Cap. 29 Doenças auto imunes de interesse dermatológico Flashcards

1
Q

O que é Lupus Eritematoso Discóide (LED)?

A

Uma doença de etiologia desconhecida, afebril, com lesões exclusivamente cutâneas, eritematoatróficas, com ceratose folicular, de evolução benigna, embora em alguns casos possam detectar alterações imunológicas séricas.

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2
Q

O LED é mais comum em homens ou mulheres?

A

Mulheres (2:1), sobretudo em adulto jovem, com conotação genética.

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3
Q

Olhe a etiopatogenia, imunopatologia e patologia do LED no livro.

A

ta certo, pág 367

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4
Q

Quais são as principais características das lesões do LED?

A

Eritematoedematosas no início, com evolução para atrofia central de forma centrífuga muito lenta. Ao mesmo tempo, ceratose folicular confere sensação de aspereza. Frequentemente, há telangiectasias. Discóides ou arredondadas, não são simétricas e seu número varia entre uma, poucas (o que é a regra) e muitas.

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5
Q

Pode ocorrer acromia ou hipercromia no LED. Como?

A

Dependendo da intensidade do processo de vacuolização da camada basal e da capacidade fagocítica.

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6
Q

Quais as localizações preferenciais das lesões do LED?

A

Áreas expostas, dorso do nariz, região malar, orelhas, pálpebras, pescoço e couro cabeludo (alopecia cicatricial).
- freq: tronco e membros, dorso das mãos e pés, palmoplantar.

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7
Q

Certas lesões diferentes do normal podem ocorrer no LED. Cite exemplos.

A

Predominância de ceratose (lupus verrucoso), despigmentação (hiper, hipo ou acromia), acentuação do edema e infiltração (lúpus tumido), predominancia de telangiectasias, etc.

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8
Q

Como é feito o diagnóstico de LED?

A

Clinicamente, atraves da morfologia das lesoes. A histopatologia e a imunofluorescência direta (pouco especifica) podem selar o diagnostico.

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9
Q

Há exito letal no LED?

A

Nunca. A doença é cronica, com aparecimento de lesoes em periodos diferentes, com morfologias diversas.

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10
Q

Febre, artralgia e outros sintomas indicam o que no LED?

A

Transformação para forma sistêmica, que ocorre em 6% dos casos.

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11
Q

Quais drogas são utilizadas no tratamento do LED?

A

Poucas lesões - corticóide local, sob oclusão ou intralesional.
Multiplas lesoes - antimaláricos (hidroxicloroquina) por via oral são ideais. (droga de saturação, diminuir dose após 3 a 6 meses ou quando as lesoes diminuirem)
Outros - talidomida (teratogenia), clofazimina, sais de ouro, cirurgia reparadora (lesões residuais).

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12
Q

O que é o Lupus Eritematoso Sistemico (LES)?

A

Doença de etiologia desconhecida, com períodos de exacerbação e acalmia, caracterizada por comprometimento multissistêmico (pele, articulação, rins, coração, serosas, pulmões e outros), com exuberância de aut-anticorpos e com êxito muitas vezes LETAL.

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13
Q

A epidemiologia do LES é característico. Pq?

A

Pq é mais 3 vezes mais comum em negros e tem marcada prevalência no sexo feminino (80 - 90% dos casos). Com predisposição genética.

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14
Q

Olhar etiopatogenia, imunologia e patologia do LES, pág. 370.

A

Etiologia não esclrecida, disfunção imune, caráter familial, fatores precipitantes bem conhecidos.

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15
Q

Pq o diagnóstico do LES pode permanecer obscuro no início?

A

Pq pode ser oligo ou monossintomático

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16
Q

Como são as lesões dermatológicas no LES?

A

podem ser iguais as do LED; podem ter quaisquer localizações, lesões diferentes (natureza vasculítica) - bolhas, púrpura, necrose, ulcera, etc. Lesoes de mucosa (um quinto), alopecia difusa, nao cicatricial como no LED.

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17
Q

QUal a manifestação mais frequente do LES?

A

comprometimento articular. Dor, efusão articular, edema dos tecidos moles subjacentes. Artralgia e artrite. Articulações mais comprometidas: interfalangiana proximal, joelho, punho, metacarpofalangiana.

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18
Q

Quais são os principais acontecimentos do comprometimento cardiovascular no LES?

