Apostila 2 - Linfomas e Mieloma Flashcards

1
Q

diferença leucemia e linfoma?

A

É uma diferença basicamente de nomenclatura, chama-se de leucemia a doença que tem origem na medula e de linfoma a doença que tem origem no tecido linfóide. Nada impede que uma doença que começa em um vá para o outro.

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2
Q

clínica geral dos linfomas e sintomas B

A

Linfonodomegalia não dolorosa não inflamatória (mais comumente cervical e supraclavicular)

Sintomas B: pior prognóstico (fazem ddx com TB):
Febre >38ºC
Sudorese noturna
Perda ponderal >10% em 6 meses

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3
Q

laboratório nos linfomas

A

Anemia normo/normo
Aumento VSH e LDH
Não-Hodgkin: acompanhado das “penias”
Hodgkin: maior celularidade - leuco + trombocitose, eosinofilia
Célula de Reed Sternberg (RS): clássica de Hodgkin,

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4
Q

quando um linfonodo é considerado suspeito?

A

> 2cm; OU >1,5x1,5cm
Supraclavicular ou escalênico
Crescimento progressivo
Endurecido e aderido

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5
Q

Estadiamento de linfomas Ann-Arbor modificado

A

estágio 1: Uma cadeia linfonodal ou estrutura linfóide (baço, timo)
estágio 2: Duas ou mais cadeias (no mesmo lado do diafragma)
estágio 3: 2 ou + cadeias pegando ambos lados do diafragma
III1: Andar superior do abdome
III2: Andar inferior do abdome
estágio 4: Acometimento extranodal À DISTANCIA
(Não vale aquele que passa por contiguidade) – fígado, MO..
Com sintomas B: coloca B na frente - lembrando que é de pior prognóstico

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6
Q

características que conferem pior prognóstico à um linfoma

A

sintomas B
idade > 60a
aumento de LDH
acometimento extranodal

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7
Q

características de um linfoma Hodgkin

A

É o tipo menos comum, mas o que mais cai em PROVA.
Origem nos linfócitos B, marcado pelas células RS, possui 4 subtipos
Linfonodomegalia geralmente centralizada: cervical, mediastinal - doença central. A disseminação é por contiguidade, então fica mais centralizada.
Célula de Reed Sternberg (RS): clássica de Hodgkin, mas NÃO é patognomônica. Imagem: parece uma coruja (dois olhos juntos).

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8
Q

epidemiologia e como fazer diagnóstico de linfoma de hodgkin?

A

Epidemiologia: jovens!! Tem prognóstico melhor

Para fazer o diagnóstico você precisa das células RS + pano de fundo reacional (histiócitos, plasmócitos etc)

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9
Q

clínica de um linfoma hodgkin

A

Adenomegalia central: supraclavicular, cervical, mediastinal
Linfonodomegalia mediastinal: pode se manifestar como uma massa no mediastino ao Rx.
Febre de Pel Ebstein: febre irregular – dias com febre e dias sem
Dor linfonodal após ingestão alcoólica PROVA
Prurido, eosinofilia

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10
Q

quais sao as massas de mediastino mais comuns no linfoma hodgkin

A

timoma
tireoide
terrível linfoma
teratoma

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11
Q

quais sao os subtipos de linfoma hodgkin?

A

A: CD15 e CD30
esclerose nodular - mulheres jovens
celularidade mista - homens com HIV ou EBV
predomínio rico linfocítico - melhor prognóstico
depleção linfocitária - pior prognóstico, mais comum em idoso

B: CD20
LH com predomínio linfocitário - extremamente raro

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12
Q

tto linfoma hodgkin

A

Doença localizada – I e II : QTx + RTx
Doença avançada – III e IV : Geralmente é radioresistente. No mínimo QTx, se associado a rádio ou não, depende.
Recidiva - No mínimo QTx, pode ser associado ao transplante de MO

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13
Q

linfoma nao hodgkin: manifestaçao inicial

A

adenomegalia

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14
Q

qual linfoma é mais comum?

A

NH

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15
Q

Fatores de risco pro linfoma NH

A

HIV, EBV, HTLV, HCV, H.pylori, doenças autoimunes (celíaca, Sjogren, Hashimoto), transplantados…

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16
Q

Características do linfoma NH

A

Manifestação inicial: adenomegalia (2/3 dos casos)
Média de 60 anos – indivíduos mais velhos, mais comum em homens
Mais comum que o Hodgkin
Podem ter origem nos linf B, T ou células NK
Disseminação hematogênica. Descentralizado, periférico, (extranodal, epitroclear…)
Sintomas B mais frequentes
Febre contínua, prurido discreto
Tem mais de 20 subtipos
Prognóstico ruim
Relação com AIDS: B de grandes células e Linfoma de Burkitt

17
Q

O que é o paradoxo prognóstico do Linfoma NH?

A

Paradoxo prognóstico: tem linfomas extremamente agressivos e outros indolentes. Os tumores que se replicam de forma muito rápida são os que apresentam melhor taxa de cura, o paciente viveria pouco sem tto, mas ele cura mais fácil, já os tumores de crescimento lento, tem pior taxa de cura

18
Q

Qual é o subtipo de LNH mais comum? quais suas características?

