5. Uro-Oncologia II (Bexiga, Rim, Adrenal, Testículo e Pênis) Flashcards
Quais as características do câncer de bexiga?
- O principal tipo é o carcinoma de células transicionais (urotelial).
- Mais comum em homens de 60 a 70 anos.
- 80% são superficiais.
- O principal sintoma é a hematúria macroscópica, além de disúria e polaciúria.
Quais os fatores de risco para o câncer de bexiga?
- Tabagismo (principal).
- Aminas aromáticas.
- Radioterapia pélvica.
- Infecção por S. haematobium.
- Sondagem vesical prolongada.
Quais os exames solicitados na investigação do câncer de bexiga?
- Tomografia de abdome e pelve com contraste (principal).
- Cistoscopia.
- USG de rins e vias urinárias.
- Citologia oncótica urinária (NMP22).
- Urina 1.
Obs.: o diagnóstico é feito pela ressecção transuretral da lesão.
Qual o estadiamento do câncer de bexiga?
- Ta: carcinoma não-invasivo.
- Tis: carcinoma in situ.
- T1: invade a lâmina própria.
- T2: invade camada muscular.
- T3: invasão perivesical.
- T4: invasão extra-vesical.
Qual o tratamento do câncer de bexiga?
- Ta < 3 lesões e < 3cm (baixo risco): ressecção endoscópica.
- Ta > 3 lesões ou > 3cm, Tis ou T1 (alto risco): ressecção endoscópica + terapia intravesical com BCG com nova re-RTU em 2 a 6 semanas.
- T2 ou T3: QT neoadjuvante + cistectomia radical com linfadenectomia pelvica.
- T4 ou M1: QT.
Obs.: lesões que recidivam após terapia com BCG devem ser tratadas com cistectomia radical.
Quais as formas de reconstrução pós-cistectomia radical no câncer de bexiga?
- Neobexiga ortotópica (pode causar acidose metabolica hiperclorêmica).
- Conduto ileal (Bricker).
Obs.: se tumor em ureter ou pelve renal, realizar uma nefroureterectomia com linfadenectomia.
Quais as características do câncer de rim?
- É o câncer urológico mais letal.
- Mais comum em homens entre 50 e 70 anos.
- Pode estar relacionado à síndromes familiares (ex.: Von Hippel-Lindau) e anemia falciforme.
Quais os principais tipos de câncer de rim?
- Células Claras (70%): pior prognóstico.
- Cromófobo: melhor prognóstico.
- Medular: anemia falciforme.
- Papilar: mau prognóstico.
Obs.: a lesão sólida benigna mais frequente é o ANGIOMIOLIPOMA, associado a esclerose tuberosa.
Quais os fatores de risco do câncer de rim?
- Tabagismo (principal).
- Hipertensão arterial sistêmica.
- Doença renal crônica.
- Anemia falciforme.
Qual o quadro clínico do câncer de rim?
- Dor lombar.
- Massa palpável.
- Hematúria.
- Varicocele unilateral.
- Hipertensão secundária (tratar com IECA).
- Síndromes paraneoplasicas (anemia, hipercalcemia, sindrome de Stauffer, etc).
Obs.: a maioria dos pacientes é assintomática no momento do diagnóstico (achado acidental).
Qual a classificação tomográfica de Bosniak das lesões renais?
- Bosniak 1: cistos simples (benigna).
- Bosniak 2: cistos com septação fina ou microcalcificação (benigna).
- Bosniak 2F: cistos multiseptados SEM realce parietal do contraste (5% de malignidade).
- Bosniak 3: cistos COM realce parietal do contraste e septações grosseiras (50%-60% de malignidade).
- Bosniak 4: lesão solido-cística COM realce do contraste (100% de malignidade).
Obs.: o principal preditor de malignidade é a captação do contraste.
Qual a conduta de acordo com a classificação de Bosniak?
- Bosniak 1 e 2: expectante.
- Bosniak 2F: repetir TC em 6 meses.
- Bosniak 3 e 4: nefrectomia.
Obs.: lesões Bosniak III tem possibilidade de vigilância ativa.
Quais os exames de estadiamento do câncer de rim?
- Tomografia de abdome ou pelve.
- Radiografia de tórax.
- Tomografia de crânio.
- Cintilografia ossea.
Obs.: NÃO precisa fazer biópsia.
Qual o estadiamento do câncer de rim?
- T1: < 4cm (a) ou entre 4 e 7cm (b).
- T2: > 7cm.
- T3: invasão da gordura perirrenal ou trombose de venosa.
- T4: invasão da cápsula de Gerota ou adrenal.
Qual o tratamento do câncer de rim?
- Tumores < 7cm: nefrectomia parcial.
- Tumores > 7cm: nefrectomia radical.
- T4 ou M1: nefrectomia citorredutora + imunoterapia (alvo dirigida)
Obs.: invasão da cava e metástases NÃO contraindicam a cirurgia.
Obs.2: lesões < 3cm em pacientes com baixo status funcional podem ser conduzidos com vigilância ativa.