Agonistas e Antagonistas Opioides Flashcards
Quais os tipos de analgésicos podem interagir com receptores de opioides?
Analgésicos opioides naturais.
Analgésicos opioides semissintéticos.
Analgésicos opioides substitutos sintéticos.
Antagonistas não seletivos (naloxona).
Peptídeos endógenos.
Quantos são e quais são os principais receptores opioides? Onde eles podem estar localizados?
São 3.
Receptores mu, receptores delta e receptores capa.
Os locais em que os receptores opioides podem estar localizados são cérebro (tálamo, substância cinzenta periaquedutal e núcleos ventrais e dorsais do tronco cerebral), medula (corno dorsal) e terminações nervosas sensitivas periféricas (terminais dos nociceptores).
Quantas são e quais são as funções que os receptores opioides mu sinalizam?
São 5.
Analgesia espinal e supraespinal.
Sedação.
Depressão respiratória.
Redução do trânsito gastrointestinal.
Modulação da liberação de hormônios e de NTs.
Quantas são e quais são as funções que os receptores opioides delta sinalizam?
São 2.
Analgesia supraespinal e espinal.
Modulação da liberação de hormônios e de NTs.
Quantas são e quais são as funções que os receptores opioides capa sinalizam?
São 3.
Analgesia supraespinal e espinal.
Redução do trânsito gastrointestinal.
Efeitos psicomiméticos.
Quais são os principais peptídeos opioides endógenos, onde eles atuam e qual a sua função?
Encefalinas, dinorfinas e endorfinas.
Eles atuam em receptores opioides no SNC.
Sua função também é de promover analgesia.
O que estimula a liberação de peptídeos opioides endógenos?
O estresse causado por estímulos dolorosos ou a expectativa da ocorrência desses estímulos.
Quais são as melhores formas de administração possíveis dos analgésicos opioides? Cite também duas formas alternativas de administração desses fármacos.
Subcutânea, intramuscular e oral.
Mucosa oral: através do uso de pastilhas.
Adesivos transdérmicos: para prolongar a liberação do fármaco durante dias.
Cite dois fármacos que têm efeito de primeira passagem reduzido.
Oxicodona e codeína.
Com relação à perfusão, os analgésicos opioides se concentram mais nos tecidos com alta ou baixa perfusão? Exemplifique.
Alta.
Exemplos: cérebro, pulmões, fígado, rins e baço.
Qual é o compartimento que apresenta menor concentração dos analgésicos opioides? Por quê?
Músculo esquelético, já que ele apresenta maior volume.
Qual é a principal via de excreção dos analgésicos opioides?
Os metabólitos polares (glicuronídeos) desses fármacos são mais excretados pela urina, de modo que pacientes com doença renal, caso façam uso elevado desses fármacos, podem ter efeitos como sedação e depressão respiratória pelo acúmulo de metabólitos derivados do fármaco.
Quais são os principais metabólitos dos opioides?
Os glicuronídeos.
Quais são as principais substâncias formadas a partir da metabolização da morfina e qual é a função de cada uma delas?
M3G: função neuroexcitatória.
M6G: função analgésica.
Mediante o uso de morfina, quais são os efeitos adversos que o acúmulo de M3G e de M6G podem gerar?
M3G: convulsões, por excitação do SNC.
M6G: prolongamento ou aumento da ação dos opioides.
A que tipo de proteína G os receptores opioides são acoplados? Qual é a importância disso?
G inibitória.
A partir dessa proteína G, há a sinalização que impede/inibe a liberação de neurotransmissores excitatórios que permitiriam a transmissão do estímulo doloroso, como o glutamato e a substância P.
Quais são as ações celulares dos opioides ao se ligarem em seus receptores acoplados à proteína Gi?
Eles promovem o fechamento dos canais de Ca++ voltagem dependente nos terminais nervosos pré-sinápticos, de modo que os NTs não são liberados. Além disso, abrem canais de K+ e, com isso, promovem hiperpolarização, inibindo os neurônios pós-sinápticos.
Quais são as vias da dor?
Via ascendente e via descendente.
Quais tratos constituem a via ascendente?
Trato espinotalâmico lateral (via neoespinotalâmica).
Trato espinoreticular (via paleoespinotalâmica).
Como é a via neoespinotalâmica/o trato espinotalâmico lateral?
Essa via vai da medula espinhal até o córtex somatossensorial no giro pós-central.
Ela começa na terminação nervosa periférica de aferências nociceptivas, que entram na medula espinal através da raiz dorsal no corno dorsal. Aí, o neurônio primário faz sinapse com o secundário.
O neurônio secundário, que cruza para o lado oposto da medula, ascende, formando o trato espinotalâmico lateral em si, fazendo uma sinapse com neurônios talâmicos.
Esses neurônios talâmicos, que estão no núcleo VPL dirigem-se para o córtex, onde farão sinapses com neurônios aí presentes, entregando a informação de percepção da dor.
Quais são os NTs principais da via ascendente da dor? Qual a função deles?
Glutamato e substância P. Eles têm função neuroexcitatória, transmitindo o potencial de ação para vias superiores e inibindo o interneurônio e a substância gelatinosa, os quais produzem NTs inibitórios.
Como é a via paleoespinotalâmica/o trato espinoreticular?
Essa via também vai da medula espinhal até o córtex, contudo, passa pela formação reticular.
Novamente, temos aferências nociceptivas que vêm da periferia entrando pela raiz dorsal da medula, fazendo sinapse com um neurônio secundário no corno dorsal da medula.
Esse segundo neurônio ascende e, conforme passa pelo tronco encefálico, faz sinapses com a formação reticular (formando o trato espinoreticular).
Da formação reticular, fibras nervosas seguem para o tálamo, fazendo sinapses em núcleos do grupo medial do tálamo.
Do tálamo, partem novos neurônios que, agora, também entregam informações nocicpetivas para o córtex cerebral.
Como é a via descendente da dor?
A via descendente da dor faz o caminho oposto à ascendente, de modo que ela se inicia no córtex e chega até a medula.
Ela é formada pelo córtex cerebral, pela substância cinzenta periaquedutal (mesencéfalo), pelo núcleo magno da rafe (bulbo) + locus ceruleus (ponte) e pelo corno dorsal da medula espinal.