2017 EAD Flashcards
Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí”, “até” e “ir” ora denotam espaço, ora denotam tempo.
Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário.
Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir”. O
sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir” é de deslocamento: “alguém vai de A a B” quer dizer que
alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço.
Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca:
ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do
espaço.
Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista).
Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais
de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo.
(POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: . Acesso em 23 mai. 2014.)
01 - Considere as frases abaixo:
1. A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44.
2. Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema.
3. O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico.
4. No hemisfério Sul, o outono vai de 21 de março a 20 de junho.
5. As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a estação central.
O sentido do verbo “ir” fica no domínio do espaço:
a) no exemplo 1 e 3 apenas.
b) nos exemplos 2 e 3 apenas.
c) nos exemplos 4 e 5 apenas.
d) nos exemplos 1, 2 e 4 apenas.
e) nos exemplos 2, 3 e 5 apenas.
e
Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí”, “até” e “ir” ora denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário. Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir”. O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir” é de deslocamento: “alguém vai de A a B” quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço. Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço. Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo. 02 - O verbo “ir” tem, ainda, outro uso corrente não contemplado no texto: pode ser uma partícula unicamente gramatical responsável por marcar o tempo futuro do verbo principal da oração. Assinale a alternativa representativa desse uso. a) Enquanto aguardamos o telefonema da Joana, o Luís vai ao mercado e compra os salgados para o café. b) O período de inscrição para o concurso foi divulgado: vai de novembro a dezembro. c) Já noticiaram: o técnico vai divulgar o nome dos jogadores convocados nesta semana. d) Amanhã, este carro vai para a oficina, para reparos no freio e na lataria. e) Você já guardou tudo? Vai que ele chegue sem avisar...
c
03 - Considere as seguintes informações:
Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante
Ferraz, para a construção da nova base brasileira no continente gelado.
A nova base vai substituir a antiga.
A base antiga foi destruída por um incêndio.
O incêndio ocorreu em 2012.
Duas pessoas morreram no incêndio.
Assinale a alternativa que reúne, de forma clara e correta, essas informações em uma única frase.
a) Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz,
para a construção da nova base brasileira no continente gelado, cuja base antiga foi destruída por um incêndio de que
ocorreu em 2012, onde duas pessoas morreram e vai ser substituída.
b) Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz,
para a construção da nova base brasileira no continente gelado, que vai substituir a antiga, destruída por um incêndio em
2012, no qual duas pessoas morreram.
c) Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz,
para a construção da nova base brasileira no continente gelado, que vai ser substituir a antiga, que ela foi destruída por
um incêndio em 2012 onde duas pessoas morreram.
d) Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz,
para a construção da nova base brasileira no continente gelado, onde vai substituir a antiga, destruída por um incêndio em
2012, que duas pessoas morreram.
e) Projeto assinado pelo arquiteto Fábio Faria, de Curitiba, é o vencedor do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz,
para a construção da nova base brasileira no continente gelado, cuja antiga, destruída por um incêndio em 2012, vai
substituir, onde duas pessoas morreram.
b
04 - Numere a coluna da direita com base na informação da coluna da esquerda.
1. Nas férias, viajamos _____ Cidade do Cabo.
2. _____ rapaz não interessa fofoca de escritório.
3. Entregue o folheto somente _____ mulheres.
4. Eles ficaram _____ cercanias da cidade.
5. Convidaram _____ novo vizinho para a reunião.
( ) às
( ) à
( ) àquele
( ) aquele
( ) a
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta na coluna da direita, de cima para baixo.
a) 4 – 1 – 2 – 5 – 3.
b) 3 – 1 – 5 – 2 – 4.
c) 4 – 3 – 5 – 1 – 2.
d) 1 – 5 – 4 – 2 – 3.
e) 1 – 3 – 2 – 5 – 4.
