aula 16 Flashcards

1
Q

Descreva o desenvolvimento embrionário do ouvido interno

A

O ouvido interno tem origem ectodérmica.
Primeiramente são formadas placas auditivas por engrossamento ectodérmico de ambos os lados do tubo neural. As placas invaginam medialmente formando as fossas auditivas, que evoluem em direção ao rombencéfalo ganhando uma forma sacular e dando origem à vesicula auditiva. A vesicula auditiva diferencia-se então numa porção dorsal, que irá dar origem aos 3 conductos semicirculares, ao utrículo e ao conducto endolinfático, e numa porção ventral que se irá diferenciar no sáculo e no conducto coclear. As máculas diferenciam-se no sáculo e no utrículo e ampolas com cristas diferenciam-se nos conductos semicirculares. Estes componentes constituem o labirinto membranoso do ouvido interno; o labirinto ósseo do ouvido interno é formado por ossificação endocondral do tecido mesenquimatoso adjacente ao labirinto membranoso.

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Q

Descreva o desenvolvimento embrionário do ouvido médio

A

O ouvido médio é de origem endodérmica e é constituído pela cavidade timpânica, trompa auditiva e ossos e músculos auditivos.
A 1ª bolsa faríngea evolui lateralmente, em direção à 1ª fenda faríngea expandindo na sua porção mais distal para formar a cavidade timpânica, e permanecendo estreita na sua porção mais proximal para dar origem à trompa auditiva. Nos cavalos, a porção ventral da trompa auditiva dilata para dar origem às bolsas guturais.
Os moldes cartilagenosos dos ossos auditivos são rodeados por tecido mesenquimatoso designado por condensação mesenquimática, que depois desaparece para incluir os ossos na cavidade timpânica.
O martelo e a bigorna, e o músculo tensor do tímpano, são derivados do 1º arco faríngeo enquanto o estribo, e o músculo estapédico, são derivados do 2º arco faríngeo.
A porção ventral da cavidade timpânica evolui notavelmente em algumas espécies como os carnívoros para formar a bolha timpânica.

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3
Q

Descreva o desenvolvimento embrionário do ouvido externo

A

O ouvido externo é constituído pelo pavilhão auricular, meato acústico externo e membrana timpánica.
A 1ª fenda faríngea evolui medialmente em direção à endoderme da 1ª bolsa faríngea para formar o meato acústico externo. No fundo da 1ª fenda faríngea forma-se o tampão meatal, engrossamento ectodérmico que posteriormente desaparece (a sua persistência é causa de surdezes congénitas) para formar a membrana timpânica. A membrana timpânica é constituída por 3 camadas, uma externa ectodérmica, uma média fibrosa e uma interna endodérmica, por isso para a formação da membrana timpânica também contribui o desenvolvimento embrionário do ouvido médio. O pavilhão auricular é formado por 6 proliferações mesenquimáticas derivadas dos primeiros 2 arcos faríngeos, que dão origem à cartilagem auricular (hélix, anti-hélix, trago, antitrago e escafe), cartilagem anular e cartilagem escutiforme.

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4
Q

Descreva detalhadamente o ouvido externo

A

O ouvido externo é constituído pelo pavilhão auricular, meato acústico externo e membrana timpânica.
O pavilhão auricular é constituído pela cartilagem anular, cartilagem escutiforme, cartilagem auricular que pode ser dividida em trago, antitrago, hélix, antihélix e escrafa, pelos músculos do pavilhão auricular, pele e corpos adiposos.
Animais que têm pavilhões auriculares caídos são mais propícios a desenvolver otites.
O meato acústico externo permite a comunicação entre o pavilhão auricular e a membrana timpânica e é constituído por uma porção cartilagenosa (cartilagem auricular e cartilagem anular) e uma porção óssea contida na porção petrosa do osso temporal. As glândulas tubulares e sebáceas presentes no meato acústico externo são responsáveis pela produção de serúmen.
A membrana timpânica é constituída por 3 camadas, uma externa de origem ectodérmica, uma média fibrosa e uma interna de origem endodérmica. Tem uma porção superior mais laxa e os restantes 3/4s são tensos. Relaciona-se com o manúbrio do martelo para condução de ondas sonoras e fixa-se no anel timpânico. A sua face externa é côncava.
O ouvido externo é irrigado pela artéria auricular rostral, ramo da artéria temporal superficial, e pela artéria auricular caudal, que emite ramos auriculares lateral, medial, intermédio e profundo.
É inervado pelo nervo auricular maior (C2), occipital maior (C1), auriculopalpebral (VII) que emite o nervo auricular rostral; nervo auricular caudal e nervo auriculotemporal (V).

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5
Q

Descreva detalhadamente o ouvido interno

A

O ouvido interno é constituído pelo labirinto membranoso preenchido por endolinfa, e pelo labirinto ósseo contido na porção petrosa do osso temporal. O espaço entre o labirinto membranoso e o labirinto ósseo, o espaço perilinfático, é preenchido por perilinfa.
O labirinto membranoso é constituído por 3 conductos semicirculares, que se unem ao utrículo através de pilares, e cada conducto tem uma ampola, zona dilatada que permite a deteção de movimentos da cabeça (relacionado com o equilíbrio) por cílios presentes nas cristas das ampolas através do movimento da endolinfa. Informações sobre a posição da cabeça são transmitidos para o cerebelo através do nervo vestibular.
O utrículo é outro componente do labirinto membranoso juntamente com o sáculo, unidos entre si pelo conducto utriculosacular. O utrículo e o sáculo têm máculas, que permitem a deteção da posição da cabeça através do movimento dos otólitos, cristais de cálcio. O labirinto membranoso também é constituído pelo conducto endolinfático (que termina no saco endolinfático) e pelo conducto coclear. O conducto coclear tem uma membrana vestibular que o separa da rampa vestibular, e uma membrana espiral que o separa da rampa timpânica, e é nesta membrana que se encontra o órgão espiral que permite a deteção de vibrações sonoras através da vibração da perilinfa na rampa vestibular. Também compõem o conducto coclear o ligamento espiral e a membrana tectória.
O labirinto ósseo é constituído pelos canais semicirculares, que alojam os conductos semicirculares, pelo canal perilinfático que abre para a cavidade subaracnóide, pelo vestibulo, que tem um recesso para o utrículo e um recesso para o sáculo, pela cóclea, dividida numa rampa vestibular e numa rampa timpânica por onde circulam perilinfa, e pelo meato acústico interno, por onde passam os nervos vestibulococlear e facial.
O ouvido interno é irrigado por ramos vestibulares e cocleares da artéria labiríntica. Os ramos cocleares formam glomérulos arteriosos.
E é inervada pelo nervo vestibulococlear, sendo que tem uma componente coclear com gânglios espirais, e uma porção vestibular com gânglio vestibular e ramos para as ampolas, utrículo e sáculo (nn. ampulares, utricular, utriculoampular e sacular).

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6
Q

Descreva o trajeto do som desde a sua emissão até se tornar consciente

A

Pavilhão auricular » meato acústico externo » membrana timpânica » martelo » bigorna » estribo » janela vestibular » perilinfa na rampa vestibular » perilinfa no helicotremo » perilinfa na rampa timpânica » órgão espiral no conducto coclear » gânglio espiral » nervo coclear » núcleo coclear dorsal » lemnisco lateral » núcleo geniculado medial » radiação acústica » área acústica do córtex cerebral

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