Aula 16 - Regimes Cambiais Flashcards

1
Q

O que é taxa de câmbio nominal?

A

A taxa de câmbio nominal (e) é o preço de uma moeda estrangeira medido em moeda nacional.

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2
Q

Qual a diferença entre a convenção do certo e do incerto?

A

CONVENÇÃO DO CERTO CONVENÇÃO DO INCERTO:
Indica quanto vale uma unidade da moeda
doméstica em termos de moeda estrangeira.
Adotado em países de moeda forte: EUA
(dólar), Inglaterra (libras) e Zona do Euro
(euro).

CONVENÇÃO DO INCERTO
Indica quanto vale uma unidade da moeda
doméstica em termos de moeda estrangeira.
Indica o preço de uma moeda estrangeira
em unidades da moeda nacional
Adotado nos demais países, inclusive no
Brasil.

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3
Q

Quais são as frases que tem mesmo sentido para valorização ou desvalorização da moeda?

A

Aumento da taxa de câmbio = Desvalorização da taxa de câmbio = Depreciação da taxa de câmbio
= Desvalorização da moeda
doméstica

Queda da taxa de câmbio = Valorização da taxa de câmbio = Apreciação da taxa de câmbio = Valorização da moeda doméstica

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4
Q

O que é taxa de câmbio real e sua fórmula?

A

A taxa de câmbio real, por outro lado, é o preço relativo dos bens de dois países. Isso significa
que a taxa de câmbio real informa a taxa na qual podemos trocar bens de um país por bens do
outro país. Por isso, ela também é conhecida como termos de troca.

ereal= e X P/P
Onde:
ereal = taxa de câmbio real
e = taxa de câmbio nominal
P
= preço estrangeiro
P = preço naciona

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5
Q

Quais são as coisas que podem provocar
elevação da taxa de câmbio real?

A
  1. Elevação da taxa de câmbio nominal;
  2. Elevação do nível de preços estrangeiros;
  3. Redução do nível de preços domésticos.
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6
Q

Qua outra forma simples de abordar os termos de troca?

A

Trata-se do valor total das exportações
de determinado país dividido pelo valor total de suas importações:
TDT= VX / VM

há melhora nos termos de troca quando VX aumenta ou quando VM diminui. Dessa
forma, tanto aumento da quantidade de exportações quanto em seu preço melhora os termos de troca.
Um país como o Brasil, por exemplo, que é forte na exportação de commodities, observa
melhoria em seus termos de troca quando o preço da soja aumenta no mercado internacional
(ceteris paribus)

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7
Q

O que é paridade de poder de compra?

A

Dizemos que duas moedas estão em paridade de poder de compra (PPC) quando uma unidade
da moeda nacional é capaz de comprar a mesma quantidade de bens no país ou no exterior.

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8
Q

Qual o nome que damos quando um bem idêntico tem o mesmo preço em dois
países?

A

é lei do preço único

Segundo essa “lei”, um item produzido de determinada maneira em um país necessariamente deverá ter o mesmo preço que outro bem produzido de maneira idêntica em outro país. Se isso não se verifica é
por conta da existência de distorções derivadas de intervenções de política econômica (como incentivos, controles de preços, tarifas etc.) e custos de transportes.

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9
Q

Qual a diferença entre a teoria da paridade do poder de compra e a lei do preço único?

A

► Lei do preço único: aplica-se a bens individuais.
► Teoria da PPC: aplica-se ao agregado de todos os bens

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10
Q

Quais são alguns motivos que Krugman destaca pelos quais a PPC não se verifica empiricamente?

