Assistência Clínica ao Parto Vaginal Flashcards
Fases clínicas do parto
Dilatação
Expulsão
Secundamento
Primeira hora pós-parto
Fase ativa do trabalho de parto é caracterizada por
Presença de contrações uterinas regulares e dilatação cervical com pelo menos 4cm
Período expulsivo prolongado
> 30 min
Mecanismos de descolamento da placenta
- Baudelocque-Schultze: a implantação placentária encontra-se no fundo uterino. Desprende-se pela face fetal em forma de guarda- chuva, com o sangramento se exteriorizando após a saída da placenta.
- Baudelocque-Duncan: a implantação placentária ocorreu nas paredes laterais uterinas. Desprende-se pela borda inferior, com o sangramento precedendo a saída da placenta
Mecanismos de hemostasia no quarto período do parto
- Miotamponagem: contração da musculatura uterina, que provoca ligadura dos vasos uteroplacentários (ligaduras vivas de Pinard)
- Trombotamponagem: formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários e hematoma intrauterino que promovem o tamponamento de arteríolas e veias abertas no sítio placentário
- Indiferença miouterina: o útero se torna “apático” e, do ponto de vista dinâmico, apresenta fases de contração e relaxamento, podendo se encher progressivamente com sangue
- Contração uterina fixa: depois de decorrida uma hora, o útero adquire maior tônus, a contração se sobrepõe ao relaxamento. Assim, o útero se mantém contraído, constituindo o chamado globo de segurança de Pinard
Indicações da amniotomia
Correção de distócias funcionais, avaliação da variedade de posição (caso não seja possível com a bolsa íntegra), avaliação do líquido amniótico quando indicada e nos casos de parto operatório
Indicações de episiotomia
Parto operatório (fórcipe ou vacuoextração), períneos rígidos, exaustão materna, feto grande, período expulsivo prolongado, variedades occipitoposteriores, distócia de espáduas, IC materna, SFA e apresentação pélvica
Quando iniciar o partograma?
Fase ativa do trabalho de parto (2 a 3 contrações eficientes em 10 minutos, dilatação cervical mínima de 3 cm)
Fase latente prolongada
Dilatação cervical menor que 3/4 cm apesar do tempo excessivo de contrações dolorosas e regulares. Definida como duração maior que 20h em primíparas e 14h em multíparas. Não é indicativa de distócia e não é necessária sua correção. Fator de risco para trabalho de parto disfuncional
Fase ativa prolongada ou distócia funcional primária
Dilatação cervical menor que 1 cm/h (ultrapassa linha de alerta), decorrente geralmente de discinesias uterinas. A correção é feita inicialmente pelo emprego de técnicas humanizadas de estímulo ao parto normal e, se necessário, posteriormente pela administração de ocitocina ou rutura artificial da bolsa das águas
Parada secundária da dilatação
Dilatação cervical mantida (ultrapassa linha de alerta) diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de 2h seguidas em paciente em fase ativa do parto, decorrente em geral de desproporção cefalopélvica ou alteração da posição da apresentação fetal (deflexão, variedades transversas ou posteriores). A deambulação, a rotura artificial da bolsa das águas ou a analgesia peridural podem favorecer a evolução do parto. A resolução por cesárea deve ser indicada quando estes procedimentos não forem eficientes.
Parto precipitado ou taquitócico
Dilatação, descida e expulsão que ocorrem num período de 4h ou menos. Estão presentes a taquissistolia e hipersistolia e pode ser decorrente, por exemplo, da administração excessiva de ocitocina. Suspender ocitocina até retorno a um padrão contratural normal
Período pélvico prolongado
Descida progressiva, mas excessivamente lenta no período expulsivo. Decorrente em geral da contratilidade diminuída ou desproporção cefalopélvica relativa (deflexões, má rotações). Sua correção é obtida pela administração de ocitocina, rotura artificial da bolsa das águas e utilização de fórcipe, desde que preenchidos os pré-requisitos para sua aplicação.
Parada secundária da descida
Diagnosticada por dois toques sucessivos com intervalo de pelo menos 1h, desde que a dilatação esteja completa. É a parada da descida fetal por pelo menos uma hora após atingir a dilatação completa. Decorrente em geral da desproporção ou alteração da posição da apresentação fetal. Deve ter pronta correção por cesárea (desproporção absoluta) ou fórcipe de tração ou rotação (desproporção relativa)
Em que consiste a manobra de Bracht
Levantar o dorso fetal contra a sínfise pubiana