CÂNCER COLORRETAL Flashcards

1
Q

Epidemiologia:

A
  • Neoplasia mais comum do TGI
  • Mais comum: idosos, homens e países desenvolvidos
  • Incidência crescente em > 50a
  • 70-80% são esporádicos
  • 20-30% hereditários
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2
Q

Fatores de risco:

A
  • Idade, homens, afro americanos
  • Hábitos de vida: etilismo, tabagismo, consumo de carne vermelha
  • Comorbidades: obesidade, DII, pólipos adenomatosos, pólipos > 1cm; DM; fibrose cística; acromegalia, pólipos de alto grau
  • Passado médico: colecistectomia, transplante renal, radioterapia abdominopelvica
  • História familiar e/ou pessoal
  • Bloqueio androgênico
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3
Q

Fatores de proteção:

A
  • Dieta: fibras, frutas e vegetais
  • Vitamina D e B6
  • Magnésio e Cálcio
  • Ômega 3
  • Atividade física
  • Medicações: AINES, AAS, estatina, ác. fólico, bifosfonados, IECA e terapia de heposição hormonal/ACO
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4
Q

Manifestações clínicas - geral:

A
  • Alteração do habito intestinal: constipação e/ou diarreia
  • Sangramento via retal: hematoquezia x melena
  • Dor abdominal
  • Anemia ferropriva
  • Perda de peso
  • Massa palpável
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5
Q

Manifestações clínicas - lateralidade:

A
  • Cólon direito: maior diâmetro e fezes mais líquidas e mais sangramento
    1) Melena
    2) Anemia
    3) Fadiga (devido anemia)
  • Cólon esquerdo: menor diâmetro e fezes mais endurecidas
    1) Obstrução
    2) Distensão abdominal
    3) Constipação
    4) Hematoquezia
  • Tumor retal: tenesmo, dor retal, redução do calibre fecal
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6
Q

Rastreio - fatores que influenciam:

A
  • Idade do paciente
  • Síndrome hereditárias associadas a CCR
  • História familiar ou pessoal de CCR
  • Presença de pólipos adenomatosos ou serrilhados
  • Doença inflamatória intestinal
  • Exposição à radioterapia abdominal
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7
Q

Rastreio - população normal:

A
  • Idade de início: 50 anos
  • Intervalo:
    1) Colonoscopia a cada 10 anos
    2) Sangue oculto nas fezes anual
  • Ministério da saúde: 50-75 anos
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8
Q

Rastreio - história familair de CCR:

A
  • CCR ou adenoma avançado parente 1º grau (≥ 60a)
    1) Início: 40 anos
    2) Colonoscopia: 10/10 anos
    3) PSO anual
  • CCR ou adenoma avançado em 2 parente de 1º grau (independente da idade)
    1) Início: 40 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem
    2) Colonoscopia: 5/5 anos
    3) PSO anual
  • CCR ou adenoma avançado em parente 1º grau (< 60a)
    1) Início: 40 anos ou 10 anos antes do caso mais jovem
    2) Colonoscopia: 5/5 anos
    3) PSO anual
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9
Q

Rastreio - doença inflamatória intestinal

A
  • Principalmente na retocolite ulcerativa
  • Idade de início: 8 a 10 anos após diangóstico
  • Intervalo: colonoscopia a cada 1 ou 2 anos
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10
Q

Rastreio - Sd. de Lynch:

A
  • Não curso com polipose
  • Idade de início: 20 a 25 anos
  • Intervalo: 1 a 2 anos
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11
Q

Rastreio - poliposes:

A
  • Popilipose adenomatosa familiar:
    1) idade de início: 12 a 14a (SEEG) ou 10 a 15a (AAG)
    2) Intervalo: 1 a 2 anos
  • Polipose adenomatosa associado ao MUTYH
    1) Idade de início: 18 anos (SEEG) ou 20 a 30 anos (AAG)
    2) Intervalo: 1 a 2 anos
  • Síndrome de Peutz-Jeghers:
    1) Idade de início: colonoscopia de base (8 anos) e colonoscopia de rotina (18 anos)
    2) Intervalo: base, se encontrar pólipos 1 a 3 anos; rotina a cada 1 a 3 anos
  • Síndrome de Polipose Juvenil
    1) Idade de início: 12 a 15 anos (SEEG e AAG)
    2) Intervalo: 1 a 3 anos
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12
Q

Rastreio - pólipos adenomatosos (US Multi-Society Task Force on Colorretal Cancer - 2020):