A
Linfoma difuso de grandes células B (é o + comum, típico do idoso, cura em 40 a 60%)
curso rápido
sobrevida de meses (se nao tratado)
tratamento curativo (normalmente a doença é descoberta cedo porque avança rápido)
19
Q

o que é um mieloma múltiplo? quais as principais características?

A

Tumor que infiltra a medula em múltiplos focos tumorais
Neoplasias dos plasmócitos (linfócito B que foi ativado pelo linfócito T)
Discrasia plasmocitária maligna - plasmócito enlouquecido na medula de todos os ossos (múltiplo) que secreta apenas uma imunoglobulina (pico monoclonal).

20
Q

clínica do mieloma múltiplo

A

CARO
Calcemia elevada (hipercalcemia pode dar manifestacao renal, volemica, neurológica, cardíaca etc)
Anemia com roleaux (hemácias empilhadas)
Renal (Cr >2 ou Clearence <40)
Osso com lesões líticas axiais (coluna, calota cerebral)

CINTILOGRAFIA E FOSFATASE ALCALINA NORMAIS ATENÇAO

21
Q

epidemiologia do mieloma múltiplo

A

Epidemiologia: >50-60 anos, homens, negros. – lembrar do cantor luiz melodia

22
Q

porque ocorre a hipercalcemia no mieloma múltiplo?

A

Citocinas liberadas levam a anemia de doença crônica e além disso ativam os osteoclastos → lesões líticas no osso → liberação de cálcio → calcemia elevada e o cálcio sérico não é utilizado pelo osteoblasto porque a mesma citocina que estimula o osteoclasto, inibe o osteoblasto.
Citocinas: Anemia de doença crônica
Ativação dos osteoclastos
Inibição dos osteoblastos

23
Q

porque ocorre a lesao renal no mieloma múltiplo?

A

Agressao renal aguda: Hipercalcemia
Agressao renal propriamente dita – rim do mieloma = Cadeia leve: proteína de Bence jones - imunoglobulina que foi filtrada e aparece na urina - proteinúria
Proteinúria SEM albuminúria, temos perda de globulinas. Leva à sd de fanconi

Síndrome de Fanconi: distúrbio túbulo proximal – perda completa da sua função
Glicosúria SEM hiperglicemia, bicarbonatúria e etc
Amiloidose (“vermelho do congo”)
Aumento de ácido úrico

24
Q

qual a principal causa de morte do mieloma múltiplo?

A

O mieloma múltiplo não tem cura e a principal causa de morte desses pacientes se deve a queda da imunidade humoral. Só existe anticorpo e imunoglobulina contra um tipo específico, contra tds as outras substâncias eu não formo.

25
Q

laboratório do mieloma múltiplo

A

Fosfatase alcalina e cintilografia normais apesar da lesão lítica.
Quem aumenta a FA é a atividade osteoblástica de remodelação óssea e no mieloma múltiplo ele está inibido.
O radiotraçador que é utilizado pra fazer a imagem da cintilografia se liga ao osteoblasto, e como ele está inibido não capta o radiotracador - não aparece a lesão lítica na cintilografia.
Eletroforese de proteínas - pico monoclonal de imunoglobulinas, componente M >=3g/dl

26
Q

como fica a eletroforese no mieloma múltiplo?

A

Pico Gama na eletroforese: mais alto do que o da albumina e com a base estreita (só tem um tipo de Ig – monoclonal).
Prova : “inversão do padrão albumina-globulina”.

27
Q

quais sao os principais tipos de anticorpos produzidos no mieloma múltiplo?

A

mielomagal
IgG, igA e cadeia leve

obs: pico de igM geralmente nao é mieloma múltiplo, é Macroglobulinemia de Waldenström

28
Q

diagnóstico do mieloma múltiplo

A

Biópsia de MO com >=10% de plasmócitos (obrigatório) +

1 dos CARO - clínica ou 1 biomarcador destes:

  • Plasmócitos >=60% na MO
  • Relação cadeias leves envolvidas/não envolvidas >=100
  • Mais de 1 lesão focal à RNM
29
Q

se eu tiver Biópsia de MO com >=10% de plasmócitos mas nao tiver CARO ou biomarcador presente, qual é meu diagnóstico?

A

Mieloma indolente ou “Smoldering”

30
Q

o que é a síndrome POEMS e como faz o diagnóstico

A

Biópsia de MO com >=10% de plasmócitos sem clínica

Gamopatia monoclonal de significado indeterminado - uma chance aumentada de vir a desenvolver mieloma. Ocorre em 5% da população idosa.

Mieloma osteoesclerótico 
P – Polineuropatia simétrica: em bota e luva
O – organomegalia: hepatoesplenomegalia
E – endocrinopatia: hipogonadismo
M – mieloma
S – Skin: hiperpigmentação da pele
31
Q

prognóstico do mieloma múltiplo

A

Albumina: quanto menor, pior prognóstico do paciente (<3,5)

B2-Microglobulina → define o prognóstico: Aumentada: pior prognóstico (>3,5 a 5,5)

32
Q

tto mieloma múltiplo

A

Imunomoduladores + corticoide (RVd)
Quimioterapia – não dá para erradicar todos os plasmócitos e aquele que sobra vai se multiplicar e começar tudo de novo. O problema disso tudo é a maior propensão para infecções.
Se <77 anos e sem comorbidades graves: Pós QTx: transplante autólogo MO.