a
Protestando dúvidas
Eliane Brum
Ainda não há um nome para o que aconteceu/acontece no Brasil. Só tentativas, associadas a fenômenos ocorridos em outros1
países, como Primavera Árabe, Occupy, Indignados. Não é algo original como “a revolta do vinagre”*, como apareceu aqui e ali,2
também não é Passe Livre. Nenhuma tentativa de nomear os acontecimentos deu conta de sua complexidade, o que parece nos3
dizer alguma coisa. Talvez porque o nome ainda esteja em disputa, como tanto por esses dias. Talvez porque não seja possível4
nomear o que não compreendemos. Mas, sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito. Na mesma proporção da5
ocupação das ruas por centenas de milhares de brasileiros houve uma produção de narrativas sobre o que acontecia. Fragmentadas,6
contraditórias, como os cartazes empunhados pelo movimento. Tento escutar algumas delas nesta coluna – não para explicá-las,7
porque só podemos tatear, mas em busca de pistas sobre o que essas narrativas revelam e mascaram. Se há algo que me parece8
claro é que máscaras ocultam faces, mas faces também ocultam máscaras. […]9
Em sua crônica da semana passada, na Folha de S. Paulo, o ótimo Antonio Prata fez a síntese precisa do momento: “Sejamos10
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este11
que vos escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Desde então, tornou-se quase um12
estilo começar um artigo dizendo que “ninguém está entendendo nada do que está acontecendo” – alguns com sinceridade, outros13
como mote para dizer que ele ou o veículo que representa, sim, está entendendo alguma coisa.14
Aos que fazem essa afirmação com sinceridade, gostaria de dizer que concordo. Mas gostaria de dizer também que sempre foi15
assim. Toda reflexão sobre a história em movimento é um esforço para compreender o momento no qual estamos todos tateando a16
partir de referências do passado e investigações do presente – sempre fragmentadas, incompletas e aquém, por maior que seja o17
nosso empenho. O que oferecemos ao leitor são nossas melhores e mais profundas dúvidas – e é com dúvidas que vamos18
construindo a narrativa complexa do cotidiano. O risco seria, com medo da ruptura também em nossos padrões de pensamento,19
repetirmos certezas viciadas para não escutar o novo. Se existe uma potência possível, ela se dá na coragem de sustentar nossas20
incertezas.21
Uma das melhores frases para esses dias sem nome foi postada pelo poeta Carlito Azevedo, no Facebook:22
− Quem não estiver confuso, não está bem informado.23
(http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ eliane-brum/noticia/2013/07/bprotestandob-duvidas.html.Publicado em 03 jul.2013)
*Revolta do vinagre: expressão usada em alguns blogs e veículos de informação para designar as manifestações iniciadas em junho
de 2013 no Brasil, em alusão ao uso pelos manifestantes de pano embebido em vinagre para reduzir o efeito do gás lacrimogêneo.
05 - Segundo o texto, é correto afirmar:
a) As explicações sobre os acontecimentos de junho de 2013 no Brasil são múltiplas e esclarecedoras.
b) A dificuldade de compreender as manifestações decorre do pequeno volume de informações divulgadas pela imprensa.
c) A analogia com movimentos internacionais, como os Indignados e a Primavera Árabe, é o caminho mais adequado para
compreender e nomear as manifestações ocorridas no Brasil.
d) A dificuldade em dar um nome às manifestações está relacionada à dificuldade de compreender o que se passa, em virtude
de sua complexidade.
e) A autora considera que o nome “revolta do vinagre” é o mais adequado para as manifestações, por ser original e destacar
a diferença entre as manifestações no Brasil e fora do país
d
Protestando dúvidas
Eliane Brum
Ainda não há um nome para o que aconteceu/acontece no Brasil. Só tentativas, associadas a fenômenos ocorridos em outros1
países, como Primavera Árabe, Occupy, Indignados. Não é algo original como “a revolta do vinagre”*, como apareceu aqui e ali,2
também não é Passe Livre. Nenhuma tentativa de nomear os acontecimentos deu conta de sua complexidade, o que parece nos3
dizer alguma coisa. Talvez porque o nome ainda esteja em disputa, como tanto por esses dias. Talvez porque não seja possível4
nomear o que não compreendemos. Mas, sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito. Na mesma proporção da5
ocupação das ruas por centenas de milhares de brasileiros houve uma produção de narrativas sobre o que acontecia. Fragmentadas,6
contraditórias, como os cartazes empunhados pelo movimento. Tento escutar algumas delas nesta coluna – não para explicá-las,7
porque só podemos tatear, mas em busca de pistas sobre o que essas narrativas revelam e mascaram. Se há algo que me parece8
claro é que máscaras ocultam faces, mas faces também ocultam máscaras. […]9
Em sua crônica da semana passada, na Folha de S. Paulo, o ótimo Antonio Prata fez a síntese precisa do momento: “Sejamos10
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este11
que vos escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Desde então, tornou-se quase um12
estilo começar um artigo dizendo que “ninguém está entendendo nada do que está acontecendo” – alguns com sinceridade, outros13
como mote para dizer que ele ou o veículo que representa, sim, está entendendo alguma coisa.14
Aos que fazem essa afirmação com sinceridade, gostaria de dizer que concordo. Mas gostaria de dizer também que sempre foi15
assim. Toda reflexão sobre a história em movimento é um esforço para compreender o momento no qual estamos todos tateando a16
partir de referências do passado e investigações do presente – sempre fragmentadas, incompletas e aquém, por maior que seja o17
nosso empenho. O que oferecemos ao leitor são nossas melhores e mais profundas dúvidas – e é com dúvidas que vamos18
construindo a narrativa complexa do cotidiano. O risco seria, com medo da ruptura também em nossos padrões de pensamento,19
repetirmos certezas viciadas para não escutar o novo. Se existe uma potência possível, ela se dá na coragem de sustentar nossas20
incertezas.21
Uma das melhores frases para esses dias sem nome foi postada pelo poeta Carlito Azevedo, no Facebook:22
− Quem não estiver confuso, não está bem informado
06 - Considere as seguintes afirmativas sobre o texto:
