6. Valvopatias Flashcards

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1
Q

Principais causas de problemas na mitral

A

Reumática
Degeneração mixomatosa (prolapso da valva mitral)
Secundária ou funcional

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Q

Principais causas de problemas na aórtica

A

Degeneração calcificante (idosos)
Reumática
Secundária a doenças da aorta (dilatação da raiz da Ao)
Valva aórtica bicúspide (cardiopatia congênita mais comum)

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3
Q

Principais pontos sobre o tto das valvopatias

A
  1. Sempre: profilaxia da FR (benzetacil) e EI (amoxicilina 2 g 1 hora pré-procedimento)
  2. Medicamentos: apenas para alívio dos sintomas
  3. Intervenção nas estenoses: trocas ou plastias quando houver sintomas
  4. Intervenção nas insuficiências: pacientes sintomáticos ou remodelamento disfunção/importante
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4
Q

Definição da Estenose Mitral

A

obstrução ao enchimento ventricular esquerdo ao nível da valva mitral resultante de anormalidade estrutural do aparato valvar, impedindo sua abertura durante a diástole

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5
Q

Estenose Mitral - Epidemiologia

A
    • Dç reumática presente em 99% dos casos
    • 25% de reumáticos tem estenose mitral isolada
    • 40% deles com dupla lesão
    • 2/3 são mulheres
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6
Q

Estenose Mitral - Etiopatogenia

A

espessamento, calcificação e fusão das comissuras, cordoalhas, cúspides ou uma combinação desses processos

Progressão:

    • agressão contínua - surto reumático
    • lesão agravada pelo fator hemodinâmico
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7
Q

Estenose Mitral - Valores

A

Normal: 4-6 cm²

Inicio da alteração hemodinâmica: < 2 cm²

gradiente = 20 mm Hg
(PAE > 20): < 1 cm²

Uma área valvar mitral maior que 1,5 cm2 geralmente não produz sintomas no repouso

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8
Q

Estenose Mitral - Fisiopatologia

A

gradiente transmitral diastólico é a expressão fundamental da estenose mitral, e resulta na elevação da pressão atrial esquerda, que se reflete na circulação venosa pulmonar.

Pressão aumentada e distensão das veias e capilares pulmonares levam a edema pulmonar, à medida que a pressão venosa pulmonar
excede a pressão oncótica plasmática.

As arteríolas pulmonares reagem com vasoconstrição, hiperplasia da íntima, hipertrofia da média e hipertensão pulmonar.

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9
Q

Estenose Mitral - Manifestações Clínicas

A

– Dispnéia (cansaço): aos esforços, resultante da complacência pulmonar reduzida. Pode ser acompanhada por tosse e sibilos. Na obstrução critica, podem apresentar ortopneia e episódios de edema agudo pulmonar

FA presente em 30-40%

– Hemoptise: pode ser o sinalizador. Decorre da ruptura de ceias brônquicas dilatadas, ruptura de capilares alveolares.

– Dor torácica

– Embolia sistêmica: 80% estão com FA. A maioria dos embolos estão em arterias cerebrais. Quando em coronaria, pode levar a IAM.

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10
Q

Estenose Mitral - Exame físico

A

Fácies mitral: placas violáceas na região malar.

Ausculta:
** Hiperfonese de B1 (pela rapidez com que a pressão ventricular se eleva com o fechamento da mitral, e pela ampla excursão de fechamento dos folhetos.

**O segundo componente da segunda bulha se acentua e é transmitido tanto para o foco mitral quanto para o aórtico.

** Outros sinais de hipertensão pulmonar
incluem o encurtamento do desdobramento da B2, um sopro sistólico de insuficiência tricúspide, sopro de Graham Steell de regurgitação pulmonar.

O estalido de abertura encontrado na estenose mitral resulta da tensão súbita dos folhetos valvares após a abertura das cúspides.

O sopro diastólico mitral da estenose é um sopro de timbre baixo, melhor ouvido no ápice e com o paciente em decúbito lateral esquerdo.

