6. GOVERNABILIDADE, GOVERNANÇA E ACCONTABILITY Flashcards

1
Q

DEFINA GOVERNABILIDADE

A

A governabilidade refere-se ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com o apoio da população e de seus representantes.

  • GOVERNABILIDADE => “refere-se às próprias condições substantivas/materiais de exercício do poder e legitimidade do Estado e do seu governo, derivadas de sua postura diante da sociedade civil e do mercado” (Vinicius Araújo - 2002). Portanto, legitimidade está relacionada com governabilidade, visto que, se os governos não forem legitimados, não haverá condições necessárias para governar.
  • GOVERNABILIDADE + SOCIEDADE => Mas governabilidade significa também que o governo deve tomar decisões amparadas num processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas efetivamente atendam aos anseios da sociedade, e contem com seu apoio na implementação dos programas/projetos e na fiscalização dos serviços públicos.
  • PALAVRAS CHAVE => PODER / CAPACIDADE POLÍTICA DE GOVERNAR
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2
Q

Quando um governo tem capacidade política de governar e governabilidade?

A
  • CAPACIDADE POLÍTICA DE GOVERNAR => “governabilidade é uma capacidade política de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade” (Bresser-Pereira)
  • UM GOVERNO TEM GOVERNABILIDADE => “na medida em que seus dirigentes contem com os necessários apoios políticos para governar”, e que a capacidade política de governar ou governabilidade decorre do relacionamento “do Estado e do seu governo com a sociedade” (Caderno Mare nº 01)
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3
Q

Qual a fonte ou origem da governabilidade?

A
  • FONTE OU ORIGEM DA GOVERNABILIDADE
    A fonte ou origem da governabilidade são os cidadãos e a cidadania organizada, os partidos políticos, as associações e demais agrupamentos representativos da sociedade.
    Vinicius Araujo (2002) descreve essa fonte de legitimidade como “o apoio obtido pelo Estado às suas políticas” e como a capacidade dos governos de “articular alianças e coalizões/pactos entre os diferentes grupos sociopolíticos para viabilizar o projeto de Estado e sociedade a ser implementado”.
    • Cidadãos e a cidadania organizada;
    • Partidos políticos;
    • Associações;
    • Demais agrupamentos representativos da sociedade.
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4
Q

Qual o desafio da governabilidade?

A
  • DESAFIO DA GOVERNABILIDADE
    Fica claro, portanto, que o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria divergentes) e reuni-los num objetivo comum a ser perseguido por todos (ou vários objetivos comuns). Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses; entre eles inclui-se o clientelismo e o corporativismo. Nos dois casos o que se procura é conciliar interesses, reduzir atritos e aumentar a governabilidade.
    • Conciliar os interesses dos atores acima.
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5
Q

O que é o clientelismo?

A
  • CLIENTELISMO => PATRÃO vs CLIENTE
    Segundo o Dicionário Aurélio (2003), clientelismo é um tipo de relação política em que uma pessoa (o patrão) dá proteção à outra (o cliente) em troca de apoio (eleitoral), estabelecendo-se um laço de submissão pessoal que não depende de relações de parentesco e não tem conotação jurídica.
    Para José Murilo Carvalho (1997) é “um tipo de relação entre atores políticos que envolve concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”.

ATENÇÃO => O clientelismo e o corporativismo são MEIOS utilizados pelos governos para obtenção de apoio, com vistas a aumentar sua legitimidade e fortalecer a governabilidade.

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6
Q

O que o corporativismo e como ele se divide?

A

O corporativismo é uma prática de organização social com base em entidades representativas de interesses das categorias profissionais.

É uma ação sindical, política, em que prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade (Dicionário Aurélio, 2003). Essas entidades contam com o apoio do Estado e detêm o monopólio da representação (um sindicato para cada categoria).

O corporativismo é utilizado para remoção ou neutralização de conflitos: econômicos, relacionados à concorrência de mercado; sociais, relacionados à luta de classes; e políticos, relacionados aos conflitos partidários.

O corporativismo é típico de governos autoritários (como o fascismo). No Brasil, foi fortemente utilizado no Governo Vargas e caracterizou-se pela exclusão da grande maioria dos trabalhadores.

O CORPORATIVISMO SE DIVIDE EM:

  1. CORPORATIVISMO ESTATAL; e
  2. NEOCORPORATIVISMO.
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7
Q

CORPORATIVISMO ESTATAL

A

O corporativismo estatal – no qual o Estado era quem escolhia os interlocutores e lhes concedia a representação monopolista de interesses (somente para quem aceitasse as regras impostas pelo Estado). O número dessas entidades era limitado e, regra geral, eram criadas pelo próprio Estado: assim o Estado acabava por controlar a classe trabalhadora por intermédio dessas entidades. Para Nelson Oliveira (2001), eram “instrumentos de controle da força de trabalho (…) criação de um sindicalismo oficial, sem nenhuma possibilidade de liberdade e vigiado por uma aparelhada e violenta repressão”. Esse era o modelo utilizado por Vargas.

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8
Q

NEOCORPORATIVISMO

A
O neocorporativismo (ou corporativismo societal) – nesse caso a representação ocorre entre a sociedade civil e o Estado. Existe um grande número de associações/entidades representativas que passam a decidir com o Estado a questão das políticas públicas. Regra geral, elas também detêm o monopólio da representação; no entanto, o Estado não cria essas entidades, mas concede-lhes o reconhecimento institucional e lhes delega algumas funções (públicas ou semipúblicas – Claus Offe,1989). No neocorporativismo são as entidades privadas que conquistam o direito de participar do processo decisório.
ORIGEM => O neocorporativismo originou-se na Europa – no período pós-Segunda Guerra – como fruto do capitalismo e da democracia, e como forma de solução de conflitos interclasses, num momento de fraca representatividade dos partidos políticos.
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9
Q
CESPE 2017- Em uma relação colaborativa entre organizações privadas e o Estado, na qual as organizações participam do processo decisório e recebem uma série de atribuições referentes às políticas públicas, predomina 
A neoliberalismo.
B  neocorporativismo
C clientelismo.
D corporativismo privado.
E corporativismo estatal.
A

B neocorporativismo. CERTO
Modelos de intermediação de interesses
1. Clientelismo: “relação entre atores políticos que envolve concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”
2. Corporativismo: É uma prática de organização social, por meio de entidades representativas que detêm o monopólio da representação. Possuem a finalidade de remover ou neutralizar os conflitos
2.1. Corporativismo estatal: O Estado escolhe os interlocutores das entidades representativas, controlando-as.
2.2. Neocorporativismo: As associações/ entidades representativas passam a decidir com o Estado as questões políticas. Neste modelo, o Estado não cria as entidades, apenas concede-lhes o reconhecimento institucional e lhes delega algumas funções. “As entidades privadas que conquistam o direito de participar do processo decisório”. Originou-se na Europa como fruto do capitalismo e da democracia

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10
Q

CESPE - Uma das formas de coibir o uso clientelístico da administração pública é a valorização da seleção por mérito.

