02 - Doenças Clínicas na Gestação Flashcards

1
Q

Quando se deve pensar em HAS crônica na avaliação do pré-natal?

A

HAS antes da 20ª semana de gestação

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Q

A paciente com pré-eclâmpsia apresenta melhora da HAS em até quanto tempo do puerpério?

A

12 semanas

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3
Q

Qual a definição de pré-eclâmpsia?

A
Surgimento de PA > ou = 140 x 90 mmHg após a 20ª semana de gestação

➕
Proteinúria > ou = 300 mg/dia ou

Proteína/creatinina na urina > ou = 0,3 

ou > = 1 + na fita no EAS 

OU

PA > ou = 140 x 90 mmHg + 
ausência de proteinúria + 
presença de critérios de gravidade, a saber: 

• plaquepenia < 100.000

• Cr > 1,1 

• EAP 

• aumento 2 x das transaminases 

• sintomas cerebrais ou visuais 
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4
Q

Hipertensão após 20 semanas de gestação sem proteinúria que normaliza até 12 semanas pós-parto é o conceito de:

A

Hipertensão gestacional ou transitória

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5
Q

Qual a fisiopatologia da pré-eclâmpsia?

A

Ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica entre 16-22ª semana levando à isquemia placentária, lesão endotelial com a liberação de substâncias vasoativas, promovendo espasmo arteriolar placentário e sistêmico, elevando a RVP (que culmina na hipertensão) e a permeabilidade vascular (edema).

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6
Q

Em qual período da gestação ocorre a 2ª onda de penetração trofoblástica?

A

18-20 semanas

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7
Q

Qual achado leva à suspeita da ausência de 2ª onda de invasão trofoblástica?

A

Incisura protodiastólica, demonstrando alta resistência e baixo fluxo na artéria uterina.

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8
Q

Quais os critérios da síndrome Hellp?

A
• Hemólise: 
LDH > ou = 600
esquizócito
bilirrubina > ou = 1,2

• Elevação de enzimas: 
TGO (AST) > ou = 70

• Low plaquetopenia < 100.000
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9
Q

Quais as medicações na crise hipertensiva da pré-eclâmpsia?

A
Hidralazina 

Labetalol IV 

Nifedipino VO(menos usado)
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10
Q

Quais as medicações anti-hipertensivas de manutenção na pré-eclâmpsia?

A
Metildopa VO 

Hidralazina VO

Pindolol VO
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11
Q

Qual a droga de escolha na prevenção da eclâmpsia?

A

Sulfato de magnésio

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12
Q

Qual a dose de sulfato de magnésio no ataque e manutenção da prevenção da eclâmpsia segundo Pritchard?

A
A: 4 g IV + 10 g IM 

M: 5 g IM 4/4 h
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13
Q

Qual a dose de sulfato de magnésio no ataque e manutenção da prevenção de eclâmpsia segundo Zuspan?

A
A: 4 g IV

M: 1-2 g/ h IV BI
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14
Q

Qual a magnesemia terapêutica na prevenção da eclâmpsia?

A

4-7 mEq/L

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15
Q

Qual a conduta na paciente em uso de sulfato de magnésio apresentando diurese < ou = 25 mL/h?

A

Ajustar a dose de sulfato de magnésio

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16
Q

Quais os parâmetros a serem observados na administração de sulfato de magnésio?

A
Reflexo patelar 

Respiração
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17
Q

A intoxicação com sulfato de magnésio ocorre comumente acima de 10 mEq/L.
Qual a conduta na paciente com reflexo patelar ausente ou FR < 16 irpm?

A

Suspender sulfato de magnésio e aplicar gluconato de cálcio 10%

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18
Q

Qual a conduta na gestante < 34 semanas e pré-eclâmpsia grave?

A
Avaliar bem-estar materno e fetal para uso de corticoide (betametasona 12 mg IM)

Parto se houver piora 
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19
Q

Qual a conduta na gestante > ou = 34 semanas com pré-eclâmpsia grave?

