4. ICC Flashcards
Epidemiologia
BR: internados cerca de 190 mil pacientes com uma mortalidade intra-hospitalar de 13%
No mundo: mais de 23 milhões
Sobrevida após 5 anos de diagnóstico pode ser de apenas 35%, com prevalência que aumenta conforme a faixa etária (aproximadamente de 1% em indivíduos com idade entre 55 e 64 anos, chegando a 17,4% naqueles com idade maior ou igual a 85 anos).
Avaliação Inicial
deve ser realizada de maneira objetiva buscando excluir condições que conferem um alto risco de vida, como IAM, dissecção aguda de aorta, TEP, AVC, arritmias potencialmente fatais e distúrbios metabólicos/infecciosos.
Diagnóstico
A avaliação deve ser realizada de forma sistemática e realizada em até 120 minutos,7 seguindo uma lógica de construção racional diagnóstica, avaliando os seguintes pontos:
• Diagnóstico de IC aguda;
• Modelo de apresentação da IC (aguda nova ou crônica agudizada);
• Tipo de insuficiência cardíaca (ICFEp ou ICFEr);
• Pesquisa do fatores descompensação;
• Comorbidades não cardiovasculares descompensadas;
• Modelo clínico-hemodinâmico
Etiologias da IC aguda
Isquêmica - 30% Hipertensiva - 20% Cardiomiopatia dilatada - 15% Valvar - 12% Chagas - 11% Outras - 12%
Critérios maiores de Framingham
- Dispneia paroxística noturna
- Turgência jugular a 45º
- Refluxo hepatojugular
- Estertores pulmonares crepitantes
- Cardiomegalia ao raio-x de torax
- Edema pulmonar agudo
- Galope de 3ª bulha
Diagnóstico com 2 MAIORES E 1 MENOR OU 1 MAIOR E DOIS MENORES
Critérios menores de Framingham
- Edema de tornozelo bilateral
- Tosse noturna
- Dispneia aos minimos esforços
- Derrame pleural
- Taquicardia
Cenários de apresentação da IC aguda
60-75% dos casos é IC crônica agudizada
40-25% pacientes sem história prévia de IC ou doença cardíaca estrutural, que se apresentam com quadro de IC, chamamos de IC aguda nova
Condição com alto risco de vida, diagnóstico e tto
IAM - ECG - Angioplastia primária/ trombolítico
TEP - Angiotomografia de tórax - Trombolítico
Dissecção aguda de aorta - Angiotomografia de tórax - Cirurgia
Insuficiência respiratória aguda - Exame físico - Intubação orotraqueal
Choque cardiogênico - Exame físico - Inotrópicos/ BIA/ suporte mecânico circulatório
Emergências hipertensivas - Exame físico - Nitroprussiato de sódio/ nitroglicerina
Complicação mecânica ou doença valvar - Exame físico / - Ecocardiograma - Intervenção cirúrgica ou percutânea
Arritmias potencialmente fatais - Eletrocardiograma
- Cardioversão elétrica/ marca-passo provisório
AVC - Exame físico - Protocolo de AVC
Fatores de Descompensação
- quadros infecciosos;
- alterações metabólicas (tireoidopatias ou distúrbios do diabetes);
- uso de álcool ou drogas;
- arritmias;
- doenças cardíacas valvares;
- anemia;
- má adesão medicamentosa;
- dieta (aumento da ingesta hidrossalina);
entre outras.
