284 - Doença valvular mitral Flashcards

1
Q

Qual a principal causa de EM?

A

Febre reumática.

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2
Q

Quais as causas de EM para além da febre reumática (menos comuns)?

A
  • EM Congénita
  • Cor triatriatum!!!!
  • Calcificação grave do anel mitral com extensão aos folhetos LES
  • Arterite Reumatóide (AR)!!!!
  • Mixoma da AE
  • Endocardite infecciosa com vegetações grandes
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3
Q

EM pura ou predominante ocorre em aproximadamente __% dos doentes com doença reumática.

A

40%.

Noutros doentes com doença cardíaca reumática ocorre EM menos grave associada a IM ou doença aórtica.

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4
Q

A EM permanece ainda um problema major nos PED. V ou F?

A

Verdadeiro.

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5
Q

Na EM reumática, a formação de trombos e embolização arterial pode decorrer a partir de:

A
  • Própria válvula calcificada

- Doentes com FA, os tombos surgem mais frequentemente da AE dilatada, mais particularmente do apêndice AE

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6
Q

Área do orificio valvular mitral em adultos:

  • Normal: ___ cm2
  • EM significativa: ___ cm2
  • Em grave: ___ cm2
  • EM muito grave: ___ cm2
A

Área do orificio valvular mitral em adultos:

  • Normal: 4-6 cm2
  • EM significativa: menor que 2 cm2
  • Em grave: menor que 1,5 cm2
  • EM muito grave: menor que 1 cm2
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7
Q

Na EM sgnificativa (menos de 2 cm2), o gradiente AV esquerdo está diminuido. V ou F?

A

Falso.

O gradiente AV esquerdo está anormalmente aumentado (necessário para que o sangue flua da AE para o VE).

Este é o achado hemodinâmico característico da EM

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8
Q

Qual a pressão necessária na AE para manter o DC normal numa EM grave (menos de 1,5cm2)?

A

~25 mmHg.

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9
Q

Na EM isolada, a pressão diastólica no VE e FEVE são anormais. V ou F?

A

Falso.

Na EM isolada, a pressão diastólica no VE e FEVE são NORMAIS.

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10
Q

Na EM + ritmo sinusal, como se carateriza a onda “a” e onda “y”?

A
  • onda “a” proeminente

- onda “y” descedente gradual

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11
Q

Se EM grave e aumento significativo da resistência vascular pulmonar, como se carateriza a pressão arterial pulmonar em repouso e em exercício?

A
  • repouso: PAP aumentada
  • exercicio: PAP ainda mais aumentada

Este aumento é secundário ao aumento da pressão e volume telediastólico do VD.

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12
Q

Na EM grave, como se carateriza o DC em repouso e em exercício?

A
  • repouso: DC normal ou quase normal

- exercicio: aumento subnormal do DC

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13
Q

Na EM muito grave, como se carateriza o DC em repouso e em exercício?

A
  • repouso: DC subnormal
  • exercicio: DC não aumenta ou até diminui.

Isto é particularmente válido nos doentes com elevação marcada da resistência vascular pulmonar

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14
Q

O aumento da HT pulmonar na EM resultada em parte das alterações orgânicas obliterativas no leito vascular pulmonar, que ocorrem no estadio terminal. V ou F?

A

Verdadeiro.

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15
Q

Na EM reumática nos países desenvolvidos, qual é normalmente o tempo intercorrido entre o ataque inicial de cardite reumática e os primeiros sintomas?

A

2 décadas (maioria na 4ª década).

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16
Q

Na EM reumática, a maioria dos doentes expressa os primeiros sintomas na __ª década.

A

4ª década.

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17
Q

Na EM, quando um doente desenvolve um quadro gravemente sintomático, a doença progride inexoravelmente para morte ao fim de __-__ anos.

A

2-5 anos.

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18
Q

A dispneia e tosse na EM com apenas ligeira elevação da pressão da AE podem ser explicadas por alterações súbitas da FC, volémia ou DC que levam à diminuição marcada da pressão na AE. V ou F?

A

Falso.

A dispneia e tosse na EM com apenas ligeira elevação da pressão da AE podem ser explicadas por alterações súbitas da FC, volémia ou DC que levam ao AUMENTO marcado da pressão na AE.

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19
Q

A ortopneia e DPN surgem normalmente com a progressão da EM. V ou F?

A

Verdadeiro.

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20
Q

Desenvolvimento de ________ frequentemente marca o ponto de viragem na evolução do doente com EM, estando geralmente associada a progressão acelerada dos sintomas.

A

FA persistente.

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21
Q

As hemoptises na EM ocorrem mais frequentemente em doentes com aumento da pressão da AE e aumento marcado das resistências vasculares pulmonares, sendo raramente fatal. V ou F?

A

Falso.

As hemoptises na EM ocorrem mais frequentemente em doentes com aumento da pressão da AE e SEM aumento marcado das resistências vasculares pulmonares, sendo raramente fatal.

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22
Q

A EP recorrente é uma importante causa de morbilidade e mortalidade nos doentes com EM, __________ (tardiamente/precocemente) no curso da EM.

A

tardiamente.

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23
Q

As infeções pulmonares complicam raramente a EM não tratada. V ou F?

A

Falso.

As infeções pulmonares complicam FREQUENTEMENTE a EM não tratada, sobretudo durante o INVERNO.