1. O título reflete a intenção da autora de protestar contra as dúvidas sobre as manifestações de junho daquele ano.
2. Para a autora, a dificuldade em compreender acontecimentos presentes não se restringe à análises das
manifestações ocorridas no Brasil.
3. Eliane Brum manifesta seu descontentamento com as análises fragmentadas, incompletas e contraditórias sobre
as manifestações.
4. Para a autora, a ausência de máscaras entre os manifestantes nem sempre revela sua autenticidade.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d
Protestando dúvidas
Eliane Brum
Ainda não há um nome para o que aconteceu/acontece no Brasil. Só tentativas, associadas a fenômenos ocorridos em outros1
países, como Primavera Árabe, Occupy, Indignados. Não é algo original como “a revolta do vinagre”*, como apareceu aqui e ali,2
também não é Passe Livre. Nenhuma tentativa de nomear os acontecimentos deu conta de sua complexidade, o que parece nos3
dizer alguma coisa. Talvez porque o nome ainda esteja em disputa, como tanto por esses dias. Talvez porque não seja possível4
nomear o que não compreendemos. Mas, sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito. Na mesma proporção da5
ocupação das ruas por centenas de milhares de brasileiros houve uma produção de narrativas sobre o que acontecia. Fragmentadas,6
contraditórias, como os cartazes empunhados pelo movimento. Tento escutar algumas delas nesta coluna – não para explicá-las,7
porque só podemos tatear, mas em busca de pistas sobre o que essas narrativas revelam e mascaram. Se há algo que me parece8
claro é que máscaras ocultam faces, mas faces também ocultam máscaras. […]9
Em sua crônica da semana passada, na Folha de S. Paulo, o ótimo Antonio Prata fez a síntese precisa do momento: “Sejamos10
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este11
que vos escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Desde então, tornou-se quase um12
estilo começar um artigo dizendo que “ninguém está entendendo nada do que está acontecendo” – alguns com sinceridade, outros13
como mote para dizer que ele ou o veículo que representa, sim, está entendendo alguma coisa.14
Aos que fazem essa afirmação com sinceridade, gostaria de dizer que concordo. Mas gostaria de dizer também que sempre foi15
assim. Toda reflexão sobre a história em movimento é um esforço para compreender o momento no qual estamos todos tateando a16
partir de referências do passado e investigações do presente – sempre fragmentadas, incompletas e aquém, por maior que seja o17
nosso empenho. O que oferecemos ao leitor são nossas melhores e mais profundas dúvidas – e é com dúvidas que vamos18
construindo a narrativa complexa do cotidiano. O risco seria, com medo da ruptura também em nossos padrões de pensamento,19
repetirmos certezas viciadas para não escutar o novo. Se existe uma potência possível, ela se dá na coragem de sustentar nossas20
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07 - “Quem não estiver confuso, não está bem informado” (linha 23). Considere as seguintes afirmativas feitas a partir
dessa citação de Carlito Azevedo:
1. Todos os que estiverem confusos estão bem informados.
2. Todos os que estiverem bem informados estão confusos.
3. Todos os que não estiverem bem informados não estão confusos.
4. Todos os que não estiverem confusos estão bem informados.
Corresponde(m) à afirmação de Carlito Azevedo:
a) 2 apenas.
b) 4 apenas.
c) 1 e 2 apenas.
d) 1 e 3 apenas.
e) 3 e 4 apenas.
