Bradicardias Flashcards
Qual o exame de eleição inicial para o diagnóstico de bradicardias:
ECG
Quais são os achados inespecíficos e os de maior gravidade do paciente bradicárdico?
Inespecíficos: tontura, mal-estar, sudorese, palpitações, tremores.
Gravidade: hipotensão, baixa perfusão periférica, insuficiência cardíaca direita, síncope, SCA, renal crônico
Quais as etiologias intrínsecas das bradicardias?
Síndrome do nó sinusal, doença arterial coronariana, doença de Chagas, endocardite, inflamatórias, infiltrativas.
Quais as etiologias extrínsecas das bradicardias?
hipoxemia, hipercalemia, acidemia, medicamentos, intoxicações, aumento da pressão intracraniana, hipotireoidismo, hipotermia
Em geral, no IAM de região inferior/posterior (ramo direito), qual a parte do sistema condutor que é acometida?
nó atrioventricular (Nodal)
Em geral, no IAM de parede anterior (ramo esquerdo), qual a parte do sistema condutor que é acometida?
Sistema de His-Punkinje (infranodal)
Qual é mais grave: BAV nodal ou infranodal?
Infranodal
No BAVT o QRS tem qual característica?
É alargado
Quais são os medicamentos e tóxicos relacionados a bradiarritmias?
betabloqueadores, verapamil, diltiazen, digita, antiarritmicos, carbamatos (veneno de rato), simpaticolíticos, lítio, medicações associadas)
Quais são os sinais de instabilidade/gravidade na bradicardia?
hipotensão, má perfusão, choque; alteração SNC (persistente ou transitória); dor precordial (anginosa); dispneia (IC-D, EAP). Todos estes desde que sejam atribuíveis à arritmia
Qual a conduta medicamentosa e procedimento numa bradicardia instável?
atropina > epinefrina ou dopamina > MP transcutâneo > MP venoso.
Verificar causas da bradicardia!
*epinefrina é superior à dopamina
Se a causa da bradicardia for intoxicação digitálica, o que fazer?
Anticorpos antidigoxina
Se a causa da bradicardia for intoxicação grave por betabloqueador, o que fazer?
glucagon; ou glicose+insulina em altas doses; ou gluconato de cálcio a 10%; ou emulsão lipídica (resgate)
Se a causa da bradicardia for intoxicação grave por antagonistas do Ca, o que fazer?
gluconato de cálcio a 10%; glucagon; glicose + insulina em altas doses; emulsão lipídica (resgate)
A que frequência cardíaca as bradicardias sintomáticas costumam ocorrer?
FC< 40-50bpm
Quais os BAV mais relevantes (avançados)?
Mobitz II e BAVT
Quais situações em que a bradicardia não é patológica?
pessoas jovens com bom condicionamento físico, tônus vaagal excessivo (pós prandial de refeições copiosas, sono, passagem de sonda nasogástrica, estresse - coleta de sangue). É patológica apenas quando há repercussão hemodinâmica.
O que compõe o sistema de condução cardíaco?
Nó sinoatrial, nó atrioventricular, sistema de His-Purkinje
Qual o local em que as células cardíacas possuem maior automatismo?
No nó sinoatrial. Localizado no teto do átrio direito, próximo à desembocadura da veia cava superior.
Fale sobre a sequência do impulso elétrico cardíaco.
O impulso é originado no NSA, que envia o impulso ao átrio esquerdo pelo Feixe de Bachman. A despolarização segue então por células específicas até o NAV e então ao Sistema His-Purkinje, que se divide em ramos direito e esquerdo
Julgue se V ou F.
Quanto mais próxima do NSA, maior o automatismo de determinada célula cardíaca e maior a frequência que esta será capaz de gerar.
V.
Quando uma região alta do sistema de condução é acometida, a região imediatamente abaixo assume o comando. Logo, quanto mais distante o local de acometimento estiver do NSA, mais acentuada a bradicardia.
Fale sobre as características da bradicardia sinusal.
ritmo cardíaco normal, apenas a FC é mais baixa. O impulso é gerado no NSA (a cada QRS, precede uma onda P). Em idosos deve-se atentar para doença do nó sinusal (degenerativa com comprometimento estrutural do SNA)
Qual o achado eletrocardiográfico que levanta suspeita de bloqueio sinoatrial?
desaparecimento súbito de ondas P (há atividade sinusal normal, mas esta não consegue ultrapassar a junção sinoatrial e não atinge os átrios)
Como os bloqueios sinoatriais podem ser classificados?
1º grau: há retador do estímulo sinusal no tecido atrial, mas ele progride (não detectado no ECG de superfície)
2º grau:
- tipo I: encurtamento gradual do intervalo PP antes da pausa sinusal
- tipo II: pausas sinusais súbitas são precedidas por intervalos PP regulares
3º grau: bloqueio total da passagem dos estímulos sinusais pela junção sinoatrial no qual ocorrem pausas sinusais seguidas de batimentos escapes
Fale sobre a bradicardia atrial.
Semelhante à bradicardia sinusal, mas a orientação da onda P é diferente da sinusal Normalmente o ritmo atrial ectópico é próximo do NSA e a diferenciação para uma bradicardia sinusal exige atenção.
Fale sobre a bradicardia juncional.
Não há visualização de onda P precedendo o QRS ou, se ela ocorre, está localizada retrogradamente. Esse ritmo ocorre quando as células do NAV são as de maior automação e assumem ritmo diante de uma disfunção do NSA
Fale sobre os bloqueios atrioventriculares.
A falha da condução ocorre entre o NAV e sistema de His-Purkinje. Pode ser contínua ou intermitente e o que determina sua classificação é a relação entre as ondas P (despolarização atrial) e o complexo QRS (despolarização ventricular)
Qual a classificação dos bloqueios atrioventriculares?
1º grau: toda P é precedida por um QRS, ou seja, para cada despolarização atrial há uma ventricular, e a FC é normal. O intervalo PR é superior a 200m/s
2º grau:
- Mobitz I: aumento progressivo (não uniforme) de PR até que uma P não é conduzida por QRS. Bloqueio alto.
- Mobitz II: súbita interrupção da condução atrioventricular, não precedida pelo aumento progressivo de PR. Bloqueio baixo. pode evoluir pra BAVT
3º grau: BAVT. Completa dissociação entre P e o QRS. Os intervalos PP e RR são regulares