A

pericardite (35%), endocardite verrucosa de Liebman-Sacks (autópsia de todos os pacientes). Isquemia, taquicardia, etc..

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19
Q

Quais são os principais acontecimentos do comprometimento pleuropulmonar no LES?

A

Derrame pleural discreto é o mais frequente, nas bases. Infiltrações, alveolite fibrosante, pneumonite lúpica e pneumonias bacterianas e fúngicas.

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20
Q

Ler sobre o comprometimento gastrointestinal, sistema nervoso, ocular, hematologico do LES.

A

ok

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21
Q

O Lupus eritematoso subagudo acontece em 10% dos pacientes com LE. Como são as lesões cutâneas?

A

Policíclicas, anulares ou psoríaseformes, generalizadas ou não. Fotossensibilidade marcante, manifestação sistêmica discretaa!! Típico - aspecto VITILIGÓIDE com descamação (permite diferenciação com vitiligo).

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22
Q

Por que acontece o Lupus neonatal?

A

Mãe com lupus subagudo, passagem de anticorpos anti-Ro e anti-LA.

23
Q

Como são as lesões do lupus neonatal?

A

anulares, fotossensibilidade marcante, lesões eritematosas na região periorbitária, cutis marmorata congênita.

24
Q

O que é o Lupus eritematoso profundo?

A

lesões nodulares, com infiltrado linfocitário na derme e na hipoderme.

25
Q

Como é a lesão característica do lupus profundo e qual sua localização típica?

A

Mais frenquente é a região geniana, mas pode ocorrer nos MMSS, tórax e nádegas. São nódulos inicialmente duros, que ulceram e deixam grandes depressões. A pele suprajacente pode estar poupada ou apresentar com morfologia de discóide.

26
Q

Como é feito o diagnóstico de LES?

A

Presença de 4 ou mais dos critérios: asa de borboleta, lesao discóide, fotossensibilidade, ulceração oral ou nasofaríngea, artrite nao erosiva comprometendo duas ou mais articulações perifericas, serosite (pleurite ou pericardite), alterações renais persistentes (proteinúria > 0,5g/dia), alterações neurológicas (convulsões ou psicose), alterações hematológicas, alterações imunológicas, títulos elevados de anticorpos antinucleares em qualquer época de investigação.

Confirmar com FAN positivo e diminuição dos níveis de complemento.

27
Q

Quais são os tipos de padrão de FAN?

A

homogêneo (+ encontrado), salpicado, periférico e nucleolar.

28
Q

Quais formas tem o prognóstico mais reservado no LES?

A

formas agudas com nefropatia e lesões do SNC

29
Q

Qual é a droga de escolha para o tratamento do LES?

A

Prednisona, com doses elevadas no inicio, e diminuição com regressao dos sintomas, diminuição de FAN e normalização das taxas de complemento. Comprometimento renal - no mínimo 6 meses.
Pulsoterapia (renal, cerebral ou hematologica grave)
imunossupressores (azatioprina, clorambucil, ciclofosfamida)
Plasmaférese (elimina imunocomplexos - diminui atividade da doença)
antimaláricos - remissão ou formas pouco graves.
outros antiinf nao hormonais - indometacina - predominio de manifestações articulares

30
Q

o que é síndrome de rowell?

A

concomitância de lesões de eritema multiforme com lúpus eritematoso

31
Q

O que é esclerodermia?

A

DOença de etiologia desconhecida, de evolução longa, que tem como característica endurecimento da pele por conta de alterações bioquimica do colágeno, com duas formas clinicas: circunscrita e sistemico (letal muitas vezes)

32
Q

A esclerodermia tem preferencia por sexo e raça?

A

por raça nao, por sexo sim. sexo feminino (3:1), excet na forma difusa (sem preferencia). dá mais em adultos jovens, mas pode aparecer em crianças também.

33
Q

Olhar etiopatogenia, imunologia e patologia da esclerodermia pags 374 e 375

A

Mecanismos de acúmulo de matriz extracelular, células imunes ativadas e injúria endotelial vascular.

34
Q

Quais são as subformas das formas circunscrita e sistêmica da esclerodermia?

A

Circunscrita: em gotas, em placas, em faixa (en coup de sabre), linear e fasciite eosinofílica.
Sistêmica: esclerodermia difusa e acroesclerose.

