Anemias hiperproliferativas Flashcards

1
Q

Mulher, 21a, G1P0C0A0, com idade gestacional de 10 semanas, retorna para resultados de exames. Antecedentes pessoais: anemia desde a infância. Hb= 10,5g/dL; Ht= 31,7%; VCM= 61fL; HCM= 20pg; RBC= 5,16 milhões; Eletroforese de hemoglobina: HbA= 92%; HbF= 2%; HbA2= 6%; Ferritina= 20mcg/dL e ferro sérico= 95mcg/dL. A CONDUTA É:

A

Aconselhamento genético. Anemia hipo-micro, com ferritina, ferro e RDW normais. Na eletroforese HbA2 6% (3,5-8%) - betatalassemia e o filho pode nascer com talassemia

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2
Q

Como é o laboratório da anemia falciforme?

A
Anemia grave: Hb 6-9 mg/dl
Normo-normo
Eritrócitos falciformes (drepanócitos)
Leucocitose
Trombocitose
Marcadores de hemólise aumentados
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3
Q

Como é feito o diagnóstico de anemia falciforme?

A

Eletroforese de hemoglobina:

  • HbS 85-95%; HbA ausente; HbF variável
  • HbS não tem no indivíduo normal
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4
Q

Qual o quadro clínico da anemia falciforme?

A

Anemia hemolítica grave, crises vasoclusivas, crises viscerais, crises aplásticas e hemolíticas, úlceras de extremidades

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5
Q

Qual o tratamento geral da anemia falciforme?

A

Evitar crises
Ácido fólico 5mg/semana (doença com alto turnover)
Vacinação
Transfusões de repetição
Hidroxiureia se 3 ou mais crises/ano
TMO alogênico (alta mortalidade) - se graves ou complicações

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6
Q

Qual a complicação mais frequente na doença falciforme?

A

Crise vasoclusiva

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7
Q

Quais são os principais fatores de risco para falcização hemática e consequente crise dolorosa na anemia falciforme?

A

Infecções, acidose, hipoxemia e desidratação

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8
Q

Qual a terapia mais eficiente em reduzir o número de crises na doença falciforme?

A

Hidroxiureia - aumenta HbF e assim diminui HbS

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9
Q

Qual o tratamento da crise vasoclusiva na anemia falciforme?

A

Repouso, aquecimento do membro, SpO2>92%, HIDRATAÇÃO, ANALGESIA, ATB se infecção

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10
Q

Quais são as indicações de transfusão sanguínea no pcte com anemia falciforme?

A

Anemia sintomática, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico ou crise aplástica

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11
Q

Quais são as características do sequestro esplênico na anemia falciforme?

A

Dor abd, esplenomegalia, queda súbita de Hb, reticulocitose (MO tenta compensar)
Até 5 anos de idade (após isso ocorre autoesplenectomia)

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12
Q

Qual o tratamento do sequestro esplênico na anemia falciforme?

A

Transfusão de CH

Esplenectomia

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13
Q

Paciente de 8 meses com diagnóstico de anemia falciforme desde os 3 meses de idade. Há 4 dias apresentou coriza e febre não medida, e há 2 dias a mãe refere que a mão direita e o pé ‘‘inchou’’. A mãe refere que já fez compressas no local, mas não obteve melhora e, como a criança está muito chorosa, procurou o pronto-socorro pediátrico. Ao exame físico: regular estado geral; descorado 2+/4+; hidratado; afebril; ictérico +/4+; murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios; bulhas rítmicas normofonéticas a 2 tempos com sopro sistólico ++; fígado no rebordo costal direito; baço palpável a 0,5 cm do rebordo costal esquerdo. Hemograma: Hb = 8,0 g/dl; leucócitos = 18.500/mm³ (3% de bastões, 50% de segmentados, 2% de eosinófilos, 0% de basófilos, 42% de linfócitos, 3% de monócitos); plaquetas = 270.000/mm³; reticulócitos = 4,5%. Qual o seu diagnóstico?

A

Crise vasoclusiva - criança com dactlite (sd mão pé)

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14
Q

Paciente do sexo masculino, com 12 anos de idade, pardo, chegou ao Pronto-socorro com quadro de ereção dolorosa há 10 horas, não relacionada a intercurso sexual. Nega história de trauma ou uso de medicações. Qual a PRINCIPAL hipótese diagnóstica e a PROVÁVEL etiologia associada ao quadro, considerando a idade do paciente?

