Apostila 1 - anemias hemolítica Flashcards

1
Q

diferença de hemocaterese e hemólise

A

hemocaterese é fisiológico e as hemacias tem mais de 120 dias.
hemólise é patológico e as hemacias tem menos de 120 dias

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2
Q

o que é e quais sao os mecanismos de uma hemólise compensada?

A

mecanismos para que a hemólise não vire uma anemia hemolítica
Hiperplasia da medula – medula responde com eritropoiese acentuada
Estoques de Fe (80% é reutilizado), ácido fólico (é o grande limitante desses 3, pq eu consumo muito folato) e B12 (demora muito pra cair) normais
Hemácia que é destruída com >20 dias (se for menos mesmo que eu tenha uma boa producao eu não vou conseguir compensar)

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3
Q

o que sao reticulócitos?

A

hemácias imaturas que sao lançados na corrente sg em caso de anemia/hemólise
eles sao maiores que as hemácias normais, por isso aumentam o VCM

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4
Q

quais sao as principais causas de reticulocitose?

A

anemias hemolíticas
sangramentos agudos
melhora de anemias carencias

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5
Q

porque o pcte com hemólise pode ter icterícia?

A

degradaçao do heme produz ferro + protoporfirina, sendo que essa última é transformada em biliverdina e dps em BI

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6
Q

pq o pcte com hemólise pode ter cálculos biliares?

A

aumento da produção de BI pela hemólise predispõe a formação de cálculos de billirubinato de cálcio radiopacos vistos ao Rx de abdome.

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7
Q

como é o laboratório de uma anemia hemolítica?

A
normo/normo (se mto intensa pode ter aumento de VCM)
reticulocitose
aumento de LHD (pq tem morte celular)
diminuiçao da haptoglobina
aumento da BI
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8
Q

quais sao as complicaçoes agudas de uma anemia hemolítica

A

anemiao + reticulopenia (aplásica e megalobástica)
anemiao + IRA (hemólise aguda grave)
anemiao + esplenomegalia (sequestro esplênico)

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9
Q

o que é a anemia aplásica e qual a sua causa? qual tto

A

“Infecção de eritroblastos” pelo parvorírus B19 – antes do eritroblasto se transformar em reticulócito ele é infectado, entao você não consegue continuar a linha de montagem
suporte c ou sem transfusao

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10
Q

o que é a anemia megaloblástica e qual a sua causa? qual é o tto?

A

Deficiência de ácido fólico na pessoa que tem hemólise crônica, ou seja, você parou de dar a matéria prima entao a linha de montagem trava. Não consegue transformar as pré hemácias em hemácia.
Aqui os neutrófilos começam a sofrer também porque o ácido fólico não é importante só pra produção de hemácia, é pra várias células.
Tratamento: Suplementação diária de ácido fólico
DDx: Megaloblástica tem neutrófilos hipersegmentados

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11
Q

o que é a anemia de hemólise aguda grave?

A

Def. G6PD em pessoa que tem hemólise crônica ou Loxocelles (aranha marrom) em pessoa que nem tem hemólise crônica.
É basicamente uma IRA provocada por um pigmento
Def. G6PD em pessoa que tem hemólise crônica ou Loxocelles (aranha marrom) em pessoa que nem tem hemólise crônica.
É basicamente uma IRA provocada por um pigmento

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12
Q

o que é o sequestro esplênico? qual a causa mais comum?

A

anemia falciforme

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13
Q

anemia hemolítica coombs direto

A

positivo: anemia auto-imuno
negativo: nao auto imune

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14
Q

achado da anemia hemolítica auto imune

A

coombs direto positivo

microesferócitos no esfragaço

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15
Q

qual a causa da anemia hemolítica auto-imune

A

imunoglobulinas circulantes no sangue que se ligam a hemácia a destruindo.

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16
Q

o que sao anticorpos quentes? quais as principais causas?

A
igG 
mais comuns
Causas: 
- Idiopática: mais comum 
- Secundária: LES, infec. Viral, leucemia linfocítica crônica
- Drogas: penicilina, metildopa
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17
Q

tto para anemia hemolítica auto imune de anticorpos quentes

A

Tratar a causa (tirar a medicaçao, tratar o lupus, o que for)
Diminuir a produçao de anticorpos quentes por meio de drogas: corticoide, rituximab
Em casos refratários graves: Esplenectomia

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18
Q

o que sao anticorpos frios? quais as principais causas?

A
igM
Causas: 
- Micoplasma (pneumonia)
- Mononucleose
- Macroglobulinemia
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19
Q

tto para anemia hemolítica auto imune de anticorpos frios

A

Tratamento: tratar a causa
Rituximabe
Plasmaférese
Aqui não adianta fazer esplenectomia porque neste caso a hemocaterese é hepática.

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20
Q

anemia hemolítica hereditárias causas

A

 Defeito da membrana: esferocitose
 Defeito enzimático: deficiência de G6PD
 Hemoglobinopatias: anemia falciforme, Talassemias

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21
Q

causa e clínica da esferocitose

A

criança com esplenomegalia
hemácia nao consegue se expandir por falta de anquirina - fica mais redondinha menor e hipercromica
passa devagar pelo baço e é fagocitada

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22
Q

diagnóstico de esferocitose

A

Teste da fragilidade osmótica
A parede da hemácia com esferocitose fica frágil, tensa pq as hemaceas tao brigando pra se afastar entao quando você coloca ela em uma soluçao com osmolaridade diferente ela se rompe

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23
Q

diagnóstico diferencial de esferocitose e anemia hemolítica auto-imune

A

as duas podem ter microesferócitos e teste de fragilidade + , mas só a autoimune tem coombs +

24
Q

tto de esferocitose

A

existem graus de esferocitose, entao o tto depende, pode ser só acompanhamento, pode ser necessário ácido fólico, eritopoetina, transfusao OU Esplenectomia APÓS os 5 anos de vida SE:
 Anemia GRAVE, refratária  Hb <8; Retic >10%
 Repercussões clínicas

25
Q

deficiência de G6PD clínica

A

mais comum em homens, crise anêmica aguda por hemólise

26
Q

deficiência de G6PD causas

A

Anemia hemolítica que acontece após SUPEROXIDAÇÃO:
Causas:
Infecção – mais comum
Drogas – é GavetaSeisPD: Sulfas, Primaquina (malária), Dapsona (hanseníase), Naftalina, nitrofurantoína e rasburicase (hiperuricemia).

27
Q

O que a deficiência de G6PD, o que é glucation e qual a sua funçao

A

A hemácia está sempre fazendo um processo de oxidação com as trocas gasosas e assim, acumulando radicais superóxidos.
A G6PD ativa o glucation que retira esses radicais superóxidos.
Sem a G6PD há um excesso/acúmulo de superóxidos e a hemácia se rompe.
Dessa forma, as hemácias morrem com 80-90 dias e para ter anemia hemolítica só quando morre antes de 20 dias. Assim, geralmente a pessoa com deficiência de G6PD não tem nada, pq da tempo da medula produzir mais hemácia. A anemia hemolítica só vai acontecer quando há uma aceleração desse processo com muito acúmulo de radical superóxido e a hemácia morre com menos de 20 dias. O que causa a superoxidação? A infeccao.

28
Q

deficiência de G6PD diagnóstico

A

corpúsculos de HEINZ no esfregaço – acúmulo de radicais

qnd os corpusculos passam pelo baço - bite cells (macrofago da uma mordida nele)

29
Q

tto de deficiência de G6PD

A

 Lista de drogas a ser evitada
 Não utilizar naftalina
 Procurar assistência médica mediante os primeiros sinais: febre etc

30
Q

O que é a hemoglobinúria paroxística noturna? causa

A

noturna só em 25%
dorme, hipoventila (retém CO2) e o pH cai, baixo pH potencializa o sistema complemento.

Causa: desordem genética ADQUIRIDA extraútero (se manifesta mais tardiamente). Mutação que faz com que as células vermelhas e brancas “descasquem”, apresentando o receptor de complemento em sua superfície. Isso faz com que o sistema complemento se ligue a essas células e as destruam
A hemácia e os glóbulos brancos ficam mais fáceis de serem lisados pelo complemento.

31
Q

tríade clássica da hemoglobinúria paroxística noturna

A

A) Tromboses abdominais
Sistema complemento ativado - hipercoagulabilidade trombose. Principal trombose: buddi-chiari
B) Pancitopenia
C) Hemólise

32
Q

diagnóstico da hemoglobinúria paroxística noturna

A

Citometria de fluxo – queda das frações CD55 e CD59

33
Q

tto da hemoglobinúria paroxística noturna

A

Tratamento: Eculizumab: biológico que inibe o sistema complemento. Pegcetacoplan (droga mto recente)

34
Q

o que é polimerizaçao?

A

Ocorre com a hemoglobina S
Ocorre quando a hemácia desoxigena ou desidrata. Logo ocorre no sistema venoso.
Enfileiramento das hemoglobinas de forma que a hemácia começa a de distender tanto até se envergar, levando ao aspecto de foice depranócito.
Quando ela volta ao pulmão ela retorna ao tamanho normal por receber o oxigênio. Após sua desoxigenação ela novamente fica em aspecto de foice.
Esse ciclo dura apenas 15 dias, quando depois disso ela fica permanentemente em forma de foice. Assim, ela vai para o sistema arterial com essa forma e de lá para o baço. No baço, vai passar devagar, passou devagar pelo baço, o macrófago atropela ou seja, ela é fagocitada pelos macrófagos.
Hemólise que ocorre com 15 dias  anemia hemolítica

35
Q

porque ocorre a vaso oclusao na anemia falciforme?

A

formato de foice
passa a expor moleculas de adesao em sua superficie (fica grudenta)
nao consegue manter o transito de forma laminar - fluxo turbilhonado - lesao endotelial - hipercoagulabilidade

36
Q

quando a anemia falciforme começa a se manifestar?

A

geralmente após os 6 meses, pq antes disso há o predomínio da hemoglobina fetal

37
Q

principais tipos de crises vaso-oclusivas agudas na anemia falciforme?

A
sindrome mao pe
crise óssea
sequestro esplênico
sd torácica aguda
AVE
38
Q

principais disfuncoes crônicas da anemia falcifome?

A

lesao renal

lesao ossea

39
Q

síndrome mao pé da anemia falciforme

A

Primeira manifestação da anemia falciforme na imensa maioria dos casos
Idade: até 2-3 anos
Local: extremidades
Clínica: dor com dactilite – osso poroso
Rx: normal!!! Não consegue ver isquemia de medula
Criança chorando de forma incontrolável.

40
Q

crise óssea da anemia falcifome

A

Crise álgica/osteoarticular é a manifestação mais comum.
Idade: >3 anos
Local: todos os ossos, porem é mais comum nos ossos LONGOS que são os que mais tem medula para isquemiar.
Clínica: dor SEM dactilite – reaçao inflamatória menos intensa
Rx: normal

41
Q

fisiopatologia da sd mao pé e da crise ossea da anemia falciforme

A

Isquemia da medula óssea: a medula é um local muito osmótico o que leva a desidratação da hemácia polimerização hemácia em formato de foice vasoclusão.
Na criança <3 anos o osso é mais poroso e a inflamação consegue extravasar – dactilite. Já na faixa etária acima o osso é mais calcificado, não extravasando.

42
Q

sequestro esplênico

A

é uma crise anêmica aguda
Sequestro esplênico de anemia hemolítica em geral Bação com anemião
Sequestro esplênico de anemia falciforme Bação com anemião em criança de até 5 anos de idade

43
Q

sd torácica aguda na anemia falciforme

A

é um quadro que você olha e jura por deus que é uma pneumonia bacteriana, mas a diferença é que aqui a pessoa abre o quadro e evolui de forma MUITO drástica, em 36 a 48 evolui pra SDRA.
Não tem como diferenciar, eu vou tratar como pneumonia (dar antibiótico) e INTERNAR

44
Q

AVE na anemia falciforme

A

isquêmico: mais comum em crianças

hemorrágico: mais comum em adultos

45
Q

lesao renal crônica da anemia falciforme

A

 Necrose de papila: obstrução dos vasos retos
 Glomerulonefrite: GEFS
 Câncer da medula renal

46
Q

lesao óssea crônica na anemia falciforme

A

Devido a vasoclusão nos ossos - isquemia - lesão
Osteopenia: osso frágil
Osteonecrose: comum a necrose da cabeça do fêmur
Osteomielite por: Salmonella (ppt) e S. Aureus
Artrite séptica por pneumococo
Obs: no rx vc pode ver as vertebras com o sinal da “boca de peixe”

47
Q

qual é o tto agudo da anemia falciforme?

