Anestésicos Venosos Flashcards

1
Q

Qual é a semelhança entre os mecanismos de ação do
propofol, barbitúricos, benzodiazepínicos e etomidato?

A

O propofol, os barbitúricos, os benzodiazepínicos e o
etomidato funcionam, predominantemente, por meio da ativação
ou potencialização de correntes inibitórias através do canal de
cloreto do ácido γ-aminobutírico do tipo A (GABAA), causando
uma diminuição da transmissão sináptica no sistema nervoso
central (SNC).

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2
Q

Descreva a estrutura química e as propriedades físicas do
propofol.

A

O propofol é um anel de fenol derivatizado por grupos isopropil (um alquilfenol). É
altamente lipossolúvel e é formulado como uma emulsão com
óleo de soja, glicerol e fosfatídeo de gema de ovo purificado.

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3
Q

Por que é necessário que o fabricante inclua um preservativo
nas emulsões de propofol e por que é necessária uma técnica
asséptica rigorosa durante o manuseio?

A

As emulsões de propofol são um meio rico que rapidamente
sustenta o crescimento bacteriano. O fabricante adiciona ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA) ou metabissulfito como
conservante. Os frascos ou seringas de propofol devem ser
descartados dentro de 12 horas após a abertura e deve-se seguir
uma rigorosa técnica asséptica ao preparar o fármaco.

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4
Q

Quais pacientes podem estar em risco de uma reação alérgica
potencialmente fatal com o uso de propofol?

A

Pacientes com confirmação de alergia
mediada por IgE a ovo, soja ou amendoim não estão sob maior
risco e o propofol pode ser usado normalmente. As reações anafilactoides ao
próprio composto de propofol e separado da emulsão lipídica são
raras, mas há relatos.

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5
Q

. Se a meia-vida de eliminação do propofol é lenta (4 a 24
horas), por que os pacientes despertam rapidamente, dentro de 8
a 10 minutos, após uma única injeção em bólus?

A

O despertar após um único bólus de propofol é determinado
pela cinética de redistribuição (movimento entre
compartimentos de tecido) e não eliminação (remoção do corpo).
Após um bólus venoso o propofol se distribui rapidamente para
o cérebro devido ao alto fluxo sanguíneo. Ele atravessa a barreira
hematoencefálica rapidamente devido à sua alta lipofilicidade,
levando a perda de consciência dentro de 30 segundos. Ao longo
dos minutos seguintes, o propofol se redistribui rapidamente do
cérebro para tecidos menos perfundidos, como o músculo
esquelético. A rápida deterioração da concentração plasmática
de propofol leva ao despertar em poucos minutos. Este processo
aplica-se à maioria dos anestésicos venosos administrados como
um bólus único.

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6
Q

Como o propofol é eliminado do plasma?

A

O propofol é rapidamente eliminado do plasma por
redistribuição para locais de tecido inativo e pelo metabolismo
rápido pelo fígado. A depuração do propofol excede o fluxo
sanguíneo hepático, sugerindo que outros órgãos além do fígado
contribuem para o metabolismo. De fato, os pulmões
provavelmente desempenham um papel importante no
metabolismo extra-hepático do propofol e, provavelmente,
explicam a eliminação de até 30% de um bólus de propofol.

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7
Q

O propofol passa por qual grau de metabolismo? Como a dose
de propofol deve ser alterada quando administrada a pacientes
com disfunção hepática?

A

O propofol passa por metabolismo hepático muito dependente do fluxo hep ( cinética de priemira ordem) e então é transformado em metabolitos inativos. Pacientes com doença hepática tem demonstrado taxa de metabolização não muito menor, o que sugere a metabolização do propofol em outros órgãos. A dose não necessariamente deve ser reduzida por questão de metabolização, mas avaliar também risco hipotensor (paciente hepatopata já é dilatado por si só)

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7
Q

O propofol passa por qual grau de metabolismo? Como a dose
de propofol deve ser alterada quando administrada a pacientes
com disfunção hepática?

A

O propofol passa por metabolismo hepático muito dependente do fluxo hep ( cinética de priemira ordem) e então é transformado em metabolitos inativos. Pacientes com doença hepática tem demonstrado taxa de metabolização não muito menor, o que sugere a metabolização do propofol em outros órgãos. A dose não necessariamente deve ser reduzida por questão de metabolização, mas avaliar também risco hipotensor (paciente hepatopata já é dilatado por si só)

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8
Q

Defina a meia-vida contexto-dependente de um fármaco.
Como a meia-vida contexto-dependente do propofol se compara
com outros anestésicos venosos?

A

O meia-vida contexto-dependente refere-se ao tempo
necessário para que a concentração plasmática de um fármaco
em particular diminua em 50% após a interrupção de uma
infusão intravenosa. Esse tempo é “contexto-dependente”
porque depende da duração da administração da infusão. À
medida que uma infusão é administrada por mais tempo, mais
compartimentos de tecido acumulam o fármaco e a meia-vida
contexto-dependente aumentará. A meia-vida contextodependente está sujeita, principalmente, aos mecanismos de
lipossolubilidade e depuração do fármaco. Em comparação com
a maioria dos barbitúricos e benzodiazepínicos, o propofol tem
uma meia-vida contexto-dependente mais curta para uma dada
duração de infusão. Isso explica a recuperação rápida da
consciência dos pacientes em UTI, mesmo após vários dias de
sedação.