A

Priapismo isquêmico e anemia falciforme - Em crianças a anemia falciforme é a causa responsável pelo priapismo de baixo fluxo em na maioria dos casos (60%)

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15
Q

Homem de 23 anos procura o pronto atendimento por crise álgica de anemia falciforme em membro inferior esquerdo, durante suas férias em São Paulo/SP. Paciente é seguido regularmente em ambulatório de hematologia de sua cidade natal e faz uso de ácido fólico 5 mg/dia desde a infância e de hidroxiureia 1.500 mg/dia há um ano e meio. Na avaliação, solicita administração de morfina endovenosa, e refere que é a única medicação que alivia sua dor quando na intensidade atual. Refere que teve quadro de infecção de vias aéreas superiores há cerca de duas semanas, sem febre e com resolução completa dos sintomas respiratórios. Há um dia, iniciou quadro álgico intenso em MIE, tendo feito uso de dipirona 40 gotas e codeína 30 mg de 6 em 6 horas (tomou 2 doses de cada), com pouca melhora. No momento, com fáscies de dor e relata dor 8 em 10. Em estado geral regular (fáscies de dor); descorado 2+; hidratado; FC = 90 bpm; PA = 114 x 70 mmHg; FR = 23 irpm; afebril. Qual a conduta?

A

Está indicado iniciar analgésicos comuns e opioides, além de hidratação.

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16
Q

Paciente, 2 anos de idade, com diagnóstico de anemia falciforme. A mãe conta que a criança empalideceu subitamente e notou aumento do volume abdominal. Nega febre e dores pelo corpo. Ao exame físico: regular estado geral, descorado +++/4+, afebril. Ausculta cardíaca: taquicárdico, com sopro holossistólico ++/4+. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Propedêutica abdominal: fígado palpável a 1 cm do rebordo costal direito e baço palpável a 6 cm do rebordo costal esquerdo, doloroso. Hemograma na emergência: hemoglobina: 3,0 g/dl; leucócitos: 18.600/mm³; plaquetas: 160.000/mm³; reticulócitos: 22,5%. Nesse caso, qual é a hipótese diagnóstica entre as crises agudas da anemia falciforme?

A

Sequestro esplênico - dor abd, reticulocitose, queda abrupta de Hb

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17
Q

Qual a principal causa de óbito no paciente com anemia falciforme após a puberdade?

A

Síndrome torácica aguda

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18
Q

Quais os principais fatores predisponentes da sd torácica aguda na anemia falciforme?

A

Infecção respiratória (principal), êmbolo gorduroso, pós-op

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19
Q

Qual o quadro clínico da sd torácica aguda?

A

Dispneia, queda de PO2, dor torácica, alteração na ausculta pulmonar

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20
Q

Quais os achados no RX de tórax da sd torácica aguda?

A

Infiltrado pulmonar não específico, geralmente bilateral e difuso

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21
Q

Qual o tratamento da síndrome torácica aguda?

A

Analgesia escalonada, O2 (manter > 92%), hidratação cautelosa, transfusão de CH ou até exsanguineotransfusão (graves e Ht > 25%), ATB de amplo espectro, fisioterapia resp

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22
Q

Qual a antibioticoterapia de escolha na síndrome torácica aguda?
*CAI

A

Amplo espectro
Ex: ceftriaxona + eritromicina ou azitro ou claritro ou
amoxi-clavulanato + azitro

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23
Q

Como é feita a prevenção da crise torácica aguda na anemia falciforme?

A

Hidroxiureia, terapia transfusional, vacinação, penicilina profilática VO até os 5 anos de idade

24
Q

Qual é a principal causa das crises de anemia com reticulócitos baixos em pacientes com anemia falciforme?

A

Infecção por parvovírus B19 - crise aplástica

+ em crianças

25
Q

Quais as principais características da crise aplástica na anemia falciforme? Como tratar?

A

Queda abrupta do Hb e QUEDA DE RETICULÓCITOS (infecção na MO)
TTO = transfusão

26
Q

Qual o principal agente etiológico causador de osteomielite em pacientes com anemia falciforme?

