A utilização dos rendimentos Flashcards

1
Q

Rendimento disponível

A

O rendimento disponível é aplicado em consumo ou em poupança. As famílias vão aplicar o seu rendimento disponível na satisfação das suas múltiplas necessidades, isto é, no consumo. Contudo, nem todos os agentes económicos gastam a totalidade do seu rendimento disponível. Há agentes que reservam uma parte dos seus rendimentos para fazer face situações futuras, constituindo uma poupança.

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2
Q

Duas situações que as famílias podem enfrentar quanto ao seu rendimento

A

Há famílias que gastam para além do seu rendimento, entrando em situações de sobre-endividamento. Porém há outras que, pelas mais variadas razões, renunciam à satisfação imediata de algumas necessidades, prevendo a possibilidade de satisfazer necessidades futuras. A poupança permite, assim, diferir o consumo para momentos futuros.

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3
Q

Fatores que influenciam a poupança- Nível de rendimentos

A

A poupança depende de múltiplos fatores, em primeiro lugar, do nível dos rendimentos. Quanto mais elevados foram os rendimentos, maior será a possibilidade de as famílias pouparem após terem efetuado as necessárias despesas de consumo. O rendimento determina, portanto, em grande parte o nível de poupança.

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4
Q

Fatores que influenciam a poupança- Política fiscal

A

A politica fiscal conduzida pelo estado, através dos impostos diretos, que incidem sobre o rendimento ou sobre o património, bem como dos indiretos, que incidem sobre o consumo, na medida que altera os rendimentos disponíveis das famílias, tem, naturalmente, uma influência direta sobre os níveis da poupança.

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5
Q

Fatores que influenciam a poupança- Incerteza quanto ao futuro

A

A poupança pode, também, ser determinada pela incerteza quanto ao futuro. As expectativas quanto ao nível de rendimentos no futuro, situações imprevistas como o desemprego ou doença, ou qualquer outro tipo de despesas imprevistas podem levar famílias a reservarem uma parte do seu rendimento para possíveis aquisições futuras.

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6
Q

Fatores que influenciam a poupança- Aquisições ou investimentos futuros

A

O desejo de aquisições futuras, como um carro, uma casa, ou até a programação de umas férias, pode levar as famílias a amealharem dinheiro durante um certo período de tempo até perfazerem a quantia total.

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7
Q

Fatores que influenciam a poupança- Consumismo

A

Tendo em conta que vivemos numa sociedade de consumo, a poupança, depende também do grau de consumismo das famílias. A publicidade, o marketing e as facilidades de crédito geram consumos exagerados e desnecessários, provocando, mesmo nas famílias com rendimentos disponíveis mais elevados, uma menor canalização do dinheiro para a poupança.

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8
Q

Que outro agente económico efetua poupança

A

Não são só as famílias que canalizam parte do seu rendimento para a poupança. As empresas também poupam. Reservam uma parte do seu rendimento para assegurar a possibilidade de novos investimentos no futuro. A conjugação da poupança das famílias, das empresas e até do próprio estado é fundamental para a atividade económica. Essas poupanças quando são colocadas em instituições financeiras, poderão, posteriormente, ser canalizadas para a manutenção ou ampliação da capacidade produtiva de um país, através da concessão de empréstimos.

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9
Q

Os destinos da poupança

A

As poupanças efetuadas pelos agentes económicos têm motivações e objetivos diversos. Constituindo uma reserva de rendimento para satisfação de necessidades futuras, os agentes terão, entretanto, de lhes assegurar um destino. Em termos genéricos, podemos apresentar 3 possíveis destinos para as poupanças: a colocação financeira, entesouramento e investimento.

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10
Q

Colocação financeira

A

Os detentores de poupança fazem uma aplicação da mesma quando a colocam nas instituições financeiras. Uma das formas de aplicar a poupança é através da respetiva colocação em produtos financeiros, permitindo, desse modo, obter um rendimento adicional, como o caso dos juros numa aplicação a curto prazo. Deste modo a colocação financeira corresponde à aplicação da poupança em produtos financeiros disponibilizados através das instituições financeiras.

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11
Q

Colocação financeira- exemplos de produtos financeiros

A
  • Depósitos a prazo;
  • Ações
  • Obrigações;
  • Certificados de Aforro;
  • Bilhetes de tesouro;
  • Planos de poupança/ Fundos de Investimento;
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12
Q

O montante a colocar e o período de tempo em que o aforrador está disposto a renunciar à aplicação do capital são dois fatores decisivos na escolha dos produtos financeiros. Depois de ter em conta todos os aspetod deve escolher o produto que melhor se ajuste às suas necessidades, ou então optar pela diversificação que tem menos risco. Que aspetos temos de ter em conta?

A
  • O risco- se o produto garante ou não uma determinada rentabilidade ou se a sua taxa de rentabilidade é fixa ou variável. Muitos destes produtos têm uma rentabilidade incerta, ou não têm garantido retorno do capital aplicado;
  • A rentabilidade- se o rendimento esperado do produto é mais ou menos elevado;
  • A liquidez- Se o título é mais ou menos facilmente convertido em moeda;
  • Fiscalidade- se existem benefícios associado ao produto e o tipo de tributação que incide sobre os rendimentos daí derivados;
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13
Q

Entesouramento- definição

A

Há entesouramento quando a poupança fica à guarda dos seus proprietários ou, caso fique à guarda de terceiros, essa entrega não é feita com o objetivo de aumentar o valor do capital, poi o entesouramento não tem o intuito de rentabilização do património. No entanto, isso não significa que, por exemplo, uma obra de arte adquirida como objeto de decoração, que não se destina a ser revendida, não possa constituir um entesouramento que, mais tarde, se venha a valorizar.

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14
Q

Formas de entesouramento

A

O entesouramento pode ser realizado através da guarda de valores em cofres ou outro locais semelhantes ou, então, através da aquisição sem intenção de revenda, de bens que não se despreciem com o tempo, como, por exemplo, joias ou barras de ouro.

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15
Q

Desvantagens do entesouramento

A
  • Destruição material das notas;
  • Não aumenta o valor do capital quando guardamos as nossas poupanças num cofre em casa, não vamos obter qualquer rendimento das mesmas;
  • Podemos assistir a uma desvalorização, em períodos inflacionários, o valor da poupança não irá acompanhar a perda do valor da moeda e o aforrador e, quando aplicar o respetivo valor em atos de consumo, vai satisfazer menos necessidades do que as que satisfaria no momento em que entesourou o rendimento
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16
Q

Investimento

A

O investimento é outra alternativa para a utilização de poupança. Trata-se de canalizar a poupança para a atividade produtiva, de forma a possibilitar a manutenção ou o aumento de capacidade. A poupança é, assim, utilizada na aquisição ou substituição de equipamentos e na reposição dos stocks das matérias-primas que são utilizadas no fabrico de bens.

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17
Q

Componentes da formação de capital (investimento)

A

A formação do capital divide se em duas componentes (FBCF (formação bruta de capital fixo) e variação de existências)

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18
Q

Formação de capital- formação bruta de capital fixo

A

Designa o valor do investimento líquido realizado com a aquisição de bens duradouros (capital fixo), juntamente com o valor do capital fixo qua foi consumido (amortizações), isto é, engloba o valor total que foi investido em bens de equipamento, edifícios, etc., independentemente de se tratar da aquisição de bens novos ou dos encargos suportados com a substituição ou reparação dos equipamentos já existentes.

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19
Q

Formação de capital- Variação de existências

A

Representa as oscilações de stocks de existência entre dois períodos diferentes. Normalmente, considera-se o período de um ano e o seu cálculo é efetuado subtraindo-se o valor das matérias-primas, produtos semiacabados e produtos acabados que havia no início do ano ao valor existente no final do ano, apurando-se, desse modo, as variações dos stocks de existências que ocorreram ao longo o ano.

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20
Q

Fórmula da Formação de capital

A

Formação de capital= Formação bruta de capital fixo + variação de existências

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21
Q

Classificação dos investimentos- principais polos

A

Quanto à natureza- investimento material/ Investimento imaterial/Investimento financeiro
Quanto à função- Investimento de substituição/ Investimento de inovação/ Investimento de capacidade
Quanto ao agente- público ou privado

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22
Q

Classificação dos investimentos- Quanto à natureza

A
  • Investimento material- quando diz respeito à aquisição de bens tangíveis, isto é, à compra de bens com existência física, bens corpóreos;
  • Investimento imaterial- quando se refere à aquisição de bens intangíveis, bens não corpóreos, como a prestação de serviços relacionada com a formação I&d (Investigação e Desenvolvimento), a aquisição de marcas, patentes ou software informático, as despesas com publicidade, etc.
  • Investimento financeiro- quando se envolve com a aquisição de ativos financeiros, como exemplo, as Ações ou as obrigações;
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23
Q

Classificação dos investimentos- Quanto à função

A
  • Investimento de substituição- assegurar a manutenção da capacidade produtiva, através da reposição do capital à medida que vai ser utilizado e aquisição e existências (repor o capital fixo e a adquirição de capital circulante);
  • Investimento de inovação (ou racionalização) - manter os equipamentos e os processos de fabrico tecnologicamente atualizados para garantir a eficiência e competitividade das unidades produtivas;
  • Investimento de capacidade- possibilitar o aumento da capacidade produtiva da unidade de produção, através da aquisição de mais bens de equipamento;
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24
Q

Classificação dos investimentos- Quanto ao autor

A
  • Público- quando é efetuado pelo estado

- Privado- quando é realizado por agentes privados

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25
Q

Porque os investimentos privados e públicos são importantes par um país

A

São importantes para um país, pois permitem criar emprego e aumentar a sua riquez, dando mais lugar à poupança, que, por sua vez, gera novos investimentos e potencia um crescimento económico sustentado.

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26
Q

Inovação tecnológica e a investigação e desenvolvimento (I&D)

A

O investimento em inovação tem vindo a ganhar cada vez mais importância nas sociedades atuais, desempenhando a tarefa fundamental de dinamizar a atividade económica. Durante muitos séculos, os processos de descoberta decorreram de forma muito lenta. O ritmo das descobertas aumentou muito com a Revolução Industrial, tendo acelerado ainda mais a partir da segunda metade do século XX. Hoje em dia, os processos de descoberta desenrolam-se de forma muito rápida, pois deles depende a sociedade de consumo em que vivemos.

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27
Q

Distinguir invenção de Inovação

A

A invenção tem como resultado a criação de um novo produto ou a descoberta de uma nova técnica de fabrico que ainda não existam. Por outro lado, a inovação resulta do melhoramento de um produto ou técnica já existentes.

28
Q

Relacionar a sociedade de Consumo com a I&D

A

A lógica da sociedade de consumo baseia-se na necessidade de estar constantemente a lançar novos produtos no mercado, sendo estes, na sua maioria dos casos, fruto da inovação. Frequentemente, aparecem “novos” produtos pela via da inovação, sendo, nestes casos, alteradas apenas algumas das suas características ou funções. Estas inovações, quando são associadas a estratégias de marketing, fazem os bens renascer no mercado sob a aparência de produtos novos.

29
Q

Importância para as empresas de investir na I&D

A

As empresas apostam cada vez mais em I6D como forma de se tornarem competitivas; à medida que a investigação vai gerando resultados, a sua produtividade vai melhorando, pois as inovações permitem-lhes agir de forma mais eficiente. Atualmente, a investigação assume um papel decisivo na competitividade das empresas, pois é graças a ela que os produtos e processos de fabrico vão sendo sistematicamente inovados. Assim, devem-se distinguir as inovações de produto das inovações de processo, conforme se trata de alterações ao nível do produto ou do processo de fabrico.

30
Q

Não só as empresas que apostam na inovação, o Estado também procura estimular a descoberta, atribuindo verbas para a investigação a universidades, laboratórios, etc., concedendo aos autores das descobertas. De que forma o Estado investe na investigação?

A

Portugal nos últimos anos, tem feito grandes progressos nesta área, aumentando progressivamente o número de bolsas de mestrado e de doutoramento concedidas, o número de artigos científicos publicados em revistas de especialidade, assim como o número de patentes registadas, significando que a investigação do nosso país está a produzir efeitos. Ultimamente, Portugal também tem vindo a criar alguns tecnopolos, que são centros de desenvolvimento tecnológico cujo objetivo é promover a inovação e a competitividade. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer, pois ainda somos tecnologicamente muito dependentes de outros países.

31
Q

Necessidade do financiamento da atividade económica

A

As empresas necessitam de capital para se manterem em funcionamento, dado que têm que suportar encargos com existências, equipamentos, recursos humanos, etc. No entanto, como nem sempre dispõem do total necessário para cobrir as despesas com a sua atividade, em algumas situações as empresas têm necessidade de recorrer ao capital alheio.

32
Q

Diferenças entre o financiamento interno e externo

A

O financiamento diz se interno quando a empresa pode se financiar recorrendo a fundos próprios. Por outro lado, o financiamento externo é a necessidade das empresas recorrerem a fundos alheios para financiarem a sua atividade.

33
Q

Capacidade de financiamento

A

As empresas têm capacidade de financiamento quando dispõem de meios suficientes para financiarem a sua atividade (autofinanciamento)

34
Q

Necessidade de financiamento

A

As empresas têm necessidade de financiamento quando não dispõem de meios próprios suficientes para financiar a sua atividade, tendo de recorrer a terceiros (financiamento externo).

35
Q

Os dois processos de obtenção de financiamento

A

Através do financiamento externo indireto, ou seja, recorrendo ao crédito das instituições financeiras ou, então po meio de um financiamento externo direto, acedendo ao mercado de títulos.

36
Q

Crédito- definição

A

As empresas, quando necessitam de fundos de que não dispõem, recorrem por vezes às instituições financeiras para obterem crédito. O credito consiste na cedência temporária de uma determinada quantia de valores monetários, tendo como contrapartida os juros. O acordo estabelecido entre o detentor do capital (mutuante) e o beneficiário do crédito (mutuário) é feito por meio de um contrato, o contrato de mútuo (empréstimo). Este empréstimo pressupõe que o montante cedido seja devolvido ao seu proprietário nas condições acordadas, assim como lhe devem ser pagos, nas datas combinadas, os juros devidos.

37
Q

Importância do crédito

A

O crédito é fundamental para qualquer economia, pois permite potencializar o seu crescimento. Por um lado, o crédito estimula a produção, viabilizando o investimento das empresas e possibilitando o seu financiamento pontual para a resolução de problemas de tesouraria e, por outro lado, estimule o consumo das famílias, ao permitir-lhes adquirir antecipadamente os bens que desejam.

38
Q

Tipos de crédito

A

O crédito pode ser classificado:

  • Quanto à duração- (Curto/Médio/Longo prazo)
  • Quanto ao beneficiário- (Privado/ Público)
  • Quanto à sua origem (Interno/Externo)
  • Quanto à finalidade (Crédito à produção/Ao consumo/Habitação)
39
Q

Tipos de crédito- quanto à duração

A
  • Curto prazo- quando o período do crédito é inferior a 1 ano;
  • Médio prazo- quando o período de crédito concedido é compreendido de 1 a 5 anos;
  • Longo prazo- quando o período do crédito é superior a 5 anos
40
Q

Tipos de crédito- quanto ao beneficiário

A
  • Privado- quando o beneficiário do crédito é um indivíduo ou uma empresa particular;
  • Público- quando o beneficiário é o Estado
41
Q

Tipos de crédito- quanto à sua origem

A
  • Interno- quando a instituição que concede o crédito reside em território nacional;
  • Externo- quando a instituição que concede o crédito reside no estrangeiro;
42
Q

Tipos de crédito- Quanto à finalidade

A

Crédito à produção: crédito concedido às empresas para a compra de bens de produção, garantindo o financiamento e o funcionamento das empresas:
 Crédito à produção de funcionamento: crédito concedido para resolver necessidades pontuais, momentâneas, como o pagamento de fornecedores ou de salários,
 Crédito à produção de financiamento: crédito para o investimento – modernização, substituição ou aumento da capacidade de produção, de longa duração;

43
Q

O que e quais são as garantias dos bancos

A

Por norma, os bancos apenas concedem empréstimos quando consideram que os devedores oferecem confiança no que respeita ao cumprimento do contrato. No entanto, muitas vezes pedem aos seus clientes a entrega de garantias adicionais de forma a assegurar o cumprimento integral dos contratos. Estas garantias podem ser reais, se implicam uma entrega acessória de bens do património do devedor ou de terceiros, as chamadas garantias pessoais, caso corresponsabilizem mais pessoas e as envolvam no pagamento da divída, como acontece com os fiadores.

44
Q

Principal função do banco

A

Os bancos são as instituições que se dedicam, por um lado, à captação das poupanças de que dispõe de capital excedentário, isto é, quem não necessita de utilizar todo o seu dinheiro durante um determinado período de tempo e que, por essa razão, o pode entregar àquelas instituições, recebendo em troca uma renumeração, o juro. Por outro lado, os bancos utilizam uma parte das suas poupanças captadas para as disponibilizar aos indivíduos que necessitam de financiamento, concedendo-lhes, assim, crédito.

45
Q

Que outra função têm os bancos para além de intermediários financeiros

A

Os bancos desempenham outra função importante na atividade económica, pois, criam moeda escritural. Estas instituições, quando permitem que parte das poupanças por si captadas voltem a entrar no mercado pela via crédito, estão a criar moeda, o chamado crédito (efeito que consiste na multiplicação artificial de depósitos através da concessão de créditos).

46
Q

Como funciona o multiplicador do crédito

A

Os bancos são obrigados a constituir uma reserva obrigatória, isto é, guardar parte dos valores captados nos depósitos, não podendo assim aplicar todas as poupanças em crédito. A parte que é destinada ao crédito faz com que o capital, que estaria, por exemplo, guardado num cofre, possa ser utilizado para financiar outro agente que, por sua vez, o pode aplicar de novo, fazendo aumentar a moeda escritural sem que, na prática, tenha havido um aumento de notas e moedas em circulação.

47
Q

Taxas de juro e a atividade económica (Operações ativas e passivas)

A
  • Operações ativas: quando os bancos cedem recursos financeiros aos agentes económicos. Nesta concessão de crédito os bancos cobram uma taxa de juro - taxa de juro ativa.
  • Operações passivas: os bancos recebem as poupanças das famílias, das empresas e do Estado constituindo depósitos. Os bancos pagam uma taxa de juro passiva.
48
Q

Taxas de juro e a atividade económica- oque acontece

A
  • Taxa de juro passiva baixa: desincentiva a poupança. →O consumo no presente será maior. - -Taxa de juro passiva elevada: incentiva a poupança. →O consumo no futuro será maior.
    Taxa de juro ativa baixa: o investimento aumentará, porque o crédito pedido é mais barato. Taxa de juro ativa elevada: o investimento diminuirá, porque o crédito pedido é mais caro.
49
Q

Instituições financeiras

A

→ São intermediários que prestam serviços financeiros.
→ Destaca-se a captação de poupanças sob a forma de depósitos e a sua canalização para o processo produtivo, através da concessão de crédito.

50
Q

Diferenças entre instituições financeiras monetárias e não monetárias

A

Às Instituições Financeiras pertence a função de financiar a economia.

  • MONETÁRIAS: recebem depósitos e concedem crédito. Exemplos: Bancos, Caixas Económicas e Caixa de Crédito Agrícola.
  • NÃO MONETÁRIAS: não podem receber depósitos, mas financiam a atividade económica ao participar no capital de empresas, e apoiar projetos de investimento. Exemplos: Sociedades de Leasing; Sociedades de Factoring; Sociedades de Capital de Risco.
51
Q

Sociedades de locação financeira (leasing)

A

Estas sociedades têm como objeto o contrato de cedência temporária de um bem, móvel ou imóvel, que é celebrado entre duas partes, o locador (sociedade de leasing) e o locatário (pessoa ou entidade que contrata o leasing).
O locador cede o bem ao locatário, durante um determinado período, ficando com direito de receber uma renda. No fim do prazo, se o locatário desejar, pode adquirir o bem mediante um valor residual estabelecido previamente em contrato;

52
Q

Sociedades de factoring

A

Cobram os créditos de curto prazo das empresas e adiantam-lhes o pagamento dos mesmos. As empresas recorrem ao factoring para:
- Diminuir os riscos de cobrança;
- Antecipar o pagamento dos créditos;
- Diminuir os custos com controlo de dívidas.
Recebem uma comissão pelo serviço prestado e um juro se fizerem a antecipação do pagamento dos créditos às empresas aderentes.

53
Q

Sociedades de capital de risco

A

Têm como objetivo promover o investimento de outras empresas, participam temporariamente no capital social de outras empresas e financiam e viabilizam os seus projetos de investimento. Devido ao elevado grau de risco as empresas não conseguem obter o crédito facilmente.
Promovem a inovação tecnológica e a expansão da capacidade de produção das empresas. Prestam assistência na gestão financeira, técnica, administrativa das sociedades em que participam e elaboram estudos de viabilidade de novos projetos de investimento.

54
Q

mercado de títulos

A

é o mercado onde são transacionados valores mobiliários, como as ações ou as obrigações. Estes valores são títulos que representam direitos de propriedade ou de crédito para os seus detentores.

55
Q

As empresas podem obter o capital de que necessitam através da emissão de valores mobiliários. O mercado divide-se em mercado primário e mercado secundário.:

A
  • Mercado primário: mercado onde os títulos são emitido e iniciam a sua circulação, embora ainda não tenham sido admitidos a cotação em bolsa.
  • Mercado secundário: mercado onde são transacionados os títulos emitidos no mercado primário que já reúnem as condições de admissão a cotação em bolsa.
56
Q

Ações

A

As ações são títulos representativos do capital social das sociedades anónimas (SA).
A sua posse confere ao titular a qualidade de acionista, que recebe uma parte dos lucros proporcional ao nº de títulos que detém: dividendos. O rendimento das ações é muito variável, dependendo da evolução da situação da empresa, que vai repercutir-se nas cotações de mercado, por isto, as ações, geralmente representam um elevado risco, tanto podendo oferecer uma alta rentabilidade como dar prejuízo.
→ O acionista tem parte nos lucros da empresa recebendo um dividendo.
→ Existem acionistas com direito a voto e sem direito a voto. Depende do que os estatutos da empresa
→ Existem acionistas com direito a voto e sem direito a voto. Depende do que os estatutos da empresa determinam

57
Q

Obrigações

A

As obrigações são títulos representativos de partes da dívida de uma empresa. O possuidor de obrigações, designado obrigacionista, é reembolsado pela cedência do seu capital, recebendo em troca um rendimento periódico em função do nº de obrigações subscritas. Em caso de falência, como os obrigacionistas são credores da empresa, têm direito a receber primeiro o valor dos créditos que titulam.

58
Q

A bolsa de valores

A

A bolsa de valores mobiliários é o local de transação dos proprietários de títulos já emitidos e em circulação com os investidores que desejam adquirir esses títulos. O preço dos títulos, designado por cotação, reflete os interesses da oferta e da procura de cada título a cada momento.

59
Q

Quem opera na bolsa de valores

A

As operações realizadas na bolsa de valores têm de ser efetuadas por agentes credenciados, os corretores. Estes intermediários estão organizados sob a forma de sociedades corretoras ou sociedades financeiras de corretagem.

60
Q

Diferença entre sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem

A

As sociedades corretoras, que também se designam por brokers, limitam-se apenas a executar ordens (de compra e venda de títulos) dos seus clientes. As sociedades financeiras de corretagem, também denominadas de dealers, para além de executarem ordens dos seus clientes, também têm autorização para possuírem uma carteira de títulos, podendo agir em nome próprio.

61
Q

Tipos de investimento

A
  • O investimento público é realizado pela administração pública e destina-se à criação de infraestruturas como estradas, hospitais, bem como o melhoramento dos serviços da saúde, justiça, educação, etc.
  • O investimento privado é realizado pelas famílias e empresas, sendo que no caso das famílias, tem como objetivo a compra de habitação, e nas empresas, a compra dos bens de produção necessários à atividade das empresas
  • Investimento indireto: representa a aquisição de ativos financeiros (títulos nos no mercado de títulos) sem o objetivo de desenvolver uma atividade empresarial.
  • Investimento direto- representa a compra ou a construção de raiz de uma empresa, por parte de um país;
62
Q

Investimento Direto Estrangeiro

A

O IDE desempenha um papel fundamental em qualquer economia pois permite a obtenção de recursos necessários ao aumento da formação de capital, acelerando o crescimento económico do país. Permite também a evolução tecnológica, a melhoria na gestão dos recursos e a obtenção de ganhos de produtividade. Este tipo de investimento também apresenta alguns inconvenientes como a excessiva dependência da economia em relação o IDE; tornando-a vulnerável às exigências dos investidores, acabando por proporcionar-lhes elevados benefícios

63
Q

Desempenha um papel importante na economia portuguesa:

A
→ Cria emprego; 
→ Cria riqueza;
 → Permite importar a tecnologia e modernizar; 
→ Estimula a concorrência; 
→ Promove boas práticas de gestão
64
Q

Entraves à captação de IDE:

A

→ Excessiva dependência da economia;
→ Lucros obtidos através do processo produtivo são investidos noutros países;
→ Projetos podem gerar forte dependência económica face aos mercados abastecedores;
→ Baixas qualificações dos trabalhadores;
→ Excesso de burocracia;
→ Justiça morosa;
→ Elevada carga fiscal

65
Q

Onde Portugal deve melhorar?

A
→ Na formação de recursos humanos; 
→ Desburocratização;  
→ Justiça mais eficiente; 
→ Fiscalidade que deve ser moderada;  
→ Finanças públicas que devem ser equilibradas.