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24
Q

Os trombos têm origem na AE, sobretudo no apêndice auricular esquerdo. V ou F?

A

Verdadeiro.

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25
Q

A incidência de embolização sistémica na EM é de __-__% e ocorre sobretudo em doentes com FA, idade superior a 65 anos e diminuição do DC. V ou F?

A

10-20%.

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26
Q

Embolização sistémica pode ser apresentação inicial em doentes assintomáticos com EM ligeira. V ou F?

A

Verdadeiro.

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27
Q

Como se encontra a PA sistémica na EM?

A

Normal ou ligeiramente diminuída.

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28
Q

Na EM, o P2 está geralmente diminuído. V ou F?

A

Falso.

P2 está geralmente acentuado (aumento da PAP).

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29
Q

O estalido de abertura mitral é mais audível durante a ________ (inspiração/expiração), mais no apéx, e ___-___ segundos após A2.

A

O estalido de abertura mitral é mais audível durante a expiração, mais no apéx, e 0,05-0,12s após A2.

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30
Q

O intervalo de tempo entre A2 e o estalido de abertura mitral varia inversamente com a gravidade da EM. V ou F?

A

Verdadeiro.

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31
Q

O rodado mitral apresenta acentuação pré-sistólica. V ou F?

A

Verdadeiro.

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32
Q

A duração do rodado mitral não se correlaciona com a gravidade da EM, em doentes com DC preservado. V ou F?

A

Falso.

A duração do rodado mitral CORRELACIONA-SE com a gravidade da EM, em doentes com DC preservado.

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33
Q

QUANTO MAIS PRECOCE o estalido abertura OU MAIS LONGO o rodado mitral MAIOR A GRAVIDADE DA EM. V ou F?

A

Verdadeiro.

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34
Q

Na EM, a presença de sopros sistólicos ligeiros (grau I e II) implicam a presença de IM. V ou F?

A

Falso.

No entanto estes sopros são comuns na EM.

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35
Q

Quando o DC está marcadamente diminuido, os achados auscultatórios típicos de EM como o rodado mitral podem não ser audíveis mas reaparecem após compensação. V ou F?

A

Verdadeiro.

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36
Q

A insuficiencia tricuspide funcional (secundária a HT pulmonar grave), ocorrente na EM, diminui durante a inspiração e aumenta durante a expiração - sinal de Carvallo. V ou F?

A

Falso.

A insuficiencia tricuspide funcional (secundária a HT pulmonar grave), ocorrente na EM, AUMENTA durante a inspiração e DIMINUI durante a expiração - sinal de Carvallo.

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37
Q

Na EM, a insuficiência pulmonar secundária a HT pulmonar grave com dilatação do anel da válvula pulmonar produz um sopro designado por _________.

A

Sopro de Graham Steel.

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38
Q

A eco TE está especialmente indicada para excluir presença de trombose na AE antes de efetuar valvuloplastia mitral por balão percutânea. V ou F?

A

Verdadeiro.

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39
Q

A eco TT durante exercício não é útil na avaliação de EM com discrepância entre achados clínicos e achados hemodinâmicos em repouso. V ou F?

A

Falso.

A eco TT durante exercício É MUITO ÚTIL na avaliação de EM com discrepância entre achados clínicos e achados hemodinâmicos em repouso.

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40
Q

Na radiografia tórax num contexto de EM, as linhas B Kerley estão presentes sobretudo nos campos pulmonares ______ e _____, e surgem quando a pressão da AE em repouso é superior a ___ mmHg.

A

Na radiografia tórax num contexto de EM, as linhas B Kerley estão presentes sobretudo nos campos pulmonares INFERIOR e MÉDIO, e surgem quando a pressão da AE em repouso é superior a 20 mmHg.

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41
Q

Quais os possíveis diagnósticos diferencias de EM?

A
  • IM significativa com consequente EM funcional
  • IA grave (sopro de Austin Flint)
  • Estenose tricuspide (aumenta com inspiração e raramente ocorre na ausência de EM)
  • CIA (desdobramento fixo S2)
  • Mixoma AE (sinais de doença sistémica frequentes e auscultação varia marcadamente com a posição corporal)
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42
Q

Doentes com menos de 65 anos + achados típicos de obstrução mitral grave requerem normalmente cateterismo e angiografia coronária para tomada de decisão sobre cirurgia. V ou F?

A

Falso.

Doentes com menos de 65 anos + achados típicos de obstrução mitral grave NÃO requerem normalmente cateterismo e angiografia coronária para tomada de decisão sobre cirurgia.

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43
Q

Na EM, quais as indicações para angiografia coronária no pré-operatório?

A
  • Homens com mais de 40 anos
  • Mulheres com mais de 45 anos
  • Indiviudos mais jovens mas com FR coronários

Objetivo: identificar doentes cm obstruções coronárias criticas que devem fazer CABG aquando da cirurgia.

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44
Q

Qual o ECD frequentemente usado no rastreio pré-operatório de DAC em doentes com doença valvular e com baixa probabilidade pré-teste de DAC. V ou F?

A

Angio TC coronária.

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45
Q

Deve ser feita prevenção secundária da febre reumática em doentes de risco com EM reumática. V ou F?

A

Verdadeiro.

Profilaxia com penicilina.

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46
Q

Doentes com EM + FA/História de tromboembolismo devem fazer varfarina durante 6 meses (INR 2-3). V ou F?

A

Falso.

Devem fazer varfarina INDEFINIDAMENTE!

Em doentes em RS + dilatação AE o uso de varfarina por rotina é mais controverso.

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47
Q

Numa FA de inicio recente + EM não grave o suficiente para justificar VMBP/cirurgia, que tratamento deve ser efetuado?

A

Cardioversão farmacológica ou elétrica (reversão a RS) após 3 semanas consecutivas de anticoagulação.

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48
Q

A conversão para RS raramente é bem sucedida ou sustentada em doentes com EM grave,
particularmente naqueles com:

A
  • AE especialmente dilatada;

- FA há mais de 1 ano.

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49
Q

Na EM, quais as indicações para valvotomia mitral?

A
  1. Doentes sintomáticos + EM grave isolada com área valvular inferior a 1cm2/m2 ou inferior a 1,5cm2 em adultos de estatura normal.
  2. EM assintomática e/ou EM ligeira/moderada (área valvular superior a 1,5cm2) se: embolização sistémica recorrente ou HT pulmonar grave (PAP superior a 50mmHg em repouso ou 60mmHg em exercício);
  3. Grávida + EM + Congestão pulmonar (VMBP procedimento de escolha
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50
Q

A eco TT é util na indentificação de doentes para valvotomia mitral por balão percutânea. Que parâmetros tem em conta o score ecográfico?

A
  • Grau de espessamento dos folhetos
  • Calcificação dos folhetos
  • Mobilidade dos folhetos
  • Extensão do espessamento subvalvular

Quanto menor o score, maior probabilidade de VMBP ser bem sucedida.

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51
Q

A VMPB é preferivel à valvotomia cirurgica caso esteja presente um trombo na AE. V ou F?

A

Falso.

Em caso de trombo na AE, a valvotomia cirurgica é preferida.

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52
Q

Quais as indicações para a realização de valvotomia cirurgica na EM?

A
  • VMBP não é possível
  • VMBP mal sucedida
  • Muitos doentes com re-estenose após cirurgia prévia
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53
Q

Os resultados a curto e longo prazo são semelhantes entre VMBP vs Valvotomia cirúrgica. V ou F?

A

Verdadeiro.

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54
Q

Qual dos procedimentos apresenta menor morbilidade e mortalidade peri-procedimento, VMBP vs Valvotomia cirúrgica?

A

VMBP.

Mortalidade perio-operatória da valvotomia é de ~2%.

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55
Q

Após realização de VMBP em doentes com menos de 45 anos + válvulas flexíveis, a sobrevida livre de eventos tende a ser excelente (__-__% aos 3-7 anos).

A

80-90%. VMBP é o procedimento de escolha.

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56
Q

Na EM, a mortalidade peri-op da valvotomia cirúrgica é ~__% e a re-operação aos 10 anos ocorre em ~__% dos casos.

A

Na EM, a mortalidade peri-op da valvotomia cirúrgica é ~2% e a re-operação aos 10 anos ocorre em ~50% dos casos.

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57
Q

Como se define um valvotomia mitral bem sucedida (VMBP/cirúrgica)?

A
  • Diminuição de 50% do gradiente transmitral + duplicação da área valvular mitral.

Valvotomia mitral bem sucedida resulta em melhoria sintomática e hemodinâmica e AUMENTO DA SOBREVIDA.

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58
Q

Na EM, quais as indicações para substituição valvular mitral?

A
  1. EM grave + NYHA III se:
    - EM + IM significativa associada
    - Válvula gravemente distorcida (após intervenção prévia)
    - Impossibilidade de melhorar significativamente a função valvular com valvotomia
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59
Q

A mortalidade peri-op no tratamento de substituição valvular mitral é aproximadamente de ~__%.

A

~5%.

Menor nos jovens, o dobro em doentes com mais de 65 anos + comorbilidades significativas.

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60
Q

Qual a sobrevida aos 10 anos dos doentes que realizam substituição valvular mitral?

A

~70%.

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61
Q

A IA pode resultar de uma anomalia/doença de 1 ou mais dos 5 componentes funcionais do aparelho valvular mitral. Quais são estes componentes?

A
  • Folhetos;
  • Anel;
  • Cordas tendinosas;
  • Músculos papilares;
  • Miocárdio subjacente.
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62
Q

Quais as possíveis causas de IM aguda?

A
  1. EAM com rotura dos músculos papilares;
  2. Traumatismo torácico fechado
  3. Endocardite infeciosa
  4. Durante periodos de isquemia ativa
  5. Durante episódios de angina de peito
  6. Rotura de corda tendinosa em doentes com degeneração mixomatosa do aparelho valvular
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63
Q

Quais as possíveis causas de IM aguda transitória?

A
  1. Durante periodos de isquemia ativa

2. Durante episódios de angina de peito

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64
Q

Quais as possíveis causas de IM crónica?

A
  1. Doença reumática
  2. Prolapso válvula mitral
  3. Calcificação extensa do anel mitral
  4. Defeitos valvulares congénitos (++ defeitos dos cushions AV; CIA ostium primum)
  5. Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
  6. Cardiomiopatia dilatada (tamanho tele-diastólico do VE superior a 6 cm)
  7. Cardiomiopatia isquémica
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65
Q

Quais as causas dinâmicas de IM crónica?

A
  1. Prolapso válvula mitral

2. Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

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66
Q

A calcificação extensa do anel mitral (causa de IM) ocorre sobretudo em que grupos de doentes?

A
  • Doentes com doença renal avançada;

- Mulheres com mais de 65 anos com HTA e DM.

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67
Q

Na presença de cardiomiopatia dilatada, a IM ocorre com tamanho tele-diastólico do VE superior a ___ cm.

A

6cm.

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68
Q

A cardiomiopatia isquémica é uma causa rara de IM. V ou F?

A

Falso.

É uma causa frequente!

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69
Q

Qual a diferença entre IM primária e IM secundária?

A
  • IM primária (degenerativa, orgânica): folhetos e/ou cordas tencionas são primariamente responsáveis pela função valvular anormal;
  • IM secundária (funcional): folhetos e cordas estruturalmente normais; regurgitação causada por dilatação do anel, deslocamento dos músculos papilares, etc.
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70
Q

Independentemente da causa, a IM grave é frequentemente progressiva. V ou F?

A

Verdadeiro.

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71
Q

Na IM a pós-carga VE está aumentada. V ou F?

A

Falos.

Pós-carga VE está DIMINUIDA (pois o VE descomprime na AE durante a ejeção, logo existe menor resistência ao esvaziamento).

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72
Q

Qual o mecanismo de compensação inicial da IM?

A

Esvaziamento mais completo do VE.

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73
Q

Na IM, o aumento progressivo de volume do VE (à medida que agrava a IM e diminuição da função VE) leva a aumento da pressão diastólica do VE somente numa fase tardia da doença. V ou F?

A

Verdadeiro.

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74
Q

Na IM, o volume regurgitante varia diretamente com que variáveis?

A
  • Pressão sistólica do VE;

- Tamanho do orificio regurgitante (influenciado pela extensão da dilatação do VE e do anel mitral).

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75
Q

Uma vez que a fração de ejeção do VE está aumentada na IM grave + função VE normal, mesmo uma redução modesta da fração de ejeção (FEVE: inferior a 60%) reflete disfunção significativa. V ou F?

A

Verdadeiro.

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76
Q

Atualmente, no diagnóstico de IM utiliza-se frequentemente o cateterismo direito e esquerdo com ventriculografia. V ou F?

A

Falso.

Cateterismo direito e esquerdo com ventriculografia é usado menos frequentemente. Utiliza-se mais ecodoppler ou RM cardíaca.

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77
Q

Uma IM não isquémica grave é definida por:
• Volume regurgitante igual ou superior a __ mL/batimento
• Fracção regurgitante igual ou superior a ___%
• Área orificio regurgitante igual ou superior a ___cm2

A

Uma IM não isquémica grave é definida por:
• Volume regurgitante igual ou superior a 60 mL/batimento
• Fracção regurgitante igual ou superior a 50%
• Área orificio regurgitante igual ou superior a 0,40 cm2

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78
Q

A IM isquémica grave é definida por uma área de orifício regurgitante superior a ___cm2.

A

0,2cm2.

Menores graus de IM têm relativamente maior peso prognóstico.

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79
Q

Como se encontra o tamanho da AE na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: normal

- IM crónica grave: dilatação marcada

80
Q

Como se encontra a compliance da AE na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: normal ou diminuida

- IM crónica grave: aumentada

81
Q

Como se encontra a pressão da AE na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: aumento marcado

- IM crónica grave: pouco ou nenhum aumento

82
Q

Como se encontram as pressões venosas pulmonares na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: aumento marcado

- IM crónica grave: pouco ou nenhum aumento

83
Q

Como se encontra a onda V na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: proeminente

- IM crónica grave: menos proeminente

84
Q

Qual o sopro presente na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: proto-sistólico em decrescendo, que termina bem antes do S2 (reflete diminuição progressiva do gradiente de pressão VE-AE);
  • IM crónica grave: holo-sistólico em plateau (reflete gradiente de pressão VE-AE quase constante).
85
Q

A FA está presente quase invariavelemente assim que a AE dilata significativamente. V ou F?

A

Verdadeiro.

86
Q

O edema agudo do pulmão ocorre na IM aguda grave, sendo no entanto raro. V ou F?

A

Falso.

O edema agudo do pulmão ocorre na IM aguda grave, sendo COMUM.

87
Q

A IM crónica ligeira/moderada é geralmente _______ (sintomática/assintomática) e na IM crónica grave os sintomas mais proeminentes são: ____, _____ e _____.

A

A IM crónica ligeira/moderada é geralmente ASSINTOMÁTICA, e na IM crónica grave os sintomas mais proeminentes são: FADIGA, ORTOPNEIA e DISPNEIA DE ESFORÇO.

88
Q

Na IM crónica as palpitações são comuns e podem indicar inicio de ____.

A

FA.

89
Q

Como se encontra a PA na IM aguda grave vs. IM crónica grave?

A
  • IM aguda grave: diminuição da PA com pressão de pulso estreita
  • IM crónica grave: PA normal!!
90
Q

Como se encontra geralmente o S1 e desdobramento S2 na IM grave?

A
  • S1: geralmente ausente, ligeiro ou abafado pelo sopro holo-sistólico da IM crónica;
  • S2: desdobramento alargado mas fisiológico (por encerramento prematuro da válvula aórtica)
91
Q

Na EM o S1 está _______, enquanto na IM está _______.

A

Na EM o S1 está AUMENTADO, enquanto na IM está DIMINUÍDO.

92
Q

Na IM o S3 ocorre ___-___s após A2.

A

0,12-0,17s.

No final da fase de enchimento rápido do VE, causado pela distensão súbita dos músculos papilares, cordas tendinosas e folhetos valvulares.

93
Q

Pode ocorrer um sopro meso-diastólico na IM. V ou F?

A

Verdadeiro.

Mesmo na ausência de EM estrutural

94
Q

Qual o achado auscultatório mais característico na IM crónica grave?

A

Sopro holossistólico grau maior ou igual a III.

95
Q

O sopro holossistólico de IM é ouvido sobretudo no _____, e irradia para a ______.

A

O sopro holossistólico de IM é ouvido sobretudo no ÁPEX, e irradia para a AXILA.

96
Q

O sopro holossistólico de IM irradia para a base do coração em que contexto especifico?

A
  • Rotura das cordas tendinosas ou

- Envolvimento primário do folheto posterior da mitral com prolapso

97
Q

Quas as manobras que diminuem e aumentam o sopro sistólico de IM?

A
  • Aumenta: exercício isométrico (handgrip)

- Diminui: durante a fase de esforço da manobra de Valsava (devido a diminuição da pré-carga do VE)

98
Q

Na IM crónica grave o S4 é frequente, se ritmo sinusal. V ou F?

A

Falso.

Na IM AGUDA grave o S4 é frequente, se ritmo sinusal.

99
Q

Na IM, o ECG demonstra evidência clara de aumento do VE e VD em muitos doentes. V ou F?

A

Falso.

Na IM, o ECG NÃO demonstra evidência clara de aumento do VE e VD em muitos doentes.

100
Q

Na IM pode estar presente hipertrofia concêntrica do VE. V ou F?

A

Falso.

Hipertrofia EXCÊNTRICA.

101
Q

A ecodoppler permite estimar a PAP com base na velocidade do jacto de regurgitação mitral. V ou F?

A

Falso.

A ecodoppler permite estimar a PAP com base na velocidade do jacto de regurgitação tricúspide.

102
Q

Na IM aguda grave o edema pulmonar pode ser assimétrico. V ou F?

A

Verdadeiro.

Isto se o jacto regurgitante estiver direcionado predominantemente para o orificio de uma veia pulmonar do lobo superior.

103
Q

Na IM, qual o tratamento adequado assim que surge FA?

A

Varfarina (INR 2-3)

Novos anticoagulantes orais não aprovados! Considerar cardioversão dependendo do contexto clínico e tamanho da AE.

104
Q

Não há evidência para uso de vasodilatadores na IM aguda. V ou F?

A

Falso.

Vasodilatadores podem ser usados na IM aguda. Não há é evidência da sua utilização na IM crónica grave isolada + função sistólica VE preservada na ausência de HTA.

105
Q

Individuos com IM grave + assintomáticos + ritmo sinusal + tamanho e função do VE normal devem evitar exercício físico isométrico. V ou F?

A

Verdadeiro.

106
Q

O balão de contrapulsação intra-aórtico pode ser utilizado na estabilização de IM aguda grave. V ou F?

A

Verdadeiro.

Já na IA não pode ser utilizado.

107
Q

Quais os efeitos adversos das próteses mecânicas e biológicas, respetivamente?

A
  • Próteses mecânicas: complicações tromboembólicas e complicações hemorrágicas;
  • Próteses biológicas: falência valvular tardia com necessidade de nova substituição valvular.
108
Q

Quais as indicações para tratamento cirúrgico na IM?

A
  1. IM crónica grave não isquémica sintomática (++++ se é possível reparação valvular)
  2. IM crónica grave não isquémica assintomática se:
    - FA de inicio recente
    - HT pulmonar (PAP sistólica =>50mmHg em repouso ou =>60mmHg em exercicio)
    - Disfunção progressiva do VE (FEVE inferior a 60% e/ou volume tele-sistólico >40mm)
109
Q

Na IM, a reparação valvular é possível na doença mixomatosa em até ___% dos doentes.

A

95%.

110
Q

O risco de AVC na reparação valvular por IM é de ~__%.

A

~1%.

111
Q

Em doentes com menos de 75 anos + função sistólica VE normal + sem DAC a mortalidade peri-op da cirurgia de reparação valvular da IM é inferior a __%.

A

1%.

112
Q

A reparação valvular num contexto de IM tem uma excelente durabilidade a longo prazo, com um taxa de re-operação de __%/ano durante 10 anos após a cirurgia.

A

1%.

113
Q

O tratamento cirúrgico de IM isquémica é mais complicado do que o de IM não-isquémica. V ou F?

A

Verdadeiro.

E frequentemente envolve revascularização simultânea.

114
Q

Qual as possíveis abordagens cirúrgicas numa IM isquémica moderada ou grave?

A
  • Anuloplastia com anel rígido e de tamanho inferior

- SVM poupadora das cordas tendinosas

115
Q

A reparação valvular na IM isquémica está associada a menor mortalidade peri-op mas maior taxa de IM recorrente. V ou F?

