Abordagem Sistemática da Criança Gravemente Doente Flashcards

1
Q

Impressão inicial /Triângulo de Avaliação Pediátrico

A
  1. Aparência
  2. Respiração
  3. Circulação
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Q

Items de avaliação da Aparência

A
  1. Tónus
  2. Interatividade
  3. Consolabilidade
  4. Olhar
  5. Fala/Choro

TICOF

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3
Q
A
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4
Q

Items de avaliação da Circulação

A

Cor da pele

  • Ruborizada
  • Pálida
  • Cianótica
  • Marmoreada

Alterações da pele

  • Petéquias/púrpura
  • Hemorragia
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5
Q

Se a criança não respira mas tem pulso, e estamos a fazer as ventilações de resgate

O que fazer?

A
  1. Manter as ventilações de resgate conforme necessário
  2. Avaliar pulso a cada 2 min.
  3. Se FC >60 bpm – Iniciar sequência avaliar-identificar-intervir
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6
Q

Em que consiste a avaliação primária?

A

Abordagem ABCDE, incluindo avaliação dos sinais vitais e oximetria de pulso

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7
Q

Em que consiste a avaliação secundária?

A

História clínica e exame objetivo

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8
Q

Em que consistem as avaliações diagnósticas?

A

MDCT’s que ajudem a fazer o diagnóstico

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9
Q

Como avaliar a via aérea (A) do ABCDE

A

Avaliar a patência da via aérea:

  • Observar (se há movimento do tórax ou abdómen)
  • Auscultar
  • Sentir (fluxo de ar no nariz/boca)

Duração máx 10 seg; e ao mesmo tempo palpar o pulso!

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10
Q

Medidas simples para abrir e preservar

a patência das vias aéreas superiores

A

A. Posicionamento

  • Se consciente: permitir que a criança assuma a posição de maior conforto; elevar a cabeceira da cama
  • Se inconsciente: virar de lado; ou fazer as manobras de elevação do queixo ou anteriorização da mandíbula

​B. Aspiração (nariz e orofaringe)

C. Técnicas de alívio de obstrução por corpo estranho: <1A - 5 pancadas nas costas + 5 compressões torácicas. >1A - compressões abdominais

D. Dispositivos para vias aéreas

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11
Q

A avaliação da Respiração (B) em ABCDE compreende a avaliação de:

A
  1. frequência e profundidade respiratórias
  2. esforço respiratório
  3. expansão torácica e movimento do ar
  4. sons nos pulmões e nas vias aéreas
  5. sat de O2 por oximetria de pulso
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12
Q

Causas de taquipneia sem esforço respiratório

A
  1. Febre
  2. Dor
  3. Anemia
  4. Cardiopatia congénita
  5. Sépsis
  6. Desidratação
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13
Q

Definição de apneia

A

Pausa respiratória > 15 seg

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14
Q

Tipos de apneia

A
  1. Central: sem esforço respiratório associado (cérebro/medula)
  2. Obstrutiva: com esforço respiratório (bloqueio parcial ou total do fluxo de ar)
  3. Mista (períodos de central e obstrutiva)
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15
Q

Sugerem obstrução das vias aéreas superiores:

A

Estridor + tiragem

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16
Q

Sugerem obstrução das vias aéreas inferiores:

A

Pieira (insp e exp) + tiragem

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17
Q

Sugerem doença do parênquima pulmonar:

A

Gemido + tiragem

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18
Q

Sinais de dificuldade respiratória

(dos menos para os mais graves)

A
  1. Tiragem subcostal > intercostal > supraesternal/supraclavicular
  2. Adejo nasal
  3. Balanço cefálico
  4. Gemido
  5. Respiração paradoxal
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19
Q

Sinais de que a dificuldade respiratória não está compensada (a criança não está a conseguir manter uma oxigenação/ventilação adequadas):

A
  1. Apneia
  2. Choro fraco ou tosse
  3. Bradipneia
  4. Gasping
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20
Q

Objetivo de avaliar a expansão torácica e o movimento do ar:

A

Avaliar o volume corrente da criança

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21
Q

Causas de expansão torácica reduzida ou assimétrica:

A
  1. esforço inadequado
  2. obstrução das vias aéreas
  3. atelectasia
  4. pneumotórax
  5. hemotórax
  6. derrame pleural
  7. tampão mucoso
  8. aspiração de corpo estranho
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22
Q

Objetivo da ventilação

A

Eliminação de CO2

23
Q

Objetivo da oxigenação

A

Oxigenação do sangue

24
Q

Sinais de provável insuficiência respiratória

A
  1. FR muito alta ou baixa / apneia
  2. Esforço respiratório marcado, inadequado ou ausente
  3. Fluxo de ar distal ausente
  4. Taquicarda ou bradicardia extremas
  5. Hipoxémia apesar da suplementação de O2
  6. Alteração do estado de consciência
  7. Cianose
25
Q

A avaliação da Circulação (C) em ABCDE compreende a avaliação de:

A
  1. Frequência cardíaca e ritmo
  2. Pulsos (periféricos e centrais)
  3. TPC
  4. Coloração e temperatura da pele
  5. Pressão arterial
  • Débito urinário
  • Nível de consciência

Francisca Parte Talheres Com (os) Pés. Dói? Não.”

26
Q

Causa + comum de bradicardia em crianças

A

Hipóxia

27
Q

Bradicardia COM sinais de má perfusão periférica

(TAPP)

O que fazer?

A
  1. Fornecer ventilação de suporte (máscara/insuflador manual) + O2 suplementar
  2. Preparar para iniciar compressões se:
    • FC permanecer <60 bpm E
    • A criança mantiver sinais de má perfusão
28
Q

Bradicardia SEM sinais de má perfusão periférica

O que fazer?

A

Pensar noutras causas de bradicardia que não hipóxia

(bloqueio, intoxicação por drogas)

29
Q

Pulsos centrais

A
  1. Femorais
  2. Braquiais (bebés) / Carotídeos (crianças)
  3. Axilares
30
Q

Pulsos periféricos

A
  1. Radial
  2. Tibial posterior (poplíteo)
  3. Dorsal do pé
31
Q

Causas de TPC prolongado (> 2 seg):

A
  1. Desidratação
  2. Choque
  3. Hipotermia

Atenção que no choque séptico as crianças

podem apresentar TPC < a 2 seg!

32
Q

Localização e causas da cianose periférica

A

Localização:

  • mãos e pés

Causas:

  • choque
  • insuficiência cardíaca congestiva
  • doença vascular periférica
  • quadros que causam estase venosa
33
Q

Localização e causas da cianose central

A

Localização:

  • Lábios e outras membranas mucosas

Causas:

  • Baixa tensão de O2 ambiente
  • Hipoventilação alveolar (lesão cerebral, overdose)
  • Problemas de difusão (pneumonia)
  • Mismatch ventilação/perfusão (asma, bronquiolite)
  • Derivação intracardíaca (cardiopatia congénita cianótica)
34
Q

Conceito importante sobre a cianose central e a sua variação conforme a Hb basal da criança

A

A cianose central só aparece quando pelo menos 5g de Hb estão dessaturadas, ou seja, se a Hb basal for:

  • 16 g/dL > 5g = ~30% da Hb total > a cianose aparecerá com uma SatO2 70% ou menos
  • 8 g/dL > 5g = ~60% da Hb total > a cianose só aparecerá com uma SatO2 40% ou menos

Por isso, numa criança policitémica a cianose pode aparecer facilmente, numa criança anémica não, apesar de o grau de hipoxémia poder ser muito maior.

