Antiparkinsonianos Flashcards

1
Q

Doença neurodegenerativa crônica e progressiva que acomete principalmente o sistema motor.
Leva à perda progressiva de neurônios da parte compacta da substância negra, o que resulta na diminuição da produção de dopamina (DA)
A redução de DA leva a alterações funcionais no circuito dos núcleos da base (estruturas do SNC envolvidas no controle dos movimentos).

Trata-se de qual doença?

A

DOENÇA DE PARKINSON (DP)

Sintomas Parkinsonianos
Tremor de repouso
Acinesia/Bradicinesia (dificuldade/lentidão na realização de movimentos)
Instabilidade postural
Rigidez

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2
Q

Parkinsonismo secundário

A

Parkinsonismo secundário: induzido por fármacos (antipsicóticos, flunarizina e reserpina).

antipsicóticos - alguns são antagonistas D2 e bloqueia a via nigroestriatal e desencadeia sintomas parkinsonianos

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3
Q

Justifique a vantagem da associação levodopa + carbidopa + entacapona.

A
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4
Q

Precursor de dopamina

Quais limitações do uso a longo prazo da levodopa?

A
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5
Q

Explique o mecanismo que justifica a associação de fármacos como selegilina ao tratamento convencional do Parkinson.

A

A selegilina melhora a função motora na DP na monoterapia, e podem aumentar a eficiência do tratamento com levodopa.

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6
Q

Em que aspectos os agonistas dopaminérgicos são mais vantajosos do que a levodopa no tratamento do Parkinson? Explique.

A
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7
Q

A falta de dopamina causa bloqueio/inibe via excitatória e estimula a via inibitória. Como se dá a terapêutica?

A

Terapêutica → dar substrato (L-dopa), dar um agonista ou bloquear as enzimas MAO e COMT.

dopamina interfere nas vias direta e indireta
via direta - receptores D1 - afinidade/excitatória
via indireta - receptores D2 - inibitória

dopamina se liga no D1 e excita o próximo neurônio - gabaérgico (inibitório) - isso ativa uma via inibitória que vai inibir a via inibitória no neurônio talâmico - estimula a via excitatória - favorece o movimento - VIA DIRETA

dopamina se liga no D2 - inibe essa via inibitória de cima - excita a via inibitória e isso inibe a via excitatória - inibe o movimento - VIA INDIRETA

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8
Q

Aspectos gerais dos Antiparkinsonianos

A

A degeneração dos neurônios dopaminérgicos na DP é progressiva, irreversível e inexorável;

Tratamentos disponíveis são SINTOMÁTICOS (tratam os sintomas, porém não alteram o processo degenerativo/curso da doença);

A maioria das intervenções farmacológicas visa à restauração dos níveis de dopamina no cérebro.

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9
Q

Quais são as Classes de Antiparkinsonianos?

A
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10
Q

Principais locais de ação dos antiparkinsonianos

A
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11
Q

Justifique a vantagem da associação de levodopa + carbidopa.

A

Levodopa (L-DOPA) é o precursor imediato da síntese de dopamina (DA) pela enzima Dopa-descarboxilase (DDC), também chamada Aminoácido Aromático DesCarboxilase (AADC);
Problema: DDC também é encontrada na periferia (fora do SNC), e converte grande parte da Levodopa adm. em dopamina antes de chegar ao SNC (dopamina não atravessa a BHE;
Solução: Carbidopa/Benserazida: inibidores da descarboxilação periférica da Levodopa (inibem a DDC periférica) - impedem que a Levodopa seja convertida em dopamina antes de chegar no SNC. Carbidopa/Benserazida não atravessam a BHE (portanto não interfere na conversão de levodopa em dopamina no SNC).

Levodopa atravessa a BHE por meio de Transportador de L-aminoácidos Neutros (LNAA): transporte da levodopa para SNC é inibida por outros aminoácidos: Não administrar junto com alimento e evitar refeições proteicas recentes (adm. 30 min antes das refeições ou 1h após).

Maioria dos pacientes mostra melhora sintomática com levodopa: critério de suporte para diagnóstico da DP

**Carbidopa/benserazida → só inibem a DDC da periferia **

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12
Q

LEVODOPA E ASSOCIAÇÕES

A
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13
Q

Antiparkinsonianos

Tratamento ideal na fase inicial para o paciente idoso e paciente jovem

A

FASE INICIAL

Paciente idoso - mais eficiente é o levodopa

Paciente jovem - melhor começar com um agonista (menos efeitos colaterais indesejáveis) e somente depois de alguns anos iniciar com levodopa

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14
Q

Antiparkinsonianos

Tratamento ideal na fase inicial para o paciente idoso e paciente jovem

A

FASE INICIAL

Paciente idoso - mais eficiente é o levodopa

Paciente jovem - melhor começar com um agonista (menos efeitos colaterais indesejáveis) e somente depois de alguns anos iniciar com levodopa

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15
Q

AGONISTAS DOS RECEPTORES DE DOPAMINA

A

Bromocriptina –> Por sua ação vasoconstritora pode provocar vasoespasmo digital, induzido pelo frio e câimbras nas pernas

Pramipexol (D3>D2) e Ropinirol (D3>D2): fármacos não derivados do esporão. Atualmente em uso na clínica como opção para terapia inicial em pacientes mais jovens.

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16
Q

Inibidores da COMT e da MAO-B (metabolização)

A

já que tenho pouca dopamina, não quero mais que ela seja destruída → por isso vou inibir as enzimas metabolizadoras

17
Q

Inibidores da COMT

A

São inibidores da Catecol-O-Metiltransferase (COMT):
→ inibem a degradação tanto da levodopa quanto da dopamina, diminuindo o metabolismo periférico da levodopa e a tornam mais disponível para o SNC.
→ Ambos melhoram a função motora na DP na monoterapia, e podem aumentar a eficiência do tratamento com levodopa, e reduzem os períodos “off”

Se eu tomar levo+carbidopa → forma metabólito metildopa que compete com a levodopa para formar dopa, por isso eu uso bloqueador da COMT na periferia também, para não produzir esse metabólito competidor (metildopa).

18
Q

Se tomar levo+carbidopa → forma metabólito metildopa que compete com a levodopa. Como evitar essa formação?

A

Se eu tomar levo+carbidopa → forma metabólito metildopa que compete com a levodopa para formar dopa, por isso eu uso bloqueador da COMT na periferia também, para não produzir esse metabólito competidor (metildopa).

19
Q

Inibidores da MAO-B

A

São inibidores da Monoamina oxidase (MAO-B: isoforma da MAO que predomina no estriado).

Selegilina –> Evita reação do queijo/vinho (tiramina).

20
Q

Outros Antiparkinsonianos

A
21
Q

Tratamento dos pacientes com DP

A

Pacientes com sintomas discretos → inibidores da MAO-B, amantadina ou antagonistas de receptores muscarínicos (anticolinérgicos)

Pacientes com sintomas mais avançados → terapia dopaminérgica. Em pacientes jovens recomenda-se antagonistas de dopamina. Em pacientes jovens e/ou idosos com doença avançada com flutuações exige-se polifarmácia (levodopa+agonistas+entacapona+inibidores MAO-B e amantadina)