A

Parto

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20
Q

Quais os fatores de risco da pré-eclâmpsia?

A
Negra 

<18 anos ou > 35 anos 

Obesidade

Nuliparidade

Hipertensão 

DM

Trombofilias

Mola 

Gemelaridade
 
Pré-eclâmpsia anterior 
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21
Q

Qual fator controverso é considerado por alguns autores proteção na pré-eclâmpsia?

A

Tabagismo

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22
Q

Verdadeiro ou falso:

Paciente com mola pode desenvolver pré-eclâmpsia com menos de 20 semanas.

A

Verdadeiro

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23
Q

O propranolol apresenta qual risco durante a gestação?

A

CIUR

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24
Q

Quais as complicações maternas da pré-eclâmpsia?

A
Eclâmpsia 

DPP

AVC 

HELLP 

Rotura uterina
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25
Q

Quais as complicações fetais da pré-eclâmpsia?

A
CIUR

Centralização fetal 

Óbito
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26
Q

Gestante no 3º trimestre apresentando náuseas, vômitos, dor no hipocôndrio D, icterícia à custa de bilirrubina direta, aumento de Cr, TGO, TGP, leucocitose, hipoglicemia, hipofibronemia, hiperuricemia com plaquetas normais e sem hemólise. Qual a hipótese diagnóstica?

A

Esteatose hepática aguda da gestação

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27
Q

Como se dá o diagnóstico de DMG?

A
Glicemia de jejum: 92 a 125 mg/dl 

ou

TOTG (24-28 semanas):

• Jejum: 92 - 125 mg/dl
• Após 1 h: > ou = 180
• Após 2 h: 153 a 199
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28
Q

Gestante com glicemia de jejum > ou = 126 mg/dL ou glicemia aleatória > ou = 200 mg/dL ou TOTG após 2 h de 200 mg/dL confirma:

A

Diabetes prévio a gestação

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29
Q

Qual alteração recomendada na dose de insulina no 1º trimestre e pós-parto na gestante com DMG?

A

Redução

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30
Q

Qual alteração recomendada na dose de insulina no 2º e 3º trimestre na gestante com DMG?

A

Aumento da dose, pois nesse período ocorre elevação dos hormônios diabetogênicos - GH, cortisol, lactogênio insulina placentário.

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31
Q

Qual hipótese diagnóstica em gestante no 3º trimestre com DMG apresentando hipoglicemia sem aumento da dose de insulina?

A

Insuficiência placentária

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32
Q

Verdadeiro ou falso:

A DMG aumenta o risco de malformação fetal.

A

Falso, pois ela ocorre após a organogênese.

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33
Q

Qual o principal marcador de risco de malformações fetais e abortamento em gestantes com DM?

A

Descontrole glicêmico no período da organogênese (até 10 semanas) avaliado pela Hb1Ac.

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34
Q

Quais as complicações do DM na gravidez?

A
Macrossomia

Distócia de espáduas 

Polidramnia 

Malformação fetal 

Sofrimento fetal agudo
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35
Q

Quais os fatores de risco para DMG?

A
Obesidade 

HAS

História familiar de 1º grau 

História de macrossomia 

Morte fetal anterior
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36
Q

A manobra de Kristeller ou tração cervical é uma manobra proscrita. Cite uma complicação dessa manobra.

A

Lesão de plexo braquial

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37
Q

Qual a manobra de hiperflexão das coxas com abdução utilizada na distócia de espáduas?

A

McRoberts

Altamente eficaz

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38
Q

Qual a manobra de pressão suprapúbica utilizada na distócia de espáduas?

A

Rubin I

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39
Q

Qual a manobra de remoção do ombro posterior utilizada na distócia de espáduas?

A

Jacquemier

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40
Q

Qual a manobra também chamada de saca-rolhas utilizada na distócia de espáduas?

A

Woods
🔩

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41
Q

Manobra que consiste na reintrodução da cabeça fetal na vagina para a realização de cesariana:

A

Zavanelli
👼

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42
Q

Manobra na distócia de espáduas em que a paciente fica de quatro apoios:

A

Gaskin

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43
Q

A gemelaridade do tipo monozigótica pode ser dicoriônica ou diamniótica se a divisão ocorrer em até _____ da fertilização.

A

72 h

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44
Q

Verdadeiro ou falso:

A gemelaridade dizigótica será obrigatoriamente diamniótica e dicoriônica.

A

Verdadeiro

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45
Q

Se a gemelaridade for monocoriônica e monoamniótica é maior ou menor o risco?

A

Maior

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46
Q

Quais os fatores de risco da gemelaridade?

A
História familiar 

Raça 

Idade 

Técnicas de fertilidade
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47
Q

O achado do sinal Y ou lambda ou Twin peak na USG de 6 semanas indica gestação:

A

Dicoriônica

(2 placentas)

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48
Q

O achado do sinal do T na USG de 6 semanas indica gestação:

A

Monocoriônica diamniótica
(1 placenta e 2 cavidades amnióticas)

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49
Q

Quais as complicações da gemelaridade?

A
Pré-eclâmpsia

Prematuridade

CIUR

Anemia

Hiperêmese gravídica

DMG

Abortamento

Amniorrexe prematura

Placenta prévia

DPP
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50
Q

A síndrome de transfusão feto-fetal ocorre exclusivamente na gestação:

A

Monocoriônica diamniótica

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51
Q

Como se encontram o feto doador e receptor, respectivamente na síndrome de transfusão feto-fetal?

A
Feto doador: pálido, oligodramnia, oligúria, CIUR

Feto receptor: polidramnia, hidropisia, pletórico, poliúria, IC
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52
Q

Qual o tratamento nos casos leves de síndrome de transfusão feto-fetal?

A

Amniocentese seriada

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53
Q

Qual o tratamento nos casos graves da síndrome de transfusão feto-fetal?

A

Fotocoagulação com laser

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54
Q

Qual a definição de bacteriúria assintomática?

A

> ou = 10 elevada a 5ª UFC/mL em pacientes assintomáticas

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55
Q

Quais as alterações laboratoriais mais comuns no RN de mãe com
DMG?

A
Hipoglicemia

Policitemia

Hipocalcemia
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56
Q

Qual melhor período do USG para determinação da corionicidade?

A

6-8 semanas

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57
Q

Uma gestação monocoriônica apresenta_____placenta.

A

1

58
Q

Verdadeiro ou falso:

Na doença hipertensiva específica da gravidez ocorre um desequilíbrio entre vasodilatadores, vasoconstrictores e coagulante. Observam-se aumento do tromboxane A2 (vasoconstritor), das endotelinas e agregação plaquetária e redução da prostaciclina (vasodilatador).

A

Verdadeiro

59
Q

Como se dá a classificação de Priscila - White na DMG?

A
A1= DMG controlada com dieta e exercício físico 

A2: DMG com insulina
60
Q

O correto diagnóstico da síndrome de transfusão feto-fetal consiste na diferença de líquido amniótico entre as duas cavidades. Assim, qual o valor do feto doador e do receptor, respectivamente?

A
Feto doador: < 2 cm 

Feto receptor: > 8 cm
61
Q

Em que período pós-concepção deve ter ocorrido a divisão que resultou numa gravidez monocoriônica-monoamniótica?

A
Entre 9º e 10°

“Demorou muito para se dividir”

< ou = 8 dias: diamniótica
> ou = 9 dias: monoamniótica

DICA: 8 tem duas “bolinhas” tem 2 cavidades amnióticas
9 tem apenas “01 bolinha”

62
Q

Quais as principais causas da RCIU grave e precoce?

A
Cromossomopatias ou anormalidades genéticas

Infecções congênitas

Malformações congênitas
63
Q

Qual a causa mais comum de CIUR tardio?

A

Insuficiência placentária.

É do tipo assimétrico e mais comum no 3º trimestre.

64
Q

O que é o ritmo sinusoidal?

A

É um sinal de sofrimento fetal normalmente relacionado à anemia.

65
Q

Verdadeiro ou falso:

A taquicardia fetal > 160 bpm está relacionada à hipóxia fetal devido à estimulação do sistema nervoso autônomo fetal.

A

Verdadeiro

66
Q

Em geral, o fórcipe ou o vácuo extrator tem menor risco de trauma para o bebê?

A

Fórcipe

67
Q

O vácuo-extrator não deve ser usado antes de:

A

34 semanas gestacionais e RNPT por maior risco de hemorragia intraventricular.

68
Q

Verdadeiro ou falso:

O fórcipe apresenta contraindicação em relação ao tempo gestacional.

A

Falso, pois o fórcipe pode ser usado em qualquer idade gestacional.

69
Q

O achado de incisura bilateral das artérias uterinas na dopplervelocimetria do 2º trimestre de gestação está associado ao aumento do risco de que condições?

A
Pré-eclâmpsia 

CIUR 

Sofrimento fetal crônico
70
Q

Jovem de 18 anos, em uso de antibióticos para infecção puerperal, entretanto continua apresentando febre persistente apesar da ausência clínica ou de exames complementares que sugiram a presença de abscesso. Qual a hipótese diagnóstica?

A

Tromboflebite pélvica séptica

71
Q

Na insuficiência placentária é possível encontrar poli ou oligodramnia? Justifique.

A

Oligodramnia, pois o feto diminui a perfusão de todas as áreas que não são consideradas nobres. Dessa forma, a perfusão renal diminui, reduzindo também a produção de urina, principal fonte do líquido amniótico a partir do 2º trimestre.

72
Q

Na doença hemolítica perinatal é possível encontrar poli ou oligodramnia?

A

Polidramnia. Devido à anemia grave, o feto perde líquido para o 3º espaço, fica hidrópico e entra em um estado de alto débito cardíaco, o que leva ao aumento da produção de urina.

73
Q

Na DMG é possível encontrar oligo ou polidramnia?

A

Polidramnia. A hiperglicemia fetal decorrente da hiperglicemia materna leva à glicosúria e diurese osmótica.

74
Q

Na anencefalia é possível encontrar oligo ou polidramnia?

A

Polidramnia, pois a destruição do SNC leva à perda do reflexo da deglutição, principal forma de redução do líquido amniótico.

75
Q

Quais as principais causas de hemorragia puerperal?

A
Tônus (atonia uterina)

Trauma no canal de parto 

Tecido (“restos placentários”) 

Trombo (coagulopatias) 
76
Q

Qual a principal modificação do organismo materno que pode levar ao EAP na paciente com estenose mitral?

A

Aumento do débito cardíaco

77
Q

Em relação ao agente etiológico da toxoplasmose, marque V ou F:

i. Apresenta três formas durante o seu ciclo de vida: oocistos, taquizoítos e bradizoítos.

ii. O parasita se multiplica no intestino dos felinos e os oocistos resultantes são eliminados nas fezes.

A

As duas assertivas são verdadeiras

78
Q

A anemia na gestante é definida quando os valores de hemoglobina e hematócrito estão abaixo de:

A

11 g/dL e 33%, respectivamente.

79
Q

Segundo o Ministério da Saúde, qual a conduta na anemia leve a moderada da gestante (Hb 8-11)?

A
Solicitar EPF e tratar parasitoses se presentes

Sulfato ferroso em dose terapêutica
80
Q

Qual o método mais preciso e simples para o diagnóstico da toxoplasmose fetal?

A

PCR-DNA no líquido amniótico (amniocentese) a partir de 16 semanas de gestação. A cordocentese apresenta mais complicações e é mais difícil tecnicamente.

