Autofluorescência Flashcards

1
Q

Autofluorescência - Baseia-se em que principio?

A

Fluorescência
- Ocorre em materiais que tem 2 níveis energéticos de excitação próximos
- Leva a que após a absorção de um fotão o electrão passe para 2º nível de excitação, passando primeiro para o 1º nível de excitação (sem emitir energia), e só depois passe para o nível original (com emissão de 1 fotão)
- Isto faz com que o fotão emitido tenha um nível de energia inferior ao fotão absorvido (com frequência mais baixa / comprimento de onda maior)

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2
Q

Autofluorescência - Quais são os principais Fluróforos da retina e qual é o respectivo comprimento de onda de Excitação e Emissão?

A

Lipofuscina
- Excitação a 300-600 nm (azul)
- Emissão a 480-800 nm (amarelo-verde)
Melanina
- Picos de absorção muito extensos (desde UV a Infravermelhos)

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3
Q

Autofluorescência - O que é a Autofluorescência infra-red? Qual é o mecanismo de funcionamento? Com que módulo é adquirida? Qual é a principal diferença no resultado de um exame normal?

A
  • É feita com comprimento de onda MAIOR - 787 nm
  • Adquirido com o módulo do IGC do Heidelberg
  • Filtra o sinal de autofluorescência da MELANINA
    Achados normais:
  • Região foveal HIPERautofluorescente (devido a alta concentração de melanina na fóvea, onde o EPR é mais denso)
    (Recordar que na FAF normal, a fóvea é HIPOautofluorescente)
    Aplicabillidade clínica ainda está a ser avaliada, mas acredita-se que pode definir melhor áreas normais das patológicas)
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4
Q

Autofluorescência - Onde é que a Lipofuscina está essencialmente presente? É resultado de que?

A

EPR
- Resulta da degradação dos segmentos externos dos fotorreceptores. Ficam acumulados nos lisossomas :O !

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5
Q

Autofluorescência - Qual é a variação natural da acumulação de lipofuscina no EPR com a idade?

A
  • Acumulação aumenta com idade
  • Principal subtipo é o A2-E
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6
Q

Autofluorescência - Quais são os 2 métodos principais para aquisição de imagem? Qual deles era o único possível na AngIGC?

A
  • Camara
  • cSLO (confocal Scanning Laser Ophthalmoscope)

AngIGC tem de ser pelo cSLO porque o sinal de emissão é muito fraco para uma camara convencional apanhar

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7
Q

Autofluorescência - Quais são as vantagens da tecnologia cSLO?

A

Tecnologia de LASER confocal (cSLO)
- Permite selecionar o comprimento de onde EXACTO para obtermos o pico de emissão
- Melhora qualidade de visão e de imagem
- Permite melhor conforto por flash menor
- Permite MENOR dose de fluoresceína
- Permite a SUPRESSÃO da dispersão de luz

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8
Q

Autofluorescência - Qual é o padrão de uma AF normal? O que é que leva a cada uma das colorações?

A

Disco óptico
- HIPOautofluorescente
- NÃO tem EPR, por isso NÃO tem pigmentos
Vasos
- HIPOautofluorescentes
- Sangue bloqueia o sinal
Fóvea
- HIPOautofluorescente
- Luz é absorvida pelo pigmento luteo :O
- Maior conteúdo em melanina do EPR (células mais altas e densas)
- MENOR densidade em lipofuscina
Área Parafoveal
- Vai ficando progressivamente MENOS HIPOautofluorescente

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9
Q

Autofluorescência - O que leva à HIPERautofluorescência? (2 mecanismos) Exemplos de doenças? Em que situações pode ocorrer pela presença de outros fluoróforos que normalmente não estão presentes?

A

Por AUMENTO do FLUOROFORO

Lipofuscina
- D. Best
- D. Stargardt
- Distrofias Pattern
- Depositos subretinianos na CSCR

Outros fluoróforos
- Hamartoma Astrocitico :O !!
- Drusas do Disco óptico !!

Defeito de Janela
Por perda de pigmento nos segmentos externos dos fotorreceptores (deixam ver melhor EPR)
- Multiplas causas
Por perda de pigmento lúteo
- Mac-Tel :O
- Albinismo

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10
Q

Autofluorescência - O que leva à HIPOautofluorescência? (2 mecanismos). Exemplos de doenças?

A

Por DIMINUIÇÃO do Fluoroforo
Por PERDA do EPR
- DMI
- Maculopatias Hereditárias
Por alterações no ciclo visual
- RPE65
- LRAT
- RDH5

Por efeito de máscara/bloqueio
- Fibrose
- Hemorragia
- Opacidade de meios

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11
Q

Autofluorescência - DMI - qual é o padrão da lesão na Atrofia Geográfica? Qual é a importância da FAF neste contexto?

A
  • Lesões HIPOautofluorescentes

Muito util porque se percebeu que diferentes padrões de lesão estão associados a DIFERENTES ritmos de PROGRESSÃO !! :O
- A ausencia de padrão HIPERauto nas margens está associado a progressão mais lenta
- A presença de padrão HIPERauto nas margens está associada ao crescimento mais rápido
- A presença de padrão HIPERauto não só nas margens, mas também no resto da mácula também está associada a crescimento rápido

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12
Q

Autofluorescência - D. Stargardt - Permite fazer o DDx com o que? Como é o padrão? Que área da retina está geralmente poupada?

