Avaliação e preparo pré-anestésico Flashcards
O risco global do período perioperatório é multifatorial. Depende da interação entre …
- Anestesia
- Condições clínicas do paciente
- Aspectos específicos da cirurgia
A morbidade e a mortalidade pós-operatórias podem ser medidas em diferentes momentos:
Transoperatório
Pós-operatório imediato ou
tardio
Objetivo principal da estratificação de risco
Prevenir complicações, as quais estão associadas à maior mortalidade no pós-operatório
O que compreende a estratificação
pré-operatória?
Compreende um conhecimento profundo do paciente, a identificação de riscos específicos, a compensação de situações clínicas e o adequado planejamento trans e pós-operatório.
Defina paciente de alto risco e de altíssimo risco no perioperatório
Alto risco: mortalidade estimada > 5%
Altíssimo risco: mortalidade estimada > 10%
Instrumentos para estraificação de risco
- ASA
- Índice cardíaco revisado
- Índice de comorbidades de Charlson: Atribui pontuações baseadas em doenças coexistentes
-> Vantagens: simples, melhor preditor que o ASA;
bom para estimar risco populacional
-> Desvantagens: Constitui-se de múltiplas variáveis clínicas e não leva em conta o procedimento; é usado principalmente para pesquisa - POSSUM: 12 variáveis fsiológicas e seis variáveis cirúrgicas compõem duas equações matemáticas para predizer morbimortalidade
-> Vantagens: É o escore mais bem validado e conhecido
para predição pré-operatória
-> Desvantagens: Pode superestimar ou subestimar morbimortalidade em determinadas populações devido à regressão logarítmica - Escore Frailty: possui cinco domínios: perda de peso, fraqueza, exaustão, redução da atividade física e redução da velocidade de caminhada
-> Vantagens: Quantifca aspectos do declínio da reserva funcional que estão implicados no risco perioperatório do idoso
-> Desvantagens: Não leva em conta aspectos relacionados ao tipo de cirurgia
Classificação ASA
ASA I: paciente saudável, não tabagista, sem consumo de álcool ou apenas consumo leve.
ASA II: doença sistêmica sem limitação.
- HAS bem controlada; DM sem complicação vascular; anemia; obesidade (30 < IMC < 40); gestação; tabagismo; consumo social de álcool; doença pulmonar leve.
ASA III: doenças que impõem limitação funcional significativa, mas não são incapacitantes.
- DM com complicação vascular ou pobremente controlado; História de infarto agudo do miocárdio (IAM) > 3 meses; história de doença coronária com uso de stent > 3 meses; história de AVC ou Ataque Isquêmico Transitório (AIT) > 3 meses; Angina pectoris estável, HAS não controlada; redução moderada da fração de ejeção; marcapasso implantado; IRC em diálise; obesidade mórbida (IMC > 40); hepatite crônica; abuso ou dependência do álcool; DPOC.
ASA IV:
- História de IAM < 3 meses; história de doença coronária com uso de stent < 3 meses; história de AVC ou AIT < 3 meses; isquemia coronária em curso (angina instável), disfunção valvar grave; redução grave da fração de ejeção; sepse; CIVD; DRA; DR em estágio terminal não dialisando regularmente; DPOC agudizado.
ASA V:
- Rotura de aneurisma aórtico; politrauma; hemorragia intracraniana com efeito de massa; isquemia intestinal na vigência de patologia cardíaca significativa ou de disfunção sistêmica de múltiplos órgãos.
ASA VI: Doador de órgãos
*A letra E deve ser acrescentada à classificação caso o procedimento cirúrgico seja emergencial: exemplo ASA IIE
Índice Cardíaco Revisado
Estimativa de morbidade cardíaca perioperatória
* Doença arterial coronariana
* ICC
* Doença cerebrovascular (AVC ou AIT prévios)
* DM com insulinoterapia
* Creatinina pré-operatória > 2,0 mg/dL
* Cirurgia de alto risco (torácica, abdominal ou vascular suprainguinal
Classe I: 0 variavel, risco 0,4%
Classe II: 01 variável, risco 0,9%
Classe III: 02 variáveis, risco 7%
Classe IV: 3 ou mais variáveis, risco de 11%
< 2 preditores: cirurgia
≥ 2 preditores e capacidade funcional ≥ 4 METS: cirurgia
≥ 2 preditores e capacidade funcional < 4 METS: teste cardíaco não-invasivo
Principais complicações perioperatórias
Morbidades infecciosas, pulmonares renais, gastrintestinais, hematológicas e cardiovasculares
Principal causa de mortalidade no pós operatório
Choque séptico (HCPA Rotinas)
Principais fatores que aumentam o risco de moratalidade no pós operatório
Doenças de base (ASA 3 ou maior) - 80%
Cirurgias de grande porte - 50%
Cirurgias não eletivas - 52%
(ROTINAS)