A

Salmonella

27
Q

Como é feita a prevenção de AVE nos pacientes com anemia falciforme?

A

Deve rastrear quem tem mais chance:
Crianças - doppler transcraniano > 200 cm/s
Adultos - angioRNM
Transfusões de troca crônicas para manter HBS < 30%

28
Q

Devido ao aumento dos fenômenos vaso-oclusivos as mulheres falcêmicas tem abortos espontâneos mais frequentes. V ou F?

A

Verdadeiro

29
Q

Paciente com anemia falciforme, 3 anos de idade, apresenta episódio de piora aguda da anemia. O exame laboratorial que permitirá diferenciar entre crise aplástica e sequestro esplênico é:

A

Número de reticulócitos (baixo na crise aplástica)

30
Q

Menino 4 anos, há 4 dias apresenta coriza nasal e tosse com piora progressiva. Há 2 dias apresenta febre 3x/dia de 38,5ºC. Hoje está mais cansado com esforço respiratório e foi levado à emergência. AP: alteração do teste do pezinho para hemoglobinopatias (FSC) e faz seguimento em serviço de saúde. Ao exame: REG-MEG, descorado, cianose de extremidades, anictérico, afebril no momento, hidratado. Tórax com retrações intercostais e subdiafragmática. Pulmão: MV diminuído a E, com estertores crepitantes em base E. FR 45 ipm. Sat 85%. Coração: BRNF em 2T sem sopros FC 130 bpm, pulsos cheios, TEC 2s, PA 90x50mmHg. Abdome: semigloboso, normotenso, indolor, fígado a 2 cm do RCD, baço com a ponta palpável. SN: sem sinais meníngeos ou outras alterações. Lab: Hb 9,5 g/dl, Ht 29%, GB 15000 (bastonetes 11%, segmentados 45%, linfócitos 35%, eosinófilos 5%, mono 4%). Neutrófilos com microvacúolos. Após posicionar via aérea, dar O2 e iniciar ATB, qual seria outra conduta apropriada neste caso?
*USP RP 2020

A

Transfusão de troca (sangria + transfusão) - sd torácica grave e Ht > 25%

31
Q

Quais as características da beta-talassemia major (anemia de Cooley)?

A

Mutação em homozigose, hemólise, anemia a partir dos 3-6 meses de vida, hepatoesplenomegalia, fácies talassêmica, deformidades ósseas
Não forma HBA1

32
Q

Como é o laboratório na beta-talassemia major (anemia de Cooley)?

A

Anemia hipo-micro
RDW normal
Reticulocitose (é hiperproliferativa) e eritroblastos
Leptócitos (hemácias em alvo)

33
Q

Como é feito o diagnóstico da beta-talassemia major (anemia de Cooley)?

A

Eletroforese de Hb:

HbA1 diminuída; A2 aumentada (3,5-8%); HbF aumentada

34
Q

Qual o tratamento da beta-talassemia major (anemia de Cooley)?

A

Transfusões, ácido fólico, quelação de ferro, esplenectomia SN, TMO para alguns casos

35
Q

Qual a importância diagnóstica do traço beta-talassêmico?

A

Aconselhamento pré-natal

*Maioria é assintomática

36
Q

Homem, 25 anos, em hemograma realizado em exame admissional apresenta anemia discreta (Hb=11,8 g/dL), microcítica (VCM= 62 fL), com contagem de reticulócitos= 125.000/?L (valor de referência 25.000-100.000/?L); RDW normal. Previamente hígido. Um dos primos é portador de traço falciforme. Qual a hipótese mais provável?

A

Traço talassêmico

37
Q

Criança parda, 2 anos de idade, procurou serviço médico com história de há 3 dias ter iniciado quadro de febre, edema em mãos e pés e palidez cutâneo-mucosa. Ao exame: bom estado geral, descorada (+++/++++), ictérica (+/++++), ancionótica, edema discreto de mãos e pés. Membrana timpânica abaulada e hiperemiada à direita. Presença de baço pálpavel há 2 cm do rebordo costal direito. Restante do exame físico sem alterações. Exames laboratoriais apresentam os seguintes resultados: Hemograma: Hb: 7,2 g/dL, VCM: 67 fl, HCM: 21 pg, GB: 18.300 (2% bastões, 78% neutrófilos, 20% linfócitos), Plaquetas: 250.000/mm³, RDW: 24%, Reticulócitos corrigidos 3,5%, Bilirrubina indireta: 1,8g/dL. Eletroforese de hemoglobina: S: 92%, A2: 5,5%, F: 2,5%. Qual diagnóstico mais provável?
*USP RP

