Aula 6T Flashcards
Como é vista a autonomia nas diferentes perspectivas teóricas?
Psicanálise: desvinculação e
rutura; conflito
Blos- Individuação
face aos pais; desidealização: processo intrapsíquico
Atualmente- Steinberg; Teoria
da vinculação: processo de
natureza interpessoal
Porque a autonomia é um construto multidimensional?
Cognitiva: Capacidade de desenvolver pensamentos, valores e opiniões próprios
* Capacidade de resistir à pressão
dos pares e até dos próprios pais
Emocional: Ser capaz de regular as emoções sozinho
* Ver os pais como pessoas
(desidealização), individuação
Comportamental: Capacidade de agir de forma independente e funcional (autoconfiança e autocontrolo), dentro e fora da relação com os pais
Qual é o papel da família na transformação do adolescente?
Ajudar os adolescentes a preparar a sua autonomia e a responsabilização
adulta a nível social, relacional, afetivo e laboral implica a (re)afirmação dos
restantes membros da família, sobretudo dos pais.
Flexibilidade
Limites (mais apertados ou mais suaves) Vai-e-vem + Avanços e recuos na autonomia
Continuidade: “nada de novo, tudo de novo”
O que se conclui sobre a autonomia?
Independência e autonomia não são formas de rutura ou isolamento em relação à família: são formas de autorresponsabilização e afirmação de si, até dentro do seio familiar.
Autonomia
Independência: dentidade
(Erikson, 1972)
Autonomização progressiva para preparar a entrada na idade adulta
Como Baumrind avaliou os estilos parentais?
1) controlo parental
2) exigências de maturidade
3) clareza de comunicação
4) afeto em relação às interações com os filhos
Quais são as 4 estilos parentais
Responsividade e Exigência Baixa: Rejeitante-Negligente
Responsividade Alta e Exigência Baixa: Permissivo
Responsividade Baixa e Exigência Alta: Autoritário
Responsividade e Exigência Alta: Democrático ou autorizado
Como se caracteriza o estilo Rejeitante-Negligente?
Pais pouco controladores e pouco calorosos
Rejeição ativa das responsabilidades parentais
Filhos que são muito menos competentes comparativamente aos outros estilos.
Como se caracteriza o estilo Permissivo?
Comportamento não punitivo e aceitante perante os impulsos e desejos manifestados pela criança
Poucas exigências em termos de responsabilidade e comportamento adequado
Pais que evitam exercer controlo sobre a criança permitindo que a criança regule
as suas próprias atividades, sem obedecer a regras estabelecidas
Como se caracteriza o estilo Autoritário?
Controlo e valorização da obediência e da punição a fim de restringir a autonomia da criança e preservar a ordem estabelecida
Os pais tentam moldar, controlar e avaliar os comportamentos das crianças de
acordo com um determinado padrão de conduta, que assumem como absoluto
A criança tem de aceitar o que lhe é dito, não havendo tentativa de comunicar de forma bidirecional
Como se caracteriza o estilo Democrático/Autorizado?
Abordagem diplomática, na qual as regras são debatidas com a criança, adaptando-as quando necessário aos seus interesses e desejos individuais
Pais não deixam de exercer controlo sobre a criança, de forma racional, expressando valores elevados de exigência e reforçando comportamentos que
vão de encontro aos seus objetivos parentais
Qual é o estilo que melhor promove a autonomia?
Democrático/Autorizado – calor, firmeza e estrutura
◼ Cuidado e envolvimento parental tornam o adolescente mais recetivo à influência parental,
possibilitando uma melhor socialização
◼ Suporte + estrutura = desenvolvimento de competências de autorregulação (responsabilidade e
competência individual)
◼ As trocas verbais resultantes da interação pais-filhos implicam os adolescentes num processo que
fomenta competência cognitiva e social, que por sua vez promove o funcionamento fora da
família
Para Bowlby como é a autonomia emocional e vinculação?
Esquemas internos de vinculação são relativamente imunes a revisão para lá da infância.
Para o bem-estar do adolescente,
mais importante do que a utilização das figuras parentais é a certeza da disponibilidade que os mesmos têm para com eles, é a perceção da qualidade afetiva do vínculo.
From safety to safeness
Como se transforma a vinculação ao longo da adolescência?
A vinculação aos pais assume uma expressão mais representativa do
que comportamental, mas mantém-se ativa e é necessária, pais começam a ser encarados como figuras “normalizadas” com características positivas e
negativas.
A relação é ajustada em função do objetivo principal de alcançar a
autonomia face às figuras de vinculação originais.
Estender a vinculação para além da relação pais-filhos
De figura vinculada a figura de vinculação: a emergência do sistema de
prestação de cuidados
Como evolui a autonomia emocional?
Início da adolescência: Preferência por estar com pares
* Decréscimo na necessidade de estar fisicamente com os pais, de receber suporte parental.
Meio da adolescência: Pares começam a servir múltiplas funções de suporte (refúgio seguro)
Final da adolescência: Identificam o par romântico como figura de vinculação primária
Qual o papel do grupo de pares?
Facilitar a individuação
em relação à família
Favorecer a aquisição de
um certo grau de
conformismo face às
normas (o que é mais
difícil perante o adulto)
Favorecer a distinção
entre limites pessoais e
sociais
Permitir o desenvolvimento
de um autoconceito
positivo
Experimentar e
desenvolver capacidades
de liderança