A

Verdadeiro.

116
Q

Todos os doentes com IM isquémica + FEVE inferior a 30% devem fazer cirurgia. V ou F?

A

Falso.

Referenciação para cirurgia deve ser individualizada e feita apenas após tentativas agressivas de terapêutica médica e terapeutica de re-sincronização cardíaca. Isto porque o risco associada a cirurgia nestes doentes é elevado, a recuperação da função do VE é incompleta e há diminuição da sobrevida a longo prazo.

117
Q

Na IM significativa + CMD grave, funcional, não-isquémica, a realização de reparação valvular não demonstrou melhorar a sobrevida a longo prazo vs. terapêutica médica. V ou F?

A

Verdadeiro.

118
Q

A IM aguda grave requer estabilização urgente + cirurgia. Que caso em particular requer cirugia emergente?

A

Rotura músculo-papilar.

Restantes casos: dias a semanas.

119
Q

A IM aguda grave requer estabilização urgente + cirurgia.

Que fármacos podem ser utilizados na estabilização?

A
  • Diuréticos
  • Vasodilatadores IV (+++ nitroprussiato sódio)
  • Balão contrapulsação-aórtico
120
Q

O tratamento cirúrgico de IM isquémica envolve frequentemente revascularização simultânea. V ou F?

A

Verdadeiro.

121
Q

Qual o folheto mais afetado no prolapso válvula mitral (PVM)?

A

Posterior.

122
Q

A etiologia do PVM é conhecida na maioria dos casos. V ou F?

A

Falso.

Na maioria a etiologia é desconhecida.

123
Q

A PVM pode ser geneticamente determinada, com diminuição da produção de colégio do tipo ___.

A

tipo III.

124
Q

A quais doenças hereditárias do tecido conjuntivo está a PVM frequentemente associada?

A
  • Sindrome Marfan
  • Sindrome Ehlers-Danlos
  • Osteogenesis imperfecta
125
Q

A PVM pode estar associada a deformidades esqueléticas do tórax. V ou F?

A

Verdadeiro.

126
Q

20% dos doentes com CIA tipo ostium primum têm PVM. V ou F?

A

Falso.

20% dos doentes com CIA tipo ostium SECUNDUM têm PVM.

127
Q

O PVM é mais frequente em ______ (sexo) entre os __-__ anos de idade, com um curso clínico maioritariamente _____________.

A

O PVM é mais frequente em MULHERES entre os 15-30 anos de idade, com um curso clínico maioritariamente BENIGNO.

128
Q

Quando o PVM ocorre em homens com mais de 50 anos, a IM tende a ser mais grave e requer tratamento cirúrgico. V ou F?

A

Verdadeiro.

129
Q

A maioria dos doentes com PVM permanece assintomática durante toda a vida. V ou F?

A

Verdadeiro.

130
Q

Em alguns casos de PVM verifica-se incidência familiar aumentada, como forma hereditária autossómica ______ com penetrância _______ (completa/incompleta)

A

Em alguns casos de PVM verifica-se incidência familiar aumentada, como forma hereditária autossómica DOMINANTE com penetrância INCOMPLETA.

131
Q

A expressão clínica do PVM é variável. V ou F?

A

Verdadeiro.

Pode ir de apenas um clique e sopro sistólica a IM grave devido a rotura de cordas.

132
Q

Nos EUA a PVM é atualmente a 3ª causa mais comum de IM grave isolada em doentes com necessidade de cirurgia. V ou F?

A

Falso. É a 1ª!

133
Q

A morte súbita é uma complicação muito rara no PVM. V ou F?

A

Verdadeiro.

Mais comum em IM grave + função sistólica VE diminuída e em doentes com folheto suspenso.

134
Q

No PVM a dor torácica surge em muitos doentes, sendo frequentemente subesternal, prolongada e relacionada com o esforço. V ou F?

A

Falso.

No PVM a dor torácica surge em muitos doentes, sendo frequentemente subesternal, prolongada e NÃO relacionada com o esforço.

Raramente pode assemelhar-se a angina de peito.

135
Q

O clique meso/tele-sistólico é frequente no PVM, podendo ser seguido por um sopro meso/tele-sistólico. V ou F?

A

Verdadeiro.

136
Q

O sopro meso-tele-sistólico no PVM tem um padrão crescendo. V ou F?

A

Falso.

Crescendo-decrescendo.

137
Q

O clique e sopro meso/tele-sistólico são mais precoces e mais atrasados com que manobras, respetivamente?

A

Mais precoces:

  • Verticalização
  • Fase de esforço manobra valslva
  • Intervenções que diminuam volume VE

Mais atrasados:

  • Cócoras
  • Exercicio isométrico.
138
Q

Como se encontra mais frequentemente o ECG no PVM?

A

Normal.

Pode mostrar ondas T bifásicas ou invertidas em dII, dIII e aVF e ocasionalmente ESA ou ESV.

139
Q

Qual a definição ecocardiográfiáca de PVM?

A

Deslocamento sistólico dos folhetos da válvula mitral igual ou superior a 2mm para dentro da AE, superiormente ao plano do anel mitral.

140
Q

O jacto regurgitante da IM devido a PVM é mais frequentemente excêntrico e a avaliação da fração regurgitante e da área efetiva do orifício regurgitante pode ser difícil. V ou F?

