Câncer de Bexiga

Question 1

Qual o tipo histológico predominante no Câncer de Bexiga?

Answer 1

Carcinoma de células transicionais (90-95%)

Question 2

Qual a epidemiologia para câncer ed Bexiga?

Answer 2

1. Mais comum em homens (3:1) brancos
2. Idade média de 70 anos ao diagnóstico.
3. Raro em < 40 anos.

Question 3

Quais os fatores de risco para CA de Bexiga?

Answer 3

1. Tabagismo: principal fator para a neoplasia. Risco 2 a 4x maior que não fumantes.

2. Consumo de carnes vermelhas defumadas.
3. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (e outros compostos contendo benzeno) = poluição atmosférica.
4. Arilaminas (trabalhadores de borracha, alumínio, corantes da indústria têxtil).
5. Corantes de anilina.
6. Irradiação.
7. Schistosoma hematobium (infecção endêmica no Egito).
8. Drogas: fenacetina e ciclofosfamida (risco 9x maior).
9. Infecções urinárias crônicas (carcinoma de células escamosas, mas não de células transicionais).

Question 4

Como é dividido o carcinoma de células transicionais?

Answer 4

Três categorias:

1. Superficial (75%)
2. Invasor da camada Muscular (20%)
3. Metastático (5%)

Diferenciação Histológica:

1. Grau 1 (altamente diferenciados);
2. Grau 2 (diferenciação intermediária); e
3. Grau 3 (anaplásicos).

Morfologia

1. Papilar (massa exofítica) - O de baixo grau é a forma mais comum, altamente friável e com maior tendência a sangramento.
2. Plano.

Question 5

Quais os tipos histológicos do CA de bexiga?

Answer 5

Carcinoma de Celulas transicionais (urotelial) (90-95%)

Carcinoma de células escamosas (epidermoides) (3%)

Adenocarcinomas (2%)

Question 6

Qual o sintoma mais comum do CA de bexiga?

Answer 6

Hematúria indolor e frequentemente intermitente.

Question 7

Qual exame básico para diagnóstico e estadiamento

Answer 7

Cistoscopia com Biopsia

Question 8

Como é o estadiamento do CA de bexiga?

Answer 8

Question 9

No CA de bexiga, qual o tratamento para Doença superficial – sem invasão da camada muscular (estágios 0 e I)?

Answer 9

1. Ressecção endoscópica completa seguida de acompanhamento rigoroso com cistoscopia e citologia urinária a cada três meses no primeiro ano (lembre que esta neoplasia apresenta recorrência em 50% dos casos e evolução para forma mais avançadas em 5 a 20%).

Terapia intravesical adjuvante: pacientes que apresentam recorrências constantes da doença ou elevado risco para esse fato (lesões grandes e multifocais com > 40% de envolvimento da bexiga, lesões papilares de alto grau, tumores T1, tumores > 3 cm, carcinoma in situ). É realizada com BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), administrado semanalmente durante seis semanas, se- guido de manutenção com doses periódicas durante um a três anos. Aqueles com doen- ça persistente ou recorrência geralmente são submetidos a novo curso de terapia intravesical.

toxicidade do bCG: disúria, hematúria, polaciúria e raramente desenvolvimento de tuberculose sistêmica (vamos lembrar que o BCG é composto de bacilos vivos atenua- dos). Mitomicina, gencitabina e interferon intravesicais podem ser utilizados no caso de intolerância ao BCG.