A

CERTO

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11
Q

CESPE - A governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes e o sistema de intermediação de interesses.

A

CERTO
Governabilidade é o conjunto de condições necessárias ao exercício do poder. Compreende a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema partidário e o equilíbrio entre as forças políticas de oposição e situação. Diz respeito à capacidade política de decidir.
A Governabilidade expressa a possibilidade em abstrato de realizar políticas públicas.
Governabilidade diz respeito às condições estruturais e legais de um determinado governo para promover as transformações necessárias.
Governabilidade tem a ver com estrutura.

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12
Q

CESPE - Um aspecto importante para dar seguimento à reforma do Estado é a existência de governabilidade, conceito que descreve as condições sistêmicas de exercício do poder em um sistema político. Desse modo, é correto afirmar que uma nação é governável quando oferece aos seus representantes as circunstâncias necessárias para o tranqüilo desempenho de suas funções.

A

CERTO

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13
Q

CESPE 2008 - O clientelismo e o corporativismo são padrões institucionalizados de relações que estruturam os laços entre sociedade e Estado no Brasil. O clientelismo, que faz parte da tradição política secular brasileira, está associado ao patrimonialismo e ao fisiologismo. O corporativismo emergiu nos anos 30, sob o governo de Getúlio Vargas. Essas características passaram, então, a inter-relacionar-se, e constituem instrumentos de legitimação política.

A

CERTO
Para não haver dúvidas, “colo” aqui o excelente texto indicado pela colega Stella
Existem quatro padrões institucionalizados de relações ou quatro gramáticas que estruturam os laços entre sociedade e Estado no Brasil: o clientelismo, o corporativismo, o insulamento burocrático e o universalismo de procedimentos. O clientelismo faz parte da tradição política secular brasileira, seus outros dois nomes são patrimonialismo e fisiologismo, já as outras três instituições emergem nos anos 30, sob o governo de Getúlio Vargas. E a partir desse momento as quatro gramáticas passam a conviver e a se inter-relacionar. Será esse compromisso, do qual Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek serão os mestres, que viabilizará a construção de um Estado nacional e a ocorrência de um poderoso processo de industrialização no Brasil. Estas quatro instituições políticas dividem o trabalho: o clientelismo e o corporativismo são os instrumentos de legitimidade política; o insulamento burocrático, a forma através da qual as elites modernizantes tecnoburocráticas e empresariais promovem o desenvolvimento;
o universalismo de procedimentos, a afirmação lenta de um regime burocrático racional-legal e eventualmente democrático. Digo eventualmente burocrático porque o autor não identifica o universalismo de procedimentos com ademocracia.
A instauração do universalismo de procedimentos ocorreu no Brasil, no período analisado(1930 - 1960), principalmente através de tentativas de reforma do serviço público e da implantação de um sistema de mérito. Embora as elites se julgassem portadoras legítimas de valores modernos e universalistas,não estavam então particularmente interessadas na democracia. Até anos 60 elas estavam muito mais preocupadas com o desenvolvimento que então se identificava com a industrialização.

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14
Q

Defina governança pública

A

GOVERNANÇA PÚBLICA = CAPACIDADE DE GOVERNAR => capacidade de decidir e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população, preservando o equilíbrio de poder e interesses entre governo, administração pública e sociedade/cidadãos.

  • GOVERNANÇA => é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políticas” (Bresser-Pereira, 1998). Dito de outra forma, Governança pública é o exercício do poder político-administrativo pelo Governo/Administração no gerenciamento e controle da utilização dos recursos (econômicos, sociais, técnicos, infraestrutura etc.) necessários à formulação e implementação de políticas públicas.
  • GOVERNANÇA => pode ser entendida como o exercício de autoridade, controle, gerenciamento e poder de governo. É a maneira pela qual o poder é exercício no gerenciamento dos recursos econômicos, políticos e sociais para o desenvolvimento do país (MEGP - Modelo de Excelência em Gestão Pública).
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15
Q

Quais os princípios da governança pública?

A

PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA PÚBLICA (Matias Pereira)
De acordo com Matias-Pereira, a Governança Pública está apoiada em quatro princípios:
- RELAÇÕES ÉTICAS;
- CONFORMIDADE, EM TODAS AS SUAS DIMENSÕES;
- TRANSPARÊNCIA; e
- PRESTAÇÃO RESPONSÁVEL DE CONTAS.

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16
Q

CESPE - Para que o Estado exerça a sua governança é preciso haver comprometimento com as normas éticas e com a moral contemporânea.

A

CERTO
Governança é a capacidade de ação que o Estado possui para implementação das políticas públicas e no atingimento dos objetivos coletivos. Uma boa governança está pautada nas normas éticas e morais da sociedade.
Importante dizer a diferença de Governança e Governabilidade, esta é a capacidade de identificar necessidades e anseios sociais e transformá-los em políticas públicas.

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17
Q

CESPE - Relações éticas, conformidade com suas dimensões, transparência e prestação responsável de contas são princípios associados à governança pública.

A

CERTO
uatro princípios são apontados por Matias-Pereira (2008) para uma boa governança pública: relações éticas; conformidade; transparência; e prestação responsável de contas. Para Borgoni et al (2010), governança compreende: responsabilidade de prestar contas, transparência, participação, relacionamento e eficiência.
Segundo Matias-Pereira (2008), a governança está ligada a visões teóricas que a relacionam com o aumento da eficiência e efetividade governamental, por um lado, e a democracia e ao poder emancipatório, por outro.

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18
Q

CESPE - Relações éticas, conformidade com suas dimensões, transparência e prestação responsável de contas são princípios associados à governança pública.

A

CERTO

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19
Q

CESPE - Durante a definição de um modelo de governança, decidem-se os processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulamentarão a atuação de um governo. Esse processo de decisão pressupõe a análise de determinados aspectos, como nível de transparência a ser adotado na gestão, nível de responsabilização dos envolvidos e prestação de contas.

A

CERTO

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20
Q

CESPE - Relações éticas, conformidade com suas dimensões, transparência e prestação responsável de contas são princípios associados à governança pública.

A

CERTO

.

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21
Q

CESPE - A governança na gestão pública envolve o gerenciamento de recursos humanos, econômicos e sociais com o propósito de gerar desenvolvimento.

