8. Morfossintaxe I - Termos da oração Flashcards

1
Q

Qual a ordem natural (direta) da organização de uma sentença, a estrutura base de uma oração?

A

SuVeCa: Sujeito + Verbo + Complementos (+ adjuntos).
Ex: Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios

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2
Q

PARA FIXAR

Dica para o estudo de toda a língua portuguesa: ache o verbo, tente colocar a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de cada verbo.
Na análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas!

A
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3
Q

CERTO OU ERRADO

Toda oração tem verbo.

A

CERTO!

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4
Q

No que consiste o sujeito da oração?

A

A entidade sobre a qual se declara algo na oração.

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5
Q

No que consiste o predicado da oração?

A

A declaração feita a respeito do sujeito.

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6
Q

No que consiste o núcleo do sujeito?

A

O termo central, mais importante, geralmente um substantivo ou pronome.

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7
Q

CERTO OU ERRADO

Termos substantivados não podem ocupar a posição de núcleo do sujeito.

A

ERRADO! Podem sim.
Por exemplo, na frase “O correr faz bem à saúde”, “correr” é um verbo substantivado que é o núcleo do sujeito. Assim, podemos usar palavras que expressam ações ou qualidades como se fossem pessoas, coisas ou ideias, formando um sujeito completo.

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8
Q

Como são chamados os termos que “especificam”, “delimitam” o núcleo do sujeito?

A

Termos determinantes.

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9
Q

“Dois cães ferozes brigaram na padaria.”

Qual o sujeito e o núcleo do sujeito?

A

O sujeito é dois cães ferozes e seu núcleo é cães.

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10
Q

“Silvério e Everton são muquiranas generosos.”

Qual o sujeito e o núcleo do sujeito?

A

O sujeito é Silvério e Everton e o núcleo há mais de um núcleo, que também é Silvério e Everton.

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11
Q

“Duas de suas amigas foram aprovadas.”

Qual o sujeito e o núcleo do sujeito?

A

O sujeito é Duas de suas amigas e o núcleo é duas pois ela que recebeu o determinante, a locução adjetiva “de suas amigas”.

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12
Q

PARA FIXAR

Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o “núcleo” para então conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo der certo — serão votadas hoje.

Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo der certo — serão votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele(a), eles(a)) e o número do verbo (singular/plural).
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa e número).

A
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13
Q

No que consiste um sujeito determinado?

A

Aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal.
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam. (sujeito composto, mais de um núcleo)

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14
Q

PARA FIXAR

O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura com verbo:
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais”.
O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “exportar”. Quando o sujeito é oracional, o verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: nesse último exemplo, temos, então, dois verbos e duas orações.
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é oracional E paciente.

A
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15
Q

Em regra, pronomes oblíquos têm função de complemento; contudo, há um caso especial em que o pronome oblíquo átono (o, a, os, as) pode desempenhar função sintática de sujeito. Quando isso ocorre?

A

Quando tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir).
Ex: Eu mandei o menino sair / Mandei-o sair.

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16
Q

PARA FIXAR

Não podemos trocar o pronome oblíquo “o” por outro quando este estiver fazendo função de sujeito:
✔ Mandei-o sair
X Mandei-lhe sair
X Mandei ele sair

Esse é o raciocínio detalhado, para entender. Para efeito de prova, grave:
Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo pode ser sujeito, como nas sentenças abaixo:
Ex: Deixe-me estudar / Não se deixe aborrecer / Ela o fez desistir / Mandei-a ir embora.

Outro detalhe importante, como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o pronome, as formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

A
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17
Q

No que consiste um sujeito oculto?

A

Um sujeito que não aparece mas é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe.
o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós” não esteja escrita, expressa na oração.

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18
Q

Como também pode ser chamado o sujeito oculto?

A

Sujeito elíptico ou desinencial.

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19
Q

No que consiste um sujeito indeterminado?

A

Aquele que não se pode identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do contexto.

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20
Q

Em que pessoa do verbo ocorre a indeterminação do sujeito indeterminado?