a
Protestando dúvidas
Eliane Brum
Ainda não há um nome para o que aconteceu/acontece no Brasil. Só tentativas, associadas a fenômenos ocorridos em outros1
países, como Primavera Árabe, Occupy, Indignados. Não é algo original como “a revolta do vinagre”*, como apareceu aqui e ali,2
também não é Passe Livre. Nenhuma tentativa de nomear os acontecimentos deu conta de sua complexidade, o que parece nos3
dizer alguma coisa. Talvez porque o nome ainda esteja em disputa, como tanto por esses dias. Talvez porque não seja possível4
nomear o que não compreendemos. Mas, sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito. Na mesma proporção da5
ocupação das ruas por centenas de milhares de brasileiros houve uma produção de narrativas sobre o que acontecia. Fragmentadas,6
contraditórias, como os cartazes empunhados pelo movimento. Tento escutar algumas delas nesta coluna – não para explicá-las,7
porque só podemos tatear, mas em busca de pistas sobre o que essas narrativas revelam e mascaram. Se há algo que me parece8
claro é que máscaras ocultam faces, mas faces também ocultam máscaras. […]9
Em sua crônica da semana passada, na Folha de S. Paulo, o ótimo Antonio Prata fez a síntese precisa do momento: “Sejamos10
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este11
que vos escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Desde então, tornou-se quase um12
estilo começar um artigo dizendo que “ninguém está entendendo nada do que está acontecendo” – alguns com sinceridade, outros13
como mote para dizer que ele ou o veículo que representa, sim, está entendendo alguma coisa.14
Aos que fazem essa afirmação com sinceridade, gostaria de dizer que concordo. Mas gostaria de dizer também que sempre foi15
assim. Toda reflexão sobre a história em movimento é um esforço para compreender o momento no qual estamos todos tateando a16
partir de referências do passado e investigações do presente – sempre fragmentadas, incompletas e aquém, por maior que seja o17
nosso empenho. O que oferecemos ao leitor são nossas melhores e mais profundas dúvidas – e é com dúvidas que vamos18
construindo a narrativa complexa do cotidiano. O risco seria, com medo da ruptura também em nossos padrões de pensamento,19
repetirmos certezas viciadas para não escutar o novo. Se existe uma potência possível, ela se dá na coragem de sustentar nossas20
incertezas.21
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− Quem não estiver confuso, não está bem informado.
08 - Observe as expressões destacadas na citação que a autora faz de Antonio Prata: “Sejamos francos, companheiros:
ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este que vos
escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Sobre o uso das expressões
assinaladas, é correto afirmar:
a) Ambas são formas características do uso coloquial da língua portuguesa.
b) A forma pronominal “vos” revela um problema de concordância com as formas verbais empregadas por Antonio Prata.
c) Os usos da forma verbal “tá” e da forma pronominal “vos” são inadequados na escrita, ainda que o autor seja um cronista
e procure escrever em um tom coloquial.
d) O uso da forma verbal “tá” apresenta inadequações em relação ao tempo verbal e à concordância.
e) Observa-se o uso no mesmo texto de uma forma verbal típica do português coloquial e um pronome de uso em geral
restrito a contextos formais, especialmente religiosos
e
Protestando dúvidas
Eliane Brum
Ainda não há um nome para o que aconteceu/acontece no Brasil. Só tentativas, associadas a fenômenos ocorridos em outros1
países, como Primavera Árabe, Occupy, Indignados. Não é algo original como “a revolta do vinagre”*, como apareceu aqui e ali,2
também não é Passe Livre. Nenhuma tentativa de nomear os acontecimentos deu conta de sua complexidade, o que parece nos3
dizer alguma coisa. Talvez porque o nome ainda esteja em disputa, como tanto por esses dias. Talvez porque não seja possível4
nomear o que não compreendemos. Mas, sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito. Na mesma proporção da5
ocupação das ruas por centenas de milhares de brasileiros houve uma produção de narrativas sobre o que acontecia. Fragmentadas,6
contraditórias, como os cartazes empunhados pelo movimento. Tento escutar algumas delas nesta coluna – não para explicá-las,7
porque só podemos tatear, mas em busca de pistas sobre o que essas narrativas revelam e mascaram. Se há algo que me parece8
claro é que máscaras ocultam faces, mas faces também ocultam máscaras. […]9
Em sua crônica da semana passada, na Folha de S. Paulo, o ótimo Antonio Prata fez a síntese precisa do momento: “Sejamos10
francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este11
que vos escreve e vem, humilde ou pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância”. Desde então, tornou-se quase um12
estilo começar um artigo dizendo que “ninguém está entendendo nada do que está acontecendo” – alguns com sinceridade, outros13
como mote para dizer que ele ou o veículo que representa, sim, está entendendo alguma coisa.14
Aos que fazem essa afirmação com sinceridade, gostaria de dizer que concordo. Mas gostaria de dizer também que sempre foi15
assim. Toda reflexão sobre a história em movimento é um esforço para compreender o momento no qual estamos todos tateando a16
partir de referências do passado e investigações do presente – sempre fragmentadas, incompletas e aquém, por maior que seja o17
nosso empenho. O que oferecemos ao leitor são nossas melhores e mais profundas dúvidas – e é com dúvidas que vamos18
construindo a narrativa complexa do cotidiano. O risco seria, com medo da ruptura também em nossos padrões de pensamento,19
repetirmos certezas viciadas para não escutar o novo. Se existe uma potência possível, ela se dá na coragem de sustentar nossas20
incertezas.21
Uma das melhores frases para esses dias sem nome foi postada pelo poeta Carlito Azevedo, no Facebook:22
− Quem não estiver confuso, não está bem informado.