A

CERTO

De acordo com o  Modelo de Excelência em Gestão Pública
Governança pode ser entendida como o exercício de autoridade, controle, gerenciamento e poder de governo. É a maneira pela qual o poder é exercício no gerenciamento dos recursos econômicos, políticos e sociais para o desenvolvimento do país
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22
Q

Defina governança corporativa

A

Na iniciativa privada a governança corporativa representa o modo como as organizações são administradas e controladas, e como interagem com as partes interessadas. Inclui políticas, regulamentos/instruções, processos, estratégia e cultura, e orienta-se pelos princípios da transparência, equidade, responsabilidade por resultados, cumprimento das normas e accountability. De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa o conselho de administração é o guardião do sistema de governança – e a governança é guardiã dos direitos das partes.

“Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade” (IBFC)

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23
Q

Quais os princípios da governança corporativa?

A
  • PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA:
  • TRANSPARÊNCIA (Openness): Desejo de fornecer informação clara, tempestiva e precisa;
  • EQUIDADE (fairness): Assegurar o direito a informação de todos os interessados;
  • PRESTAÇÃO DE CONTAS (accountability): Os agentes de governança devem prestar conta de seus atos e resultados;
  • RESPONSABILDIADE CORPORATIVA baseada no fato de que os executivos devem zelar pela perenidade da organização, ou seja, permitir sua sustentabilidade.
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24
Q

CESPE - A equidade é um dos princípios básicos de governança corporativa para atingir boas práticas. Essa governança é realizada com o objetivo de preservar e otimizar o valor da organização, contribuindo com sua longevidade.

A

CERTO
Creio que a questão tentou confundir o candidato menos atento ao citar a equidade (um dos 4 princípios da governança segundo o IBFC -Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e depois mencionando o conceito de Governaça e não o da Equidade.

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25
Q

Modelos de governança corporativa

A

MODELOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

  • PROPRIEDADE DISPERSA => Quando nenhuma entidade ou pessoa possui mais do que 20% das ações com direito a voto.
  • PROPRIEDADE FAMILIAR => Quando uma pessoa ou família detém a maioria (+50%) das ações com direito a voto.
  • PROPRIEDADE GOVERNAMENTAL => Quando o governo possui a maioria das ações com direito a voto
  • PROPRIEDADE ESTRANGEIRA => Quando uma multinacional estrangeira detém a maioria das ações com direito a voto.
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26
Q

CESPE - Governança corporativa é um modelo de gestão que, a partir da otimização das interações entre acionistas ou cotistas, conselhos, auditorias e diretoria executiva, visa reduzir o nível de risco e contribuir para uma maior efetividade da empresa no mercado ao longo do tempo.

A

CERTO
GOVERNANÇA CORPORATIVA é o conjunto de processos, costumes, políticas , leis e instituições que afetam o modo como uma empresa é administrada. Governança corportativa também inclui as relações entre os envolvidos e os objetivos para os quais a corporação é governado. Nas organizações contemporâneas, os principais grupos de partes interessadas externas são os acionistas, os credores, o comércio, fornecedores , clientes e comunidades afetadas pelas atividades da corporação, já as partes interessadas internamente são formadas pelo conselho de administração, executivos e demais empregados.
Governança corporativa é um tema multifacetado, principalmente pela natureza e pela extensão da responsabilidade de indivíduos específicos na organização. Um dos impactos de um sistema de governança corporativa é na eficiência econômica, com ênfase no bem-estar de acionistas.
Em sua essência, a Governança Corporativa tem como principal objetivo recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus acionistas, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
A boa Governança Corporativa contribui para um desenvolvimento econômico sustentável, proporcionando melhorias no desempenho das empresas. Por estes motivos, torna-se tão importante ter conselheiros qualificados e sistemas de Governança Corporativa de qualidade, evitando-se assim diversos fracassos empresariais como abusos de poder, erros e fraudes.

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27
Q

CESPE - A idéia de governança corporativa no setor público está associada, de um lado, à prevenção contra desvios éticos por parte dos administradores e, de outro, à responsabilidade nas prestações de contas, que assegure comunicação íntegra, fidedigna e transparente com todos os interessados.

A

CERTO

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28
Q

CESPE - No setor público, a governança corporativa refere-se à administração das agências do setor público mediante a aplicação dos princípios de governança corporativa do setor privado.

A

CERTO

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29
Q

CESPE - A governança corporativa acentua a necessidade de eficácia e accountability na gestão dos bens públicos.

A

CERTO

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30
Q

CESPE 2013 - Diferentemente do setor privado, a aplicação dos conceitos de governança corporativa no setor público não implica na identificação dos stakeholders.

A

ERRADO

As preocupações com a boa governança, transparência e ética também fazem parte do universo das organizações públicas. Isto porque, tanto no setor privado como no público, não podem ser desconsiderados os aspectos que envolvem a maneira como é feita a gestão das organizações, como identificam e tratam os seus stakeholders, como e em que base são estabelecidas as parcerias. A democracia participativa concebida na nova governança busca tornar o Estado mais permeável à influência da sociedade (ABRUCCIO, 2005).
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31
Q

GOVERNANÇA COMO COMPETÊNCIA TÉCNICA

A

GOVERNANÇA COMO COMPETÊNCIA TÉCNICA

Governança relaciona-se com a competência técnica, que abrange as capacidades gerencial, financeira e técnica propriamente dita, e tem nos agentes públicos, em sentido amplo, e nos servidores públicos, em sentido estrito, a sua fonte de origem. 
“Existe governança em um Estado quando seu governo tem as condições financeiras e administrativas para transformar em realidade as decisões que toma.”
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32
Q

GOVERNANÇA É AMPLA E ENVOLVE

A

GOVERNANÇA É AMPLA E ENVOLVE
A governança é ampla e envolve:
- o modo/forma pelo qual o Governo se organiza para prestar serviços à sociedade;
- o modo/forma de gestão dos recursos públicos;
- o modo/forma como divulga suas informações;
- o modo/forma como se relaciona com a sociedade civil; e
- o modo/forma como constrói os arranjos/acordos institucionais necessários à implementação das políticas públicas.
Dito de outra forma, a governança envolve estruturas, funções e atividades político-administrativas, sociais e legais, para assegurar que os resultados sejam alcançados e atendam as partes interessadas, especialmente os cidadãos.

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33
Q

A GOVERNANÇA É INSTRUMENTAL

A

A GOVERNANÇA É INSTRUMENTAL
A governança é instrumental, é o braço operacional da governabilidade, “pode ser entendida como a outra face de um mesmo processo, ou seja, como os aspectos adjetivos/instrumentais da governabilidade” (Vinícius Araujo, 2002).
Por ser um instrumento da governabilidade para a realização dos fins do Estado, a governança pressupõe condições mínimas de governabilidade, ou seja, em situações de crise grave ou de ruptura institucional, que afetem a governabilidade, a governança restará comprometida, haja vista o seu caráter instrumental. “Sem governabilidade é impossível governança” (Caderno Mare nº 01).
ATENÇÃO => Uma boa governança fortalece a legitimidade do Governo e aumenta sua governabilidade.