81
Q

Sobre à hiperêmese gravídica, marque V ou F:

I. É uma síndrome caracterizada pela persistência de náuseas e vômitos que aparecem antes das 20 semanas de gravidez, associada a perda de peso, desidratação, distúrbio hidroeletrolítico, icterícia, cetose e cetonúria na ausência de causas médicas específicas.

II. Em relação às alterações hidroeletrolíticas, pode ocorrer hiponatremia, hipocalemia e hipocloremia.

III. Pode ocorrer deficiências vitamínicas, resultando em escorbuto desencadeado pela carência de vitamina C.

IV. A paciente pode apresentar lesões típicas da polineurite, como fraqueza muscular acentuada principalmente nos membros inferiores.

A

Todos os itens são verdadeiros

82
Q

Verdadeiro ou falso:

A gestação molar está associada a níveis elevados de b-HCG, o que também gera hiperêmese gravídica.

A

Verdadeiro

83
Q

Assinale os itens que consistem em indicações de profilaxia de aloimunização materna pelo antígeno D:

I. 28 semanas de gestação 

II. Sangramento de 1ª ou 2ª metade da gestação

III. Realização de procedimentos intra-uterinos

IV. Trauma abdominal

V.  Em até 72 horas após o parto se o RN for Rh positivo
A

Todos itens são verdadeiros. A profilaxia é feita com imunoglobulina anti- D microgramas IM.

84
Q

Verdadeiro ou falso:

Estima-se que os anticorpos podem ser observados até 12 semanas após a realização da imunoglobulina anti -D. Assim, coombs indireto de puérpera Rh negativo pode estar positivo e não se tratar necessariamente de aloimunização se a gestante tiver recebido imunoglobulina anti-D por volta da 28ª semana de gestação.

A

Verdadeiro.

Nesse caso, a puérpera deverá receber outra dose de imunoglobulina anti-D se o RN for Rh positivo até 72 horas após o parto, uma vez que o coombs indireto poderá estar positivo devido aos baixos títulos de anticorpos ainda circulantes e que foram passivamente adquiridos.

85
Q

Verdadeiro ou falso:

Gestante com DU positivo ou fraco deve ser acompanhada como a gestante Rh positivo, ou seja, não deve receber imunoglobulina anti-D profilaticamente.

A

Verdadeiro

86
Q

Gestante de 16 semanas, G1P0A0, chega ao pré-natal com tipagem sanguínea Rh negativo e variante DU positivo. Qual a conduta quanto à solicitação do coombs indireto e imunoglobulina anti-D?

A

Não são necessários!

87
Q

Mulher em alojamento conjunto com 24 horas de puerpério, tipagem sanguíneo A negativo e RN O positivo. Recebeu aloimunização anti-D profilática com 28 semanas. Qual a conduta nesse momento?

A

Prescrever imunoglobulina anti-D profilática

88
Q

Verdadeiro ou falso:

Para o diagnóstico de DMG são necessários dois exames alterados.

A

Falso, basta um único valor alterado.

Atenção! Hb1Ac não se relaciona ao diagnóstico de diabetes durante a gestação.

89
Q

Verdadeiro ou falso.

Alguns autores advogam que o rastreio com TSH seja universal nas gestantes pela alta prevalência dos fatores de risco, pelos sintomas de hipotireoidismo poderem ser confundidos com gravidez e pelos riscos associados às disfunções tireoidianas não tratadas como abortamento, PMT e RCIU.

A

Verdadeiro

Obs.: 0,1 < TSH < 2,5 são considerados normais.

90
Q

A decisão da via de parto em gestantes infectadas pelo HIV depende da carga viral a partir da____semana de gestação.

A

34ª

91
Q

Qual a conduta em gestante 34 semanas com HIV e carga viral > 1000 cópias ou desconhecida?

