Aula 14 - Modelo de Oferta e Demanda Agregada Flashcards

1
Q

Qual o Conceito de Inflação?

A

A inflação é definida, formalmente, como o aumento generalizado e persistente no nível de
preços de uma economia. Portanto, não é inflação se o preço do tomate – ou qualquer bem
isoladamente – aumentar 3.000% de um mês para o outro.

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2
Q

Quais são os custos sociais da inflação?

A

✓ Custos de sola de sapato (Idas ao banco mais frequente para aplicar o dinheiro e não perder a correção monetária);

✓ Imposto inflacionário (aumento da emissão de moeda reduz a riqueza dos agentes);

✓ Tributação ineficiente e injusta (pois o ganho de capital tributado talvez não seja ganho, em razão da inflação);

✓ Distorções nos preços relativos (as vendas das firmas depende de seus ajustes nos preços);

✓ Custos de menu (custo de ter um profissional específico para atualizar os preços nos mercados)
;
✓ Custos de transação (as pessoas e empresas precisam gastar parte de seu tempo apenas para compreender e mensurar os preços relativos na hora de comprar ou vender);

✓ Desincentivo aos investimentos (decorrente dessa imprevisibilidade de preços, os agentes ficam menos propensos a investir e iniciar projetos, pois não têm como saber qual será o retorno em termos reais);

✓ Redistribuição injusta da renda (decorrente dessa imprevisibilidade de preços, os agentes ficam menos propensos a investir e iniciar projetos, pois não têm como saber qual será o retorno em termos reais)

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3
Q

O que é senhoriagem e seu cálculo?

A

A emissão de moeda por parte
do governo, que aumenta a riqueza do governo, recebe o nome de senhoriagem.

O resultado do governo com a senhoriagem pode ser obtido pela seguinte fórmula:
Resultado com senhoriagem = variação da base monetária /nível de preços – despesas com emissão

Sendo assim, se a base monetária variou 2100 unidades monetárias, o IPCA foi de 5% no período,
e foram gastas 50 u.m., o resultado final com senhoriagem foi de:
Resultado com senhoriagem = 2100/1,05 – 50 = 1950

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4
Q

O que é a curva da Demanda Agregada?

A

A curva de Demanda Agregada (DA) irá relacionar o nível de preços (P) ao produto total de uma
economia (Y). Portanto, ela é semelhante à curva de demanda que vemos nos tópicos iniciais de
Economia.

é o PIB=RIB=DIB

a renda diminui conforme aumentam os preços

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5
Q

O que podemos deduzir da curva de Demanda Agregada a partir da IS-LM e sua inclinação?

A

podemos deduzir a curva de demanda agregada do modelo IS-LM, ao estabelecermos que o aumento dos preços (P) desloca a curva LM para a esquerda, o que resulta em queda no produto (Y).

Inclinação da DA tem relação direta com a inclinação da IS (IS menos inclinada variação da renda maior) e relação inversa com a inclinação da LM (LM mais inclinada variação da renda maior)

Portanto, os fatores que determinam a inclinação das curvas IS (propensão marginal a consumir e
sensibilidade dos investimentos aos juros) e LM (sensibilidade da demanda por moeda aos juros e à renda) determinam, em conjunto, a inclinação da curva DA.

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6
Q

Sobre os deslocamentes da Curva DA, quais políticas deslocam pra esquerda ou direita?

A

Para a esquerda
* Política fiscal restritiva;
* Política monetária restritiva;
* Redução nos gastos autônomos;
* Aumento na taxa de juros;
* Redução da inflação esperada;
* Expectativa de queda no emprego.

Para a direita
* Política fiscal expansiva;
* Política monetária expansiva;
* Aumento nos gastos autônomos;
* Redução na taxa de juros;
* Aumento da inflação esperada.
* Expectativa de aumento no emprego.

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7
Q

O que é a curva de Oferta Agregada?

A

A curva de oferta agregada (OA) irá nos mostrar a relação entre o nível de preços e o total de
bens e serviços ofertados. A OA terá sua inclinação determinada pelo prazo com o qual estamos
lidando: será vertical no longo prazo, demonstrando a total flexibilidade de preços que o
caracteriza, ou horizontal no curto prazo, por conta da total rigidez de preços.

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8
Q

Como é a inclinação da curva de Oferta Agregada no Longo Prazo?

A

todos os preços são flexíveis e a economia se
encontra em equilíbrio de pleno emprego. Isso determina a OA vertical, evidenciando que o
Produto é totalmente inelástico em relação ao nível de preços.