34
Q

EVOLUÇÃO DA GOVERNANÇA NO GOVERNO FEDERAL

A

EVOLUÇÃO DA GOVERNANÇA NO GOVERNO FEDERAL

A governança federal apresentou significativa evolução mediante investimentos em capacitação e treinamento dos servidores públicos, mediante a incorporação de técnicas utilizadas pelo setor privado, e mediante a utilização intensiva de TI e sistemas informatizados como ferramenta de gestão estratégica, tática e operacional. 
 Um novo termo surgiu nesse contexto: é a nova governança pública – que inclui a participação do mercado e da sociedade civil nas decisões –, o que dificulta ainda mais a distinção dos termos governança versus governabilidade. A nova governança seria uma espécie de “ponte” entre os interesses do mercado e da sociedade civil e a governabilidade. “A governança, de fato, ultrapassa os aspectos operacionais das políticas, incluindo mecanismos de agregação de interesses, de decisões políticas, de redes informacionais e de definições estratégicas” (Jardim, apud Wagner Araujo e Marco Gomes, 2006). Palavras como alianças, acordos, parcerias e cooperação (entre governo, mercado e sociedade) surgem fortes nesse novo conceito.
ATENÇÃO => Alianças, acordos, parcerias e cooperação também fazem parte da governabilidade. Diferencie-os desta maneira: se forem utilizados para legitimar os governos, para obtenção de apoio político, referem-se à governabilidade; se forem utilizados num sentido mais operacional, de decisões e ações relacionadas à implementação de políticas públicas e melhores formas de prestar/controlar os serviços públicos, então referem-se à governança.
35
Q

GOVERNANÇA ELETRÔNICA/ DIGITAL (e-governance)

A

GOVERNANÇA ELETRÔNICA/ DIGITAL (e-governance)

Outro termo recente é a governança eletrônica/digital, que abrange o termo Governo Eletrônico, sendo este um dos meios para efetivação dessa governança. A governança eletrônica (e-governance) engloba políticas, estratégias e recursos necessários à efetivação do Governo Eletrônico, para sua utilização político-social. Através de meios eletrônicos promove a interação entre governantes e governados (Riley, 2003). As novas tecnologias vêm sendo utilizadas como instrumentos para o incremento da governança pública. Fazem parte dessa governança: a divulgação de informações públicas, a facilitação de acesso aos serviços públicos, o suporte à elaboração de políticas públicas e a abertura de canal para a participação do cidadão no processo decisório – mediante a utilização da tecnologia de informação e comunicação, especialmente a internet.
ATENÇÃO => Governança eletrônica/digital refere-se à capacidade dos governos de utilizarem as tecnologias de informação e comunicação para – com a participação dos cidadãos – definir e implementar políticas públicas com mais eficiência e efetividade. Pode ser vista como uma evolução do Governo Eletrônico, focando maior participação dos cidadãos no meio público.
Com a Estratégia de Governança Digital/2016, busca-se ampliar as possibilidades de participação social e de construção colaborativa de políticas e iniciativas inovadoras de governo digital e oferecer melhores serviços que respondam às exigências de transparência e prestação de contas para a sociedade. Busca-se a simplificação e agilização na prestação dos serviços públicos digitais, com o apoio do programa Bem Mais Simples Brasil/2016.

ESTRATÉGIA DE GOVERNANÇA DIGITAL - EGD
A Estratégia de Governança Digital do Governo Federal, publicada em 2016, visa orientar e integrar as iniciativas de governança digital e aumentar a efetividade da geração de benefícios para a sociedade brasileira por meio da: expansão do acesso às informações governamentais, melhoria dos serviços públicos digitais e ampliação da participação social. Nove princípios orientam a EGD: foco nas necessidades da sociedade; abertura e transparência; compartilhamento da capacidade de serviço; simplicidade; priorização de serviços públicos disponibilizados em meio digital; segurança e privacidade; participação; controle social; governo como plataforma; e inovação.

    A governança eletrônica/digital utiliza a forma de “redes”, que permitem mais participação dos cidadãos no meio público, assim como na luta pela solução e atendimento de demandas locais. Na visão de Pedro Jacobi (2000) “as redes horizontalizam a articulação de demandas e se servem das modernas tecnologias de informação para disseminar seus posicionamentos, denúncias e propostas, como referencial cada vez mais legítimo da presença de uma emergente sociedade civil global”.  ATENÇÃO => A governança acima abordada refere-se à cúpula dos governos: nacional e, eventualmente, Estadual e Municipal.
36
Q

CESPE - O governo eletrônico associa-se ao conceito de accountability, por proporcionar transparência aos atos do governo e publicidade às informações governamentais.

A

CERTO

37
Q

VISÕES DE GOVERNANÇA

A

VISÕES DE GOVERNANÇA

As visões da governança

1) A governança enquanto Estado mínimo: baseado na necessidade da redução dos déficits públicos, esse uso da governança refere-se a uma nova forma de intervenção pública e ao papel dos mercados na produção dos serviços públicos (Gery Stocker);
2) A governança corporativa: oriunda das teorias do management, a governança corporativa acentua a necessidade de eficácia, assim como a accountability na gestão dos bens públicos (Tricker);
3) A governança enquanto “New Public Mangement” (NPM): o NPM prega a gestão e os novos mecanismos institucionais em economia, através da introdução de métodos de gestão do setor privado e do estabelecimento de medidas incitativas (“incentives”) no setor público;
4) A “boa governança”: utilizada originalmente pelo Banco Mundial com referência a suas políticas de empréstimos, a boa governança é uma norma que supõe a eficácia dos serviços públicos, a privatização das empresas estatais, o rigor orçamentário e a descentralização administrativa;
5) A governança enquanto sistema sociocibernético: a governança pode ser considerada “as the pattern or structure that emerges in a social-political system as common result or outcome of the interacting intervention efforts of all involved actors” (Jan Kooiman). As palavras centrais dessa definição são a complexidade, a dinâmica das redes e a diversidade dos atores. O mundo político seria assim marcado pelas co-estratégias: a co-gestão, a co-regulação, assim como as parcerias público-privado. J.N. Rosenau sugere, por exemplo, que ao governo tangem “actvities backed by formal authority”, ao passo que à governança tangem “activities backed by shared goals”;

6) A governança enquanto conjunto de redes organizadas: a governança refere-se a “managing networks that are self-organizing”. Considerando que o Estado é um dos atores (a não mais o único e exclusivo ator) no sistema mundial, redes integradas e horizontais (ONGs, redes profissionais e científicas, meios de comunicação) desenvolvem suas políticas e modelam o ambiente desse sistema (Rhodes).
Adaptado a partir de RHODES, 1996.

