Ancylostoma duodenale e Necator americanus Flashcards
Espécies responsáveis pela doença humana
Ancylostoma duodenal, Ancylostoma ceylanicum e Necator americanus
Morfologia Ancylostoma duodenale
-Cilindriforme, cápsula bucal com dois pares de dentes
-Fêmea: 10-18 mm. Extremidade posterior com cauda afilada e um pequeno processo espiniforme
terminal.
-Macho: 8 - 11 mm. Extremidade posterior com bolsa copuladora bem desenvolvida.
Morfologia Necator americanus
-Cilindriforme, cápsula bucal com lâminas cortantes
-Fêmea: 9-11 mm (menor que o A. duodenale). Tem abertura genital no terço anterior do corpo, e tem a extremidade anterior afilada, sem processo espiniforme
-Macho: 5-9 mm. Extremidade posterior com
bolsa copuladora bem desenvolvida com dois
espículos longos.
Morfologia dos ovos dos A. duodenale e do N. americanus
Medem em média 60X40 μm, sendo morfologicamente idênticos.
Larvas Ancilostomídeos X Strongyloids stercoralis
Larva rabditóide
-Vestíbulo bucal: nos S. stercoralis é curto e nos ancilostomídeos é longo
-Primórdio genital: nos S. stercoralis é grande e bem visível e nos ancilostomídeos é pequeno e pouco visível
Larva filarióide
-Cauda: terminação truncada com entalhe nos S. stercoralis e terminação afilada nos ancilostomídeos
Ciclo biológico
-Monoxênico
- Um indivíduo infectado defeca ovos dos
ancilostomídeos no ambiente. - Sai a larva L1 rabditóide, que se nutre de microrganismos e de matéria orgânica.
- A larva se transmuta em L2 no ambiente.
- Se transforma em L3 também no ambiente, se tornando filarioide infectante -> resistente, não se alimenta
- A infecção (L3) acontece por penetração na pele ou pela ingestão de ovos.
- Ao penetrar a pele, a larva atinge os vasos sanguínes e migram para o coração, depois atingindo o pulmão (ciclo pulmonar, assim como as a. lumbricoides).
- Pelas vias aéreas superiores, ela pode ser deglutida e vai até o duodeno, desenvolvida como L4 e posteriormene em L5 (adulto).
- Os vermes adultos copulam e fazem oviposição.
Larva infectante
L3, ainda no ambiente
Transmissão
A infecção se dá através da penetração ativa das
larvas L3 (infectantes filarioides).
-A infecção por via oral é mais efetiva para o A. duodenale.
-A via transcutânea é mais efetiva para o N. americanus.
Etiologia primária e secundária
-Etiologia primária se dá pela migração das larvas e implantação dos vermes no intestino
delgado do hospedeiro = fase aguda.
-Etiologia secundária acontece pela permanência dos vermes adultos no intestino delgado = fase crônica.
Características clínicas
+ Lesões traumáticas (por seus metabólitos ou secreções) e fenômenos vasculares;
+ Dermatite urticariforme, edema, sensação de picada (muitas vezes na ponta do nariz e outras no corpo inteiro);
+ Alterações pulmonares (tosse de curta ou longa duração).
Sintomas abdominais
+ Dor epigástrica;
+ Diminuição do apetite;
+ Indigestão;
+ Cólicas;
+ Indisposição
+ Náuseas;
+ Vômitos;
+ Anemia por hematofagismo dos
parasitas;
+ Diarreias sanguinolentas.
Diagnóstico
-Clínico: A partir dos sintomas.
-Laboratorial: Exame parasitológico de fezes por método direto, método de Hoffman ou método de Kato-Katz (igual ao de A. lumbricoides e T. trichiura)
-Imunologia:
Fase aguda: Eosinofília
Fase crônica: Eosinofília com aumento de IgG, Ac detectados através da IF e ELISA.
Epidemiologia
-Crianças > 6 anos, adolescentes e adultos.
-Solo arenoso
-Umidade e temperatura favorecem para o estágio de vida livre -> distribuição geográfica preferencial se dá em locais temperados e tropicais.
Profilaxia
-Saneamento, educação sanitária
-Suplementação alimentar
-Tratar os infectados com anti-helmínticos
-Tentativa de produção de vacina
Tratamento
+ Pamoato de pirantel (T. trichiura também)
+ Mebendazol
+ Albendazol
+ Alimentação suplementar
+ Sulfato ferroso