A

Intervalo de repetição do exame
- Normal: 10 anos
- 1-2 adenomas tubulares < 10 mm: 7 a 10 anos
- 3-4 adenomas tubulares < 10 mm: 3 a 5 anos
- 5-10 adenomas tubulares < 10 mm: 3 anos
- Adenoma ≥ 10 mm: 3 anos
- Adenoma viloso ou tubulo viloso: 3 anos
- Adenoma c/ alto grau de displasia: 3 anos
- > 10 adenomas em um único exame: 1 ano
- Ressecção fragmentada de adenoma ≥ 20 mm: 6 meses

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13
Q

Rastreio - pólipos adenomatosos (Tratado de Gastroenterologia - Zaterka)

A
  • Pólipos hiperplásicos (distais, pequenos ou diminutos, em pequeno número): repetir colonoscopia em 10 anos
  • Adenoma simples: repetir colonoscopia em 5 a 10 anos
    1) 1-2 adenomas tubulares < 10mm
    2) Baixo grau de displasia
  • Adenoma avançado: repetir colonoscopia em 1 a 3 anos
    1) Adenomas subtipo viloso
    2) Alto grau de displasia
    3) ≥ 10 mm
    4) 3 ou mais adenomas
  • Ressecções fatiadas: repetir em 3 a 6 meses (devido risco de lesão residual ou recidiva)
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14
Q

Rastreio - pólipos adenomatosos (Sociedade Europeia de Endoscopia Gastrointestinal - 2013):

A
  • Baixo risco: repetir colonoscopia em 10 anos:
    1) Adenomas subtipo viloso
    2) Baixo grau de displasia
    3) Pólipos serrilhados < 10 mm s/ displasia
  • Repetir colonoscopia em 3 anos:
    1) Adenomas subtipo viloso
    2) Alto grau de displasia
    3) ≥ 10 mm
    4) 3 ou mais adenomas
    5) Pólipos serrilhados ≥ 10 mm ou c/ displasia
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15
Q

Rastreio - pólipos serrilhados (US Multi-Society Task Force on Colorretal Cancer - 2020):

A

Intervalo de repetição do exame:
- ≤ 20 PH (pólipos hiperplásicos) no reto e sigmoide: 10 anos
- ≤ 20 PH no cólon proximal e sigmóide: 10 anos
- 1-2 PS < 10 mm: 5 a 10 anos
- 3-4 PS < 10 mm: 3 a 5 anos
- 5-10 PS < 10 mm: 3 anos
- PS ≥ 10 mm: 3 anos
- PS c/ displasia: 3 anos
- PH ≥ 10 mm: 3 a 5 anos
- TSA?: 3 anos
- Ressecção fragmentada de adenoma ≥ 20 mm: 6 meses

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16
Q

Diagnóstico:

A
  • Exame físico: toque retal (até 50% dos CA que acometem reto)
  • Exames em amostras fecais
  • Exames endoscópicos
  • Outros exames de imagem
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17
Q

Diagnóstico - exames de amostras fecais (sangue ocultos nas fezes):

A

2 métodos:
- Teste do o-toluidina ou guaiaco:
1) Desvantagem: inteferência de certo alimentos, vitaminas e medicamentos (falto positivos ou negativos)
2) Exemplos: antioxidantes (vitamina C)

  • Teste imunológico ou de imunocromatografia:
    1) Visa a detectar de Ig monoclonal anti-Hb humana
    2) Não necessita de dieta específica
    3) S: 75% / E: 40-50%
  • Se sangue visível não faz sentido solicitar o exame
  • Outras causas de sangramento: disenteria, doença hemorroidária, doença inflamatória intestinal etc.
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18
Q

Diagnóstico - exames de amostras fecais (análise do DNA fecal):

A
  • Objetivo: identificar DNA de células atípicas na amostra fecal
  • Grande utilidade p/ rastreio de CA colorretal
  • Auxilia na detecção de sangue oculto nas fezes
  • Alguns guidelines: repetir a cada 3 anos (substitui o sangue oculto nas fezes anual)
  • S 92% / E 87%
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19
Q

Diagnóstico - exames endoscópicos:

A
  • Retossigmoidoscopia rígida: avalia até 25 cm da borda anal
    1) Vantagem: mensurar distância do tumo até borda anal
  • Retossigmidoscopia flexível: avalia até 60 cm da borda anal
  • Colonoscopia: PADRÃO-OURO
    1) Diagnóstico e terapêutico (retirada de pólipos)
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20
Q