35
Q

Como diferenciar as subformas do tipo circunscrito da esclerodermia?

A

Gotas - pequena dimensão, preferencialmente no pescoço e tronco.
Placa - Mais frequente, maior, centro despigmentado, ausência de pelo, hipo-anidrose, as vezes hipoestesia, lilac ring (halo periferico violáceo de origem vascular)
Faixa - região frontal, en coup de sabre ou no eixo longitudinal de membro, síndrome de parry-romberg (hemiatrofia facial na forma frontoencefálica), lilac ring em alguns casos.
Linear - infância, com espinha bífida, flebectasias e pes cavus.
Em ambos os ultimos, as camadas mais profundas (hipoderme, musculo, ossos) podem estar comprometidas.

36
Q

O que é fasciite eosinofílica?

A

Dor e edema abrupto de membros, seguidos de induração da pele e subcutâneo. 50% relatam atividade física excessiva anteriormente. Responde prontamente à corticoterapia com remissão completa, mas há casos de recorrência e outros que evoluem pra contratura articular ou quadros de esclerodermia.

37
Q

O que é a síndrome mialgia-eosinofilia?

A

caracterizada por mialgia, dispneia e tosse de início abrupto, e rash cutâneo, que varia de maculo-papuloso a urticariforme. Mais tarde, aparece edema com fasciite tipica de extremidades e tronco com contraturas e, algumas vezes, placas de morféia. Pode havar prurido intenso, alopecia, comprometimento do sistema nervoso periferico (parestesia e/ou paralisia), inflamação do intersticio pulmonar (levando a hipertensão pulmonar). Corticoides tratam edema, rash e inflamação pulmonar e eosinofilia, nao atua na neuropatia e fibrose

38
Q

As formas sistêmicas da esclerodermia podem ser diferenciadas por conta do seu início e do prognóstico. Como?

A

Acroesclerose - sintomas iniciam-se pelas extremidades distais, com elevada frequencia do fenômeno de Raynaud e tem prognostico melhor.
Difusa - inicio na parte central que evolui para extremidades, fenomeno de raynaud no curso evolutivo ou no começo da doença, prognostico grave, morte em 1 - 4 anos.
Comprometimento visceral é igual.

39
Q

Vários achados podem ocorrer nas formas sistêmicas da esclerodermia. Cite-os.

A

Edema seguido de endurescimento, sem lilac ring. Telangiectasias são comuns (linear ou macular plana), despigmentação (circunscrita ou generalizada), ulceração (ponta digital), digito duro e afilado (acroesclerose), desaparecimento da sulcatura natural da face, microstomia que dificulta a alimentação e higiene, dificudade na eversão da palpebra inferior, facies inexpressiva ou mumificada, pele seca (diminuição do fluxo sebáceo e sudorífero), ausencia de pelos e certo grau de hipoestesia.

40
Q

A esclerodermia sistêmica pode acometer aparelho GI, respiratório, renal, sistema nervoso, ocular, além dos sintomas generalizados?

A

Obvio, olhe na pag 376 e 377

41
Q

Como é feito,geralmente, o diagnóstico da esclerodermia sistêmica?

A

Pelas lesões cutâneas características, bem como o quadro histopatológico. As telangiectasias auxiliam no diagnóstico, mas casos sem lesão cutânea são dificeis de diagnosticar.

42
Q

Que exames complementares podem ser utilizados para diagnóstico da esclerodermia?

A

Radiografia dos dentes e tórax, manometria e cintigrafia esofagiana e avaliação da função pulmonar. FAN positivo (metade dos casos - padrão salpicado ou nucleolar). Anticorpos antitopoisomerase - cutanea difusa; anticentromero - cutanea localizada; anti u1-RNP, anti-PM-Scl. Hipergamaglobulinemia e fator reumatóide (um terço, mais frequente nas síndromes de superposição).

43
Q

A terapêutica da esclerodermia é pobre. Como é feito o tratamento então?

A

Deve atender aos sintomas. corticoide apenas em vasculites, anti-hipertensivo, fisioterapia, vasodilatadores, antiinflamatorio nao hormonal. Transplante renal - medida heroica. Plasmaférese - alguns se beneficiam. D-penicilamina - resultados razoáveis (ação contra colágeno). Ciclofosfamida - doença pulmonar restritiva, que é a principal causa de morte da esclerodermia. Metotrexato, dextrana (diminui viscosidade do sangue e inibe fenomeno de raynaud).
Creme com colchicina e calcipotriol topico. PUVA terapia é eficaz.