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9
Q

Qual é o mecanismo de ação do propofol?

A

Através da ativação canal de íons de cloreto ativado por GABAA. As
evidências sugerem que o propofol pode interagir com o receptor
de GABAA e mantê-lo em um estado ativado por um período
prolongado.

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10
Q

Como o despertar de uma anestesia com propofol ou de uma
indução com propofol difere do despertar observado com os
outros agentes de indução?

A

Após a administração de propofol, os pacientes vivenciam
um rápido retorno à consciência, com efeitos residuais mínimos
ao SNC. Os pacientes que serão submetidos a procedimentos
breves ou pacientes cirúrgicos ambulatoriais podem se
beneficiar especialmente do despertar rápido associado à
anestesia com propofol. Com o propofol, o paciente também
tende a despertar em um estado geral de bem-estar e euforia leve.
Também se observou agitação do paciente.
Acumulo de dopamina no nucleo accubentos

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11
Q

Como propofol atua no SNC?

A

O propofol diminui a taxa metabólica cerebral de
oxigênio (CMRO2), juntamente com o fluxo sanguíneo cerebral
(FSC) e pressão intracraniana (PIC), de forma dependente da
dose.
No entanto, dada a relação entre pressão arterial média
(PAM) e pressão de perfusão cerebral (PPC), os pacientes com
PIC elevada podem sofrer reduções críticas na FSC devido à
hipotensão arterial após um bólus venoso de propofol.
Pode gerar supressão da atividade eeg

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12
Q

Como o propofol afeta o limiar de convulsão?

A

Reduz limiar convulsivo

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13
Q

Como o propofol afeta o sistema cardiovascular?

A

Uma dose de indução de propofol resulta em uma
diminuição profunda da pressão arterial sistólica, maior do que
qualquer outro agente de indução. Este efeito parece se dar,
principalmente, pela vasodilatação venosa e arterial, resultando
em diminuição da pré-carga e resistência vascular sistêmica
(RVS). Não há evidência clara de depressão direta do miocárdio.
A hipotensão é dose-dependente e piora com injeção rápida, com
hipovolemia e em pacientes idosos. Em contraste com os

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14
Q

Como o propofol afeta a ventilação?

A

A administração de uma dose de indução de propofol (1,5
a 2,5 mg/kg) quase sempre resulta em apneia através de uma
depressão ventilatória dose-dependente. A apneia que resulta
parece durar 30 segundos ou mais e é seguida por um retorno da
ventilação que se caracteriza por uma respiração rápida e
superficial, de modo que a ventilação minuto diminui
significativamente por até 4 minutos. Durante as infusões de
manutenção, o propofol diminui a ventilação minuto através de
reduções na frequência respiratória e, em maior medida, no
volume corrente. O propofol também reduz a resposta
ventilatória à hipóxia e à hipercapnia.

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15
Q

Como o propofol afeta os reflexos das vias aéreas e das
vias aéreas superiores?

A

O propofol provoca uma maior redução nos reflexos das
vias aéreas do que qualquer outro agente de indução, fazendo
dele uma escolha melhor como agente único para a
instrumentação das vias aéreas. Ele também aumenta a
colapsabilidade da musculatura das vias aéreas superiores,
predispondo os pacientes à obstrução das vias aéreas durante o
despertar da anestesia com propofol ou durante a sedação.

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16
Q

O que é a síndrome da infusão do propofol e quais
achados clínicos devem provocar sua investigação?

A
  1. A síndrome da infusão do propofol é um transtorno
    heterogêneo que ocorre raramente durante a administração de
    infusões de alta dose (> 4 mg/kg/h). Embora tenha sido descrita
    pela primeira vez em pacientes pediátricos, também ocorre em
    adultos. As características mais típicas são acidose metabólica,
    rabdomiólise e hipercalemia. Podem ocorrer febre, arritmia,
    alterações no eletrocardiograma (ECG), hipertrigliceridemia,
    hepatomegalia, insuficiência renal ou insuficiência cardíaca. De
    modo geral, acidose metabólica inexplicada, hipercalemia,
    creatina quinase elevada, arritmias de início recente ou
    alterações no ECG em um paciente que recebe infusão de
    propofol devem instigar uma avaliação completa e levar o
    médico a considerar mudar a infusão para outro sedativohipnótico
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17
Q

Qual é uma dose típica de indução do propofol? Descreva
pelo menos duas populações de pacientes em que esta dose deve
ser ajustada.

A

2,5-3mg/kg
A dose de propofol provavelmente deve ser
ajustada de forma rotineira em certas populações. Isso inclui os
idosos (diminuição da dose devido à diminuição dos requisitos
anestésicos e um menor volume de distribuição), pacientes com
obesidade mórbida (a dose deve basear-se no peso corporal
magro para prevenir a sobredosagem) e crianças (aumento da
dose devido a requisitos anestésicos mais altos, maior volume de
distribuição e depuração mais rápida do propofol).

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18
Q

Como o propofol é administrado para manutenção da
anestesia?