A

Sß-talassemia - anemia falciforme (mais de 85% de HbS) e componente de beta-talassemia (HbA2 > 3%)

38
Q

Menino com 2 anos de idade, mulato, deu entrada em pronto-socorro com quadro de febre e dispneia há 3 dias, queda do estado geral e palidez cutâneo-mucosa. Antecedentes pessoais: nascido de parto normal a termo, peso: 2.950 g, aleitamento materno exclusivo até os 4 meses. Refere tratamento de anemia com sulfato ferroso desde os 2 meses de idade sem melhora. Filho único de pais saudáveis. Ao exame: regular estado geral, gemente, descorado (+++/++++), acianótico, anictérico. AR: FR: 42 irpm; murmúrio vesicular diminuído em base direita com estertores difusos. ACV: FC: 124 bpm. Bulhas rítmicas em 2 tempos, normofonéticas, com sopro sistólico (+/+6). SGI: abdome normotenso, fígado 1 cm RCD, baço a 3 cm RCE. Ruídos hidroaéreos presentes e normoativos. SN: sem sinais meníngeos. Solicitados exames: radiografia de tórax = opacificação do terço médio e inferior do pulmão direito. Hemograma: hemoglobina = 6,0 g/dl, microcitose e hipocromia; glóbulos brancos = 21.200/mm³ (1% metamielócitos, 18% bastões, 51% segmentados e 30% linfócitos). Presença de granulações tóxicas e microvacúolos; reticulócitos = 4%; plaquetas = 394.000/mm³. Eletroforese de hemoglobina: S = 94%, A2 = 5%, fetal = 1%. Com base na história e exames mostrados acima, qual a causa da anemia do paciente?
*USP RP

A

S/beta-“zero” talassemia

39
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da anemia hipo-micro?

A

Ferropriva, talassemia e anemia de doença crônica

40
Q

Qual o quadro clínico da deficiência de G6PD?

A

Assintomático; anemia hemolítica aguda (infecções, drogas…); icterícia neonatal; anemia hemolítica congênita

41
Q

Como é feito o diagnóstico definitivo de deficiência de G6PD?

A

Dosagem da atividade da G6PD (fora da crise)

42
Q

Qual o laboratório da deficiência de G6PD na crise?

A

Bite cells (eritrócitos fragmentados); Hemólise; Reticulocitose (MO funciona normal)

43
Q

Homem de 21 anos, negro, previamente hígido, procurou médico por disúria há quatro dias tendo recebido nitrofurantoína. Evoluiu com astenia intensa, dor abdominal difusa e dor lombar há um dia. Notou que a urina está com aspecto escurecido. Nega disúria e febre. exame clínico: prostrado, descorado 3+/4+, ictérico 1+, afebril, FC = 142 bpm, PA= 110 x 60 mmHg, FR= 32 irpm, SatO2 ar ambiente= 92%. Coração e pulmões normais. Abdome: difusamente doloroso à palpação profunda, sem visceromegalias e descompressão brusca negativa. Sinal de Giordano negativo. Exames: Hemoglobina=5,6 g/dL; Hematócrito=17%; VCM=92 fL; HCM=32 pg; 15 eritroblastos/100 leucócitos; leucócitos 8.320/mm3 (diferencial normal), Plaquetas=232.000/mm3. Morfologia dos eritrócitos: anisocitose 1+, policromasia 2+, poiquilocitose 2+, visualizadas hemácias sugestivas de bite cells. Urina Tipo I: Proteína negativa, 01 eritrócito por campo, 01 leucócito por campo, sangue ++. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A

Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase.