44
Q

O que é dermatomiosite e polimiosite?

A

Doença sistêmica, de etiologia desconhecida, caracterizada por fraqueza muscular, sobretudo nas regiões proximais, com inflamação e degeneração da célula muscular e alterações cutâneas muito características: eritema heliotrópico periorbitário e malar, pápula de Gottron (pápulas eritematovioláceas, com telangiectasias e atrofia na face dorsal das articulação interfalangianas) e telangiectasias periungueais. QUando não ha comprometimento cutâneo, cabe a designação polimiosite. Se tiver aspecto poiquilodérmico (hiperpig, telangiec e atrofia) é chamado de poiquilodermatomiosite.

45
Q

Qual é o gênero e a raça mais atingidos na dermatomiosite?

A

mulheres negras tem 4x mais. Lembra que existem duas formas (infantil e adulta).

46
Q

Etiopatogenia, imunologia e patologia.

A

Pág. 378. Aspectos humorais, celulares e genéticos.

Olhar também classificação segundo critérios clínico-patológicos.

47
Q

As manifestações clínicas da dermato/polimiosite podem ser súbitas ou insidiosas. Quais são as principais manifestações?

A

Duas principais: eritema-edema heliotrópico, de cor violáceo-lilás, periorbitário ou malar; e a pápula de Gottron (pápulas violáceas, ás vezes com atrofia e despigmentação na região dorsal das articulações interfalangianas e/ou metacarpofalangianas).

48
Q

Quais outras manifestações podem estar presentes na dermatomiosite?

A

Lesoes em asa de borboleta, vesiculas, bolhas, angiite com ulceração subsequente, eritema na base das unhas com telangiectasia cuticular, lesoes poiquilodermicas (aspecto sujo), alopecia difusa e lesoes da mucosa.

49
Q

O que predomina na forma infantil e na forma adulta da dermatomiosite?

A

Adulto - fenomeno de raynaud, aspectos esclerodermiformes, associação de tumor maligno interno
Infantil - calcinose e hemorragia intestinal

50
Q

A polimiosite predomina no adulto ou na crianca?

A

No adulto (cutânea apenas em 35%). para ser dermatomiosite amiopática - 1 ano de doença em alteração muscular.

51
Q

Quais são os sintomas musculares da polimiosite?

A

mialgia intensa, fraqueza da musculatura proximal das articulações coxofemoral e escapuloumeral, que dificulta movimentação até no leito. Fraqueza também nos musculos intercostais, diafragmatico, faringeo, que causa alteração na mecânica respiratória e fonação. Disfagia alta, diferente da esclerodermia que é baixa. Está associada a varios fatores: diminuição da contração faringea, alteração da peristalse esofaica, fraqueza da lingua.
Casos graves pode haver fusão de massas musculares, levando a mioglobinúria e até perda dos reflexos tendinosos.

52
Q

O diagnóstico da dermatomiosite é apenas clínico?

A

Não. O diagnóstico se baseia nos achados clínicos, laboratoriais e patológicos.
clínica - mt característico
laboratorial - amento das transaminases glutâmico-oxaloacetica e piruvica, fosfocreatinoquinase, desidrogenase lática, aldolase, creatinúria e hemossedimentaçao, fatores antinucleares anti Jo 1 e anti Mi.
Patologico - orientada, pela mioeletroneurografia, mas, atualmente, também pela ressonância magnética. Achados centrais são morte dos miócitos, levando a regeneração e hipertrofia do musculo, atrofia e substiutição por fibrose e gordura.

53
Q

Qual é a taxa de mortalidade da dermatomiosite?

A

85% nos casos com cancer interno (não esquecer de pesquisar em adultos), e 15-20% (baixa) nos outros casos.

54
Q

A terapia da dermatomiosite consiste em corticóides?

A

Sim. São a droga de escolha (prednisona em dose alta 60-100mg, com diminuição apos melhora (controle com dosagem de enzimas e creatinúria) para 10mg. Pouca resposta - add metotrexato. Segunda escolha - azatioprina e ciclofosfamida. Fisioterapia precoce, adequada e prolongada.