A

Permite distinguir de DMI
- Importante porque D. Stargardt pode ser late-onset

Padrão
- - HIPOautofluorescencia CENTRAL
- Rodeada por PONTOS HIPER e HIPO autofluorescentes
- Pontos HIPER correspondem à cumulação de lipofuscina (e aos flecks)
- Pontos HIPO correspondem a zonas de atrofia do EPR

Geralmente, mas nem sempre, há preservação da retina peripapilar
- Nos tipos 2 e 3 (mais graves, associados a mutações piores) não se aplica

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13
Q

Autofluorescência - D. Stargardt - Qual é o outro exame que permite distinguir ainda melhor? Qual é o padrão Hallmark?

A

AngICG/F permite distinguir ainda melhor
- Na D. Stargardt vê-se Dark Atrophy - devido a perda da CORIOCAPILAR
- Isto NÃO acontece na Atrofia Geografica da DMI

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14
Q

Autofluorescência - D. Stargardt - Qual é o papel na Retinite Pigmentar? O que é o Anel de Robson?

A

Retinite Pigmentar (Distrofia bastonetes/cones)
- Padrões traduzem a perda dos fotorreceptores e atrofia do EPR
- Padrões podem ser difusos ou em Patch

Anel de Robson
- Pode haver ANEL HIPERautofluorescente PARAfoveal descrito nas Distrofias Bastonetes/Cones
- Fora do anel, há retina com disrupção da Elipsoide, da MLexterna e diminuição da espessura da Nuclear Externa
- Dentro do anel há retina preservada

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15
Q

Autofluorescência - O que é o Anel de Robson? Em que doenças pode ocorrer?

A

ANEL HIPERautofluorescente PARAfoveal descrito nas Distrofias Bastonetes/Cones
- Fora do anel, há retina com disrupção da Elipsoide, da MLexterna e diminuição da espessura da Nuclear Externa

  • Retinite Pigmentar
  • Amaurose Congénita de Leber
  • Retinosquisis ligada ao X
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16
Q

Autofluorescência - Albinismo Ocular - Qual é o padrão?

A

dar imagem SEM HIPOautofluorescencia Foveal (pela hipoplasia foveal, sem a concentração dos pigmentos lúteos, que são o motivo da HIPOautofoveal em circunstancias normais)

(HIPOPLASIA FOVEAL pode mostrar ausencia da FAZ no OCT-A :O)

17
Q

Autofluorescência - CRCS - Qual é o padrão na Fase Aguda? Qual é a diferença no inicio do quadro e à medida que se torna crónico?

A

Inicio do quadro
- HIPOautofluorescencia pelo efeito de bloqueio
Com Progressão
- HIPERautofluorescencia por acumulação de lipofuscina devido ao alongamento e degradação dos segmentos externos

18
Q

Autofluorescência - CRCS - Qual é o padrão na Fase Crónica?

A
  • RASTOS GRAVITACIONAIS HIPOautofluorescentes !!
  • Na região macular ou perto do disco
  • Devido ao movimento cronico de fluido subretiniano residual
19
Q

Autofluorescência - MacTel Tipo 2 - Qual é o padrõa à Autofluorescência?

A

Fases iniciais - HIPERautofluorescência
Fases Tardias - HIPOautofluorescência

20
Q

Autofluorescência - Toxicidade Retiniana por Fármacos - Que alteração Hallmark permite ver?

A

MACULOPATIA em BULL’s EYE

(OCT dá sinal em Flying Saucer)

21
Q

Autofluorescência - Qual é o papel em Doenças Inflamatórias?

A

Autofluorescência permite avaliar ACTIVIDADE da Doença
- Áreas de doença INACTIVA tipicamente HIPOautofluorescentes
- Áreas de doença ACTIVA tipicamente HIPERautofluorescentes

Faz analogia com o que se encontra no OCT
- AUMENTO do sinal e áreas de coroide subjacente espessada
Não actividade
- Alterações atróficas da retina e RPE

(Coroidite Serpiginosa faz DDx com Tuberculose
Tuberculose:
- É mais frequentemente UNILATERAL
- As lesões POUPAM área justapapilar (ao contrário da Serpigionsa verdadeira)
- Lesões parecem aparecer em vários focos, em vez de se originarem das antigas
- Associada a vitrite MAIS GRAVE)

22
Q

Autofluorescência - AZOOR - qual é o padrão? O que implica a existência de uma linha de demarcação?

A

A doença define-se por atrofia das camadas externas da retina PARAfoveal (e periférica)

Autofluorescência
FASE INICIAL
- HIPERautofluorescenica
FASE SEGUINTE
Alteração TRIZONAL (com 3 zonas diferentes)
- Zona 1 (externa) - NORMAL
- Zona 2 (da fronteira da lesão) HIPERAutofluorescente em speckles
- Zona 3 (já lesada) com HIPOautofluorescência

A PRESENÇA da linha de DEMARCAÇÃO está associada à PROGRESSÃO da doença

  • Quando a zona de progressão desaparece, lesão PARA de aumentar :O