A

Na 3ª pessoa.
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)

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21
Q

Como ocorrerá a indeterminação do sujeito na 3ª pessoa do singular?

A

Nas frases que o verbo na terceira pessoa do singular estiver junto com “se”.
Ex: Falou-se do aquecimento global no simpósio.
Precisa-se de tradutor.
Mente-se para as crianças.
Sonha-se muito alto.
Nunca se está livre de desgraças.
Sempre se fica nervoso durante um assalto.

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22
Q

PARA FIXAR

Temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se de” (VTI+SE).
Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou quando funciona como uma espécie de substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.

Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início, dessa forma a expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a preposição “de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Logo, o verbo fica na terceira pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD + SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural).

A
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23
Q

PARA FIXAR

O infinitivo impessoal apresenta sentido genérico ou indefinido. Não se relaciona com nenhuma pessoa e sua forma é invariável.

A
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24
Q

PARA FIXAR

SUJEITO x REFERENTE

Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo (substantivo, pronome etc.) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu “referente”.

Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todos os dias.
Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são os meninos que jogam. Na segunda oração, “os meninos” é apenas o “referente” de “jogar”; sintaticamente, o sujeito está oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”. Observe o trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todos os dias.

Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois, semanticamente, são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, referente e sujeito não coincidem.

Ex: Uma dezena de médicos avaliou o candidato.
Nessa oração, o verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo do sujeito “dezena”; porém, semanticamente, o referente da ação é “médicos”, pois são os médicos que de fato avaliam.

A
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25
Q

“Praticar esportes regularmente é muito importante.”

Qual o sujeito da sentença acima?

A

O sujeito é indeterminado. O verbo está no infinitivo, então não há concordância com nenhuma pessoa.

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26
Q

“Instruções: lavar as mãos com álcool”.

Quem é sujeito da sentença acima?

A

O sujeito é genérico, não se sabe quem é pra lavar as mãos. Portanto, é um sujeito indeterminado. Além disso, o verbo está no infinitivo, não há concordância de sujeito com ele (lavar quem?).

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27
Q

“É necessário passarmos por aquele caminho.”

Quem é o sujeito da sentença acima?

A

O sujeito é oculto do verbo “passarmos”, que indica que é “nós”.

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28
Q

CERTO OU ERRADP

“Há pessoas ruins no mundo.”

O termo destacado na oração acima corresponde ao sujeito.

A

ERRADO! O termo “pessoas ruins no mundo” é apenas “objeto direto” de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O objeto direto não faz o verbo se flexionar (ir ao plural), isso é papel do sujeito.

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29
Q

“Existem pessoas ruins no mundo.”

Quem é o sujeito da oração?

A

Pessoais ruins no mundo. Nesse caso, o sujeito faz o verbo se flexionar no plural, sendo o sujeito do verbos “existir”.

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30
Q

PARA FIXAR

Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele, permanecendo estes também no singular:
Ex: Há mil pessoas aqui.
Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.

Se o verbo for pessoal, como “existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.

Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.

A
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31
Q

CERTO OU ERRADO

“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor…”

O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.

A

ERRADO! O verbo “haver” é impessoal, não tem sujeito. “Dúvida” exerce função de objeto direto do verbo “haver”.

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32
Q

O que são verbos intransitivos?

A

Verbos que não necessitam de complemento algum.
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.

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33
Q

O que são verbos transitivos?

A

Os verbos que pedem algum tipo de complemento.

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34
Q

Quais são os tipos de verbos transitivos?

A
  • VTD
  • VTI
  • VTDI
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35
Q

No que consiste um objeto direto?

A

É o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons.)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)

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36
Q

“Pedi que me ajudassem logo no início.”

Qual o objeto direto dessa sentença?

A

…que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
nesse caso o objeto direto é oracional (ou uma oração subordinada substantiva objetiva direta), ou seja, em forma de oração. os termos não podem ser complementados separadamente

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37
Q

No que consiste um Objeto Direto Pleonástico?

A

É um objeto direto representado por um pronome que retoma o objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.

Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.

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38
Q

No que consiste um objeto Direto Interno (ou Intrínseco ou Cognato)?

A

Objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo e o núcleo do objeto vem acompanhado de um determinante.

Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.

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39
Q

No que consiste um objeto direto?

A

Um complemento verbal dos verbos transitivos indiretos, que se liga os verbos ao seu objeto indiretamente, por meio de uma preposição.

Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).

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40
Q

“Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo.”

Qual a transitividade do verbo acima e seu complemento?

A

Verbo transitivo indireto e, portanto, objeto direto. Nenhum gato gosta…gosta de que? Então pede complemento: de que puxem seu rabo. Logo, é um objeto indireto oracional.

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41
Q

PARA FIXAR

O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: “Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.”
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o objeto indireto que já estava na sentença.

A
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42
Q

PARA FIXAR

Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente são classificados como Verbos Intransitivos que podem vir seguidos de um adjunto adverbial. Contudo, é possível também considerá-los como transitivos indiretos, quando o complemento não indica exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento. Essa controvérsia gramatical, no entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em questões de “sujeito indeterminado”, uma vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto Verbos Transitivos Indiretos + SE vão igualmente indicar que o SE indetermina o sujeito.

A
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43
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”:
Ex: Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um pronome oblíquo tônico; nesse caso, a preposição “a”, é obrigatória)
Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)
Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o complemento “quem” pede essa preposição “a”.)

A
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44
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”: Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto de “ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a” também é obrigatória).

A
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45
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade:
Ex: A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu.
(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você poderia se perguntar quem surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na frase.)
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”)
Sem a preposição, a leitura seria: Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).

A
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46
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando o objeto indicar reciprocidade:
Ex: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.

A
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47
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas:
Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”
Ex: “A quantos a vida ilude!”
Ex: “A estupefação imobilizou a todos.”
Ex: “A tudo e a todos eu culpo.”
Ex: “Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém.”

A
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48
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando o OD for um nome próprio:
Ex: Busquei a José no aeroporto.

A
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49
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”:
Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é VTD)

A
50
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios ou por eufonia):
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Ex: Judas traiu a Cristo.
Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.

A
51
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce:
Ex: A você é que não enganam!

A
52
Q

PARA FIXAR

Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.

Principais casos:
✔ Em construções paralelas com pronomes oblíquos (átonos ou tônicos) do tipo:
Ex: “Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e aos leais”.

A
53
Q

PARA FIXAR

Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado:
Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão)
Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase)
Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever…

Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do leite…

A
54
Q

PARA FIXAR

Obs 1: na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece: Ex: Cumpri com o dever > O dever foi cumprido (por mim).

Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se possível, deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz com – “lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.

A
55
Q

No que consiste um complemento nominal?

A

Complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com preposição.

56
Q

PARA FIXAR

O complemento nominal parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um verbo, mas sim de um nome.

A
57
Q

Identifique os complementos nominais das sentenças abaixo:

1) Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém).

2) João era dependente de café. (Dependente é um adjetivo e pede um complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café).

3) O juiz decidiu favoravelmente ao autor. (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide favoravelmente a quem/quê? AO autor).

A

1) Não tenha dependência de ninguém para estudar: Dependência é um substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém.

2) João era dependente de café: Dependente é um adjetivo e pede um complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café.

3) O juiz decidiu favoravelmente ao autor: Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide favoravelmente a quem/quê? AO autor.

58
Q

PARA FIXAR

O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração:
Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele.
Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)
Ex: João tinha consciência de que precisava passar.
Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo).

A
59
Q

No que consiste um adjunto adnominal?

A

Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características, qualidade ou estado.

60
Q

Os adjuntos adnominais possuem que tipo de função?

A

Adjetiva, pois modificam termo substantivo.

61
Q

“Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.”

Quais os adjuntos adnominais da sentença acima?

A

“três”, “populares” e “do meu pai”.
Os três termos atribuem ao núcleo “carros” características como quantidade, qualidade, posse.

62
Q

Quais os adjuntos adnominais das sentenças abaixo?

1) Ouro em barras.

2) Barco a gasolina.

A

1) “em barras”;

2) “a gasolina”.

63
Q

Qual a principal diferença entre o adjunto adnominal e o complemento nominal?

A

O adjunto não é “exigido”, obrigatório e pode ser retirado da frase.
Já o complemento nominal, assim como o objeto direto e o indireto, é obrigatório para complementar o sentido de um nome.

64
Q

CERTO OU ERRADO

O adjunto adnominal pode se ligar a substantivos, adjetivos e advérbios.

A

ERRADO! O adjunto adnominal só se liga a substantivo! O complemento nominal que pode se juntar a substantivos, adjetivos e advérbios.

65
Q

CERTO OU ERRADO

O complemento nominal e o adjunto adnominal são necessariamente preposicionados.

A

ERRADO! O complemento nominal é obrigatoriamente preposicionado. O adjunto adnominal pode ser ou não. Portanto, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.

66
Q

CERTO OU ERRADO

O Complemento Nominal se liga a substantivos concretos e abstratos.

A

ERRADO! O complemento nominal só se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade; estado e conceito)!!!!!!.
O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos.

67
Q

PARA FIXAR

Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”, normalmente será CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.

A
68
Q

Complemento nominal e adjunto adnominal só ficam parecidas mesmo em um caso.
Que caso é esse?

A

Em caso de substantivo abstrato com termo preposicionado com “de”.

69
Q

Complemento Nonimal e Adjunto Adnominal, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”).
Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
Se o termo preposicionado tiver sentido agente, será CN ou AA?

A

Será um adjunto adnominal. Se houver sentido paciente, será CN.

70
Q

Complemento Nonimal e Adjunto Adnominal, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”).
Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
Se o termo preposicionado puder ser substituído por uma palavra única que for um adjetivo equivalente, será adjunto adnominal ou complemento nominal?

A

Adjunto adnominal.

71
Q

PARA FIXAR

Complemento Nonimal e Adjunto Adnominal, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo preposicionado (“de”).
Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
Se o termo preposicionado puder ser visto como um complemento verbal se aquele nome for transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.

A
72
Q

“As duas meninas de branco sorriram com medo de mim.”

Informe se na sentença acima há complementos nominais ou adjuntos adnominais.

A

1) “As” e “duas” são adjuntos adnominais pois se ligam a substantivo concreto (meninas) e não são preposicionados.
2) “de branco” é termo preposicionado mas se liga a substantivo concreto (meninas) e, portanto, não pode ser ser complemento nominal e é adjunto adnominal.
3) “de mim” é complemento nominal pois se liga a substantivo abstrato “medo” (sentimento). A relação também é paciente porque “mim” não é quem está com medo, mas o objeto a que se tem medo.

73
Q

“O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher.”

Informe se a sentença acima possui complemento nominal ou adjunto adnominal.

A

1) “de remédios” refere-se a “abuso”, que é um substantivo abstrato (derivado de ação, “abusar”) e ainda vem preposicionado. Portanto, é um complemento nominal.
2) “à saúde” é um termo preposicionado ligado à adjetivo. Se é ligado à adjetivo, não tem como ser adjunto adnominal. Portanto, é um complemento nominal.
3) “da mulher” se liga ao substantivo abstrato “saúde”. A mulher é agente, tem a saúde e há claro sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal.

74
Q

“As pessoas da família nem sempre são favoráveis ao trabalho dos filhos.”

Informe se a sentença acima possui complemento nominal ou adjunto adnominal.

A

1) “da família” é um termo preposicionado e ligado a substantivo concreto (pessoas). Portanto, só pode ser adjunto adnominal.
2) “ao trabalho” é termo preposicionado ligado ao adjetivo “favoráveis”. Se está ligado a adjetivo ou advérbio, só pode ser Complemento Nominal.
3) “dos filhos” é termo preposicionado ligado a substantivo abstrato, trabalho (ação). Então, poderia ser CN ou Adjunto. Tiramos a dúvida pelo teste do agente/paciente: os filhos trabalham, têm o trabalho, são agentes. Além disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de adjunto adnominal.

75
Q

PARA FIXAR

A
76
Q

No que consiste o predicativo do sujeito?

A

É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar.

77
Q

PARA FIXAR

Predicativos do sujeito

Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)
Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo na forma de substantivo)
Ex: Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de numeral)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição acidental)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)

A
78
Q

PARA FIXAR

Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo o tempo” é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o “atrasada” é predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo do sujeito! Quando ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica o “estado/caracterização” do sujeito no momento da prática daquela ação).

A
79
Q

No que consiste o predicativo do objeto?

A

Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.

80
Q

Informe os predicativos do objeto das orações abaixo

1) Julgaram o réu culpado.
2) O povo elegeu-o senador.
3) Achei o filme bacana.
4) A bebida torna o homem verdadeiro.
5) Ele fez o método mais rápido.
6) Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.
7) Nomearam meu primo Procurador da República.

A

1) Julgaram o réu culpado: o réu é o objeto direto. Culpado é a qualificação desse objeto.

2) O povo elegeu-o senador: senador é a qualificação do objeto direto “o”.

3) Achei o filme bacana: bacana é a qualificação do objeto direto “o filme”.

4) A bebida torna o homem verdadeiro.

5) Ele fez o método **mais rápido*: mais rápido é o estado que ele fez “o método”, que é o objeto direto.

6) Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação: irritada é o estado do objeto direto “a menina”.

7) Nomearam meu primo Procurador da República.

81
Q

O objeto indireto também pode ter predicativo?

A

SIM!

82
Q

CERTO OU ERRADO

Na oração “Chamei ao político de ladrão.”, o termo ladrão é um predicativo do objeto indireto.

A

CERTO! Chamei ao político é um objeto indireto pois está preposicionado. Ladrão é a qualificação desse objeto.

83
Q

Informe os predicativos do objeto indireto das orações abaixo.

1) Não gosto de você maquiada.
2) Sonhei com você, fantasiado de mulher.

A

1) Não gosto de você maquiada: “de você” é o objeto indireto e “maquiada” é a qualificação.
2) Sonhei com você, fantasiado de mulher: “com você” é o objeto indireto e “fantasiado de mulher” é a qualificação.

84
Q

PARA FIXAR

Predicativo do objeto x Adjunto Adnominal

O predicativo é uma característica atribuída ao ser e não é permanente/inerente (portanto, é transitória).
O adjunto adnominal, por sua vez, é uma característica própria do ser, vista como inerente e definitiva.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito atribuiu o estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma “opinião do sujeito sobre o objeto”)
Ex: A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada sempre, a característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).

A
85
Q

CERTO OU ERRADO

“Julguei as perguntas complexas.”

O termo destacado se trata de um adjunto adnominal.

A

ERRADO! O termo destacado é um predicativo do objeto “as perguntas” e “complexas” não é inerente à “perguntas”.
Para identificar, a melhor saída é colocar a frase na voz passiva e verificar se o termo se separa do substantivo.
“As perguntas foram julgadas complexas”. Como complexas não é inerente à pergunta, é uma condição passageira, se separa do objeto.

86
Q

CERTO OU ERRADO

“Resolveram as perguntas complexas.”

O termo destacado acima se trata de um adjunto adnominal.

A

CERTO! Basta transformar a frase na voz passiva: “As perguntas complexas foram respondidas.”
Nesse caso, como o termo é inerente ao objeto “as perguntas”, não se separa.

87
Q

CERTO OU ERRADO

“O menino chegou desanimado e foi dormir.”

O termo destacado se trata de um adjunto adnominal.

A

ERRADO! É predicativo do sujeito. “Desanimado” não é uma condição inerente ao sujeito “menino”, é uma condição passageira.

88
Q

CERTO OU ERRADO

“O menino, desanimado, chegou e foi dormir.”

O termo destacado se trata de um adjunto adnominal.

A

ERRADO! É predicativo do sujeito. “Desanimado” não é uma condição inerente ao sujeito “menino”, é uma condição passageira.

89
Q

CERTO OU ERRADO

“O menino desanimado chegou e foi dormir.”

O termo destacado se trata de um adjunto adnominal.

A

CERTO! Perceba que “desanimado” é uma característica inerente à menino, o menino é sempre desanimado.

90
Q

PARA FIXAR

Adjunto adnominal x Predicativo do sujeito

“O menino desanimado chegou e foi dormir.”

Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome, o adjunto “some” com o sujeito; teremos: “Ele chegou.”
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um pronome, teremos: “Ele chegou desanimado.”

A
91
Q

Quais os termos essenciais de uma oração?

A

Sujeito e predicado.

92
Q

CERTO OU ERRADO

Numa oração, tudo que não for o sujeito será o predicado.

A

CERTO!

93
Q

Quais os tipos de predicado?

A

Verbal, nominal e verbo-nominal. Para classificação do predicado, é necessário observar o núcleo.

94
Q

Quando o predicado será classificado como predicado verbal?

A

Quando tiver como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo) que indica ação, movimento…
ex: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.

95
Q

Quando o predicado será classificado como predicado nominal?

A

Quando tiver como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica sempre se ligará ao sujeito por um verbo de ligação (Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito)
ex verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar…

96
Q

Quando o predicado será classificado como predicado verbo-nominal?

A

Quando o núcleo do predicado tiver tanto um verbo de ação quanto e predicativo do sujeito.
É formado por verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito ou Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto.

97
Q

Classifique os predicados das orações abaixo em verbal, nominal e verbo-nominal.

1) João anda animadíssimo.
2) João comprou um rifle.
3) João sorriu desconfiado.
4) João gosta de música celta.
5) João está empolgado.
6) João correu.
7) João parece melancólico.
8) João, cansado, desistiu.
9) João tornou-se rancoroso.
10) João é servidor público.
11) João saiu triste.

A

1) João anda animadíssimo: nominal

2) João comprou um rifle: verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto

3) João sorriu desconfiado: verbo-nominal.

4) João gosta de música celta: verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo indireto.
não é verbo-nominal porque “música celta” não é uma condição de João”

5) João está empolgado: nominal

6) João correu: verbal, “correr”, verbo de ação, intransitivo

7) João parece melancólico: nominal.

8) João, cansado, desistiu: verbo-nominal

9) João tornou-se rancoroso: nominal

10) João é servidor público: nominal

11) João saiu triste: verbo-nominal

98
Q

PARA FIXAR

Segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um predicativo ligado ao objeto do verbo:

Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: O povo elegeu o réu presidente.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: Douglas gosta da mãe animada.
Ex: O professor precisa da turma motivada.

A
99
Q

No que consiste um vocativo?

A

Um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor.

100
Q

CERTO OU ERRADO

O vocativo é considerado um termo interno da oração.

A

ERRADO! É um termo externo, que tirando, não altera o sentido da oração.
Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.
Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.

101
Q

No que consiste um aposto?

A

Uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica.

102
Q

Quais os tipos de aposto?

A

Explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior;
Especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.

103
Q

“Jorge, malandro, ainda é jovem.”

Na oração acima, o termo destacado é aposto ou adjetivo?

A

Adjetivo! Traz uma qualidade ao substantivo “Jorge”.

104
Q

“Jorge, o malandro, ainda é jovem.”

Na oração acima, o termo destacado é aposto ou adjetivo?

A

Aposto explicativo! É um predicativo do sujeito, traz “outra forma” de se referir ao termo.

105
Q

“Maria, a babá, virou empresária.”

Na oração acima, o termo destacado é aposto ou adjetivo?

A

Aposto explicativo! Ele substitui o termo a que se refere, assumindo sua função sintática. “a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito Maria: A babá virou empresária. É um aposto do sujeito.
quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito; quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto…

106
Q

PARA FIXAR

“Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.”