A

AZT IV 3 horas antes do parto e cesárea eletiva após 38 semanas

92
Q

Qual a conduta em gestante 34 semanas com HIV e carga viral < 1000 cópias?

A

AZT IV até o clampeamento do cordão e parto com indicação obstétrica preferencialmente por via vaginal.

93
Q

Qual a conduta em gestante 34 semanas com HIV apresentando carga viral indetectável?

A

Manter a TARV habitual e o parto com indicação obstétrica preferencialmente por via vaginal.

Nesse caso, não é necessário prescrever AZT injetável no parto.

94
Q

Qual o esquema de tratamento inicial preconizado nas gestantes com HIV?

A
Tenofovir (TDF) + 

Lamivudina (3TC) + 

Raltegravir (RAL)
95
Q

Verdadeiro ou falso:

A via de parto em gestante HIV positiva é definida a partir da contagem de linfócitos T CD4+ realizada com 34 semanas de gestação.

A

Falso. É a carga viral a partir de 34 semanas de gestação que determina a via de parto.

96
Q

Qual medicação utilizada no tratamento da toxoplasmose materna não ultrapassa a barreira placentária?

A

Espiramicina

97
Q

Quais medicações utilizadas no tratamento da toxoplasmose fetal ultrapassam a barreira placentária?

A

Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.

98
Q

Gestante de 6 semanas traz resultado de sorologia para toxoplasmose com IgM e IgG positivos com testes de IgG de 80%. É correto afirmar que:

A

A infecção ocorreu antes da gestação porque tem alta avidez.

99
Q

Verdadeiro ou falso.

A rubéola é considerada pela OMS erradicada no Brasil desde 2008.

A

Verdadeiro.
Diante disso, o Ministério da Saúde deixou de recomendar a sorologia para rastreamento da rubéola como obrigatória durante o pré-natal. O HC-FMUDP recomenda o rastreamento de rubéola para todas as gestantes que não apresentem sorologia prévia para a doença.

Gestantes suscetíveis para rubéola - devem receber imunização durante o puerpério, uma vez que a vacina tríplice viral não é contraindicada durante a amamentação.

100
Q

Qual a recomendação em gestante com IgG positivo e IgM negativo para rubéola?

A

É imunizada contra rubéola e não necessita de orientação adicional durante o pré-natal.

101
Q

Qual a recomendação em gestante sem sintomas de rubéola e com IgG e IgM positivos?

A

Coleta do teste de acidez de IgG para rubéola. Caso a avidez seja baixa, considera-se infecção recente, isto é, que ocorreu há menos de 3 meses.

102
Q

Qual a recomendação em gestante com IgG negativo e IgM positivo para rubéola?

A

Acompanhamento por infecção aguda por rubéola.

103
Q

Qual a recomendação em gestante com IgG e IgM negativos para rubéola?

A

Orientar vacinação no puerpério, dado que a tríplice viral não é contraindicada na amamentação.

104
Q

Gestantes que apresentem carga viral elevada - HBsAg positivo e HBeAg positivo ou HBV-DNA > 10 elevada a 6 cópias/mL ou > 200.000 UI/mL devem ser orientadas quanto ao uso de que medicação como forma de reduzir a carga viral e, assim, o risco de transmissão vertical?

A

Tenofovir a partir da 28ª semana de gestação até, pelo menos, 30 dias ou 4 semanas após o parto.

105
Q

Apesar da nitrofurantoína não apresentar risco de teratogenicidade e, por isso, esteja entre os antibióticos de escolha no tratamento da infecção urinária durante a gravidez, recomenda-se que seu uso seja evitado nas últimas semanas de gestação. Explique essa recomendação.

A

A nitrofurantoína associa-se ao aumento do risco de hemólise em fetos e RNs com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD).

106
Q

Quais os valores de TOTG condizem com DMG?