A

. O propofol pode ser administrado para manutenção da
anestesia através de uma infusão IV contínua a uma taxa de 100
a 200 μg/kg/min. O médico pode usar sinais de anestesia leve
como hipertensão, taquicardia, diaforese ou movimentação dos
músculos esqueléticos como indicadores para a necessidade de
aumentar a taxa de infusão do propofol.

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19
Q

Vantangens da venosa total (TIVA)

A

A TIVA baseada em propofol geralmente
resulta em hemodinâmica estável, boas condições para o
monitoramento eletrofisiológico, como potenciais evocados
durante a cirurgia da coluna vertebral e diminuição da náusea e
vômitos no pós-operatório (NVPO).
Memória intra operatória é sua principal complicação.

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20
Q

Como o propofol é administrado para sedação?

A

O propofol pode ser administrado para sedação através de
uma infusão IV contínua a uma taxa de 25 a 75 μg/kg/min.Nessas doses, o propofol proporcionará sedação e,
provavelmente, amnésia, sem hipnose completa. Devido ao
pronunciado efeito de depressão respiratória, o propofol, mesmo
para sedação, só deve ser administrado por indivíduos treinados
no manejo das vias aéreas.

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21
Q

Propofol pode ser usado para tratamento de náuseas e vômitos.

A

Sim. Em doses sub hipnóticos se demonstrou significativo inclusive no tratamento quimioterápico.

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22
Q

Quais são as vantagens e desvantagens do fospropofol em
comparação com o propofol?

A

ele pode ser injetado sem a necessidade de
uma emulsão lipídica, reduzindo, assim, o risco de contaminação
bacteriana. Também há menos dor após a injeção venosa.
Teoricamente, um bólus de fospropofol deve resultar em uma
concentração plasmática de pico mais baixa do metabólito ativo
(propofol), com redução da hipotensão e depressão respiratória.
Essas vantagens ainda não foram claramente comprovadas em
estudos com humanos. A desvantagem do fospropofol é que ele
causa, com frequência, uma sensação de queimação ou prurido
perineal após a injeção, provavelmente relacionada ao
componente fosfato. Além disso, o início da sedação é mais
lento e a recuperação é prolongada em comparação com o
propofol.

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23
Q

Cite alguns dos barbitúricos. De que composto químico eles
são derivados?

A

Os
compostos de barbitúricos são derivados do ácido barbitúrico. Tiopental e Metoxial