A

Crises vaso-oclusivas
1) Hidratação: NÃO fazer hiper hidratação
2) Dar O2: SE SatO2 <92%
3) Analgesia: incluindo OPIÓIDES
4) ATB se: Febre >38,5º ou Hipotensão ou Hb <5g/dl
ou Leuco >30.000
B-lactâmico (Pensando nos germes capsulados)

48
Q

tto crônico da anemia falciforme?

A

Prevenção:

  • Ácido fólico
  • Vacinação (ppt para germes encapsulados)
  • Penicilina VO 2-3 meses até 5 anos
  • Atenção a febre: FEBRE = INTERNAR!

Hidroxiuréia: aumenta a produção de HbFetal.

Transplante de MO: seria o tto ideal

  • Idealmente com <16 anos
  • Muito raro: dificuldade de achar doador compatível e maior mortalidade
49
Q

tto de transfusao pra anemia falciforme

A

Transfusão simples

  • Anemia sintomática/grave.
  • Hb <5,5g/dl em crianças e <6g/dl em adultos
  • é basicamente uma transfusão pra “encher o tanque”

Transfusão de troca (Exsanguineotransfusão)
- Transfusão de troca (tiro a HbS e dou HbA pro pcte)
- Quando?
Aguda: Risco de vida – quadros graves: AVE, Sd. Torácica aguda.
Crônica: feita de forma regular (a cada 2 ou 3 meses) – se já teve episódio de AVE, Sd torácica aguda ou se não responde a hidroxiuréia – prevenção secundária
Alvo: Hb 9-10g/dl e HbS <30% do total

50
Q

Beta-Talassemia Maior (Major) o que é como acontece

A

Cadeias B0/B0
Não há formação de HbA porque não se forma cadeia beta.
Como compensação há formação de HbFetal que é a mais fácil de ser fazer.
É gravíssima – sobra cadeia alfa, ou seja, globina livre tóxica
Tem tanta cadeia alfa sobrando que ultrapassa a capacidade da haptoglobina.
Hemólise intravascular e no baço.
O excesso de globina é tóxica para a medula óssea levando a destruição da mesma medula inflamada, edemaciada alteração óssea.

51
Q

Beta-Talassemia Maior (Major) clínica

A

 Anemia MUITOOOO grave
 Alterações ósseas
 Baixa estatura
 Recrutamento de antigos sítios de hematopoiese pela EPO: Fígado  Eritropoiese extra-medular
 Hepatoesplenomegalia
 HEMOCROMATOSE: Medula óssea destruída não tem como utilizar o ferro vindo da degradação da hemoglobina (devido a hemólise). Isso leva a um acúmulo de ferro, ele tem uma intoxicação pelo ferro. É a causa de morte nesses pacientes

52
Q

Beta-Talassemia Maior (Major) tto

A

1) Transfusão crônica (diminui anemia, diminui EPO)
2) Uso de quelantes do Fe
3) Esplenectomia
4) Transplante de MO funciona MTO bem, você ensina a medula a produzir cadeia beta

53
Q

Beta Talassemia intermediária clínica e tto

A

B+/B+
Clínica: quadro semelhante ao maior (major), porém muito menos gave. É a mesma doença, porém ocorre de forma mais branda: todas as manifestações acima de forma mais leve.

Tratamento: depende das manifestações.

54
Q

Beta Talassemia Minor

A

B/B+
Clínica: Não há hemólise: Assintomáticos.
Laboratório: anemia leve Hipo/Micro  principal diagnóstico diferencial com anemia ferropriva.

55
Q

diferenças entre anemia ferropriva e betatalassemia menor

A

Diferenças da betatalessemia menor com a ferropriva
 Muito MICRO – VCM muito abaixo do esperado - VCM <75
 Não há anisocitose – RDW normal
 Cinética do Fe normal

56
Q

tto de betatalassemia

A

Aconselhamento genético (você tem que ver com quem essa pessoa vai casar pq dependendo o filho pode ter consequências)
Comum em países mediterrâneos (dica pra PROVA!) : gregos, espanhois, francês…