A

Verdadeiro.

141
Q

Na IM, em que doentes está indicada profilaxia de endocardite infeciosa?

A

APENAS em doentes com hx prévia de endocardite.

142
Q

No PVM, que farmaco usar na dor torácica e palpitações?

A

B-bloqueante.

143
Q

No PVM, que farmaco usar na FA?

A

Varfarina.

144
Q

No PVM, que farmaco usar nos AITs?

A
  • Antiplaquetários

- Varfarina se antiplquetários ineficazes

145
Q

Se IM grave sintomática num contexto de PVM, qual o tratamento cirúrgico adequado?

A
  • Reparação valvuar mitral (ou raramente SVM).
146
Q

V ou F

A incidência da EM tem vindo a aumentar nas últimas décadas nos PD

A

F

A incidência da EM tem vindo a DIMINUIR nas últimas décadas nos PD

147
Q

Apesar de o insulto inicial na EM ser de origem reumática, as alterações mais tardias podem ser exacerbadas por um processo não específico resultante do trauma à válvula devido a alteração do fluxo sanguíneo. V ou F?

A

V

148
Q

A elevação da PCWP venosa e arterial presente na EM diminui a compliance pulmonar, contribuindo para a _________.

A

Dispneia de esforço

149
Q

Para se fazer uma avaliação da gravidade hemodinâmica da estenose, é necessária a medição de que parâmetros?

A
  •   Gradiente de Pressão transvalvular

* Taxa de fluxo sanguíneo (depende do DC e FC)

150
Q

Para qualquer valor de DC, a taquicardia ___________ (diminui/aumenta) o gradiente de pressão transvalvular e a pressão na AE

A

Para qualquer valor de DC, a taquicardia AUMENTA o gradiente de pressão transvalvular e a pressão na AE

151
Q

Quais são as consequências da hipertensão pulmonar grave na EM?

A
  • Alargamento do VD
  • IT secundária
  • IP
  • IC direita
152
Q

V ou F

O espessamento fibroso da parede alveolar e dos capilares pulmonares ocorre raramente na EM

A

F

O espessamento fibroso da parede alveolar e dos capilares pulmonares ocorre FREQUENTEMENTE na EM

153
Q

Que parâmetros das provas de função pulmonar encontram-se diminuídos na EM?

A
  • Capacidade vital
  • Capacidade pulmonar total
  • Capacidade inspiratória máxima
  • Uptake O2 por unidade de ventilação
154
Q

V ou F

O fácies mitral pode estar presente em doentes com EM ligeira

A

F

O fácies mitral pode estar presente em doentes com EM GRAVE

155
Q

V ou F

Um frémito diastólico presente no ápex cardíaco com o doente em decúbito LE é um achado frequente da EM

A

F

Um frémito diastólico presente no ápex cardíaco com o doente em decúbito LE é um achado RARO da EM

156
Q

O S1 está normalmente acentuado na fase _______ (inicial/tardia) da EM é ligeiramente ____________ (adiantado/atrasado)

A

O S1 está normalmente acentuado na fase INICIAL da EM é ligeiramente ATRASADO

157
Q

V ou F

Os dois componente do segundo som cardíaco na EM encontram-se próximos um do outro

A

V

158
Q

O sopro da EM é melhor ouvido na posição de decúbito lateral direito. V ou F?

A

Falso.

Decúbito lateral esquerdo

159
Q

V ou F

O sopro da EM é acentuado pelo esforço ligeiro

A

V

160
Q

Nos doentes com EM e IC direita pode-se desenvolver derrame pleural, particularmente à ________ (esquerda/direita)

A

Direita

161
Q

Com a HTP grave condicionada pela EM, pode-se ouvir um sopro pansistólico ao longo do bordo EE que corresponde ao sopro de uma IT funcional. V ou F?

A

V

162
Q

Como se faz a discrição entre o sopro de Graham Steell e a IA?

A

Estes sopros podem ser indistinguíveis, embora o sopro de Graham Steell aumenta durante inspiração e é acompanhado de P2 intenso e frequentemente palpável

163
Q

V ou F

O complexo QRS costuma estar alterado na EM

A

F

O complexo QRS costuma estar NORMAL na EM

164
Q

V ou F

Nos doentes com EM e HTP grave, o desvio direito do eixo e a hipertrofia do VD costumam estar presentes no ECG

A

V

165
Q

Quando existe HTP ou a ET complica a EM, a onda P pode-se apresentar aumentada e _________ em DII e ____________ (positiva/negativa) em V1

A

Quando existe HTP ou a ET complica a EM, a onda P pode-se apresentar aumentada e ACUMINADA em DII e POSITIVA em V1

166
Q

Quais são as alterações radiológicas mais precoces na EM?

A
  •   Retilinização do bordo superior esquerdo da silhueta cardíaca
  •   Proeminência das Artérias Pulmonares principais
  •   Dilatação das veias pulmonares do lobo superior
  •   Deslocamento posterior do esófago pela AE dilatada
167
Q

A presença de um sopro apical pansistólico de grau III/VI bem como um S3 é sugestivo de que patologia valvular?

A

IM significativa

168
Q

Como se diferencia o sopro de Austin Flint do sopro da EM?

A
  • Não é intensificado pela pré sístole

- Diminui de intensidade com a administração de vasodilatadores arteriais

169
Q

Como se diferencia o sopro da ET do sopro da EM?

