Arboviroses Flashcards
Agente Etiológico Dengue
arbovírus
gênero Flavivirus
família Flaviviridae
Quantos sorotipos são conhecidos?
4 Sorotipos
Tipo de transmissão da dengue
Aedes aegypti
Aedes albopictus (Ásia)
Fisiopatologia dengue
Picada da fêmea infectada;
O vírus se replica inicialmente nas células mononucleares dos linfonodos locais ou nas células musculares esqueléticas, produzindo viremia.
No sangue, o vírus penetra nos monócitos, onde sofre a segunda onda de replicação;
A replicação viral estimula a produção de citocinas pelos macrófagos e, indiretamente, pelos linfócitos T helper
específicos que interagem com o HLA classe II dessas células.
Substâncias responsáveis pela Síndrome Febril
TNF-alfa e a IL-6.
Qual sorotipo mais provável de causar a forma grave da dengue
Sorotipo 2
Teoria de Halstead
A ligação de anticorpos heterólogos ao novo sorotipo de vírus da dengue facilitaria a penetração do vírus nos macrófagos, por mecanismo de opsonização.
Uma quantidade muito maior de vírus ganharia o interior dos fagócitos, onde podem se proliferar em larga escala, aumentando a viremia e estimulando a produção de citocinas, proteases ativadoras do sist. complemento e tromboplastina.
Linfócitos T helper CD4+ específicos para o vírus secretam IFN-gama, que age sobre os macrófagos infectados, potencializando a internalização viral e
a expressão de moléculas do HLA classe II em sua membrana que, por sua vez, ativa mais linfócitos T helper CD4+ específicos, um mecanismo de retroalimentação positiva.
Fases da Dengue
Febril
Crítica
Recuperação
Características Fase Febril dengue
Febre alta(39-40)
Cefaleia
Dor retro-orbitária
Mialgia
Artralgia
Exantema maculopapular
Sinais de Alarme Fase Crítica dengue
Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua
Vômitos persistentes
Hipotensão ortostática e/ou lipotimia
Hepatomegalia > 2 cm abaixo do rebordo costal.
Sangramento de mucosas
Letargia e/ou irritabilidade
Acúmulo de líquido (ascite, derrame pleural e/ou pericárdico)
Aumento progressivo do hematócrito
Complicação Fase Crítica dengue
Choque Circulatório
Parâmetros para avaliação de choque circulatório
FC
PA
Temperatura e perfusão de extremidades
Pulso periférico
Tempo de enchimento capilar
FR
Diurese
Como diferenciar dengue de enteroviroses
Dengue: fezes pastosas com freq de 3-4x
Enteroviroses: diarreia líquida volumosa com freq > 5x
Medicamentos que podem causar complicações hemorrágicas
AAS;
AINES;
Anticoagulantes.
Características Fase de Recuperação dengue
Líquido extravasado para o espaço extravascular
começa a ser reabsorvido, com melhora gradual do estado clínico.
Como diferenciar dengue de outras doenças que cursam com citopenias graves e febre?
Presença de anemia moderada a grave, achado não esperado na dengue.
Como realizar prova do laço?
Avaliar PA máx e mín;
Inflar até PAM
Desinsuflar após 5 minutos(adulto);
Desenhar quadrado(2,5x2,5cm) no antebraço;
Contagem de pontos vermelhos.
Prova do laço positiva
> 20 pontos adulto
10 pontos crianças
Exames Diagnósticos Dengue
Até quinto dia:
dosagem do antígeno NS1 no sangue
Cultura
RT-PCR
imuno-histoquímica tecidual
A partir do sexto dia:
ELISA
Classificação de Risco Dengue
GRUPO A
Caso suspeito de dengue + ausência de sinais de alarme + ausência de sangramentos espontâneos ou induzidos (prova do laço negativa).
O paciente também não deve ser portador de comorbidades crônicas importantes, assim como não deve possuir condições clínicas especiais ou risco social.
Classificação de Risco Dengue
GRUPO B
Caso suspeito de dengue + ausência de sinais de alarme + PRESENÇA de sangramentos espontâneos ou induzidos (prova do laço positiva).
Também entram neste grupo os portadores de comorbidades crônicas (HAS, DM, DPOC, IRC, doenças hematológicas – como anemia falciforme ou púrpura –,
doença péptica gastroduodenal, hepatopatias e doenças autoimunes) ou condições clínicas especiais (idade < 2 anos ou > 65 anos, gestantes) ou risco social.
Classificação de Risco Dengue
GRUPO C
Caso suspeito de dengue + PRESENÇA de algum sinal de alarme
Classificação de Risco Dengue
GRUPO D
Caso suspeito de dengue + presença de sinais de choque, sangramento grave ou disfunção grave de órgãos.
Conduta Diagnóstica GRUPO A
Exames específicos para a confirmação diagnóstica de dengue são obrigatórios apenas em situações não epidêmicas.
No contexto de uma epidemia o diagnóstico pode ser feito em bases clinicoepidemiológicas