Embora sua intensidade não apresente correlação com a gravidade da valvopatia, sua duração no ciclo cardíaco indica a gravidade da estenose mitral.

Há um período latente de 20 a 40 anos entre o surto de doença reumática e os sintomas de estenose
mitral.

Quando ocorre hipertensão pulmonar grave, a sobrevida cai para menos de 3 anos.

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11
Q

Estenose Mitral - EF slide

A

– Fácies mitral

– Hiperfonese de B1, estalido de abertura mitral, sopro diastólico em ruflar com reforço pré-sistólico

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12
Q

Estenose Mitral - Exames Complementares

A

– ECG
– Raio X de tórax
– Ecocardiograma
– Hemodinâmica

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13
Q

Estenose Mitral - ECO

A
  • Informações sobre anatomia valvar, cavidades cardíacas, gradientes e pressão da artéria pulmonar
  • Definição de tratamento percutâneo ou cirúrgico
  • Hemodinâmica: manometria e coronariografia
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14
Q

Estenose Mitral - Graduação

A

Discreta:

    • área: > 1,5
    • gradiente: < 5

Moderada:

    • área: 1,0 a 1,5
    • gradiente: 5 a 10

Importante:

    • área: < 1,0
    • gradiente: > 10
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15
Q

Estenose Mitral - TTO

A
  • Profilaxia da doença reumática (DR)
  • Profilaxia da endocardite infecciosa (EI)
  • Anticoagular - se tiver FA ou episódio embólico
  • Medicamentos para sintomas (diurético e betabloqueador)
  • Intervenção: percutânea ou cirúrgica
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16
Q

Insuficiência Mitral - Definição e epidemiologia

A

– Constitui o fluxo retrógrado de sangue pela valva mitral

Epidemiologia
– Disfunção valvar mais comum

17
Q

Insuficiência Mitral - Classificação

A

Primária: alterações das cordas, folhetos ou anel

Secundária: relacionada a processos envolvendo o VE e/ou musculos papilares

18
Q

Insuficiência Mitral - Etiologia Slide

A

– Febre reumática: países em desenvolvimento

– Prolapso de valva mitral: países ricos

19
Q

Insuficiência Mitral - Manifestações Clínicas (anamnese)

A

– Dispnéia (cansaço)
– Embolia sistêmica
– Hemoptise
– Palpitações

20
Q

Insuficiência Mitral - Manifestações Clínicas (Exame Físico)

A

– Ictus desviado para a esquerda
– Ausculta: hipofonese de B1, sopro sistólico mitral

O murmúrio holossistólico geralmente é constante, suave, de alta intensidade e mais audível no ápice com irradiação para a axila e região infra-escapular esquerda, podendo haver irradiação para a região esternal e aórtica, quando é acometido o folheto posterior.

21
Q

Insuficiência Mitral - Exames complementares

A

– ECG
– Raio X de tórax
– Ecocardiograma
– Hemodinâmica

22
Q

Insuficiência Mitral - TTO Secundária

A
  • Profilaxia de febre reumática
  • Profilaxia de endocardite infecciosa

I Mi Secundária:
• tratar doença de base (IC ou isquemia)

23
Q

Insuficiência Mitral - TTO Primária

A

• Se sintomas:

    • uso de vasodilatadores (melhora os sintomas)
    • Cirurgia

• Assintomáticos (operar apenas se tiver um dos

seguintes) :
* * FE< 60%
* * DSVE> 40 mm
* * FA
* * Pressão sistólica AP> 50 mmHg

24
Q

Estenose Aórtica - Definição

A

estreitamento do anel aórtico, dificultando a saída de sangue do VE para a aorta.

Causa mais comum é o processo degenerativo, que produz uma imbobilização das cúspides valvares por calcificação, que progride da base das cúspides para os folhetos

Nos casos de estenose aórtica reumática, nota-se constantemente lesão associada mitral.

25
Q

Estenose Aórtica - Epidemiologia

A

– Valvopatia primária mais comum
– Todas as faixas etárias – depende da causa
– 2% dos idosos têm estenose aórtica

26
Q

Estenose Aórtica - Manifestações Clínicas

A

Período de latência longo

As manifestações clínicas da estenose aórtica, que normalmente surgem na 5ª ou 6ª décadas são:

    • angina
    • síncope
    • dispnéia
    • insuficiência cardíaca.

