22-32 Flashcards
Sinal de Chvostek (32)
Presença de espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática
Causas:
Tetania por hipocalcemia → pode ocorrer por hipoparatiroidismo ou por tireoidectomia parcial/total
Hipomagnesemia (menos frequente)
Alcalose metabólica (menos frequente)
nota extra : 10% da população tem este sinal positivo sem ter hipocalcémia.
Tetania = contração muscular por estímulo máximo da unidade motora, em que a tensão de contração do músculo permanece máxima e constante. –> causas: drogas, hipocalcémia, estimulação elétrica, tétano
Sinal de Branham (22)
Se aplicarmos pressão numa artéria proximal a uma fístula arterio-venosa ocorre:
Diminuição do edema
Diminuição da FC
Desaparecimento do sopro e fervor à auscultação
Nota : As fístulas arteriovenosas traumáticas, em geral são decorrentes de lesão penetrante que promove laceração tanto da artéria como da veia, causando comunicação entre ambas.
Sinal de Brudzinsky (24)
2º sinal de irritação meníngea
Com o doente em decúbito dorsal, coloca-se uma mão na cabeça do paciente e outra apoiada no seu peito. Deste modo efetua-se uma força para a flexão passiva do pescoço, sendo o sinal positivo caso haja flexão espontânea dos quadris e dos joelhos.
Teste de Buerger (26)
Sinal utilizado para investigar a presença de isquémia grave
Consiste na avaliação do ângulo de elevação do MI a partir do qual fica pálido.
Devemos verificar se a palidez vem acompanhada de outros sintomas ( dor ou parestesias).
Com o paciente em decúbito dorsal, eleve ambas as pernas num ângulo de 45 graus e segure por 1 a 2 minutos. Observe a cor dos pés. Palidez indica isquemia. Ocorre quando a pressão arterial periférica é inadequada para superar os efeitos da gravidade.
Quanto mais empobrecido for o suprimento arterial, menor será o ângulo em que as pernas deverão ser levantadas para que fiquem pálidas.
De seguida, peça ao paciente para se sentar e peça-lhe que pendure as pernas na lateral da cama em um ângulo de 90 graus. A gravidade ajuda no fluxo sanguíneo e no retorno da cor na perna isquêmica. A pele inicialmente fica azul, dado que o sangue é desoxigenado na sua passagem pelo tecido isquêmico, e depois coloração avermelhada, devido à hiperemia reativa da vasodilatação pós-hipóxica.
90º → não existe perda de ruborização → normal
15-30º (30 a 60 segundos) → palidez → perna isquémica
<20º → isquémia severa
Sinal de campbell (28)
Consiste na descida da traqueia durante a inspiração em pacientes com DPOC.
Isto acontece dado que na DPOC ocorre um aumento do esforço expiratório, sendo que os movimentos da parede torácica, diafragma e músculos serem transmitidos à traqueia.
respiração de cheyne stokes (30)
A respiração de Cheyne Stokes é uma respiração cíclica na qual há um período de apneia seguida de um aumento gradual da frequência respiratória e do volume corrente (hiperpneia), e em seguida por uma diminuição gradual da frequência respiratória e do volume corrente até o próximo período apneico a cada 40-60 segundos.
É considerada um tipo de síndrome de apneia central do sono.
Fisiopatologia:
durante a apneia acumula-se o Co2.
é detetado pelos quimiorrecetores centrais levando a um aumento da frequência respiratória.
os níveis de Co2 no sangue voltam a baixar levando a estimulação dos quimiorrecetores e do centro respiratório que envia eferências no sentido de diminuir a frequência respiratória até que passamos ao período seguinte de apneia.
Causas:
aterosclerose cerebral ou lesões cerebrais da ponte
insuficiência cardíaca
hipertensão e doença coronária
aclimatação em altitude
desequilíbrios ácido-base
sedação
Diagnóstico é feito através de polissonografia. Deve tratar-se a causa subjacente.
sindrome de chilaiditi (31)
Corresponde à interposição do colón entre o diafragma e o fígado, podendo causar sintomas.
Habitualmente são assintomáticos no entanto também podem apresentar
-dor abdominal
-náuseas e vómitos
-oclusão intestinal e sintomas respiratórios (raros)
Pode-se fazer diagnóstico diferencial com pneumoperitoneu (parece que há ar abaixo do diafragma mas é colón)
Se ocorrer em individuos assintomáticos, é apenas um achado radiológico denominado de sinal de chilaiditi.
sindrome de budd chiari (25)
Carateriza-se por uma obstrução parcial ou total das veias hepáticas, que pode condicionar hipoxia e morte dos hepatócitos.
Pode ser causada por:
- trombose, para a qual contribuem estados de hipercoagulabilidade, nomeadamente trombofilia hereditária, gravidez, toma de anticoncepcionais orais, policitemia..
- neoplasia - provoca obstrução dos vasos por compressão (pode ser tumor renal, hepático, adrenal)
Esta obstrução gera uma congestão venosa hepática, com consequente aumento da pressão hepática e distensão da cápsula do fígado.
Este síndrome desenvolve-se geralmente em semanas ou meses, progredindo lentamente para cirrose e hipertensão portal.
Sintomas:
dor abdominal (hipocôndrio direito)
hepatomegalia dolorosa
náuseas e vómitos
icterícia
cirrose
hipertensão portal e sintomas associados (ascite, varizes, esplenomegalia)
aumento da ALT (indica citólise hepática)
linha de burton (27)
É uma linha com 1-2 mm, de coloração azul-escura, que assenta no bordo da mucosa gengival.
É um indicador clínico de intoxicação por chumbo (saturnismo).
MNEMÓNICA: tim burton tem filmes escuros e sombrios.
sopro de Carey Coombs (28)
É o sopro típico da miocardite reumática aguda.
Características:
semelhante ao sopro de estenose mitral mas sem o clique de abertura
protomesodiastólico
ouvido no foco mitral
Este sopro está relacionado com a dificuldade de abertura da válvula causada pela inflamação e presença de edema desencadeados pela febre reumática. A válvula possui uma estenose por edema e daí a semelhança com o sopro da estenose mitral.