Além disso, um aumento na demanda agregada resultará apenas me aumento nos preços, posto
que a economia já está produzindo seu máximo, ou melhor, o produto (Y) da economia é igual
ao seu produto potencial (YP):

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9
Q

Como é a inclinação da curva de Oferta Agregada no Curto Prazo?

A

O curto prazo é definido como um período onde nem todos os preços podem ser reajustados.
Isso nos leva a duas hipóteses:
[1] todos os preços são rígidos
ou
[2] alguns preços são rígidos
(e outros flexíveis).

[1] OA horizontal. Dessa forma, as
empresas estarão dispostas a suprir qualquer quantidade demandada, a determinado nível de
preços. Aumento da DA resulta aumento da renda.

[2] Oa com inclinação positiva - Se o nível de preços é mais alto do que o nível de preços esperado, a produção excede seu nível natural. Portanto, preço e produto estão positivamente
relacionados.
Dessa forma, aumentos na demanda agregada provocam elevação nos níveis de preços e de
produção:

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10
Q

Quais são as políticas que deslocam a OA no curto prazo?

A

O principal fator que desloca a curva de oferta é a mudança nos custos de produção, ou seja,
alterações nos preços dos fatores de produção ou na tributação.

Para a esquerda
* Aumento nos salários;
* Aumento nos preços de matérias-primas;
* Aumento na tributação sobre as vendas
ou sobre a produção;
* Condições de clima desfavoráveis à
produção;
* Crises financeiras (queda no acesso ao
crédito);
* Aumento na inflação esperada.

Para a direita
* Redução nos salários;
* Redução nos preços de matérias-primas;
* Redução na tributação sobre as vendas
ou sobre a produção;
* Condições de clima favoráveis à
produção;
* Redução na inflação esperada.

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11
Q

O que é a curva de Phillips?

A

A curva de Phillips estabelece a relação negativa entre o desemprego (μ) e inflação (π).
Portanto, quanto maior o desemprego, menor a inflação. Quanto maior a inflação, menor o
desemprego

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12
Q

Qual a fórumla da primeira versão da CUrva de Philips

A

A primeira versão, proposta pelo economista A. W. Phillips em 1958, era baseada na seguinte
função:
π=-β(μ-μN)
Onde:
π: taxa de inflação
β: sensibilidade dos preços à taxa de desemprego
μ: taxa de desemprego
μN: taxa natural de desemprego

Portanto, a inflação seria igual à diferença entre o nível de desemprego e o nível de desemprego
natural, multiplicada pela sensibilidade dos preços à taxa de desemprego. Dessa forma, sempre
que a taxa de desemprego for igual à taxa natural, a inflação seria igual a zero

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13
Q

Qual a fórumla da Curva de Philips aceleracionista ou curva de Phillips com expectativas adaptativas?

A

A primeira versão da curva de Phillips não leva em consideração a inflação esperada, de
forma que ela foi agregada pelos economistas Friedman e Phelps, na chamada curva de Phillips
aceleracionista ou curva de Phillips com expectativas adaptativas.

π=πE-β(μ-μN)
Onde:
π: taxa de inflação
πE: taxa de inflação esperada
β: sensibilidade dos preços à taxa de desemprego
μ: taxa de desemprego
μN: taxa natural de desemprego

Caso o desemprego seja igual ao desemprego natural, a inflação será igual à inflação
esperada.
a inflação passada determina,
completamente, a inflação presente.

Essas modificações na curva de Phillips, propostas por Milton Friedman e Edmund Phelps,
implicam que a taxa de desemprego deveria ser mantida acima do que consideraram a taxa
natural de desemprego, pois dessa forma a inflação seria inferior à inflação esperada, fazendo
com que as expectativas adaptativas fossem reduzidas, período a período. Por isso o nome
“curva de Phillips aceleracionista”.

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14
Q

Qual a fórumla da CUrva de Philips curva de Phillips com expectativas adaptativas e choques de oferta?

A

Para chegarmos à versão moderna da curva de Phillips, precisamos acrescentar outra
força à equação: os choques na oferta.

π=πE-β(μ-μN)+ε
Onde:
π: taxa de inflação
πE: taxa de inflação esperada
β: sensibilidade dos preços à taxa de desemprego
μ: taxa de desemprego
μN: taxa natural de desemprego
ε: choque de oferta (adverso)

ε > 0 - choque adverso de oferta faz com que a inflação seja maior para todos os níveis de desemprego

ε < 0 - choque favorável de oferta faz com que a inflação seja menor para todos os níveis de desemprego

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15
Q

Em resumo, quais são as 3 forças que determinam a inflação pela curva de phillips curva de Phillips com expectativas adaptativas e choques de oferta?