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24
Metabolização barbitúricos
Os barbitúricos são altamente metabolizados no fígado. Eles sofrem oxidação, N-desalquilação, dessulfuração e ruptura do anel. Os compostos polares resultantes são facilmente excretados na urina ou conjugados com o ácido glicurônico e excretados na bile. Menos de 1% do fármaco é excretado de forma inalterada pelos rins. Os fármacos que induzem oxidases microssomais aumentam o metabolismo dos barbitúricos e os próprios barbitúricos são indutores de P450 quando administrados de forma crônica. A indução de enzimas hepáticas por barbitúricos pode levar à síntese do ácido aminolevulínico, o primeiro passo na síntese de porfirina, e precipitar ataques de porfiria aguda intermitente
25
Descreva o metabolismo dos barbitúricos e suas interações com o sistema microssomal P450. (Porfiria intermitente aguda)
Os barbitúricos são altamente metabolizados no fígado. Conjugados e excretados na bile e na urina. Menos de 1% do fármaco é excretado de forma inalterada pelos rins. Os fármacos que induzem oxidases microssomais aumentam o metabolismo dos barbitúricos e os próprios barbitúricos são indutores de P450 quando administrados de forma crônica. A indução de enzimas hepáticas por barbitúricos pode levar à síntese do ácido aminolevulínico, o primeiro passo na síntese de porfirina, e precipitar ataques de porfiria aguda intermitente
26
Qual é o tempo de equilíbrio no local efetor dos barbitúricos em relação a outros anestésicos venosos?
A absorção máxima pelo cérebro e o início do efeito ocorrem dentro de 30 segundos após a injeção venosa rápida. Assim, o tempo de equilíbrio no local efetor para esses agentes é curto e comparável ao do propofol. O metoexital tem um tempo de equilíbrio no local efetor um pouco mais rápido do que o tiopental, porque ele existe em uma maior fração não ionizada em pH 7,4 e cruza a barreira hematoencefálica mais rapidamente. Acidose e hipoalbuminemia contribuem para uma maior fração livre não ionizada de barbitúricos e para a indução mais rápida. Ocorre despertar rápido após a administração de uma dose de indução de um barbitúrico devido à sua rápida redistribuição para o tecido magro (principalmente músculo esquelético). A duração da ação de um barbitúrico após uma única dose em bólus é determinada por esta redistribuição do plasma para locais inativos.
27
Qual é a meia-vida contexto-dependente dos barbitúricos em relação a outros anestésicos venosos?
. Doses repetidas ou infusões de barbitúricos lipossolúveis podem resultar na saturação de locais inativos (tecido muscular e adiposo), acumulação do fármaco e efeitos prolongados após a interrupção da infusão. A meia-vida contexto-dependente dos barbitúricos é maior que a do propofol para uma infusão de duração comparável
28
Mecanismo de ação dos barbitúricos.
Os barbitúricos atuam no receptor GABAA, que é um canal iônico pentamérico. O GABA é o principal neurotransmissor inibitório no SNC. A abertura do canal GABAA causa influxo de íons cloreto. Os barbitúricos potencializam a ação do GABA endógeno, aumentam a duração da abertura do canal e prolongam o influxo de cloreto. A corrente de cloreto hiperpolariza a célula e inibe a transmissão sináptica
29
Como os barbitúricos afetam o sistema nervoso central? Como os barbitúricos afetam um eletroencefalograma?
Os barbitúricos causam vasocontrição cerebral, diminuição de fluxo de oxigênio e consumo de 02. Reduzem bastante a PIC. Tiopental deprime o EEG, porém o metoexital produz efeito epileptogênico em alguns focos. Eletroconvulsoterapia é uma boa escolha.
30
Como os barbitúricos afetam a pressão arterial?
Possui moderada ação hipotensora por vasodilatação com diminuição da pré carga.
31
Como os barbitúricos afetam a frequência cardíaca?
A administração de barbitúricos resulta em um aumento da frequência cardíaca. Acredita-se que este aumento na frequência cardíaca se deva a uma resposta reflexa mediada pelo barorreceptor a uma queda na pressão arterial e ajuda a limitar a hipotensão. A taquicardia pode aumentar a demanda de oxigênio pelo miocárdio durante um período em que diminuições significativas da pressão arterial também podem comprometer o fluxo sanguíneo da artéria coronária. Diante disso, os barbitúricos devem ser usados com extrema cautela em pacientes com doença cardíaca isquêmica
32
Como os barbitúricos afetam a ventilação?
A apneia transitória costuma ocorrer após uma dose de indução de barbitúricos e demanda ventilação controlada dos pulmões. Quando a ventilação espontânea é retomada, ela se caracteriza novamente por uma frequência respiratória lenta e pequenos volumes correntes.
33
Como o midazolam solúvel em água atravessa a barreira hematoencefálica para obter acesso ao sistema nervoso central?
O midazolam possui um anel livre em sua composição que em PH sanguíneo se transforma em um anel fechado, tornando-se extremamente lipossolúvel, portanto, atravessando a membrana HEC
34
Como os benzodiazepínicos são metabolizados? Como o metabolismo do lorazepam é diferente do metabolismo de outros benzodiazepínicos?
btenha acesso ao SNC. (112) 3. 48. Os benzodiazepínicos são fármacos altamente lipofílicos. A maioria sofre metabolismo oxidativo (N-desalquilação e hidroxilação) por enzimas microssomais P450, seguidas de glucuronidação e excreção. Nesta forma, o metabolismo dos benzodiazepínicos é altamente suscetível a condições que alteram a atividade do sistema microssomal P450, como doença hepática e interações medicamentosas com indutores ou inibidores do citocromo P450. O lorazepam, juntamente com o temazepam e o oxazepam menos comuns, não sofrem oxidação e são excretados após uma conjugação em etapa única em ácido glicurônico. Esta propriedade torna o lorazepam menos suscetível às interações do citocromo P450.
35
Como diferem os metabólitos do diazepam e do midazolam?