09 - As alternativas a seguir contêm trechos extraídos do texto, com destaque para as formas verbais empregadas pela
autora. Ao lado, são apresentadas possíveis reformulações, deixando-se lacunas para o preenchimento das formas
verbais adequadas.
1. “sobre aquilo que permaneceu inominável, se disse muito” (linha 5); sobre os acontecimentos que permaneceram
inomináveis, se _______ muito.
2. “houve uma produção de narrativas” (linha 6); ________ inúmeras produções de narrativas.
3. “para dizer que ele ou o veículo que representa” (linha 14); para dizer que eles ou o veículo que _________ .
4. “Se existe uma potência” (linha 20); Se _______ potências.
Em que casos a lacuna deve ser preenchida com uma forma verbal no plural?
a) 1 e 2 apenas.
b) 2 e 4 apenas.
c) 3 e 4 apenas.
d) 1, 2 e 3 apenas.
e) 1, 3 e 4 apenas
c
10 - Leia o texto abaixo:
Há muito a psicologia clínica indica que mudar as emoções diante de um evento é uma maneira eficaz de conseguir viver em
paz com uma experiência dolorosa. Agora, a ciência confirma que a escrita não é só uma ferramenta importante nesse processo
como pode alterar as respostas fisiológicas a doenças crônicas, melhorando o quadro de saúde dos pacientes. Ao escrever, os
doentes tornam suportável uma experiência anteriormente tida como pesada demais. Ela passa a integrar a biografia de quem
vive o trauma, abrindo caminho para a recuperação, como se cada um reescrevesse sua história.
(Revista IstoÉ, no 2201, 18 jan.2012, p. 98.)
Com base esse texto, considere as seguintes afirmativas:
1. as doenças crônicas são resolvidas pela prática de leitura e escrita.
2. a prática de escrita é um meio de o doente viver melhor uma experiência ruim.
3. a ciência e a psicologia clínica não têm consenso sobre o melhor tratamento para pacientes crônicos.
Está(ão) de acordo com o texto:
a) a afirmativa 2 apenas.
b) a afirmativa 3 apenas.
c) as afirmativas 1 e 2 apenas.
d) as afirmativas 1 e 3 apenas.
e) as afirmativas 2 e 3 apenas.
a
11 - O parágrafo abaixo foi extraído de um texto opinativo sobre o resultado negativo da participação do Brasil na copa de
2014.
O modelo imóvel do “verdadeiro futebol brasileiro” está matando o futebol brasileiro – aquele que efetivamente jogamos, e que
precisamos aprender a enxergar (e, no limite, a amar) em suas possibilidades e limites. Claro que precisamos mudar tudo,
deixando de infantilizar os clubes, aumentando o público nos campeonatos, conseguindo assim prender nossos jogadores mais
tempo no país, profissionalizando e multiplicando as escolinhas, trabalhando o antigo armador para que se torne esse animal
bifronte, que arma e desarma, que tanta falta nos faz, atacando a corrupção e o circuito interno autorreferente que caracteriza
a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Mas não é pouco o que somos. Não apenas pelos cinco títulos – tivemos virtudes
nesta copa, como na copa passada, que não deveriam ser jogadas no lixo.
Revista Piauí, agosto 2014, p. 36 (adaptação).
A que o texto se opõe?
a) Ao número excessivo de jogadores armadores da seleção brasileira.
b) Aos problemas administrativos da CBF.
c) Aos erros técnicos dessa copa de 2014 e da última de 2010.
d) Ao excessivo amor dedicado ao futebol pelos brasileiros.
e) À violência entre torcidas dos jogos do campeonato nacional
b
12 - Os parágrafos a seguir fazem parte de um texto sobre a importância da ciência, publicado na edição 340 da revista
Ciência Hoje. Numere os parênteses, determinando a ordem lógica desses parágrafos.
( ) Conscientes da importância da ciência em tempos de evolução acelerada do conhecimento, e apesar de estarem
envolvidos em grave crise econômica global, vários países têm aumentado o investimento em ciência e inovação
tecnológica. Em 2012, a China aumentou o investimento na pesquisa básica em 26%. Em 2020, China e União
Europeia pretendem alcançar, respectivamente, 2,5% e 3% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Coreia
do Sul e Israel já investem cerca de 4% do PIB em P&D. Os EUA, 2,8%.
( ) É urgente reverter essa tendência. Como demonstram outros países, é possível fazer ajustes na economia, em
épocas de crise, e aumentar ao mesmo tempo o investimento em ciência, tecnologia e educação, pilares
essenciais da ponte para o futuro.
( ) Já o Brasil investe hoje menos que 1,5% do PIB em P&D e, desde 2013, tem reduzido substancialmente os recursos
para ciência e tecnologia (C&T). O orçamento atual do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), menos de R$ 5 bilhões, está longe do valor de 2013, corrigido pela inflação: R$ 10
bilhões. A adição do ‘C’ final ao MCTI não trouxe os recursos correspondentes.
( ) No início do século 20, jovens movidos pela curiosidade desenvolveram uma nova concepção da natureza: a física
quântica. Não tinham a menor ideia das possíveis aplicações dessa teoria. Cem anos depois, cerca de 1/3 do
produto interno bruto (PIB) norte-americano baseava-se em tecnologias resultantes daquela nova física: o laser,
a ressonância magnética nuclear, o transistor, os computadores. A curiosidade daqueles jovens levou a
revoluções tecnológicas que transformaram o mundo.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para baixo
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 1 – 4 – 3 – 2.
c) 2 – 1 – 4 – 3.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 1 – 2 – 3.
d
13 - Considere o seguinte trecho:
Dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações obtidas e tomada de
decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados, as fábricas inteligentes vão se
diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos.
Assinale a alternativa em que a inversão da ordem das ideias mantém o mesmo sentido do trecho acima.
a) As fábricas inteligentes vão se diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos,
porque são dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações obtidas
e tomada de decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados.
b) As fábricas inteligentes vão se diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos,
mas são dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações obtidas e
tomada de decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados.
c) As fábricas inteligentes vão se diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos,
não obstante serem dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações
obtidas e tomada de decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados.
d) As fábricas inteligentes vão se diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos,
embora sejam dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações
obtidas e tomada de decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados.
e) As fábricas inteligentes vão se diferenciar das que dominam nosso sistema produtivo atual em quatro princípios básicos,
apesar de serem dotadas de equipamentos com sensores e softwares preparados para interpretação das informações
obtidas e tomada de decisões de acordo com os parâmetros de segurança, produtividade e ciência desejados
a
14 - Na frase “Alunos de classes socioeconômicas mais altas geralmente conseguem aprender mais, em menos tempo,
que os de classes mais baixas, por uma série de motivos”, estabelece-se uma relação de:
a) consequência.
b) finalidade.
c) causalidade.
d) comparação.
e) conformidade.
d
15 - Assinale a alternativa corretamente pontuada.
a) A expectativa é de que até 2020, 75 bilhões de equipamentos já estarão conectados à internet, e vão se comunicar entre
si sem interação humana.
b) A expectativa é de que: até 2020 75 bilhões de equipamentos já estarão conectados à internet e vão se comunicar, entre
si sem interação humana.
c) A expectativa é de que, até 2020, 75 bilhões de equipamentos já estarão conectados à internet e vão se comunicar entre
si sem interação humana.
d) A expectativa é de que, até 2020 75 bilhões de equipamentos já estarão conectados à internet e, vão se comunicar entre
si, sem interação humana.
e) A expectativa é: de que até 2020, 75 bilhões de equipamentos já estarão conectados à internet, e vão se comunicar, entre
si; sem interação humana.
c
16 - Considere o seguinte trecho:
De acordo com pesquisa promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 70% das empresas do Brasil empregam
tecnologia apenas para melhorar processos produtivos já existentes, _________ só cerca de 30% a usam para desenvolver
novos produtos e negócios.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna acima.
a) onde
b) que deles
c) em que
d) devido que
e) enquanto
e
17 - Pouco antes, a agência de imprensa japonesa Kyodo informou que sete membros da tripulação do USS Fitzgerald permaneciam
desaparecidos, citando a Guarda Costeira, que teria obtido a informação com a Marinha americana.
De acordo com esse trecho:
a) a agência Kyodo foi a primeira a informar que sete membros da tripulação do USS Fitzgerald permaneciam desaparecidos.
b) a Marinha americana informou à Guarda Costeira que sete membros da tripulação do USS Fitzgerald permaneciam
desaparecidos.
c) a tripulação do USS Fitzgerald informou à Marinha americana que sete membros permaneciam desaparecidos.
d) a agência Kyodo informou à Guarda Costeira que que sete membros da tripulação do USS Fitzgerald permaneciam
desaparecidos.
e) a Guarda Costeira foi a primeira a saber que sete membros da tripulação do USS Fitzgerald permaneciam desaparecidos
b
18 - De onde _____ os leites achocolatados? Se você respondeu “de vacas marrons” – mas não achamos que seja o caso –, você
pensa como 7% dos norte-americanos adultos e sua resposta está errada. Diante do número impressionante, é bom deixar
claro: o leite achocolatado é feito da mistura de leite de vaca (muitas delas marrons, é verdade), chocolate e açúcar.
A alta taxa de pessoas que _____ que o achocolatado sai pronto de uma vaca marrom foi identificada por uma pesquisa feita
online pelo Centro de Pesquisa de Laticínios dos Estados, que ouviu mais de mil norte-americanos adultos. Isso significa que,
só nos EUA, mais de 16 milhões de pessoas _____ assim, de acordo com a pesquisa.
Mas esse não é o único número que surpreendeu diversos veículos de imprensa norte-americanos. Quase metade das pessoas
ouvidas (48%) _____ que não _____ certeza sobre de onde _____ o achocolatado. Isso mesmo o leite sendo uma das bases
da alimentação dos norte-americanos: só 5% deles não _____ a bebida.
(Fonte: )
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas desse texto.
a) vem – acreditam – pensa – disse – têm – vêm – tomam.
b) veem – acredita – pensa – disseram – teem – vem – toma.
c) veem – acreditam – pensam – disse – teem – vem – tomam.
d) vêm – acredita – pensa – disseram – tem – vêm – toma.
e) vêm – acreditam – pensam – disseram – têm – vem – tomam.
e
19 - A produção de diversos tipos de comidas e bebidas, como pães, iogurtes, coalhada, vinho e vinagre, deve-se a um processo metabólico que ocorre em alguns organismos vivos, como bactérias e fungos. Esse processo é conhecido como: a) fermentação. b) respiração. c) decomposição. d) reprodução. e) nutrição.
a
20 - Texto 1: A candidata a uma vacina que poderá proteger os seres humanos da esquistossomose passou na fase inicial
dos testes clínicos. Totalmente desenvolvida no Brasil, ela tem como alvo o verme Schistosoma mansoni, que provoca
a doença. O imunizante usa uma proteína chamada de Sm14 para que o ataque do parasita no corpo humano seja
neutralizado. (Fonte: . Acesso: 08/08/2016.)
Texto 2: Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu conseguiram autorização do Ministério
da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes em humanos do soro antiapílico
(antiveneno de abelhas). O soro, composto por uma imunoglobulina heteróloga, será o primeiro do mundo. (Fonte:
c
21 - Numere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda, relacionando os diferentes
transportes que acontecem na membrana plasmática com os respectivos casos exemplares desses transportes.
1. Osmose.
2. Transporte ativo.
3. Fagocitose.
4. Difusão facilitada.
( ) Acontece na absorção de glicose ao nível das vilosidades intestinais.
( ) Acontece na conservação da carne pelo salgamento.
( ) Ocorre na transmissão do impulso nervoso resultante da polarização
da membrana.
( ) Acontece quando células do sangue eliminam microrganismos
invasores.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 1 – 2 – 4 – 3.
c) 3 – 1 – 2 – 4.
d) 4 – 1 – 2 – 3.
e) 4 – 3 – 1 – 2.
d
22 - Para atrair potenciais polinizadores, as plantas comumente armazenam néctar nas suas flores em estruturas
específicas, chamadas de nectários. Contudo, várias espécies de plantas também podem apresentar nectários longe
das flores, os chamados “nectários extraflorais”. Essas estruturas podem ser encontradas em vários locais, como
folhas e brotos. Durante a sua procura por alimento, formigas se deparam com esses nectários e passam a se alimentar
do néctar produzido, a eles retornando repetidamente. Durante essa atividade, as formigas acabam patrulhando essas
plantas e defendendo-as contra potenciais herbívoros, como lagartas e percevejos.