A
  • Inflação esperada
  • Choques de Oferta
  • Desemprego Cíclico

Concluindo, a inflação pode ser considerada uma inflação de oferta, uma inflação de
demanda, ou uma inflação inercial, conforme o componente que tenha maior relevância em
sua formação

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16
Q

Quais são as premissas da Curva de Philips com Expectativas Racionais ou Curva de Phillips versão Lucas?

A

Os agentes econômicos:
* OTIMIZAM
* LEVAM EM CONTA TODAS AS INFORMAÇÕES
* NÃO SOFREM DE ILUSÃO MONETÁRIA

17
Q

Quais são os efeitos das Curvas de OA e DA na Curva de Phillips?

A

Deslocamentos na OA provocarão deslocamento da curva de Phillips (lembra dos choques de oferta?), enquanto deslocamentos na DA provocarão deslocamentos ao longo da (ou “na”) curva de Phillips.

O deslocamento da curva DA - resulta em maior
nível de preços (P1>P0) e maior nível de renda
(Y1>Y0).
Na curva de Phillips, maior nível de preços se
traduz em maior inflação (π1>π0) e menor
nível de desemprego (μ1<μ0). Portanto, o
movimento ocorre ao longo da curva de
Phillips.

Um choque favorável de oferta, por outro lado,
resulta em maior nível de renda e menor nível
de preços.
Para a curva de Phillips, isso significa menor
nível de desemprego e menor nível de
inflação. Isso só é possível pelo
deslocamento da curva de Phillips para a
esquerda

Concluisse que a curva de Phillips é espelhada na curva de oferta agregada.

18
Q

Há relação entre inflação e e desemprego no longo prazo, verificando a curva de phillips?

A

A curva de Phillips de longo prazo também é espelhada na curva OA de longo prazo, a qual
verificamos ser vertical.
Logo não há relação entre
inflação e desemprego no longo prazo.

Independentemente do nível de inflação, o desemprego, no longo prazo, mantémse em seu nível natural.
E sim, o tradeoff entre inflação e desemprego deixa de existir, no longo prazo.
E nesse caso, lembre-se, dizemos que a moeda é neutra.

19
Q

O que é a Lei de Okun e sua fórmula?

A

A Lei de Okun diz algo bastante intuitivo: o nível de emprego é diretamente relacionado com o
nível de produto.

(μ-μN) = λ(YP-Y)
Onde:
μ: taxa de desemprego
μN: taxa natural de desemprego
λ: sensibilidade do desemprego ao hiato do produto
YP: produto potencial
Y: produto efetivo

Quando o desemprego excede sua taxa natural (lado esquerdo da equação positivo), o produto
estará abaixo do seu potencial (o lado direito também precisa ser positivo), caracterizando o
chamado hiato do produto.

Cruzando as relações estabelecidas na curva de Philips (maior inflação X desemprego menor) e na Lei de Okun (menor desemprego X produto maior), concluímos que a inflação está positivamente relacionada
com o produto, quando este está acima do produto potencial.

20
Q

Como funciona o regime de metas para inflação?

A
  1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determina até junho a meta de inflação para o ano
    seguinte, mediante proposta do Ministro da Economia;
  2. O Banco Central do Brasil executa as políticas monetárias necessárias para o atingimento
    da meta.
  3. A meta é considerada cumprida quando a variação acumulada da inflação - medida pelo
    IPCA, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário - situar-se na faixa
    do seu respectivo intervalo de tolerância.
  4. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Economia.
21
Q

Quais são os índices de inflação apurados na economia brasileira?

A

O IBGE, mensalmente, apura os seguintes índices:
► IPCA: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo é o índice utilizado oficialmente, pelo
Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central, no Sistema de Metas de Inflação, ou
seja, é a medida oficial da inflação no Brasil. São considerados, na cesta do IPCA, bens
consumidos por famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, e que residem em
determinadas regiões metropolitanas.
► INPC: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor é semelhante ao IPCA, mas leva em
consideração famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, cuja pessoa de
referência é assalariada.

A FGV também apura o Índice Geral de Preços (IGP), que possui algumas modalidades muito
utilizadas no mercado privado:
► IGM-M: Índice Geral de Preços do Mercado, que abrange variações de preços
verificadas entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
► IGP-Di: Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, que abrange variações de
preços verificadas entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
► IGP-10: Índice Geral de Preços 10, que abrange variações de preços verificadas entre o
dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência