2 - Testes de Função Pulmonar Espirometria Flashcards
Tipos de exames de função pulmonar:
Espirometria simples com broncodilatação
Medida de volumes pulmonares (pletismografia ou N2)
Broncoprovocação
Testes de exercício (ergoespirometria)
Testes de avaliação da troca gasosa:
Difusão de monóxido de carbono
Gasometria arterial
Relembrando a Fisiologia respiratória:
Órgão “delicado”, esponjoso, compressível
Zona condutora:
Árvore brônquica: ramificação em várias gerações
Brônquios: componente cartilaginoso
Bronquíolos: sustentação por tecido conjuntivo
Zona respiratória:
região de troca, o fluxo é laminar
Volumes e Capacidades Pulmonares
Determinantes dos volumes e capacidades:
ação dos músculos respiratórios
forças contrárias à expansão pulmonar
- tensão superficial
- forças elásticas do pulmão e da caixa torácica
Volume corrente (VC) é o ar mobilizado durante uma inspiração ou expiração basal.
Volume de reserva inspiratório (VRI) é o volume de ar máximo inalado após uma inspiração basal, alcançando a CPT.
Volume de reserva expiratória (VRE) é o volume de ar máximo eliminado após uma expiração basal.
Volume residual (VR) representa o volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima. É um dado identificado apenas pela pletismografia, não sendo possível apenas com a espirometria simples.
Capacidade pulmonar total (CPT) é o volume de gás total nos pulmões após a inspiração máxima. É um dado identificado apenas pela pletismografia, não
sendo possível apenas com a espirometria simples. É a soma da capacidade vital com o volume residual.
Capacidade residual funcional (CRF) é o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração usual, em volume corrente. É a soma do volume de reserva expiratório com o volume residual.
Capacidade vital (CV)representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração. Ela pode ser realizada por manobra forçada (CVF) ou lenta (CVL). É a soma da capacidade inspiratória com o volume de reserva inspiratório.
Capacidade inspiratória (CI) corresponde à soma do volume corrente com o volume de reserva inspiratório.
Fluxos pulmonares - geração da diferença de pressão :
Determinantes dos fluxos pulmonares - resistência ao fluxo aéreo:
Importância clínica
Doenças que obstruem as pequenas vias aéreas cursam com aumento da resistência ao fluxo de ar
Determinantes do fluxo aéreo:
Ação da musculatura lisa brônquica
- ação do SNA (simp vasodilat/parassimp vasoconst)
Volumes pulmonares
- maior resistência em volumes pulmonares baixos
Fluxo inspiratório máximo:
Fluxo expiratório máximo:
Importância clínica
O fluxo expiratório forçado é excelente medida da função pulmonar
Altera-se em diversas doenças
Limitado, principalmente, por propriedades intrínsecas do pulmão.
Reprodutível num mesmo indivíduo
Espirometria
É a medida de ar que entra e sai dos pulmões
Papel diagnóstico em indivíduos com sintomas respiratórios ou exposições potencialmente nocivas aos pulmões
Avaliação pré-operatória
Acompanhamento das respostas terapêuticas
Contraindicações: hemoptise, IAM recente, pneumotórax, descolamento de retina, cirurgias abdominais, neurológicas ou torácicas recentes
Interpretação do exame:
Distúrbios ventilatórios (Curvas):
curva obstrutiva - parece uma cadeira de praia - analisar o VF1
curva restritiva - curva em minatura com aparência de ser normal ou de base estreita
Distúrbios de vias aéreas centrais:
**Suspeita Obstrução Vias aéreas superiores**: curva ex, ins ou ambas encontram-se achatadas após esforço máximo
**Extratorácica Variável** achata a curva inspiratória: paralisia de uma ou ambas pregas vocais, tumores, lesões inflamatórias de laringe, bócio
**Intratorácica variável** achata a curva expiratória: tumores traqueais, tumores traqueais, amiloidose, traqueomalácia
## Footnote
achatamentos de curvas exp/insp - pensar em estenoses subglóticas/traqueais - cursam com estridores
Valores normais: avaliar valores absolutos:
CVF e CVL —————- ≥ LIN
VEF1 ———————— ≥ LIN
VEF1/CVF —————– ≥ LIN
LIN: limite inferior da normalidade
Ex: VEF1 normal - indica que está maior ou igual ao LIN
O que caracteriza um distúrbio obstrutivo?
Diminuição de fluxos
queda desproporcional do VEF1 em relação à CVF
Relação VEF1/CVF reduzida em distúrbios obstrutivos!