O diazepam é metabolizado oxidativamente em compostos ativos de ação prolongada, desmetildiazepam e oxazepam, levando a sedação prolongada. A meia-vida de eliminação do desmetildiazepam é de, pelo menos, 100 horas. O midazolam tem um único metabólito ativo, o 1-hidroximidazolam, que é rapidamente eliminado do plasma em pacientes saudáveis (meiavida para eliminação de cerca de 1 hora). O 1-hidroximidazolam pode se acumular e contribuir para sedação prolongada em pacientes com disfunção hepática, com disfunção renal ou após infusão prolongada.
36
Como as meias-vidas contexto-dependentes dos benzodiazepínicos se comparam entre si e com outras classes de anestésicos venosos?
A infusão contínua ou bólus repetidos podem resultar na saturação de locais de tecido inativo (músculo e tecido adiposo) e em um prolongamento do efeito do fármaco, especialmente para os benzodiazepínicos que possuem metabólitos ativos. Por exemplo, o diazepam sofre metabolismo hepático em metabólitos ativos de longa duração, enquanto o midazolam possui um único metabólito ativo que é rapidamente eliminado. As meias-vidas contexto-dependentes para o diazepam e o lorazepam são prolongadas quando comparadas ao do midazolam. A meia-vida contexto-dependente do midazolam é mais curta que o do tiopental, mas é mais longa do que a do propofol para uma infusão de duração similar.
37
Qual é o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos?
Os benzodiazepínicos exercem seus efeitos através de suas ações no receptor GABAA. Quando os receptores GABAA são estimulados pelo neurotransmissor inibitório GABA, o canal se abre, permitindo que os íons cloreto fluam para dentro da célula. Isso resulta em hiperpolarização do neurônio e uma resistência do neurônio a uma posterior despolarização. Os benzodiazepínicos aumentam o efeito de GABA ao se ligarem às subunidades do receptor GABAAe ao manterem o canal de cloreto aberto durante um período de tempo mais longo. Ao contrário dos barbitúricos, os benzodiazepínicos não ativam diretamente o receptor GABAA, mesmo em altas doses.
38
Descreva a estrutura macromolecular geral do receptor de ácido γ-aminobutírico do tipo A (GABAA). A estrutura é tipicamente constante ou sujeita a variação?
Os receptores GABAA são canais de íons com ligantedependentes formados com cinco subunidades. Eles são encontrados embutidos na membrana celular dos neurônios. Um poro, através do qual os íons de cloreto passam, é encontrado no centro do conjunto de cinco membros (também conhecido como pentâmero). O arranjo mais comum do canal são duas subunidades α, duas subunidades β e uma subunidade γ. Acredita-se que os benzodiazepínicos se liguem na interface entre as subunidades α e γ. No entanto, existem pelo menos 19 subunidades diferentes expressas no cérebro mamífero, e o arranjo exato é altamente variável. GABA, benzodiazepínicos e outros anestésicos venosos provavelmente se ligam a diferentes locais nos receptores. A diversidade de subunidades possivelmente contribui para a função do receptor GABAA no SNC
39
Como o midazolam, o diazepam e o lorazepam se comparam com relação à afinidade para o receptor de benzodiazepínicos?
Portanto, a ordem de afinidade (e potência) é lorazepam> midazolam> diazepam
40
Como os benzodiazepínicos afetam o sistema nervoso central?
Os benzodiazepínicos diminuem a FSC e a CMRO2 de forma dependente da dose, mas existe um teto para esse efeito. Isso torna os benzodiazepínicos seguros para uso em pacientes com lesões intracranianas que ocupam espaço. No entanto, a administração de benzodiazepínicos a pacientes com doença do SNC pode dificultar a avaliação neurológica subsequente, devido à sedação prolongada. Os benzodiazepínicos também têm efeitos anticonvulsivantes, os quais parecem ocorrer através da intensificação dos efeitos inibitórios do neurotransmissor GABA no SNC. Os benzodiazepínicos demonstraram aumentar o limiar de convulsão e são o tratamento de primeira linha para convulsões causadas por toxicidade de anestésico local, abstinência alcoólica e epilepsia. Não é possível alcançar um EEG isoelétrico com a administração de benzodiazepínicos.
41
. Como os benzodiazepínicos afetam o sistema cardiovascular?
As doses de indução de midazolam podem levar a reduções na pressão arterial sistêmica que são superiores às observadas com a dose de indução de diazepam. Este efeito do midazolam pode ser especialmente pronunciado em pacientes hipovolêmicos. Acredita-se que a redução da pressão arterial sistêmica seja devida à diminuição da RVS.
42
Como os efeitos dos benzodiazepínicos podem ser revertidos?
Os efeitos dos benzodiazepínicos podem ser revertidos por um fármaco antagonista específico, o flumazenil. O flumazenil é um antagonista competitivo que se liga ao receptor benzodiazepínico, mas tem pouca atividade intrínseca. O flumazenil deve ser titulado para efeito pela administração de 0,2 mg por via intravenosa a cada 60 segundos até uma dose total de 1 a 3 mg. O flumazenil se liga firmemente ao receptor benzodiazepínico, mas é eliminado rapidamente do plasma. Isso resulta em uma duração de ação de apenas cerca de 20 minutos. A curta duração da ação exige que o paciente seja monitorado de perto para ressedação após uma dose de flumazenil e uma repetição da dose pode ser necessária. Por outro lado, uma infusão de flumazenil pode ser iniciada e titulada para o efeito desejado a fim de manter um nível plasmático constante deste agente de reversão.
43
Qual é a melhor escolha, dose e via de administração dos benzodiazepínicos para o tratamento do estado de mal epilético em pacientes hospitalizados? Como difere do tratamento préhospitalar do estado de mal epiléptico?
