Aula 5- Patologia Venosa Flashcards
Variáveis do retorno venoso
Pressão de aspiração cardíaca durante a diástole
Contração dos músculos dos membros inferiores
Pressão de aspiração respiratória durante a inspiração
Força de compressão da sístole arterial sobre as veias circundantes
Força de inércia do sangue arterial nas redes capilares e vénulas associado à força do VE
Variz
Veias superficiais dilatadas e tortuosas, consequentes da insuficiência valvular
Insuficiência venosa
+ de 50% da população
+ no sexo feminino
Varizes primárias/ idiopáticas
Sem causa aparente
Influência genética
Enfraquecimento parietal das veias superficiais ou das válvulas
Insuficiência venosa- fisiopatologia
Enfraquecimento parietal da veia Dilatação anormalmente grande da veia Afastamento das valvas da válvula Insuficiência do sistema valvular Refluxo de sangue Sobrecarga da parede das veias Dilatação da parede das veias
Vai provocar falência valvular a montante e jusante
Estase sanguínea- alterações tróficas ao nível da pele
Insuficiência venosa- condições predisponentes
Profissões onde se passa muitas horas de pé
Aumento da pressão intra-abdominal
Gravidez ( compressão das veias pélvicas mas pela ação supressora do tónus muscular)
Varizes secundárias- causas
trombose venosa profunda
fístulas arterio-venosas
traumatismo
congénitas ( angiodisplasias)
IV- Manifestações clínica
Sensação de peso - agrava ao longo do dia, em ortostatismo e com calor Dor - nos casos de flebite superficial Parestesias e cãibras - principalmente noturnas Restless Leg - sensação de pernas inquietas que obriga a variações de posição constantes
IV Exame objetivo
Dilatação das veias superficiais ( mais tortuosas e aumentadas)
Edema
Aspetos inflamatórios
Alterações cutâneas:
- hiperpigmentação ( acumulação de hemossiderina)
- lipodermatoesclerose
- úlceras venosas
IV manobras semiológicas
Manobra de Schwartz
Teste de Garrotes
Teste de Perthes
Manobra de Schwartz
Colocar uma mão sobre as dilatações venosas palpáveis
Outra mão percute o trajeto inferiormente
Se a mão acima sentir a vibração significa que temos uma coluna de sangue e deve-se procurar o nível da IV mais proximalmente
Teste de Garrotes
Doente em decúbito dorsal, elevamos um membro até haver colapso completo das varizes
Colocar garrote e ver se há reenchimento ou não
- encher de baixo para cima- veias continentes
- encher de cima para baixo- veias incontinentes
Teste de Perthes
Colocar um garrote abaixo de cada joelho
Doente anda por alguns minutos
Se as válvulas não tiverem funcionais- varizes aumentam
IV- imagiologia
Ecodoppler
- permite verificar se existe retrocesso do sangue
- permite verificar quais as veias que estão afetadas e é do sistema superficial ou profundo
IV- tratamento
Prevenir complicações
Diminuir sintomas
- Cirurgia de remoção das veias com válvulas insuficientes
- ex: stripping da safena interna - Contenções elásticas ( exercem pressão sobre as veias superficias dilatadas, aumentando a retorno venoso e a passagem de edema do espaço intersticial)
- diminui o risco de lipodermatoesclerose
- Opções farmacológicos:
- Diosmina micronizada ou hidrosmina
- Fármacos ventrópicos que vão aumentar a tonicidade das veias
Contenções
Classe 1: 18-21 mmHg
Classe 2: 23-32 mmHg
Classe 3: 34-46 mmHg
Classe 4: pelo menos 49 mmHg
Grau de compressão deverá ser decrescente do pé para o topo da coxa
Varizes primários- grau I ou II deve ser suficiente
Trombose venosa profunda- complicações
Tromboembolismo pulmonar
Síndrome de reperfusão sistémico
Tríade de Virchow
Alterações do fluxo sanguínea- estase sanguínea
Lesão endotelial
Hipercoagulabilidade
TVP- fisiopatologia
Formação de um trombo num local próximo das válvulas do sistema profundo
Acumulação de sangue distalmente
Dilatação das veias superficais (varizes secundárias)
Edema
TVP- fatores de risco
Imobilização
ICC/ AVC/ EAM
Péri-parto
Pós-operatória
TVP- causas secundários
Neoplasias- síndrome paraneoplásico como Síndrome de Trosseuau
Síndrome dos anticorpos anti-fosfolípidicos
Trombofilia ( mutação do fator V de Leiden, mutação na proteína C)
Contracetivos orais
Evolução de um trombo
Propagação
Recanalização
Embolização
Dissolução
TVP- manifestações clínicas
Edema
- unilateral
- súbito
- empastamento muscular
Inflamação
- dor na palpação dos trajetos vasculares
- sinal de Hommans +
Desenvolvimento de drenagem venosa superficial
Impotência funcional
Phlegmasia cerulea dolens
trombose venosa superficial e profunda por comprometimento do segmento íleo-femoral
edema muito marcado
membro cianótico
risco de progressão para a gangrena venosa
Phlegmasia alba dolens
trombose venosa profunda por comprometimento do segmento íleo-femoral
palidez associada à isquémia
TVP- diagnóstico
Primariamente clínico
Doppler:
- diminuição do fluxo sanguíneo
- interrupção do fluxo sanguínea
- incompressibilidade da veia com a sonda doppler por estarmos em cima de um trombo
- pode provocar uma embolização em trombos flutuantes
TVP- DD
Distensão muscular ( dor súbita vs dor insidiosa da TVP)
Trauma
Dor radicular ( associada a parestesias e hipostesias)
Processos inflamatórios articulares
Infeção cutânea da perna
TVP- tratamento
Impedir a progressão do trombo existente:
- anticoagulação
- HBPM de forma subcutânea durante 5-7 dias e depois substituída por oral num mínimo de 6 meses
- se primária anticoagulantes durante 3-6 meses + meias de contenção
- fibrinolíticos
- através de cateter para atuar no local desejado
- trombectomia mecânica
- risco de gangrena venosa
Trombose da Veia Cava Inferior- aguda
Dor lombar, genital ou anca Edema dos MI Phlegmasia cerulea dolens Dilatação das veias da parede abdominal Hematúria e IR
Trombose da Veia Cava Inferior- crónica
Edema dos MI
Dilatação das veias da parede abdominal
Trombose venosa superficial
Sinais inflamatórios sobre as veias superficiais- calor, edema, rubor e dor sobre os trajetos vasculares
Menor impacto hemodinâmico
Trombose venosa superficial- tratamento
Gelo Anti-inflamatórios orais Analgésicos orais Contenção elástica Repouso
Maciça- HBPM para impedir a progressão para o sistema venoso profundo