A
Jejum: > ou = 92 a 125

1ª hora após sobrecarga: > ou = 180

2ª hora após sobrecarga: > ou = 153 a 199
107
Q

Verdadeiro ou falso:

A H1bAc não tem valor diagnóstico no DMG devido às modificações hematológicas que ocorrem fisiologicamente durante a gravidez, como o aumento do número de eritrócitos e hemodiluição gravídica.

A

Verdadeiro

108
Q

O estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria que pode colonizar de forma assintomática o trato gastrointestinal e geniturinário, podendo ocasionar infecção sintomática no RN, relacionando-se a doença respiratória, sepse e meningite. Qual período é preconizado o rastreio desse agente na gestação?

A

35ª a 37ª semana

109
Q

Quais os critérios da antibioticoprofilaxia anteparto adequada do estreptococo do grupo B?

A

Pelo menos 2 doses de antibiótico pelo menos 4 horas antes do parto.

110
Q

Verdadeiro ou falso:

Os esquemas de antibioticoprofilaxia para o estreptococo do grupo B são:

• Penicilina G cristalina - ataque 5 milhões de UI e 2,5 milhões UI 4/4 h até o parto

• Ampicilina endovenosa - ataque com 2 g e 1 g 4/4 h até o parto
A

Verdadeiro

111
Q

Verdadeiro ou falso:

Nos casos de parto cesáreo eletivo, ou seja, realizado no termo, fora de trabalho de parto e com bolsa das águas integra, em que a pesquisa de estreptococo do grupo B seja positivo está indicada à antibioticoprofilaxia.

A

Falso, antibioticoprofilaxia NÃO está indicada.

112
Q

Verdadeiro ou falso:

Pesquisa desconhecida de estreptococo do grupo B na gestação atual com relato de cultura positiva para estreptococo do grupo B na gestação anterior preconiza a antibioticoprofilaxia.

A

Falso, o que preconiza a antibioticoprofilaxia é a história de RN com infecção neonatal anterior, não exame positivo!

113
Q

Qual a conduta quanto à antibioticoprofilaxia do estreptococo do grupo B na gestante com cultura positiva que irá realizar cesárea eletiva?

A

Não se realiza antibioticoprofilaxia.

114
Q

Qual a conduta quanto à antibioticoprofilaxia do estreptococo do grupo B na gestante com cultura positiva que teve rotura de membranas ovulares ou está em trabalho de parto?

A

Realiza-se a antibioticoprofilaxia.

115
Q

Qual a conduta quanto à antibioticoprofilaxia do estreptococo do grupo B na gestante com cultura desconhecida em alguma dessas situações:

Trabalho de parto prematuro 

Febre intraparto 

Filho anterior com história de infecção por Streptococcus agalactiae 

Rotura de membranas ovulares há 18 horas 

Urocultura durante o pré-natal positiva para Streptococcus agalactiae
A

Antibioticoprofilaxia

116
Q

Qual a conduta quanto à antibioticoprofilaxia do estreptococo do grupo B na gestante com cultura negativa que apresentou rotura de membranas ovulares há mais de 18 horas?

A

Não se realiza antibioticoprofilaxia.

117
Q

Qual a conduta quanto à antibioticoprofilaxia do estreptococo do grupo B na gestante com cultura desconhecida em gestação atual e que apresenta cultura positiva para o agente em gestação anterior?

A

Não realizar antibioticoprofilaxia.

118
Q

Quais as vacinas contra Covid-19 são permitidas nas gestantes?

A

Pfizer (preferencialmente) e Coronavac.

119
Q

Quais as vacinas contra a Covid-19 são contraindicadas na gestação?

A

Vacinas de vetor viral: Jassen e AstraZeneca.

120
Q

Verdadeiro ou falso.

O ácido fólico é a forma sintética do folato. Já L-metilfolato é a forma ativa formada após a absorção intestinal (duodeno e jejuno proximal) do ácido fólico e a ação da enzima metiltetrahidrofolato redutase.

A

Verdadeiro

121
Q

O TOTG deve ser realizado entre_________de gestação.