Diagnóstico - outros exames de imagem:

A
  • Enema baritado c/ duplo contraste:
    1) Sinal da maçã mordida
  • Enterografia/colonografia por TC
    1) Tipo específico de TC abdome/pelve
    2) Vantagem: não invasivo e permite ver o lúmen intestinal
    (Útil no paciente c/ obstrução que colono não progride)
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21
Q

Estadiamento - pilares:

A

Após o diagnóstico:
1) Estudar extensão locorregional
2) Investigar presença de metástase

22
Q

Estadiamento - conceitos gerais:

A

Estadiamento TNM:
T - penetração na parede intestinal
N - comprometimento de linfonodos regionais
M - presença de metástase à distância

Tipos de TNM
- cTNM: estadiamento clínico (anterior à cirurgia)
- pTNM: estadiamento patológico (após a cirurgia)
- ypTNM: pacientes submetidos à tto neoadjuvante

23
Q

Estadiamento - disseminação contígua e transperitoneal:

A
  • Camadas do cólon:
    1) Mucosa
    2) Muscular da mucosa
    3) Submucosa
    4) Muscular própria
    5) Serosa
  • Estadio T: mais importante p/ determinar metástase linfonodal
  • Tumor vai se APROFUNDANDO nas camadas - DISSEMINAÇÃO POR CONTIGUIDADE
    1) Se ultrapassar a serosa: disseminação transperitoneal
24
Q

Estadiamento - disseminação linfática:

A
  • Drenagem linfática paralela a drenagem arterial e venosa
  • Linfonodos epicólicos: na parede do intestino
    1) Normalmente os primeiros acometidos pela proximidade
  • Linfonodos paracólicos: logo em seguido aos epicólicos
  • Linfonodos intermediários: ramos dos grandes vasos
  • Linfonodos primários: junto aos grandes vasos (AMS E AMI)
25
Estadiamento - disseminação hematogênica
- Cólon direito; transverso proximal --> VMS --> veia porta 1) DESSEMINA P/ FÍGADO - Cólon transverso distal, descendente e sigmoide e parte do reto --> VMI --> Veia porta 1) DESSEMINA P/ FÍGADO - Reto distal --> Vv. retais médias e inferior --> v. ilíaca interna --> v. cava inferior 1) DESSEMINA P/ PULMÃO
26
Estadiamento clínico - CA de cólon:
- Exame clínico: ascite, hepatomegalia, massa palpável - Colonoscopia: avaliar tumores sincrônicos (3 a 5%) 1) Avaliar TODO O CÓLON - 3 a 5% tumores sincrônicos 2) Se não puder fazer colonoscopia - colonografia por TC - TC: abdome e pele (avaliar metástase à distância) 1) E o tórax: rx ou TC - controveso no cólon, não é errado - Cintilografia óssea 1) Se sintomas: ósseo ou neurológico
27
Estadiamento clínico - CA de reto:
- Exame proctológico: toque retal 1) Diagnostica 50% dos tumores retais 2) Estima invasão do esfíncter e distância até borda anal 3) Avalia mobilidade (móveis: superficiais) - US endorretal: 1) Ótimo p/ avaliar invasão da parede e linfonodos satélite 2) Melhor p/ tumores T1 e T2 (superior à RNM) - RNM de pelve: 1) Invasão parede por contínguidade T3 e T4 (superior à US) 2) Avaliar fáscia mesorretal e estruturas adjacentes - TC de tórax: 1) Principalmente no tumor de reto baixo
28
Estadiamento clínico - CEA:
- Presente em outras neoplasias e condições benignas - Normal: 3 a 5 Ug/ml (tabagista - mais elevado) - POUCO ÚTIL P/ RASTREIO E DIAGNÓSTICO - ÚTIL P/ SEGUIMENTO
29
Estadiamento patológico - T:
- Tx: tumor primário não pode ser avaliado - T0: nenhuma evidência de tumor primário - Tis: carcinoma in situ - intraepitelial ou invasão da lâmina própria, s/ penetrar a muscular da mucosa - T1: invade a submucosa - T2: invade a muscular própria - T3: invade muscular própria p/ dentro dos tecidos pericolorretais - T4a: penetra superfície do peritônio visceral - T4b: invade diretamente ou adere a outro órgãos ou estruturas
30
Estadiamento patológico - N:
- NX: linfonodos regionais não podem ser avaliados - N0: nenhuma metástase em linfonodos regionais - N1: metástase em 1-3 linfonodos regionais - N1a: metástase em um linfonodo regional - N1b: metástase em 2 ou 3 linfonodos regionais - N1c: deposita na subserosa, tecido mesentérico ou não peritonealizado pericólico ou perirretal s/ metástase p/ linfonodos regionais ou mesentério - N2: metástase em 4 ou mais linfonodos regionais - N2a: metastase em 4 a 6 linfonodos regionais - N2b: metastase em 7 ou mais linfonodos regionais
31
Estadiamento patológico - M:
- M0: s/ metástase a distância - M1: metástase à distância - M1a: metástase à distância confinada à um órgão ou local (fígado, pulmão ou ovário) s/ metástase peritoneais - M1b: metástase em 2 ou mais órgãos ou locais, s/ metastase peritoniais - M1c: metástase p/ superfície peritoneal
32
Estadiamento patológico - TNM:
- Estádio I: tumor limitado ao cólon (T1 ou T2) - Estádio II: tumor localmente avançado (T3 ou T4) que pode invadir órgãos adjacentes, mas não acomete linfonodos regionais - Estádio III: linfonodos regionais estão acometidos (N positivo) - Estádio IV: presença de metástase à distância (M positivo)
33
Tratamento do câncer cólon - aspecto geral:
- Curativo = CIRURGIA! 1) Remover tumor + suprimento linfovascular 2) Realizar: colectomia segmentar + linfadectomia regional - Fixação ou infiltração do tumor em órgão ou estrutura potencialmente ressecável: RESSECÇÃO EM BLOCO
34
Tratamento do câncer cólon - avaliação linfonodoal:
- Linfadenectomia: 1) Prognóstico: estadiamento pela quantidade de linfonodos 2) Manejo: indicações de quimioterapia - Pelo menos 12 linfonodos devem ser avaliados 1) < 12 linfonodos avaliados --> QMT adjuvante
35
Tratamento do câncer cólon - reconstrução do trânsito:
- Colectomia não complicada: anastomose primária - Perfuração livre, peritonite difusa, instabildiade: colostomia ou ileostomia temporária - CA de cólon não obstruído ou perfurado, não localmente avançado, s/ cirurgia abd extensa prévia --> COLECTOMIA ASSISTIDA POR LAPAROSCOPIA (TÉCNICA PREFERIDA)
36
Tratamento do câncer cólon - técnica conforme localização:
- Ceco e cólon ascendente: 1) Hemicolectomia à direita (ou simplesmente colectomia D) E 2) Íleo-transverso-anastomose primária - Flexura hepática: 1) Colectomia direita extendida E 2) Ileo-transverso-anastomose primária (entre íleo distal e colon transverso distal) - Cólon transvero médio: 1) Transversectomia E 2) Anastomose primária colo-colônica - Cólon descendente e flexura esplênica 1) Hemicolectomia esquerda (ou colectomia esquerda) E 2) Colorreto-anastomose primária - Cólon sigmoide: 1) Sigmoidectomia 2) Colorreto-anastomose primária (cólon descendente e reto superior)