38
Q

CESPE - A governança corporativa acentua a necessidade de eficácia e accountability na gestão dos bens públicos.

A

CERTO

39
Q

CESPE - a) A governança pública é caracterizada pelo atendimento dos interesses dos cidadãos por meio da implantação de políticas públicas, preservando-se o equilíbrio financeiro e os interesses do governo.

A

CERTO

40
Q

CESPE - Governança representa a capacidade de um governo para formular e implementar suas decisões.

A

CERTO

41
Q

CESPE - A gestão de pessoas por competências contribui para o aumento da governança no setor público à medida que ajuda os servidores a maximizarem seu desempenho na prestação de serviços.

A

CERTO

42
Q

CESPE - Visando-se ao fortalecimento da regulação coordenada pelo Estado, é importante reforçar a governança, que diz respeito à maneira pela qual o poder é exercido no gerenciamento dos recursos sociais e econômicos de um país, e que engloba, desse modo, as técnicas de governo.

A

CERTO

43
Q

CESPE - Para que o Estado exerça a sua governança é preciso haver comprometimento com as normas éticas e com a moral contemporânea.

A

CERTO

44
Q

CESPE - Aumentar a governança do Estado significa aumentar sua capacidade administrativa de gerenciar com efetividade e eficiência, voltando-se a ação dos serviços do Estado para o atendimento ao cidadão.

A

CERTO
De acordo com o Plano Diretor7 em seu tópico 6.1, um de seus objetivos é: “Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos serviços do Estado para o atendimento dos cidadãos. ”

45
Q

CESPE - Intervir na autonomia das organizações é o principal objetivo dos sistemas de governança corporativa, o que possibilita uma gestão responsável e transparente, com vistas à melhoria das empresas.

A

ERRADO
Gabarito Errado. A ideia é não intervir e cooperar. Veja o que PALUDO diz: “ O Governo Eletrônico proporciona mais transparência das ações públicas e facilita o accountability governamental. O Governo Eletrônico, com serviços e informações prestados pela internet e por outros meios de comunicação, abrange quatro linhas de ação:

  • Voltadas ao cidadão: procuram oferecer informações e serviços aos cidadãos em geral, com qualidade e agilidade;
  • Voltadas à eficiência interna: relativas ao funcionamento interno dos órgãos de governo, com destaque para sua utilização nos processos de licitações e contratações em geral; • Voltadas a cooperação: tem a finalidade de integrar os diversos órgãos governamentais, assim como promover a integração com outras organizações públicas, públicas não estatais, e privadas; • Voltadas à gestão do conhecimento: visam gerar e manter um banco de dados atualizado dos conhecimentos do Governo, para servir como fonte de informação e inovação a gerar melhorias nos processos em geral
46
Q

CESPE - Entre outros aspectos, a governança trata das condições sistêmicas sob as quais se dá o exercício de poder em determinada sociedade.

A

ERRADO

Esse conceito é o de governabilidade. A governança não está relacionada às condições sistemas relacionadas ao poder, mas a capacidade de governar: administrativa, gerencial e técnica.

47
Q

CESPE 2011 - Governança trata do aperfeiçoamento dos conflitos de interesses presentes em determinada sociedade quando se trata de defender interesses.

A

ERRADO
“O conflito de interesses é inerente a Governabilidade e não a Governança. Recortes extraído diretamente do livro Administração Pública.
“Governança pública é compreendida como a capacidade de governar, capacidade de decidir e implementar políticas públicas que atendam as necessidades da população”.
“Fica claro, portanto, que o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria divergentes) e reuni-los num objetivo comum a ser perseguido por todos (ou vários objetivos comuns). Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação, que a governabilidade procura, é uma forma de intermediação de interesses; entre eles inclui-se o clientelismo e o corporativismo. Nos dois casos o que se procura é conciliar interesses, reduzir atritos e aumentar a governabilidade”.”
Fonte: Professor Augustinho Vicente Paludo.

48
Q

CESPE 2011 - Governança e governabilidade são conceitos distintos, contudo fortemente relacionados, até mesmo, complementares. O primeiro refere-se às condições substantivas de exercício do poder e de legitimidade do Estado; o segundo representa os aspectos instrumentais do exercício do poder, ou seja, a capacidade do Estado de formular e implementar políticas públicas.

A

ERRADO

Governança é a capacidade de governar, capacidade de decidir e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da populção.
Governablidade é uma capacidade política de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade.
"Sem governabilidade é impossível governança" (Caderno MARE nº 1)
49
Q

Quais as palavras chave do conceito de Accountability?

A

PALAVRAS CHAVE

- Prestação de contas;
- Utilização de boas práticas de gestão;
- Responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos;
- Tranparência.
50
Q

Defina Accountability

A
  • Também chamado de PRINCÍPIO DE ACCOUNTABILITY
  • Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são constrangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade. CESPE
  • Na administração pública, o termo accountability inclui a obrigação de os agentes públicos prestarem contas, a utilização de boas práticas de gestão e a responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos. CESPE
  • A noção de accountability encontra-se relacionada com o uso do poder e dos recursos públicos, em que o titular da coisa pública é o cidadão, e não os políticos eleitos. Nas experiências de accountability quase sempre “estão presentes três dimensões: INFORMAÇÃO, JUSTIFICAÇÃO e PUNIÇÃO”. Essas dimensões podem ser vistas como diferentes modos para se evitarem e corrigirem abusos cometidos por governos, políticos e gestores públicos, “obrigando que seu exercício seja transparente; obrigando que os atos praticados sejam justificados; e sujeitando o poder à ameaça de sofrer sanções” (Schleder, apud Ana Mota, 2006).
  • O conceito de accountability pressupõe duas partes: uma que delega a responsabilidade e a outra que é responsável por gerir os recursos. Concomitantemente, cria-se a obrigação de prestação de contas por parte de quem administra os recursos, que deverá demonstrar por meio dos resultados obtidos o bom uso desses recursos.
  • Accountability pode ser entendido como a “capacidade do sistema político de prestar contas de suas promessas aos cidadãos”. Em auditoria, accountability é “a obrigação de responder por uma responsabilidade outorgada”. Isso inclui o lado que delega responsabilidade e o lado que presta contas pelos recursos utilizados.

ATENÇÃO => Accountability inclui a obrigação de prestar contas, a utilização de boas práticas de gestão e a responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da utilização dos recursos públicos.

51
Q

CESPE - O conceito de accountability implica a transparência das ações e práticas governamentais que passam a ter mais visibilidade e ser do conhecimento das pessoas em geral, portanto, representa ferramenta de combate à corrupção.