Os benzodiazepínicos são potentes fármacos anticonvulsivos que podem cessar uma atividade de convulsão contínua (estado de mal epilético). Para o estado de mal epilético que ocorre em pacientes hospitalizados, o lorazepam 0,1 mg/kg por via intravenosa é o fármaco de escolha. O diazepam 0,2 mg/kg por via intravenosa também é eficaz e deve ser administrado se estiver mais prontamente disponível do que o lorazepam. No ambiente pré-hospitalar, técnicos de emergência médica e paramédicos costumam prestar os primeiros socorros, e os pacientes convulsivos geralmente não têm acesso IV. Nessa situação, o midazolam intramuscular deve ser administrado em uma dose de 5 a 10 mg. A via intramuscular diminui o tempo para o tratamento e pode diminuir a necessidade de hospitalização. Em qualquer situação, os provedores devem estar prontos para efetuar o manejo da via aérea porque pode ocorrer comprometimento respiratório.
44
A cetamina é derivada de qual composto químico?
. A cetamina é um derivado da fenciclidina, também conhecida como PCP.
45
Como o estado anestésico induzido pela cetamina difere de outros anestésicos venosos?
A administração da cetamina produz inconsciência e hipnose, mas a qualidade desse estado é bastante diferente daquele provocado por outros anestésicos IV. A hipnose por A hipnose por cetamina é caracterizada por falta de responsividade, amnésia e analgesia profunda. A anestesia derivada da administração de cetamina foi, portanto, denominada anestesia dissociativa. A analgesia dependente da dose produzida pela cetamina é única entre os anestésicos venosos. Ainda não foram isolados fármacos que são capazes de antagonizar os efeitos da cetamina.
46
Qual a aparência clínica dos pacientes após uma dose de indução de cetamina?
Após uma dose de indução de cetamina, o paciente parece estar em um estado cataléptico. A aparência do paciente pode ser caracterizada como olhos que permanecem abertos com um nistagmo lento; a manutenção dos reflexos de tosse, deglutição e corneanos; dilatação moderada das pupilas; lacrimejamento; salivação; e um aumento no tônus do músculo esquelético, com movimentos aparentemente coordenados, mas sem propósito, das extremidades. As doses de indução da cetamina proporcionam uma intensa analgesia e amnésia em pacientes, apesar do paciente parecer estar acordado.
47
. Qual é o mecanismo que cessa os efeitos da cetamina?
redistribuição da cetamina altamente lipossolúvel para locais de tecido inativo permite um rápido despertar após a administração de um bólus de cetamina. A cetamina sofre um extenso metabolismo hepático em norcetamina para sua eliminação. A norcetamina tem entre 20% e 30% da potência da cetamina e pode contribuir para alguns dos efeitos retardados da cetamina quando administrada como uma infusão contínua
48
Qual é o mecanismo de ação da cetamina?
O mecanismo exato pelo qual a cetamina exerce seus efeitos permanece desconhecido e, provavelmente, envolve vários sistemas de receptores e neurotransmissores. A via mais significativa é a inibição do complexo receptor N-metil-Daspartato (NMDA), que se supõe mediar as ações anestésicas gerais da cetamina. O receptor NMDA é um canal iônico que é controlado pelo neurotransmissor excitador glutamato. A cetamina também ocupa alguns receptores de μ-opioides no cérebro e na medula espinal, o que pode explicar parcialmente seus efeitos analgésicos. Outros receptores com os quais a cetamina interage incluem receptores monoaminérgicos, receptores muscarínicos e canais de cálcio. Funcionalmente, acredita-se que a cetamina cause a depressão seletiva das projeções do tálamo no sistema límbico e córtex
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Como a cetamina afeta o sistema nervoso central?
A cetamina possui efeitos excitatórios no SNC que são opostos aos da maioria dos outros anestésicos venosos. A cetamina é um vasodilatador cerebral e aumenta o metabolismo cerebral, FSC, PIC e CMRO2. Os efeitos excitatórios da cetamina são refletidos pelo desenvolvimento de atividade de ondas beta e gama (frequência mais alta) no EEG quando a cetamina é administrada. Devido aos efeitos excitatórios no SNC pela cetamina, ela não é recomendada como agente de indução em pacientes com lesões intracranianas que ocupam espaço ou após traumatismo craniano, quando aumentos da PIC podem ser prejudiciais
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Como a cetamina afeta o sistema cardiovascular?
A cetamina aumenta a pressão arterial sistêmica, a pressão arterial pulmonar, a frequência cardíaca e o débito cardíaco. A pressão arterial sistêmica pode aumentar de 20 a 40 mm Hg nos primeiros 5 minutos após a administração de doses de indução de cetamina. O aumento da pressão arterial é, muitas vezes, mantido por mais de 10 minutos. As alterações hemodinâmicas não são claramente dependentes da dose e podem ser abrandadas pela administração prévia de barbitúricos, benzodiazepínicos ou opioides. Estes efeitos cardiovasculares da cetamina são provavelmente mediados centralmente por meio da ativação da saída do sistema nervoso simpático. Verificou-se que a libertação endógena de noradrenalina acompanha a administração de cetamina. Esta propriedade da cetamina pode torná-la útil como agente de indução em pacientes hipovolêmicos nos quais o suporte hemodinâmico é benéfico. Por outro lado, pacientes com histórico de isquemia miocárdica podem ser afetados de forma negativa pelo aumento da demanda de oxigênio no miocárdio, tornando a cetamina uma escolha ruim para indução nesta população de pacientes. Vale ressaltar que os efeitos estimuladores cardiovasculares da cetamina podem não ser tão pronunciados e podem até mesmo estar ausentes em pacientes com depleção de catecolaminas. Nos estados de depleção de catecolaminas, como trauma ou choque séptico, o efeito depressor miocárdico da cetamina pode ser exposto e causar grandes quedas na pressão arterial sistêmica após uma dose de indução
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. Como a cetamina afeta a ventilação?
