Arritmias extrassitólicas. Arritmias auriculares. Taquiarritmias com complexos QRS estreitos Flashcards
Arritmia mais frequente
Arritmia extrassistólica supraventricular
A arritmia extrassistólica supraventricular caracteriza-se por
- Onda P não sinusal precoce
- Intervalo PQ que pode ser mais prolongado
- QRS semelhante aos prévios (a não ser que ocorra alguma aberrância de condução intraventricular)
- Pausa pós-extrassistólica (que frequentemente não é compensadora)
Pausa extrassistólica compensadora
O intervalo RR que envolve a extrassístole é maior ou igual ao dobro do intervalo RR basal
Complexos QRS na maioria das extrassístoles supraventriculares
QRS estreitos
Complexos QRS nas extrassístoles ventriculares
QRS largos
Extrassístoles ventriculares são caracterizadas por
Complexos QRS largos e pausas compensadoras
Taquicardia não mantida
Duração inferior a 30 segundos
Taquicardia mantida
> = 30 segundos
Arritmia sinusal caracteriza-se por
Aumento e redução cíclica dos intervalos RR mantendo um intervalo PQ fixo
(DDx com estrassistolia auricular - na extrassistolia auricular a onda P apresenta morfologia diferente da sinusal e o intervalo PQ aumenta de duração)
Marca passo migratório caracteriza-se por
Origem progressivamente mais baixa do impulso elétrico, que se traduz por
- aumento progressivo do intervalo RR
- modificação progressiva da onda P
- encurtamento progressivo do intervalo PQ
Onda P no ritmo ectópico auricular com origem nas porções meso-septais ou infero-septais
Onda P negativa nas derivações inferiores (II, III, aVF)
Ritmo ectópico juncional caracteriza-se por
Complexos QRS estreitos e frequentemente ausência de ondas P
(dependendo do local de origem no nódulo AV a onda P poderá por vezes ser detetada no início ou no fim do complexo QRS)
Complexos QRS estreitos
<0,12 s
Complexos QRS largos
> = 0.12 s
Taquicardias com complexos QRS estreitos
QRS estreitos <0.12 s
- Taquicardias auriculares (fibrilhação auricular, flutter auricular e taquicardia auricular)
- Taquicardia por reentrada nodal AV (TRNAV)
- Taquicardia por reentrada aurículo-ventricular mediada por via acessória com condução retrógada (TRAV)
DDx - detetar ondas P e calcular rácio entre ondas P e complexos QRS!
Taquicardias regulares com complexos QRS largos
Taquicardia ventricular vs
Taquicardia supraventricular com aberrância de condução intraventricular
Ondas P na fibrilhação auricular
Frequentemente não detetadas (fribrilhação auricular não tem atividade elétrica organizada)
A fibrilhação auricular caracteriza-se por
Ausência de ondas P
Intervalos RR irregulares
O flutter auricular caracteriza-se por
Relação aurículo-ventricular habitualmente >= 2:1 (mais ondas P do que complexos QRS)
Frequência auricular >= 250/ s
Derivações inferiores (II, III, aVF) podem apresentar ondas P com componente negativo seguido de componente positivo (aspeto de “dentes de serra”)
Frequência auricular na taquicardia auricular
Inferior a 250 min
Habitualemnte frequência 140-200 bpm (podem ter condução aurículo ventricular 1:1)
Perante taquiarritimia auricular com mais ondas P do que complexos QRS, o que diferencia flutter auricular de taquicardia auricular?
Frequência auricular - se >= 250/ min diagnóstico será de flutter auticular
Taquicardias de complexos estreitos com relação AV 1:1
- Forma comum da TRNAV
- TRAV mediada por via acessória
- Taquicardia auricular
DDx assenta predominantemente na relação da onda P com o complexo QRS (intervalo RP)
TRNAV caracteriza-se por
- Complexos QRS estreitos
- Relação aurículo ventricular 1:1
- Intervalo RP < 100 ms, com onda P retrógrada escondida dentro do complexos QRS ou na porção terminal do QRS
- Possíveis alterações morfológicas
do complexo QRS em V1 (presença de onda pseudo R’) e/ou
nas derivação II, III e aVF (onda pseudo S)
(circuito de reentrada ao nível do nódulo AV; impulso elétrico atravessa o nódulo AV pela via lenta [compente inferior] e retorna à aurícula pela via rápida [componente superior] que entretanto recuperou a excitabilidade)
TRAV mediada por via acessória com condução retrógrada caracteriza-se por
- Intervalo RP >= 100 ms
- Onda P retrógrada geralmente ocorre na primeira metade do intervalo RR e é inferior a 200ms
(circuito de macroreentrada; tecido elétrico especializado na direção inferior, via acessória na direção superior)
Forma rara da TRNAV
Intervalo RP > 200 ms
Onda P com polaridade negativa nas derivações inferiores
(impulso atravessa a via rápida do nódulo AV mas retorna pela via lenta, com ativação retrógrada das aurículas mais tardia)
Forma ATÍPICA da TRAV
Taquicardia de Coumel
- Intervalo RP > 200 ms
- Onda P com polaridade negativa nas derivações inferiores
(Via acessória lenta localizada no septo interventricular; impulso desce pelo tecido especializado e retorna às aurículas pela via acessória)
Taquicardias com complexos QRS estreitos com intervalo RP longo (RP > 200 ms)
- Taquicardia auricular
- Forma rara da TRNAV
- Taquicardia de Coumel
DDx - polaridade da onda P nas derivações inferiores (II, III e avF)
- Positiva - taquicardia auricular
- Negativa - necessário estudo eletrofisiológico para se chegar ao diagnóstico