A

O sopro da ET aumenta com a inspiração e a descida da onda Y na PVj encontra-se prolongada

170
Q

Quais são as diferenças entre a CIA e a EM?

A
  • A ausência de alargamento da AE
  • Ausência das linhas de Kerley B
  • Desdobramento fixo do S2
171
Q

As CIA com grandes shunt E-D podem resultar numa ET funcional devido ao aumento do fluxo ________ (diastólico/sistólico).

A

Diastólico

172
Q

V ou F

O cateterismo cardíaco direito e esquerdo pode ser útil quando há discrepância entre os achados clínicos e os exames não invasivos na EM

A

V

173
Q

O cateterismo pode ser útil na avaliação de lesões associadas à EM, como ___ e ___.

A

EA e IA

174
Q

As recomendações para a profilaxia da endocardite infecciosa são __________________ (semelhantes/diferentes) às das outras patologias válvulas e estão restritas aos doentes com alto risco para complicações da infecção, incluindo doentes com história de endocardite

A

semelhantes

175
Q

V ou F

A restrição da ingestão de sódio e pequenas doses de diuréticos são ineficazes na melhoria dos doentes com EM sintomática

A

F

A restrição da ingestão de sódio e pequenas doses de diuréticos são EFICAZES na melhoria dos doentes com EM sintomática

176
Q

Quais são os factores associados a pior prognóstico a longo prazo com a SVM?

A
  • Mais de 65 anos
  • Disfunção marcada e depressão marcada do DC pré op
  • HTP
  • Disfunção do VD
177
Q

A IM pode ocorrer como uma anomalia congénita, mais comummente como um defeito dos ______ endocárdicos.

A

Cushions endocárdicos

178
Q

Uma fenda do folheto anterior da válvula mitral acompanha a CIA de que tipo?

A

CIA ostium primum

179
Q

O aumento do volume do VE é muitas vezes acompanhado por uma redução do DC _______ (anterógrado/retrógrado)

A

DC anterógrado

180
Q

Na ausência de EM acompanhante, na IM existe uma descida particularmente rápida da onda __ no início da diástole

A

Na ausência de EM acompanhante, na IM existe uma descida particularmente rápida da onda Y no início da diástole

181
Q

Um curto gradiente de pressão proto-diastólico entre a AE e o VE pode ocorrer nos doentes com EM grave pura, podendo muitas vezes estar associada ao surgimento de um ___ (S3/S4) e sopro _________ simulando EM.

A

S3 e sopro mesodiastólico simulando EM

Estes achados são a consequência da passagem de fluxo extremamente rápido de sangue através da válvula mitral

182
Q

V ou F

A IC direita ocorre em doentes com IM que têm doença vascular pulmonar e hipertensão pulmonar

A

V

183
Q

Um frémito sistólico é palpável na IM e o VE encontra-se __________________ (hipodinâmico/hiperdinâmico), com um impulso sistólico marcado e um ___ (S3/S4) palpável

A

Um frémito sistólico é palpável na IM e o VE encontra-se HIPERDINÂMICO, com um impulso sistólico marcado e um S3 palpável

184
Q

Como se encontra o ápex cardíaco na IM crónica grave?

A

Deslocado lateralmente

185
Q

Quais são os factores que podem ser calculados semi-quantitativamente com o ecodoppler na IM?

A
  •   FE VE
  •   DC
  •   PAP
  •   Volume regurgitante
  •   Fracção regurgitante
  •   Área orifício regurgitante
186
Q

No ECG de um doente com IM, quando é que pode estar presente o alargamento da AD?

A

Quando existe hipertensão pulmonar significativa e afecta a função do VD

187
Q

Vou F

Nos doentes em ritmo sinusal, é evidente a presença de um alargamento da AE no ECG de um doente com IM

A

V

188
Q

Os riscos imediatos e a longo prazo do tratamento cirúrgico da IM são menores em que tipo de cirurgia?

A

Na reparação valvular primária

A substituição valvular está associada a um maior risco

189
Q

Nos doentes com IM e FA, que intervenções são frequentemente feitas para diminuir o risco de FA recorrente no pós-op?

A
  •   Cirurgia de Maze na AE ou Bi-auricular

*   Isolamento das veias pulmonares por radiofrequência

190
Q

V ou F

O PVM ocorre frequentemente como sequela da febre reumática aguda

A

F

O PVM pode ocorrer raramente como sequela da febre reumática aguda

191
Q

Na maioria dos doentes com PVM, a degeneração mixomatosa encontra-se confinada à válvula mitral, mas também pode afectar as válvulas _____ e ______.

A

Aórtica e tricúspide

192
Q

Como se encontra o anel mitral na PVM?

A

Frequentemente encontra-se dilatado

193
Q

Quais são as arritmias mais frequentemente reportadas nos doentes com PVM?

A
  • ESV
  • TSVP
  • TV
  • FA
194
Q

O click meso-telessistólico do PVM ocorre ____segundos ou mais após o S1

A

O click meso-telessistólico do PVM ocorre 0,14s ou mais após o S1

195
Q

V ou F

Um dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento da PVM é a degeneração mixomatosa e as concentrações aumentadas de certos glicosaminoglicanos nos folhetos valvulares

A

V