A administração de grandes doses de cetamina pode resultar em uma depressão temporária da ventilação ou mesmo apneia. No entanto, a PaCO2em repouso não costuma sofrer alteração quando a cetamina é usada como agente único. A cetamina relaxa o músculo liso brônquico, resultando em broncodilatação. Este efeito da cetamina provavelmente é mediado por seus efeitos simpaticomiméticos e pode torná-la útil como agente de indução em pacientes com asma brônquica. A cetamina também induz um aumento nas secreções das vias aéreas
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Quais são as doses de indução da cetamina administrada pelas vias intravenosas e intramusculares? Qual é o momento de início de ação para cada via?
Para a indução de anestesia, a dose venosa de cetamina é de 1 a 2 mg/kg, enquanto a dose intramuscular é de 5 a 10 mg/kg. A indução anestésica após a administração venosa é obtida dentro de 60 segundos. A indução anestésica após administração intramuscular é alcançada dentro de 2 a 4 minutos. O retorno da consciência após uma dose de indução IV de cetamina geralmente requer de 10 a 20 minutos, enquanto uma orientação completa pode demorar de 60 a 90 minutos. A cetamina também pode ser administrada por via oral ou retal.
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Cite uma condição psiquiátrica comum em que a cetamina pode ser usada no tratamento.
Demonstrou-se, recentemente, que a cetamina é promissora como terapia para a depressão grave resistente ao tratamento.
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Que tipo de estrutura é o etomidato?
O etomidato é um derivado do imidazol. O imidazol é um anel aromático de cinco membros contendo dois nitrogênios
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Como o etomidato é eliminado do plasma?
é metabolizado pelo fígado em metabolítos inativos e excretados pela urina.
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Qual é o mecanismo de ação do etomidato?
O mecanismo pelo qual o etomidato exerce seus efeitos não é completamente compreendido, mas parece atuar, principalmente, através de efeitos agonistas no receptor GABAA (semelhante ao propofol, benzodiazepínicos e barbitúricos – embora os locais de ligação específicos provavelmente sejam diferentes entre essas classes de fármacos).
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Como o etomidato afeta o sistema nervoso central?
O etomidato é um vasoconstritor cerebral que diminui a FSC, PIC e CMRO2. O etomidato também apresenta efeitos semelhantes aos dos barbitúricos no EEG, de modo que o etomidato pode ser titulado para obter a surto-supressão no EEG e diminuir ao máximo os requisitos de oxigênio metabólico cerebral. No entanto, não há evidências de estudos em animais ou humanos no sentido de que o etomidato forneça neuroproteção.
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Como o etomidato afeta o limiar de convulsão?
Demonstrou-se que a administração de etomidato aumenta a atividade de focos convulsivos em um EEG. Nesse sentido, o etomidato é semelhante ao metoexital. Seus efeitos podem ser utilizados na fase intraoperatória a fim de facilitar o mapeamento intraoperatório de focos convulsivos para a ablação cirúrgica. O etomidato produz mioclonia em mais da metade dos pacientes e isso pode corresponder a uma atividade semelhante à convulsão no EEG.
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Como o etomidato afeta o sistema cardiovascular?
A administração de uma dose de indução de etomidato resulta em alterações mínimas na frequência cardíaca, PAM, pressão venosa central, volume sistólico ou índice cardíaco. Em pacientes hipovolêmicos, ainda pode ocorrer uma redução da pressão arterial. A estabilidade cardiovascular associada ao etomidato o diferencia dos outros agentes de indução e é o fundamento de sua utilidade em pacientes com reserva cardíaca limitada. É importante notar que o etomidato não possui efeitos analgésicos. Agentes suplementares devem ser administrados para abrandar os efeitos estimuladores da laringoscopia direta ou podem ocorrer hipertensão e taquicardia.
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Como o etomidato afeta o sistema cardiovascular?
A administração de etomidato por si só parece resultar em um efeito menos depressivo na ventilação do que propofol ou tiopental. Pode ocorrer depressão respiratória quando o etomidato for administrado em combinação com outros anestésicos ou opioides.
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Como o etomidato afeta a ventilação?
A administração de etomidato por si só parece resultar em um efeito menos depressivo na ventilação do que propofol ou tiopental. Pode ocorrer depressão respiratória quando o etomidato for administrado em combinação com outros anestésicos ou opioides.
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Quais são os efeitos endócrinos do etomidato?
etomidato inibe a 11β-hidroxilase, uma enzima fundamental na via de síntese do cortisol. Devido a este efeito, a função adrenocortical é suprimida durante pelo menos 4 a 8 horas, e possivelmente até 48 horas, após uma dose de indução de etomidato. Esse efeito pode fazer com que o córtex adrenal não responda ao hormônio adrenocorticotrópico e seja incapaz de gerar uma resposta desejável ao estresse no período perioperatório. Há uma grande controvérsia sobre a capacidade ou não da supressão adrenocortical de curto prazo do etomidato causar resultados negativos no paciente, especialmente quando usada em pacientes criticamente doentes.
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Indique as populações específicas de pacientes que podem se beneficiar da escolha do etomidato como agente de indução.