Avaliação da Congestão
- Dispneia progressiva aos esforços
- Dispneia paroxística noturna
- Ortopneia
- Taquipneia (FR > 22 irpm)
- Esforço respiratório
- Edema pulmonar agudo
- Turgência jugular a 45º
- Refluxo hepatojugular
- Galope de 3ª bulha
- Estertores pulmonares crepitantes
- Edema de MMII
- Ascite
- Cardiomegalia ao raio-x do tórax
- Hipertesão venocapilar ou derrame pleural ao raio-x de tórax
Avaliação de Perfusão
- PAS < 90 mmHg
- PAS < 110 mmHg em pacientes previamente hipertensos
- Fadiga
- Extremidades frias com perfusão reduzida
- Sudorese fria
- Desorientação
- Lactato elevado
Perfis Hemodinâmicos
A - Quente e Seco
B - Quente e Úmido
C - Frio e Úmido
L - Frio e Seco
Características de IC crônica agudizada
Fisiopatologia: Disfunção sistólica/retenção hidrossalina Congestão: Global Sintoma: FAdiaga/dispneia Início dos sintomas: Progressivo (dias) PA: Reduzida FE: Reduzida Edema periférico: Frequente Aumento de peso: Sim
Característica de IC aguda nova
Fisiopatologia: Disfunção diastólica Congestão: Pulmonar Sintoma: Dispneia Início dos sintomas: Rápido (horas) PA: Alta ou normal FE: Normal ou reduzida Edema periférico: Infrequente Aumento de peso: Não
Classificação Conforma a FE
Menor 40% - IC de fração de ejeção reduzida (ICFEr) Alteração sistólica
40-49% - IC de fração de ejeção intermediaria
(ICFEi) Alteração diastólica
Maior ou igual 50% - IC de fração de ejeção preservada
(ICFEp) Alteração diastólica
Exames Laboratoriais
a presença de níveis elevados de BNP > 500 pg/mL e NT-proBNP > 900 pg/mL indicam fortemente diagnóstico de ICA.
Os PN apresentam alta sensibilidade, na presença de níveis séricos de BNP < 100 pg/mL e NT-proBNT < 300 pg/Ml quase sempre afastam o diagnóstico, níveis séricos intermediários de BNP necessitam de correlação clínica para confirmação do diagnóstico.
Sacubitril-valsartan, causa inibição da neprilisina elevando os níveis séricos de BNP , mas não de do NT-proBNP.
Outros:
- troponina (suspeita de SCA, miocardite ou takotsubo),
- função renal
- hemograma
- eletrólitos
- função tireoidiana
- enzimas hepática
- glicemia
- gasometria venosa
- lactato venoso.
Exames de Imagem
ECG - SCA, taquiaarritmias ou bradiarritmias.
Raio-x - avaliação da área cardíaca e da congestão pulmonar
Eco - realizado em todos os pcts nas primeiras 48h. Principalmente nos pcts com choque cardiogênico e/ou IC aguda nova. Permite definições do fator etiológico, do grau da disfunção ventricular, da avaliação da congestão pulmonar e sistêmica, e da identificação de fator mecânico.
USG de tórax - detecção de congestão pulmonar e sistêmica devido a facilidade de portabilidade que permite repetidas avaliações, fornecendo monitorização clínico-hemodinâmica em resposta à terapêutica
Angiocoronariografia - na suspeita diagnóstica de SCA ou Takotsubo.
RNM cardíaca - apresenta grande acurácia para avaliação funcional e morfológica em pacientes com suspeita de miocardite aguda ou Takotsubo, no entanto o método é utilizado quando existe estabilidade clínica
Admissão
(1) diagnóstico precoce e tratamento intenso e precoce para diminuição da congestão apresentada na IC aguda. O alvo terapêutico principal na IC aguda é a redução da congestão, que está presente em cerca de 85% dos pacientes.
(2) monitorização clínica FC; FR; PA; ECG; SatO2; controle de diurese e laboratorial de forma sistemática e frequente para que assim sejam detectados e corrigidos todas as alterações precocemente visando a melhora clinica-hemodinâmica.
(3) orientação terapêutica e de hábitos de vida pré-alta hospitalar;
(4) reavaliação clínica e laboratorial em até sete dias pós alta hospitalar
IC nova aguda - Quente e seco
PA > 110
iECA/BRA
BB
Suspenso diurético