“cães, gatos, pássaros” é termo explicativo que vem separado dos outros termos e pode substituir o objeto indireto “de vários animais”. É um aposto de objeto indireto. Isso mostra a “identidade e equivalência semântica” entre o aposto e o termo a que se refere: Maria=Babá; Animais=Cães, gatos, pássaros…

A
107
Q

PARA FIXAR

Outros exemplos comuns de apostos explicativos:
Ex: O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido.
Ex: Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos.
Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado.
Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.
Ex: Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação.
Ex: Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. (nesses últimos dois casos, o pronome demonstrativo “O” e a palavra “fato” se referem a toda oração anterior…)

A
108
Q

PARA FIXAR

O aposto “especificativo” não vem separado por pontuação e individualiza o seu referente. Sua forma mais comum se configura em um nome próprio especificando um substantivo comum. Veja:
Ex: O artilheiro Pelé é o melhor da história.
Ex: A praia da Pipa é linda.
Ex: Ele cometeu crime de latrocínio.
Ex: A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação imobiliária.

A
109
Q

“A praia da Pipa é linda.”

Por que o termo destacado não é um adjunto adnominal?

A

Porque não há valor adjetivo nem de posse, o aposto especificativo apenas nomeia a praia com seu nome próprio.

110
Q

CERTO OU ERRADO

“O clima do Rio de Janeiro.”

O termo destacado na frase acima se trata de um adjunto adnominal.

A

CERTO! Não há identidade semântica entre “Clima” e “Rio de Janeiro”, o Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o Rio tem o seu clima.

111
Q

No que consiste um adjunto adverbial?

A

Função sintática do termo que modifica o verbo, trazendo uma ideia de circunstância (tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição).

112
Q

PARA FIXAR

Exemplos de adjuntos adverbiais:
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
Ex: Ele morreu ontem. (adjunto adverbial de tempo)
Ex: Ele morreu de fome. (adjunto adverbial de causa)
Ex: Ele morreu assim. (adjunto adverbial de modo)
Ex: Ele morreu aqui. (adjunto adverbial de lugar)
Ex: Ele morreu . (adjunto adverbial de modo)

A
113
Q

PARA FIXAR

O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma oração inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo “bonita”; sua função sintática é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para intensificar” o advérbio “provavelmente”; sua função sintática é de adjunto adverbial) Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é um advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma forma de “julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função sintática é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com circunstância de condição, causa, tempo, finalidade etc.
Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)
Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)

A
114
Q

PARA FIXAR

Fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na função sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é “O menino”)
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – “o pai” -objeto- “ficou rico”)
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão) Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (predicativo do sujeito – separado)

Nesses dois últimos exemplos o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo de causa (rico = porque era rico).

A
115
Q

No que consiste o agente da passiva?

A

O agente do verbo numa sentença na voz passiva.

116
Q

PARA FIXAR

Ex: Eu comprei um carro (voz ativa)
Um carro foi comprado por mim.
“por mim” é o agente da passiva, pois ele é quem está praticando a ação na voz passiva.

O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.

A
117
Q

Qual a diferença entre frase, oração e período?

A

Frase é qualquer enunciado de sentido completo, que exprima ideias, emoções, ordens, apelos, ou qualquer sentido que seja plenamente comunicado e compreensível.
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem toda frase é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações dentro dele.

118
Q

PARA FIXAR

Um período com somente uma oração é um período simples e essa oração será chamada de oração absoluta, pois é uma frase de sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um período com mais de uma oração é um período composto e essas orações poderão estar ligadas por coordenação ou subordinação.

A
119
Q

PARA FIXAR

Oração x Frase

Frase: Socorro! / Deus lhe pague / Você está sendo filmado / Morra!

Oração: Ex: Comprei um cachimbo. / Ned Stark foi decapitado!

Toda oração é uma frase mas nem toda frase é uma oração.

A
120
Q

No que consiste uma média ponderada?

A

A média de um conjunto de dados cujos valores possuem pesos variados

121
Q
A