A

CERTO
Accountability é um termo da língua inglesa, sem tradução exata para o português, que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização.
Accountability podemos traduzir também para o português, deficientemente, por prestar contas. «Accountability» significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos contribuintes.
Accountability é um conceito da esfera ética com significados variados. Freqüentemente é usado em circunstâncias que denotam responsabilidade social, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Na administração, a accountability é considerada um aspecto central da governança, tanto na esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade de custos.

52
Q

ACCOUNTABILITY vs REGIME DEMOCRÁTICO

A

ACCOUNTABILITY vs REGIME DEMOCRÁTICO

Um dos objetivos dos regimes democráticos é aumentar a responsabilização (accountability) dos governantes. Os políticos devem estar permanentemente prestando contas aos cidadãos. Quanto mais clara a responsabilidade do político perante os cidadãos, e a cobrança destes em relação ao governante, mais democrático será o regime (Caderno Mare nº 01).

53
Q

CESPE 2011 - Processos de accountability, tanto política quanto democrática, são formas escolhidas pelos governos eleitos para estruturar o Poder Executivo.

A

ERRADO
Questão errada. Accountability é uma forma de responsabilização do administrador público, em que este deve fornecer informações sobre o que faz com os recursos públicos, justificar sua atitudes e se responsabilizar por problemas que ocorram em decorrência de suas obrigações e competências. (conceito dado por mim… estou fazendo treino para questão discursiva, hehe). Trata-se de uma prestação de contas para o cidadão, que tem o direito de saber com o que é gasto seu dinheiro.
Tal conceito não se relaciona com a estruturação do Poder Executivo, dois conceitos que mais se aproximam disso é “governabilidade” e “governança” e acredito que o intuito da questão seria criar uma confusão, porque muitas vezes se estuda estes três termos juntos.

54
Q

Quais as dimensões do Accountability?

A

DIMENSÕES DE ACCONTABILITY (JIS)

  • JUSTIFICAÇÃO => Abrange o pedido de explicações sobre os atos e as decisões e a obrigação que têm os governantes de reponder aos questionamentos e justificar seus atos.
  • INFORMAÇÃO => Envolve a disponibilidade das informações (transparência) para que a sociedade possa conhecer e avaliar as ações governamentais.
  • SANSÃO => Está ligada à capacidade legal e institucional de que sejam aplicadas penalidades (responsabilização) aos governantes que cometam irregularidade ou que não sejam transparentes e não justifiquem seus atos.
55
Q

Responsividade na Accountability

A

RESPONSIVIDADE

Outro termo utilizado nesse contexto é “responsividade”, em que os governantes responsivos obedecem aos desejos ou às determinações dos cidadãos (o que os levaria a adotar políticas para atender a esses desejos). Os governos são responsivos “quando promovem os interesses dos cidadãos, adotando políticas escolhidas pelos cidadãos” (Araújo; Gomes, 2006).

A responsividade não é um termo autônomo, ela se vincula ao termo accountability, como um de seus elementos, assim como a responsabilidade. Segundo Lamartine Braga et al. (2008), o governo responsivo executa fielmente as políticas do dia a dia; satisfaz as necessidades dos grupos de clientes; comunica-se e toma conselhos; usa políticas atuais que satisfazem as necessidades dos cidadãos envolvidos.

56
Q

Do que se trata o tipo de Accoutability legal?

A
  • ACCOUNTABILITY LEGAL => é o que decorre das normas jurídicas vigentes.
57
Q

Defina Accountability Horizontal. Quem controla quem?

A

ACCONTABILITY HORIZONTAL (governo VS governo)

O accountability horizontal ocorre por meio da mútua fiscalização e controle existente entre os poderes (os freios e contrapesos), ou entre os órgãos, por meio dos Tribunais de Contas ou Controladorias-Gerais e agências fiscalizadoras – pressupõe uma ação entre iguais ou autônomos. Esse accountability refere-se à “transparência das ações da gestão pública em relação aos agentes que podem fiscalizá-las e puni-las” (Marcelo Amaral, 2007). O accountability horizontal pressupõe que existam órgãos próprios de Estado detentores de “poder e capacidade, legal e de fato, para realizar ações, tanto de monitoramento de rotina quanto de imposição de sanções criminais ou de impeachment, em relação a ações ou omissões ilegais exercidas por outros órgãos ou agentes do Estado” (O’donel, apud Ana Mota, 2006).

São mecanismos/instrumentos de exercício do accountability horizontal: o sistema de freios e contrapesos estabelecido na Constituição; a atuação do Ministério Público; os Tribunais de Contas, as Controladorias-Gerais e agências fiscalizadoras; as ouvidorias públicas; os partidos políticos. Há autores que também incluem a imprensa em geral.

ATENÇÃO => A ação entre iguais ocorre entre os poderes (freios e contrapesos) e a ação entre autônomos se dá mediante as agências e órgãos (dos poderes ou independentes).

58
Q

CESPE - A chamada accountability horizontal implica a existência de agências e instituições estatais com poder legal e efetivo para realizar ações de controle preventivo, concomitante e a posteriori. Entre os diversos tipos, os denominados controles externos — legislativos e judiciários — têm caráter eminentemente técnico, e os internos — administrativos — têm caráter eminentemente político.

A

ERRADO
Na questão, é abordada a accountability horizontal, estando correto o seu conceito. O erro, porém, está em afirmar, como apontado por alguns colegas, que o controle externo é eminentemente técnico e o controle administrativo é eminentemente político. O controle externo é, “por excelência, um controle político de legalidade contábil e financeira” (Meirelles, 1989, p. 602), e é destinado a comprovar a probidade dos atos da administração, a regularidade dos gastos públicos e a fiel execução do orçamento.

59
Q

No Accountability vertical ocorre que os cidadãos controlam os políticos?

A

CORRETO, veja

ACCONTABILITY VERTICAL

O accountability vertical ocorre quando os cidadãos controlam os políticos e governos por meio de plebiscito, referendo e voto, ou mediante o exercício do controle social – pressupõe uma ação entre desiguais. O accountability vertical refere-se à “transparência das gestões em relação aos eleitores que podem assim fiscalizá-las e puni-las, principalmente através do voto em eleições livres e justas” (Marcelo Amaral, 2007).

Na teoria da relação agente-principal, os cidadãos são o “principal” e os governos e políticos são o “agente”. O accountability vertical tem caráter político e pode ser considerado um mecanismo de soberania popular, incidindo sobre os atos dos políticos e demais agentes públicos. Os principais mecanismos/instrumentos são o voto e a ação popular. Para O’donel apud Ana Mota (2006) accountability vertical são “os mecanismos institucionais que possibilitam ao cidadão e à sociedade civil exigir a prestação de contas pelos agentes públicos, sendo as eleições livres e justas o principal”.

ATENÇÃO => Os principais mecanismos de accountability vertical são o voto e a ação popular.