Após o início dos sintomas, a sobrevida média é menor que 3 anos.

Ausculta B4

27
Q

Estenose Aórtica - Exames Complementares

A
– ECG
– Raio X de tórax
– Ecocardiograma de repouso
– Ecocardiograma sob estresse
– Hemodinâmica
– Tomografia (escore de cálcio da valva)
– Ressonância do coração
28
Q

Estenose Aórtica - Valores

A

Discreta:

    • área: > 1,5
    • gradiente: < 25
    • velocidade do jato: < 3,0

Moderada:

    • área: 0,8 a 1,5
    • gradiente: < 25 a 40
    • velocidade do jato: 3,0 a 4,0

Importante:

    • área: < 0,8
    • gradiente: > 40
    • velocidade do jato: > 4,0
29
Q

Estenose Aórtica - TTO

A
  • Profilaxia de febre reumática
  • Profilaxia de endocardite infecciosa
  • Medicamentos: não funcionam
  • Tratamento invasivo – por cateter (TAVR) ou cirurgia aberta:
    • Sintomáticos (sempre) – exceto se paciente não tolera o procedimento
    • Assintomáticos: fazer teste de esforço – caso haja limitação ou sintomas, indicar intervenção
30
Q

Insuficiência Aórtica - Definição

A

constitui o fluxo retrógrado de sangue pela valva aórtica

31
Q

Insuficiência Aórtica - Etiologia

A
  1. Anormalidades das Cúspides (doença da própria valva)
    - Doença degenerativa (esp. Valva aórtica bicúspide)
    - Febre reumática (PRINCIPAL CAUSA)
    - Endocardite infecciosa
  2. Doença da raiz da aorta
    - Aneurisma da aorta
    - Dissecção da aorta
32
Q

Insuficiência Aórtica - Classificação

A
  1. Aguda (cirurgia de urgência)
    - Dissecção da aorta
    - Endocardite infecciosa
  2. Crônica (considerar repercussão)
    - Aneurisma da aorta
    - Doença degenerativa (esp. Valva aórtica bicúspide)
    - Febre reumática
33
Q

Insuficiência Aórtica - Manifestações Clínicas

A

As queixas principais são a dispnéia de esforço, a ortopnéia e a dispnéia paroxística noturna.

Angina é freqüente em estágio mais avançado da doença e a presença de síncope é rara. Pacientes com regurgitação grave comumente queixam-se de uma desconfortável percepção do batimento cardíaco, especialmente se deitados, e de dor torácica em virtude do impacto do coração contra a parede torácica.

34
Q

Insuficiência Aórtica - Ausculta

A
  • Pulso de Corrigan (Martelo d’água)
  • Sinais relacionados à pressão de pulso elevada
  • Ausculta: B1 suave, Sopro diastólico aspirativo
35
Q

Insuficiência Aórtica - Exames Complementares

A

– ECG
– Raio X de tórax
– Ecocardiograma
– Hemodinâmica

36
Q

Insuficiência Aórtica - TTO

A
  • Profilaxia de febre reumática
  • Profilaxia de endocardite infecciosa
  • Tratamento clínico: vasodilatadores
  • Tratamento cirúrgico (quando indicar nos casos de I Ao imp):
    • Sintomáticos
    • Assintomáticos raiz da aorta dilatada (> 55 mm)
    • Assintomáticos com remodelamento (FE<50% ou DDVE>70 mm ou DSVE>50 mm)
37
Q

Considerações Finais

A
  • As valvopatias constituem importante causa de morbidade e mortalidade, principalmente nos países em desenvolvimento.
  • A avaliação dos pacientes com suspeita de valvopatia baseia-se no exame clínico e na análise do ECG e Rx de tórax e ECO

• As profilaxias para febre reumática e endocardite infecciosa devem ser
contempladas em todos os pacientes, inclusive aqueles que já trocaram a valva