37
Tratamento do câncer cólon - princípios do tratamento cirúrgico:
- Margens de ressecção (5 a 7 cm) - Obtenção de margens radiais negativas (livre) - Ligadura alta dos vasos sanguíneos: 1) Implica ressecção mais ampla pelo suprimento sanguíneo - Linfadenectomia regional adequada (mesocolon) 1) Retirar todos os linfonodos relativos à porção do cólon relacionadas com o tumor - > 12 linfonodos na peça cirúrgica
38
Tratamento do câncer cólon - objetivo:
Ressecção R0 é a meta buscada - Ressecção R0: margens cirúrgicas proximal, distal e radiais s/ invasão tumoral à avaliação intraoperatória e margens microscrópicas negativas p/ comprometimento neoplásico - Ressecção R1: margens cirúrgicas macroscópicas negativas, mas avaliação AP evidencia comprometimento micro das margens - Ressecção R2: margens macroscópicas e microscópicas positivas, ou seja, a doença macroscópica não pôde ser totalmente ressecada durante a abordagem cirúrgica do tumor
39
Tratamento do câncer cólon - QMT adjuvante:
- Objetivo: erradicar micromestástase - Estádio III: p/ TODOS - Estádio II: 1) < 12 linfonodos recuperados na peça 2) Tumores T4, obstruidos ou perfurados 3) Histologia: pouco diferenciados 4) Invasão linfonodal ou perineural
40
Tratamento do câncer cólon - radioterapia:
- NÃO INDICADA NO CÂNCER DE COLON NÃO RETAL - MOTIVO: PROXIMIDADE C/ INTESTINO DELGADO (não tolera radiação)
41
Tratamento do câncer cólon - doença metastática:
CCR + metástase hepáticas e/ou pulmonares PODEM SER CURADOS CIRURGICAMENTE! - Doença metastática ressecável: 1) Cirurgia agressiva p/ o tumor primário e metástase 2) QMT agressiva (erradicação tumoral) - Doença metastática irresecável: 1) Cirurgia se sintomas/complicações 2) QMT paliativa - melhorar qualidade de vida
42
Tratamento de CA de reto - radioquimio neoadjuvante (vantagens):
- Reduz tx de recorrência e melhora sobrevida livre da doença - Redução drástrica do tamanho do tumor 1) 25%: pode sumir - ainda é operado - Auxilia na preservação da continência fecal 1) Diminui o porte da cirurgia s/ afetar os esfíncteres - Reduz o número de linfonodos acometidos
43
Tratamento de CA de reto - radioquimio neoadjuvante (indicações):
- EC II: tumores invadem musc. própria ou estruturas adjacentes - EC III: linfonodos positivos s/ metástase à distância - Invasão ou ameaça (< 1-2 mm) do mesorreto (contém vasos linfáticos, artérias e veias) - Localização no reto inferior
44
Tratamento de CA de reto - cirurgia (aspectos gerais):
- Aguarda 5 a 6 após quimiorradio neo se indicada 1) Aproveitar a melhora resposta do tratamento 2) Aguardar melhora da toxicidade da conduta - CIRURGIA É O PILAR DO TRATAMENTO 1) Estágio I: "só" cirurgia 2) Demais: QRT NEO + cirurgia 3) Tipo de procedimento: depende da loc. do tumor
45
Tratamento de CA de reto - cirurgia (modalidades):
- Ressecção transanal: excisar tumor c/ margem de 1cm até tecido adiposo perirretal c/ sutura posterior do defeito 1) Tumores 3-4 cm; móveis; < 40% circunferência retal; até 6/8 cm da margem anal 2) T1, bem a moderadamente diferenciados, s/ invasão linfovascular, s/ doença linfonodal - Ressecção radical - princípios do tratamento: 1) Ressecção em bloco 2) Excisão mesorretal total (linfonodos e vasos) 3) Margens circunferenciais (1 mm) 4) Margens proximais (5 cm) 5) Margens distais (2-5 cm)
46
Tratamento de CA de reto - cirurgia (modalidades - ressecção radical):
- Ressecção anterior baixa: ressecar reto abaixo da reflexão peritoneal + anast. coloanal ou colorretal + colostomia temporária 1) Conduta de escolha 2) Necessário ausência de invasão do esfíncter anal e músculos elevadores - Ressecção abdominoperineal (proc. de Miles): resseca reto e ânus + fechamento do orifício anal + colostomia definitiva 1) Tumor muito próximo ou já comprometendo esfíncteres 2) Impossibilidade de controle pós-operatório dos esfíncteres
47
Tratamento CA retal - QMT adjuvante:
- Todos que fizeram radioquimioterapia neoadjuvante - T2N0 c/ AP mostrando envolvimento linfonodal - Esquema mais usado: FOLFOX
48
Metástase hepática - aspectos gerais:
- 50%: dos pacientes vão ter em algum momento - Se ressecáveis: CIRURGIA! 1) Não tratadas - 6-12 meses de sobrevida - Sincrônicas (15-25%): ao diagnóstico ou até 6 meses - Metacrônicas (12-40%): > 6 meses após dg do tumor
49
Metástase hepática - abordagem:
- Avaliar lesões hepáticas e extra-hepáticas: RNM ou PET-CT - Avaliar a lesão hepática: 1) Ressecável: exérese total das lesões c/ preservação de 20-25% de parênquima hepática c/ funcionalidade 2) Potencialmente ressecável 3) Irressecável - Cirurgia: hepatectomia
50
Metástase hepática - contraindicações da hepatectomia:
- Impossibilidade de controle do tumor primário - Doença extra-hepática não ressecável, incluindo doença linfonodal ou peritoneal disseminada - Multinodularidade impedindo ressecção total das lesões com a adequada preservação hepática - Lesões próximas ou invadindo grandes vasos de modo a impedir ressecção/vascularização