2. Urgências Urológicas Flashcards

1
Q

Como ocorre a ereção?

A
  • Relaxamento da musculatura lisa peniano, permitindo a entrada de sangue nos sinusoides cavernosos.
  • Envolve a via do óxido nítrico (cGMP) e das prostaglandinas (PGE-1).
  • Priapismo: ereção não desejada, dolorosa e prolongada (> 2-3h) do pênis.

Obs.: o priapismo > 6h pode levar a disfunção erétil e fibrose.

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2
Q

Quais as características do priapismo isquêmico (baixo fluxo)?

A
  • Envolve fenômenos veno-oclusivos (ex.: anemia falciforme, cocaína e medicações).
  • Causa ereção extremamente dolorosa e ereção importante (10/10).
  • Pode levar a isquemia tecidual (urgência).
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3
Q

Quais as características do priapismo não-isquêmico (alto fluxo)?

A
  • Decorre de uma fístula arterio-venosa (ex.: trauma perineal).
  • Geralmente indolor e ereção em “meia bomba”.
  • NÃO causa isquemia (não é urgência).

Obs.: a conduta é observação por 24-48h (embolização da fístula se falha).

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4
Q

Quais os achados da gasometria do corpo cavernoso no priapismo?

A
  • Isquêmico: sangue escuro, pO2 < 30, pCO2 > 60 e pH < 7,25.
  • Não-isquêmico: sangue vermelho vivo, pO2 > 90, pCO2 < 40 e pH > 7,35.
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5
Q

Quais os achados do USG doppler de pênis no priapismo?

A
  • Isquêmico: fluxo reduzido, índice de resistividade aumentado e sinais de trombose.
  • Não-isquêmico: fluxo normal ou aumentado, fístula arterio-venosa visualizada.
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6
Q

Qual a conduta inicial no priapismo isquêmico?

A
  • Lavagem do corpo cavernoso (principal).
  • Irrigação intracavernosa com adrenalina e fenilefrina.
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7
Q

Qual a conduta no priapismo isquêmico refratário?

A
  • Shunt distal: comunicação do corpo cavernoso com o esponjoso.
  • Shunt proximal: comunicação do corpo cavernoso com o esponjoso distalmente ou com a veia safena.

Obs.: o shunt proximal dificulta a colocação de prótese peniano no caso que evoluem com disfunção erétil

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8
Q

Quais as características da fratura peniana?

A
  • Ruptura traumática da túnica albugínea (envolve os corpos cavernosos).
  • Decorre do trauma do pênis em ereção, geralmente após choque direto no períneo (60% das vezes ocorre com a mulher por cima) ou rituais (ex.: Taqaandan).
  • Pode ocasionar curvatura peniana e disfunção erétil.
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9
Q

Qual o qudro clínico da fratura peniana?

A
  • Hematoma peniano (sinal da beringela).
  • Detumercência imediata.
  • Uretrorragia.
  • Bexigoma (lesão uretral).
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10
Q

Quais os exames complementares na fratura peniana?

A
  • USG (escolha): perda de continuidade da túnica albugínea.
  • RNM: se dúvidas diagnósticas.
  • UCM: se suspeita de lesão de uretra (uretrorragia, bexigoma, etc).
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11
Q

Qual o tratamento da fratura peniana?

A
  • Correção cirúrgica imediata.
  • Corrigir lesões na uretra.

Obs.: realizar segmento pelo risco de curvatura peniana (principal), disfunção erétil e priapismo não-isquêmico.

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12
Q

Quais as características do escroto agudo?

A
  • Dor testicular aguda no pronto-socorro.
  • Os principais diagnósticos são torção testicular e orquiepididimite.
  • O exame de escolha para diagnóstico é o USG.
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13
Q

Quais as características da torção testicular?

A
  • Decorre da fixação anormal da túnica vaginal.
  • Mais comum em jovens de 12 a 15 anos (também na infância).
  • Pode ser intravaginal (mais comum) ou extravaginal (neonatos).
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14
Q

Qual o quadro clínico da torção testicular?

A
  • Dor testicular súbita e de forte intensidade.
  • Náuseas e vômitos.
  • Sinal de Brunzel: elevação do testículo torcido.
  • Sinal de Angell: testículo horizontalizado.
  • Reflexo cremastérico ABOLIDO.
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15
Q

Qual os achados ultrassonográficos da torção testicular?

A
  • É o padrão-ouro.
  • Ausência ou redução do fluxo arterial do testículo.

Obs.: no caso da suspeita de torção, NÃO deve atrasar a conduta cirúrgica para realizar o exame (só de dúvidas)!

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16
Q

Qual o tratamento da torção testicular?

A
  • Exploração cirúrgica (destorcer e aquecer o testículo).
  • Orquidopexia bilateral.
  • Orquiectomia (se testículo inviável).

Obs.: pode-se tentar a redução manual do testículo se a cirurgia não estiver disponível.

17
Q

Quais as características da orquiepididimite?

A
  • É a principal causa de dor escrotal.
  • Infecção do testículo e epidídimo.
  • Pode ocorrer na infância (viral), adultos (gonococo e clamídea) e idosos (ITU e HPB).
18
Q

Qual o quadro clínico da orquiepididimite?

A
  • Inicio subagudo.
  • Dor leve a moderada que aumenta progressivamente.
  • Febre.
  • Sinal de Prehn: alívio da dor com elevação do testículo.
  • Reflexo cremastérico PRESENTE.
19
Q

Quais os achados ultrassonográficos da orquiepididimite?

A

Aumento do fluxo sanguíneo.

20
Q

Qual o tratamento da orquiepididimite?

A
  • Sexualmente ativo: ceftriaxine e doxiciclina.
  • Sexualmente inativo: quinolonas.
21
Q

Quais as características da torção do apêndice testicular?

A
  • Torção da hidátide de Morgani.
  • Principal causa de escroto agudo na infância.
  • Causa dor testicular aguda, sem outros achados no exame físico.
  • Blue Dot Sign (patognomônico).
  • Tratamento sintomático.
22
Q

Qual a conduta no priapismo não-isquêmico?

A
  • Observação clínica.
  • Embolização (se refratário).
23
Q

Quais as características da síndrome de Fournier?

A
  • Infecção necrotizante rapidamente progressiva de partes moles, com destruição do tecido e sepse.
  • Geralmente polibacteriana.
  • Ocorre no períneo e genitália.
  • Mais comum após lesões perineais em pacientes idosos, obesos e diabéticos.
24
Q

Qual o quadro clínico da síndrome de Fournier?

A
  • Dor intensa.
  • Eritema e edema.
  • Necrose cutânea.
  • Áreas de flutuação.
  • Sinais sistêmicos (febre, taquicardia, etc).
25
Q

Qual o tratamento da síndrome de Fournier?

A
  • Estabilização clínica.
  • Antibioticoterapia (ceftriaxona + metronidazol/clindamicina).
  • Desbridamento amplo dos tecidos desvitalizados.