Comparado com outros anestésicos IV, as doses de indução de etomidato resultam em diminuições mínimas na RVS, contratilidade miocárdica e PAM. Os pacientes dependentes de RVS adequada e pressão arterial diastólica para manter a perfusão coronária, como aqueles com doença arterial coronariana ou estenose aórtica crítica, podem ser especialmente adequados para a indução com etomidato. O etomidato pode proporcionar estabilidade hemodinâmica superior em pacientes com hipovolemia, sepse ou trauma, embora os riscos de supressão adrenal devam ser cuidadosamente considerados. O etomidato é uma escolha frequente para indução em sequência rápida de pacientes com traumatismo craniano, pois diminui a PIC, mas ainda mantém a PAM e PPC. Por fim, o etomidato é uma excelente opção para a eletroconvulsoterapia, pois permite uma duração mais longa das convulsões do que o metoexital.
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Quais são alguns dos potenciais efeitos negativos associados à administração do etomidato?
Além da supressão adrenal, os possíveis efeitos negativos associados à administração de etomidato incluem dor durante a injeção venosa, tromboflebite superficial, movimentos mioclônicos involuntários e aumento da incidência de NVPO.
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Que tipo de estrutura é a dexmedetomidina? Como é eliminada do plasma?
dexmedetomidina, o enantiômero-S ativo da medetomidina, é um imidazol. A dexmedetomidina sofre rápido metabolismo hepático e os metabólitos sãoexcretados através da bile e da urina. A meia-vida contexto-dependente aumenta junto com a duração ampliada da administração
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. Qual é o mecanismo de ação da dexmedetomidina? Onde ocorre os efeitos analgésicos e sedativos
A dexmedetomidina é um agonista α2-adrenérgico altamente seletivo e exerce seus efeitos através da ativação de receptores α2 no SNC. Os efeitos analgésicos se originam ao nível da medula espinal/SNC e seus efeitos hipnóticos provavelmente se originam através dos locais receptores no locus ceruleus.
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Como a sedação produzida pela dexmedetomidina é diferente da sedação de outros anestésicos venosos?
Por meio de sua ativação das vias endógenas do sono, a sedação com dexmedetomidina produz um estado que se assemelha ao sono fisiológico mais do que aquele produzido por outros anestésicos IV. Em doses clinicamente úteis, os pacientes tendem a ser facilmente despertados, e eles acordarão e seguirão comandos com estimulação verbal ou tátil. Os efeitos sedativos da dexmedetomidina são sinergísticos quando combinados com outros hipnóticos sedativos.
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Quais são os efeitos da dexmedetomidina no fluxo sanguíneo cerebral?
É provável que a dexmedetomidina cause uma diminuição do FSC sem alterações significativas na PIC ou CMRO2
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Como a dexmedetomidina afeta o eletroencefalograma?
O EEG de pacientes que recebem dexmedetomidina compartilha algumas características com o sono fisiológico, como os fusos. Os focos convulsivos não são suprimidos pela dexmedetomidina, tornando-a um agente útil durante a cirurgia de epilepsia com mapeamento intraoperatório de focos convulsivos.
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Como a infusão de dexmedetomidina afeta o sistema cardiovascular?
A infusão de dexmedetomidina diminui a pressão arterial sistêmica por diminuição moderada da frequência cardíaca e RVS. A bradicardia associada à infusão de dexmedetomidina às vezes pode necessitar de tratamento. Foram descritos bradicardia grave, bloqueio cardíaco e assistolia. Pacientes idosos e aqueles com baixa pressão arterial basal (PAM < 70 mm Hg) correm maior risco de sofrer instabilidade hemodinâmica com infusão de dexmedetomidina.
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Compare os efeitos hemodinâmicos de uma injeção em bólus ou uma dose de carga rápida de dexmedetomidina com os efeitos hemodinâmicos de uma infusão.
As infusões IV de dexmedetomidina costumam causar diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial devido à inibição da saída simpática do SNC. Em contrapartida, uma injeção em bólus ou uma dose rápida de carga podem produzir aumentos temporários na pressão sanguínea sistêmica e diminuição pronunciada na frequência cardíaca, efeito que provavelmente é mediado pela vasoconstrição por receptores α2- adrenérgicos periféricos.
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Como a dexmedetomidina afeta o sistema respiratório?
A dexmedetomidina tem apenas efeitos menores no sistema respiratório em comparação com outros anestésicos venosos. Esses efeitos incluem pequenas diminuições no volume corrente sem muitas alterações na frequência respiratória.
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Quais são as doses típicas de dexmedetomidina quando utilizada como infusão na sala de cirurgia?
Quando administrada durante a anestesia geral, a dexmedetomidina (dose de indução de 0,5 a 1 μg/kg por um período de 10 a 15 minutos, seguida de uma infusão de 0,2 a 0,7 μg/kg/h) diminui os requisitos de dose para anestésicos inalatórios e injetáveis
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Quais são alguns dos usos clínicos comuns para a dexmedetomidina?
Alguns dos usos clínicos comuns para a dexmedetomidina incluem infusão como adjuvante durante a anestesia geral na sala de cirurgia, sedação para procedimentos, sedação para o manejo das vias aéreas (ou seja, intubação por meio de fibra ótica com paciente desperto) e sedação de pacientes com intubação traqueal na UTI
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Ocorre efeito aditivo quando a dexmedetomidina é associada a fármacos que atuam sobre receptores:
A dexmedetomidina é um agonista α2 adrenorreceptor com seletividade 1600 vezes maior para o receptor α2 que α1. A dexmedetomidina apresenta efeito aditivo com agonistas do receptor GABAA (benzodiazepínicos, propofol, etomidato e tiopental). O efeito é sinérgico com agonistas opióides e com agentes inalatórios. Não apresenta interação com fármacos que atuam nos receptores NMDA e AMPA