Esse tipo de interação entre formigas e plantas com nectários extraflorais pode ser categorizado como:
a) epifitismo.
b) mutualismo.
c) colonialismo.
d) predação.
e) parasitismo
b
23 - A Seleção Natural é um dos principais fatores responsáveis pela evolução, juntamente com a mutação, a deriva
genética e a migração genética. Para que a Seleção Natural ocorra em uma população, é imprescindível que haja:
a) alteração do meio ambiente, propiciando o favorecimento de alguns indivíduos da população.
b) informações genéticas anômalas que produzam doenças quando em homozigose.
c) disputa entre os indivíduos, com a morte dos menos aptos.
d) mutação em taxa compatível com as exigências ambientais.
e) diversidade da composição genética dos indivíduos da população
e
24 - Um laboratório de análises clínicas avaliou a composição de três fluidos corporais de um mesmo mamífero, conforme
demonstrado no quadro abaixo:
Concentração (g/cm3)
Fluido Ureia Proteínas Aminoácidos
A 2,3 0 0
B 0,28 0 0,48
C 0,28 8,2 0,48
Os fluidos A, B e C são, respectivamente:
a) plasma sanguíneo – filtrado glomerular – urina.
b) plasma sanguíneo – urina – filtrado glomerular.
c) urina – filtrado glomerular – plasma sanguíneo.
d) filtrado glomerular – urina – plasma sanguíneo.
e) urina – plasma sanguíneo – filtrado glomerular.
c
25 - Em relação ao sistema ABO de grupos sanguíneos, considere as seguintes afirmativas:
1. O tipo sanguíneo AB é considerado doador universal.
2. O tipo sanguíneo O é considerado receptor universal.
3. O tipo sanguíneo A pode doar para pessoas do tipo A e AB.
4. O tipo sanguíneo B pode doar para pessoas do tipo B e AB.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras
b
26 - O processo de desaparecimento de animais em um ambiente, conhecido por defaunação, pode causar um dano
profundo aos ecossistemas. Em florestas tropicais, muitas árvores dependem de animais como macacos e antas. Na
agricultura, a produção de muitas culturas depende das abelhas, que estão desaparecendo. Os animais citados no
texto, mamíferos e abelhas, atuam, respectivamente:
a) na dispersão das sementes e na polinização.
b) na dispersão das sementes e no controle de pragas.
c) na polinização e na dispersão das sementes.
d) no controle de pragas e na dispersão das sementes.
e) no controle de pragas e na polinização
a
27 - Ao longo dos séculos foram construídas diferentes explicações sobre a origem da vida na Terra. Em relação a tais
teorias, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A abiogênese (ou teoria da geração espontânea) defende a ideia de que o surgimento de seres vivos poderia
ocorrer a partir de substâncias ou materiais não vivos.
( ) A teoria da evolução química (ou molecular) defende a ideia de que substâncias orgânicas surgiram a partir de
condições primitivas: água, metano, hidrogênio, amônia e descarga elétrica.
( ) A teoria da panspermia (ou epigênese) defende a ideia de que todo ser vivo já estaria pré-formado dentro de um
ovo.
( ) A biogênese (ou teoria da pré-formação) defende a ideia de que a vida estaria dispersa pelo cosmo na forma de
sementes capazes de gerar a vida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – F – V.
b) V – F – V – V.
c) V – V – F – F.
d) F – F – V – F.
e) F – V – V – F.
c
28 - Entre os vários trabalhos científicos desenvolvidos por Albert Einstein, destaca-se o efeito fotoelétrico, que lhe rendeu
o Prêmio Nobel de Física de 1921. Sobre esse efeito, amplamente utilizado em nossos dias, é correto afirmar:
a) Trata-se da possibilidade de a luz incidir em um material e torná-lo condutor, desde que a intensidade da energia da
radiação luminosa seja superior a um valor limite.
b) É o princípio de funcionamento das lâmpadas incandescentes, nas quais, por ação da corrente elétrica que percorre o seu
filamento, é produzida luz.
c) Ocorre quando a luz atinge um metal e a carga elétrica do fóton é absorvida pelo metal, produzindo corrente elétrica.
d) É o efeito que explica o fenômeno da faísca observado quando existe uma diferença de potencial elétrico suficientemente
grande entre dois fios metálicos próximos.
e) Corresponde à ocorrência da emissão de elétrons quando a frequência da radiação luminosa incidente no metal for maior
que um determinado valor, o qual depende do tipo de metal em que a luz incidi
e