60
Q

CESPE - Os mecanismos de accountability vertical dificultam a fiscalização, pelos representantes, dos atos dos representados.

A

ERRADO
“Errado” - O accontability vertical ocorre quando os cidadãos controlam os políticos e governos por meio de plebiscito, referendo e voto, ou mediante o exercício do controle social - pressupõe uma ação entre desiguais. O accontability vertical refere-se à “transparência das gestões em relação aos eleitores que podem assim fiscalizá-las e puni-las, principalmente através do voto em eleições livres e justas”(Marcelo Amaral, 2007). Quando aparecer na prova “Accontability” lembre-se que é um mecanismo institucional que possibilita ao cidadão e a sociedade civil exigir a prestação de contas pelos agentes públicos, ou seja, permite ao cidadão fiscalizar. Na questão citada o erro está justamente falar “ dificultam a fiscalização”, quando na verdade o mecanismo facilita. Lembro ainda aos colegas que temos ainda a accontability horizontal e social(também chamada de societal), sempre cobradas em provas.

61
Q

O Accountability SOCIETAL OU SOCIAL está ligado aos cidadãos?

A

ERRADO, está ligado as entidades sociais.

ACCONTABILITY SOCIAL / SOCIETAL

O terceiro tipo é o accountability social (ou societal), que não está ligado ao cidadão e ao voto, mas às diversas entidades sociais como associações, sindicatos, ONGs, mídia etc., que investigam e denunciam abusos cometidos e cobram responsabilização.

Segundo Smulovitz e Peruzzotti (2000), o accountability social é um mecanismo de controle não eleitoral, que utiliza ferramentas institucionais e não institucionais, e envolve múltiplas associações, movimentos ou mídia, com vistas a expor erros e falhas do governo, incluir novas questões na agenda pública ou influenciar as decisões políticas.

É uma espécie de controle social realizado pela sociedade civil, que procura alcançar também os burocratas gestores, e não somente políticos ou governos. Características dessas entidades são: a grande diferença (assimetria) de recursos, e a ausência de mandato legal para o exercício de accountability.

ATENÇÃO => O accountability societal é capaz de alcançar também os gestores públicos.

O accountability societal é incapaz de aplicar sanções contra os agentes públicos em casos de transgressões, pois não possui competência/poder legal para isso; e pressupõe a existência de liberdade de expressão para denunciar os erros/falhas dos governos e gestores públicos. Segundo Luis Miguel (2005), suas advertências e denúncias ganham efetividade apenas quando sensibilizam alguma instituição de controle: o Ministério Público, o Tribunal de Contas ou o eleitorado.

62
Q

Resuma os tipos de Accountability

A

RESUMINDO

  1. HORIZONTAL => GOVERNO vs GOVERNO
    Caracterizado por ser interno ao governo. Ex:Controle da ADM direta sobre a indireta.
    Controle que um Poder exerce sobre o outro ( controles recíprocos= sistema de freios e contrapesos= “checks and balances”)
  2. VERTICAL => CIDADÃOS vs GOVERNO
    Caracterizado por ser externo ao poder público. Ex:Portais de transparência.
    Governantes são meros representantes dos cidadãos, sendo eleitos por estes, verdadeiros titulares do Poder
  3. SOCIETAL => SOCIEDADE/MÍDIA vs GOVERNO
    Controle exercido pela sociedade e pela mídia. Ex: associações, sindicatos, ONGs, mídia, etc, que investigam e denunciam abusos cometidos.
63
Q

CESPE 2010 - Os mecanismos de accountability vertical, baseados na liberdade de opinião e de associação, impõem a necessidade da existência de instituições estatais e agências com poder legal e para a realização de ações de supervisão de rotina até no âmbito das sanções legais decorrentes de ações contra atos delituosos.

A

ERRADO
Errado. A questão aborda a definição de accountability horizontal, que é a prestação de contas efetuada exclusivamente em nível de Governo, podendo ser entre os poderes( sistema de freios e contrapesos), ou entre órgãos, por meio de tribunais de contas, ministério público, agências reguladoras e demais órgãos de controle.

64
Q

ACCONTABILITY NO BRASIL

A

ACCONTABILITY NO BRASIL

O processo de construção do accountability é lento e depende em grande parte de cobrança pela população. “Queremos dizer que o accountability é um processo em construção na sociedade brasileira, e não dá para esperar da noite para o dia uma mudança radical nos processos e na cultura política” (José Pinho, 2008).

Faltam mais consciência e organização por parte da sociedade e dos cidadãos. Segundo Ana Campos (1990), “somente a partir da organização de cidadãos vigilantes e conscientes de seus direitos haverá condição para o accountability. Não haverá tal condição enquanto o povo se definir como tutelado e o Estado como tutor”.

Os autores consideram que no Brasil existe “uma situação de fraca accountability”. O resultado vem de uma baixa pressão por transparência e prestação de contas pela sociedade, aliada ao “insulamento” dos governos em relação à sociedade civil.

65
Q

CESPE - Acerca do conceito de accountability aplicado à administração pública, julgue o próximo item. Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são constrangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade.

A

CERTO

66
Q

CESPE - O princípio de accountability estabelece que os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação e responder integralmente por todos os atos praticados no exercício de suas funções.

A

CERTO
Accountability pode ser entendido como a “capacidade do sistema político de prestar contas de suas promessas oas cidadãos”. Em auditoria, accountabillity é “a obrigação de responder por uma responsabilidade outorgada”. Isso inclui o lado que delega responsabilidade e o lado que presta contas pelos recursos utilizados.

67
Q

CESPE - Na administração pública, o termo accountability inclui a obrigação de os agentes públicos prestarem contas, a utilização de boas práticas de gestão e a responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos.

A

CERTO

68
Q

CESPE - O modelo gerencial da administração pública é dinamizado por meio da concessão de liberdade gerencial aos gestores públicos, aspecto essencial para que seja garantida a cobrança de resultados e para o estabelecimento de metas e condições de accountability.

A

CERTO
Questão auto explicativa, o modelo gerencial visa a busca dos RESULTADOS através da clara prestação de contas (accountability).
CESPE - Atualmente, a avaliação de desempenho na gestão pública está associada ao processo de accountability. CERTO
Accountability é uma forma de controle social, de sujeição do poder público a formas de moderação do poder a eles outorgado e, porque não, de constrangimento de suas ações à frente da gestão pública, tornando-o obrigado a prestar contas e ser transparente em sua administração.
Observamos diversas ferramentas criadas com esse propósito (divulgação de salários dos servidores públicos, controles pelos Tribunais de Contas, Divulgação de gastos de campanha ou de gabinete). Por isso é correto afirmar que a avaliação de desempenho na gestão pública converge de forma bem acentuada nessa direção.

69
Q

CESPE - O termo accountability indica a imputação de responsabilidade pela utilização de recursos e pelo alcance de resultados.