A
  1. Custos de transporte e barreiras comerciais: Ao contrário da suposição da lei de preço
    único, custos de transporte e restrições de comércio certamente existem. Essas barreiras
    de comércio podem ser altas o suficiente para impedir que algumas mercadorias e
    serviços sejam negociados entre os países.
  2. Monopólios e oligopólios: As práticas monopolistas ou oligopolistas nos mercados
    podem interagir com os custos de transporte e outras barreiras de comércio para
    enfraquecer ainda mais a ligação entre os preços de mercadorias similares vendidas em
    países diferentes.
  3. Índices de inflação diferentes: Como os dados da inflação relatados em diferentes
    países são baseados em diferentes cestas de mercadorias, não existe razão para as
    mudanças na taxa de câmbio compensarem medidas oficiais de diferenças de inflação,
    mesmo quando não há barreiras de comércio e todos os produtos são comercializáveis.
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11
Q

Como é chamado e um exemplo de situação em que os custos de transporte podem ser tão elevados que simplesmente inviabilizam que um bem ou serviço seja negociado internacionalmente?

A

A esses bens, chamamos de não comercializáveis.

O corte de cabelo.
Pois é… mesmo que o corte de cabelo em Lisboa esteja muito barato em relação aos preços no
Brasil, se você quiser comprar um tem basicamente duas opções: ou faz a viagem de Cabral você mesmo ou traz paga os custos para o profissional português vir para cá. Naturalmente, nenhumas das opções é viável, e isso fará com que a diferença de preços relativos possa persistir, diante da ausência da “concorrência” entre os profissionais no Brasil e em Portugal.

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12
Q

O que é a condição Marshall-Lerner, e o formato da chamada curva J?

A

Quando ocorre um aumento na taxa de câmbio real o que acontece no curtíssimo prazo é o
aumento dos preços relativos dos produtos importados e redução no preço relativo dos
produtos exportados.
Portanto, NX (exportações líquidas) diminui no curtíssimo prazo.
Contudo, quando exportadores e importadores têm tempo para ajustar suas quantidades, diante
do aumento da taxa real de câmbio, as exportações líquidas aumentam. Essa é a condição
Marshall-Lerner, e nos dá o formato da chamada curva J.

Portanto, como a condição Marshall-Lerner é observada na maior parte do tempo e das
situações, podemos afirmar que a elevação da taxa de câmbio leva ao aumento das exportações
líquidas.

A curva J demonstra a diminuição e depois o aumento das exportações.

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13
Q

Quais são os regimes cambiais?

A
  1. Câmbio Fixo
    As forças do mercado determinam a taxa de câmbio.
    - Vantagens: Equilíbrio na BP, política monetária ativa.
    - Desvantagens: Instabilidade
  2. Câmbio Flutuante.
    O Governo determina as taxas de câmbio e a persegue através da atuação do Banco Central mediante operações de compra e venda.
    - Vantagens: previsibilidade, âncora cambial (inflação)
    - Desvantagens: Necessidade de reservas, política monetária passiva
  3. Bandas
    A taxa pode flutuar dentro dos limites inferior e superior
  4. Administrado Flutuação Suja
    Inteevenções ocorrem pontualemente para evitar a desestabilização
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14
Q

O que é o regime de flutuação suja ou chamado de flutuação administrada?

A

O regime de flutuação suja é aquele no qual o Banco Central intervém pontualmente para evitar
oscilações bruscas na taxa de câmbio, decorrentes de ataques especulativos.

Esse é o regime adotado no Brasil desde o abandono da âncora cambial (câmbio fixo), em 1999, o que significa que o Banco Central do Brasil intervém no mercado cambial apenas quando
observa oscilações anormais, ocorridas normalmente em momentos de alta especulação
(apostas) ou de incertezas.

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15
Q

Quais são os outros regimes cambiais pouco comuns e menos cobrados em provas?

A
  • Conselho de moeda (Currency board): A função de um Currency Board é trocar moeda
    nacional (que ele próprio emite) por moeda estrangeira a uma taxa fixa, e vice-versa. É um
    arranjo mais comum em países com baixa credibilidade.Para tanto, o país precisa ter reservas na exata proporção da moeda doméstica em
    circulação, e a adoção desse regime faz com que a moeda nacional seja apenas uma
    perfeita substituta da moeda estrangeira.
    Na prática, é um regime de câmbio fixo no qual o Governo não tem liberdade para variar
    sua taxa de câmbio, e a função de emissão de moeda não é do Banco Central.
  • Banda rastejante (Crawling band): Consiste no regime de bandas cambiais no qual as
    bandas são ajustadas por um fator previamente definido. Geralmente esse fator é a
    inflação, e o objetivo é manter a taxa de câmbio real inalterada, impedindo assim aumento
    nas importações e, consequentemente, pressão depreciativa na taxa de câmbio.
  • Minidesvalorizações (Crawling peg): É algo como a banda rastejante, mas sem as
    bandas. Portanto, é um regime de câmbio fixo no qual a taxa é ajustada por um fator
    determinado.
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16
Q

O que é a demanda e oferta de divisas?