35
Q

Definição de hipotensão por pressão arterial sistólica e idade

A
  1. RN: <60 mmgHg
  2. Lactentes: <70 mmHg
  3. Crianças 1-10A: < 70 mmHg + (idade em anos x 2)
  4. Crianças >10A: <90 mmHg
36
Q

Valores de débito urinário normal e importância

A
  1. Rn / Lactentes: 1,5 a 2 ml/kg/h
  2. Crianças e adolescentes: 1 ml/kg/h

Importância

  • É uma indicação indireta da perfusão renal
  • Crianças em choque têm normalmente DU diminuído
  • Aumento do DU > bom indicador de melhoria
37
Q

A avaliação da Disability/Disfunção (D) em ABCDE compreende a avaliação de:

A

Avaliação do estado neurológico através de:

  1. Escala AVDI ou GCS
  2. Resposta das pupilas à luz
  3. Glicemia
38
Q

A resposta das pupilas à luz é um indicador…

A

da função do tronco encefálico

39
Q

O que avaliar nas pupilas:

A
  1. Tamanho em milímetros
  2. Simetria do tamalho de ambas as pupilas
  3. Contracção das pupilas em resposta à luz (magnitude e rapidez de resposta)
40
Q

Definição de hipoglicemia em RN e lactentes/crianças

A
  • RN: < 45 mg/dL
  • Lactentes/crianças: < 60 mg/dL
41
Q

A avaliação da Exposição (E) em ABCDE compreende:

A
  1. Despir a criança
  2. Avaliar:
    • temperatura corporal
    • traumatismos
    • hemorragias
    • queimaduras
    • petéquias/púrpuras
    • deformidades / contusões
42
Q

Componentes da Avaliação Secundária

A
  1. Anamnese (SAMPLE)
  2. Exame físico
  3. Reavaliação contínua
43
Q

Mnemónica do que avaliar na Anamnese

A

Sinais e sintomas

Alergias

Medicações

Past medical history (AP)

Last meal

Eventos

44
Q

Sintomas/sinais de hipóxia cerebral súbita e grave

A
  • Alteração do estado de consciência
  • Perda do tónus muscular
  • Convulsões generalizadas
  • Dilatação pupilar
45
Q

Sintomas/sinais de hipóxia cerebral insidiosa

A
  • Alteração do estado de consciência (c/ ou s/ confusão)
  • Irritabilidade
  • Letargia
  • Agitação alternada com letargia
46
Q

Oxigenação inadequada leva a…

Ventilação inadequada leva a…

A

… hipoxémia

… hipercápnia

47
Q

Características da Gasimetria Venosa em relação à arterial

A
  1. pH: bem correlacionado com o da GSA (GSV útil na deteção de equilíbrios ácido-base!)
  2. pCO2:
    • se o local de punção bem perfundido: a pCO2 é 4-6 mmHg superior ao da GSA
    • se o local de punção mal perfundido: diferença maior entre a pCO2 da GSV e a da GS
  3. pO2:
    • o da GSV não é adequado p/ avaliar oxigenação
48
Q

Características da Gasimetria Arterial

A
  1. pO2: mede a pressão parcial do O2 arterial dissolvido no plasma sanguíneo
    • _​​_se a Hb for baixa (3 g/dL), a pO2 no plasma pode estar normal ou alta! E a oxigenação dos tecidos não está a ser eficiente.
    • por outro lado, a SatO2 mede a % de Hb saturada, mas mais uma vez, se for baixa, a SatO2 pode ser 100% e a oxigenação não ser eficiente!
49
Q

Principais causas de PCR em lactentes e crianças

A
  1. Insuficiência respiratória progressiva
  2. Choque
  3. Ambos
50
Q

Causas potencialmente reversíveis de PCR

5 Ts

A
  1. Tensão do tórax por pneumotórax
  2. Tamponamento cardíaco
  3. Toxinas
  4. Trombose pulmonar
  5. Trombose coronária
51
Q

Causas de pupilas mióticas (contraídas)

A
  1. Ingestão de narcóticos (opióides)
52
Q

Causas de midríase (dilatadas)

A
  1. Atividade autonómica simpática predominante
  2. Ingestão simpaticomimética (cocaína)
  3. Ingestão de anticolinérgicos (atropina local ou sistémica)
  4. Hipertensão intracraniana
53
Q

Causas de assimetria pupilar (anisocoria)

A
  1. Absorção tópica não intencional de tratamento respiratório ( p. ex. brometo ipratrópio)
  2. Colírios para dilatação dos olhos
  • Lesão cerebral expansiva / vascular
  • Midríase episódica benigna
  • Pupila de Adie
  • Síndrome de Horner