A

CERTO

70
Q

CESPE - A avaliação de políticas públicas inclui, entre as suas finalidades, a accountability , que estabelece critérios para julgar e aprovar ações, decisões e resultados referentes a essas políticas.

A

CERTO
A avaliação de políticas públicas, programas e projetos governamentais tem finalidades bastante precisas:
(1) accountability, significando estabelecer elementos para julgar e aprovar decisões, ações e seus resultados.
(2) desenvolver e melhorar estratégias de intervenção na realidade, ou seja, a avaliação tem que ser capaz de propor algo a respeito da política que está sendo avaliada.
(3) empoderamento, promoção social e desenvolvimento institucional, significando que a avaliação deve ser capaz de abrir espaço para a democratização da atividade pública, para a incorporação de grupos sociais excluídos e para o aprendizado institucional e fortalecimento das instituições envolvidas.

71
Q

CESPE - O conceito de accountability implica a transparência das ações e práticas governamentais que passam a ter mais visibilidade e ser do conhecimento das pessoas em geral, portanto, representa ferramenta de combate à corrupção.

A

CERTO

72
Q

CESPE - Denomina-se accountable a pessoa ou instituição que assume a responsabilidade por decisões tomadas e pelas consequências de suas ações e inações, mantendo a sua integridade e resguardando a sua reputação.

A

CERTO

73
Q

CESPE - A adoção do paradigma do cliente na gestão pública baseado na doutrina do “Public Service Orientation” busca criar uma cultura que congregue funcionários públicos, cidadãos e políticos, de modo a obter também a “accountability” dos resultados obtidos.

A

CERTO

74
Q

CESPE 2013 - O governo eletrônico associa-se ao conceito de accountability, por proporcionar transparência aos atos do governo e publicidade às informações governamentais.

A

CERTO
O uso das TIC-Tecnologias da Informação e Comunicação ajudaram a modernizar o Estado e as formas de prestação de serviços, de informações, e de interação com o cidadão e a sociedade. Mas o Governo Eletrônico é mais que isso: inclui o fortalecimento da cidadania e das práticas democráticas, a melhoria da governança, a integração intra e entre governos, o incremento da transparência e o accountability governamental.
Gabarito: Certo
Fonte: Prof. Augustinho Paludo

75
Q

CESPE 2010 - Denomina-se accountable a pessoa ou instituição que assume a responsabilidade por decisões tomadas e pelas consequências de suas ações e inações, mantendo a sua integridade e resguardando a sua reputação.

A

CERTO
O que significa ACCOUNTABLE?
Essencialmente é ter seus objetivos bem definidos, se comprometer com eles e se responsabilizar pelas consequências. O renomado dicionário americado Merrian-Webster define Accountability como “A qualidade ou estado de ser responsável; uma obrigação ou disposição de aceitar responsabilidade ou dar conta de suas ações.” Todavia, Rogger Connors, Tom Smith e Craig Hickman, autores do livro The Oz principle – um livro de 1994 que ficou conhecido mundialmente como “a bíblia do Accountability”, – vêem o Accountability como “A escolha pessoal de se elevar acima das circunstâncias e demonstrar a propriedade necessária para alcançar os resultados desejados”.

76
Q

CESPE 2010 - O controle no processo administrativo é uma fase muito importante para garantir a efetividade de determinada ação. A obrigação do ente público de prestar contas perante a sociedade denomina-se A accountability.

A

CERTO

77
Q

CESPE - Accountability se refere às condições de um Estado para uso de sua autoridade política na proposição de políticas públicas.

A

ERRADO
Segundo Vinicius de Araújo (2002),
Em uma definição genérica, podemos dizer que a governabilidade refere-se às próprias condições substantivas/materiais de exercício do poder e de legitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante da sociedade civil e do mercado (em um regime democrático, claro).
Pode ser concebida como a autoridade política do Estado em si, entendida como a capacidade que este tem para agregar os múltiplos interesses dispersos pela sociedade e apresentar-lhes um objetivo comum para os curto, médio e longo prazos.
Assim, podemos dizer que o texto apresentado na questão esta relacionado com o conceito de governabilidade.

78
Q

CESPE - Resultante da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, a governança implica a capacidade governamental de realizar políticas e a promoção da accountability.

A

ERRADO
A governabilidade refere-se ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com o apoio da população e de seus representantes. No dizer de Bresser- Pereira (1998), significa capacidade política de governar, “governabilidade é uma capacidade política de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade”. Para Vinicius Araújo (2002), a governabilidade “refere-se às próprias condições substantivas/materiais de exercício do poder e legitimidade do Estado e do seu governo, derivadas de sua postura diante da sociedade civil e do mercado”.
Portanto, legitimidade está relacionada com governabilidade, visto que se os governos não forem legitimados não haverá condições necessárias para governar.
Governança pública, no entanto, é compreendida como a capacidade de governar, capacidade de decidir e implementar políticas públicasque atendam às necessidades da população. Segundo Bresser-Pereira (1998), “governança é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políticas”.
Governabilidade > poder político > legitimidade.
Governança > capacidade administrativa em sentido amplo (inclui a promoção do accountability).
Accountability > obrigação de prestar de contas + demonstração de boas práticas de gestão + responsabilização pela utilização dos recursos públicos.
Portanto, a afirmativa está errada porque a relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade ocorre com a governabilidade e não com a governança.

79
Q

CESPE - Os conceitos de controle e de accountability de políticas públicas são sinônimos, não havendo efetivação de accountability sem a utilização de instrumentos institucionais de controle.

A

ERRADO
accountability, que está relacionada ao uso do poder e dos recursos públicos. Basicamente, trata-se da prestação de contas por parte do governo, sendo considerada um aspecto central da governança, que por sua vez, está intimamente ligada a governabilidade (a tríade da gestão pública).

80
Q

CESPE - Accountability consiste no dever do cidadão de realizar o controle social da administração pública.

A

ERRADO

81
Q

CESPE 2008 - A chamada accountability horizontal implica a existência de agências e instituições estatais com poder legal e efetivo para realizar ações de controle preventivo, concomitante e a posteriori. Entre os diversos tipos, os denominados controles externos — legislativos e judiciários — têm caráter eminentemente técnico, e os internos — administrativos — têm caráter eminentemente político.

A

ERRADO
Na questão, é abordada a accountability horizontal, estando correto o seu conceito. O erro, porém, está em afirmar, como apontado por alguns colegas, que o controle externo é eminentemente técnico e o controle administrativo é eminentemente político. O controle externo é, “por excelência, um controle político de legalidade contábil e financeira” (Meirelles, 1989, p. 602), e é destinado a comprovar a probidade dos atos da administração, a regularidade dos gastos públicos e a fiel execução do orçamento.