44
Q

Menino com 20 meses de idade, mulato, procurou atendimento médico com história de otalgia e febre há 3 dias, efeito diagnóstico de otite média aguda e prescrito sulfametoxazol + trimetoprima por 10 dias. Há 1 dia, mãe notou palidez cutâneo-mucosa rapidamente progressiva, taquicardia e icterícia e procurou atendimento médico novamente. Antecedentes pessoais: peso ao nascimento 3.200 g. Mãe refere icterícia com necessidade de fototerapia por 3 dias ao nascimento. Dois episódios anteriores de palidez e icterícia aos 8 e 14 meses, com resolução espontânea. Ao exame: bom estado geral; descorado (++/++++); acianótico; ictérico (++/++++); otoscopia: hiperemia de membrana timpânica à esquerda; AR: FR: 32 irpm. Murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios; ACV: FC: 158 bpm. Bulhas rítmicas e normofonéticas, com sopro sistólico (+/+6); SGI: abdome normotenso, fígado palpável a 1 cm do rebordo costal direito, baço não palpável. Ruídos hidroaéreos presentes e normoativos; SN: sem sinais meníngeos. Solicitados exames. Hemograma: hemoglobina = 7,0 g/dl; VCM = 84 fl (valor normal 80-96) - HCM = 25,8 pg (valor normal: 27-33); glóbulos brancos = 15.200/mm³ (51% segmentados e 49% linfócitos). Plaquetas = 304.000/mm³; RDW = 18,4%; reticulócitos corrigidos = 9%; dosagem de bilirrubinas: total = 9,2 mg/dl (valor normal de 0,3-1,2 mg/dl); direta = 0,2 mg/dl (valor normal até 0,2 mg/dl); desidrogenase láctica = 634 U/l (valor normal 110-295 U/dl). Com base na história e exames mostrados acima, qual patologia pode ser causa da anemia do paciente?

A

Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.

45
Q

Qual o quadro clínico da hemoglobinúria paroxística noturna?

A

Urina escura pela manhã (hemólise noturna) e hemossidenúria (perda de ferro pela urina)
Tromboses - sd de Budd Chiari (veias supra-hepáticas)
Anemia aplásica
IRA
Anemia crônica com exacerbações

46
Q

Qual o laboratório da hemoglobinúria paroxística noturna?

A

Pancitopenia (ataque do complemento); reticulocitose; aumento de DHL e BI; coombs direito negativo

47
Q

Qual o exame diagnóstico da hemoglobinúria paroxística noturna?

A

Citometria de fluxo

48
Q

Qual a droga de escolha para tto da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) em sua forma hemolítica clássica?

A

Eculizumabe (anti-CD5) - regula sist complemento

49
Q

A tríade trombose de veia porta, hemólise e pancitopenia sugere qual patologia?

A

Hemoglobinúria paroxística noturna.

50
Q

Qual o exame confirmatório da anemia hemolítica autoimune?

A

Coombs direto

51
Q

Como é feito o diagnóstico de esferocitose?

A

História familiar + lab; teste de fragilidade osmótica; análise por fluxo de fluorescência (melhor)

52
Q

Menino de 1 ano e 2 meses de idade, na UBS. HMA: em atendimento rotineiro de puericultura. EF: apresenta palidez cutâneo-mucosa leve (+/4+) e é solicitado hemograma. ES: dados hematimétricos e de morfologia da série vermelha: Eritrócitos: 5,4 milhões/mm³ (Valor Normal (VN): 3,6 - 5,6 milhões/mm³)/ Hemoglobina: 9,01 g/dl (VN: 11 - 15 g/dl)/ Hematócrito: 27% (VN: 31 - 43%)/ Volume Corpuscular Médio (VCM): 51,93 fl (VN: 72 - 88 fl)/ Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): 17,87 pg (VN: 23-31 pg) / Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): 33,9 g/dl (VN: 32 - 36 g/dl)/ Red Cell Distribution Width (RDW): 11,9% (VN: 11,5 - 14,5%)/ SÉRIE VERMELHA: microcitose e hipocromia. Presença de algumas hemácias com pontilhado basofílico. A causa mais provável dessa anemia e o exame para confirmação laboratorial são:

A

Talassemia menor e eletroforese de Hb - anemia hipo/micro com RDW normal

53
Q

Qual é um dos principais fatores causadores de crise na anemia por deficiência de G6PD?

A

Uso de drogas, principalmente ATB

*Tem várias causas

54
Q

Quais os desencadeantes mais frequentes da anemia hemolítica autoimune?

A

LES, linfoma, drogas (penicilina) e LLC

55
Q

Qual a principal causa de morte em pacientes com doença falciforme, entre 1 e 5 anos de idade?

A

Infecção