A

DEMANDAM DIVISAS
Importadores
Turistas brasileiros no exterior
Investidores brasileiros no exterior
Multinacionais estrangeiras no Brasil

OFERTAM DIVISAS
Exportadores
Turistas estrangeiros
Investidores estrangeiros
Multinacionais brasileiras no exterior

17
Q

O que ocorre no equilíbrio de oferta e demanda de divisas dependendo do regime cambial?

A

O exportador que recebe dólares, caso a taxa de câmbio aumente, ou seja, caso esses dólares passem a valer mais, o exportador ficará mais propenso a vender, aumentando a oferta de dólares no mercado brasileiro.
Essa relação positiva entre a taxa de câmbio (preço da moeda estrangeira) e sua quantidade
ofertada determina o formato ascendente da curva de oferta de divisas.

Quando a moeda estrangeira perde valor em relação à moeda doméstica (taxa
de câmbio diminui), há maior incentivo para comprar produtos estrangeiros.
Os importadores passam a demandar mais moeda.
Portanto, a relação negativa entre taxa de câmbio e quantidade demandada de divisas
resulta na seguinte curva de demanda

Em um regime de câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais, a taxa de câmbio sempre
irá convergir para a taxa de equilíbrio.

Em regime de câmbio fixo, por outro lado, caso a taxa seja fixada acima da taxa de equilíbrio,
haverá excesso de oferta, e consequente, o Banco Central terá que comprar muitas divisas para
evitar que a taxa diminua.

18
Q

Qual a relação cambio e taxa real de juros?

A

Se os juros reais de um país forem superiores aos juros reais internacionais, esse país tende a
atrair divisas.

se chamarmos os juros domésticos do Brasil de r e os juros internacionais de r, podemos
concluir que quanto maior for a diferença entre r
e r, maior será a oferta de moeda estrangeira
no Brasil. A essa diferença (r-r*) chamamos de diferencial de juros internos e externos.

Logo, caso r > r* acontecerá uma persistente entrada de moeda estrangeira no Brasil, levando o deslocamento da curva de oferta para a direita, e a consequente valorização cambial (“dólar mais barato”).

Se o câmbio fixo a taxa de câmbio determinada pelo Banco Central será a taxa de equilíbrio quando verificada a condição de paridade entre juros internos e externos, ou seja, quando eles forem iguais.
Caso contrário, a entrada ou saída de capitais implicará em mudanças constantes na taxa de
equilíbrio e, portanto, ela não poderá ser a taxa fixada pelo BC.

19
Q

Qual a relação do câmbio com o prêmio de risco de um país?

A

precisamos considerar que além do diferencial de juros, o prêmio de risco também tem
impacto sobre o câmbio.

A lógica se torna simples: países e investimentos com maior grau de risco precisam compensar
o investidor pagando juros mais altos: a esses “juros mais altos”, chamamos prêmio de risco.
Sem o prêmio de risco, esses países tenderão a perder reservas internacionais e suas moedas
tendem a desvalorizar.

20
Q

Qual a relação da taxa de câmbio e inflação pelas doutrinas?

A

É amplamente aceito pela doutrina e pelas bancas que desvalorizações da moeda nacional
(aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação.

Ex: se aumenta o preço de máquinas importadas ou de matérias-primas, as fábricas
brasileiras têm aumento de custos. Logo aumento o preço.
ou
Ex: se o preço de celulares da Apple ou Samsung aumenta, a Multilaser tem mais espaço
para elevar os preços de seus aparelhos.