez nucal, pupilas isocóricas e fotorreagentes, sem déficits focais. A paciente está consciente e orientada. Feita analgesia endovenosa (dipirona 1g) com melhora discreta da dor, e a tomografia do crânio não acusou sangramentos. Neste momento, a conduta é:
Punção liquórica - CEFALÉIA com SINAL DE ALARME, mudança de padrão de dor habitual, com maior intensidade já ocorrida. Suspeita de HSA. Em caso de TC normal, é obrigatória a realização da punção liquórica, exame definitivo para o diagnóstico
Uma mulher de 52 anos, com antecedente de migrânea, procura o pronto-socorro com queixa de cefaleia súbita de grande intensidade há 4 horas. Estava sentada almoçando quando ocorreu o episódio. É capaz de identificar o momento exato do início da dor. Permaneceu deitada por cerca de 2 horas, com abrandamento progressivo da dor, mas permanece com cefaleia moderada, holocraniana, até agora. O exame clínico e neurológico são normais. O exame de imagem mais adequado no momento é:
TC de crânio sem contraste.
Mulher de 33 anos teve cefaleia hemicraniana esquerda, de início súbito, de forte intensidade, com fotofobia, sem náuseas ou vômitos. Procurou imediatamente o pronto socorro, sendo realizadas tomografia de crânio e análise do líquido cefalorraquidiano, que não mostraram alterações. Houve melhora da cefaleia com analgésicos e foi liberada com prescrição de anti-inflamatório não hormonal. Após dois dias, retorna ao pronto socorro, referindo novamente cefaleia há um dia. Relata que o padrão da mesma está diferente, sendo frontal, piora ao ficar de pé e melhora ao deitar. A melhor conduta no momento é:
Analgesia - Cefaléia pós-punção, muito comum pós punção liquórica. Apresenta como características piora em ortostatismo e melhora ao se deitar. O tto inicial é realizado com repouso, hidratação oral e analgésicos comuns
Quais são as características da cefaleia trigêmino-autonômica? Qual a principal representante deste grupo?
Dor intensa, lacrimejamento e vermelhidão ocular ipsilateral, coriza nasal, inquietação, pode ter ptose palpebral, mais em HOMEM
Cefaleia em salva
Quais as características da cefaleia trigeminal com neuralgia do trigêmeo?
Dor respeita a divisão do nervo trigêmeo Muito intensa Choque elétrico Tem gatilhos: escovar os dentes, sorrir... Menos de 2 min Trata com anticonvulsivante