A

24 a 28 semanas

122
Q

A administração da imunoglobina anti-D para profilaxia de aloimunização deve ser feita com _________ semanas de gestação.

A

28

123
Q

Verdadeiro ou falso:

“O TOTG está contraindicado nas gestantes que realizaram cirurgia bariátrica devido à síndrome de dumping que ocorre em aproximadamente 50% dessas pacientes.”

A

Verdadeiro

124
Q

Verdadeiro ou falso:

“O intervalo mais curto entre a cirúrgica bariátrica e a concepção foi associado a maior risco de prematuridade, recém-nascidos pequenos para a idade gestacional e admissão na unidade de terapia intensiva neonatal.”

A

Verdadeiro

125
Q

Gestante com indicação de profilaxia para estreptococos do grupo B, contudo refere alergia à penicilina benzatina. Qual a recomendação?

A

Clindamicina

126
Q

Gestante com cultura positiva para estreptococos do grupo B oriundo de swab vaginal e retal colhido com 36 semanas de gestação. Sabendo-se que a gestante irá realizar cesariana eletiva por iteratividade, qual a melhor conduta?

A

Não tem indicação de profilaxia, pois a gestante irá realizar cesariana antes do trabalho de parto e com bolsa íntegra.

127
Q

Gestante com PA > ou = 140 x 90 mmHg sem proteinúria após 20 semanas e normaliza até 12 semanas pós-parto consiste em:

A

Hipertensão gestacional
(transitória)

128
Q

Gestante com mais de 35 anos, multigesta, apresentou HAS com < 20 semanas que persistiu no pós-parto, associada a proteinúria ou não com calciúria > 100 mg/ 24 h. Qual o diagnóstico mais provável?

A

HAS crônica

129
Q

Gestante com < 18 ou > 35 anos primigesta, apresentou HAS após 20 semanas com normalização em 6-12 semanas do pós-parto, associada a proteinúria (> 300 mg) após 20 semanas e calciúria < 100 mg/ 24 h.
Qual o diagnóstico mais provável?

A

Pré-eclâmpsia

130
Q

Quais os fatores de risco para pré-eclâmpsia?

A
Raça negra 

< 18 anos e > 35 anos 

Pré-eclâmpsia anterior 

Primiparidade 

HAS crônica, DM, obesidade 

Gestação múltipla  

Gestação molar 

Dica: exposição à primeira vez (nulípara), excessiva às vilosidades (gemelar, mola) e vasculopatia prévia.

131
Q

Quais os fatores de proteção da pré-eclâmpsia?

A
Tabagismo 

Placenta prévia 

Abortamento prévio 
132
Q

Como se dá a prevenção de pré-eclâmpsia?

A
AAS a partir da 16ª semana e 

Cálcio 1 g/dia a partir da 12ª semana (na paciente com alto risco e baixa ingesta de cálcio)
133
Q

Quais as drogas antiepilépticas com menor risco na gestação?

A
Lamotrigina e Levetiracetam 
(Classe C) 
134
Q

Quais as drogas antiepilépticas com risco intermediário na gestação?

A
Carbamazepina e Oxcarbazepina 
(Classe D)
135
Q

Quais as drogas antiepilépticas com alto risco na gestação?

A
Fenobarbital (D)

Fenitoína (D)

Topiramato (D)

Ácido valpróico (C)
136
Q

Qual droga antiepiléptica pertence a classe C e tem alta associação com mal formação fetal e deficiência intelectual na criança?

A

Ácido valpróico

137
Q

Verdadeiro ou falso:

As crises convulsivas durante o trabalho de parto devem ser tratadas com benzodiazepínicos intravenosos.

A

Verdadeiro

138
Q

Sobre à infecção puerperal, marque V ou F:

I. As bactérias mais comumente associadas são: Streptococcus agalactiae, Enterococcus, Escherichia coli, Bacteroides.

II. A endometrite é a principal causa de febre nos primeiros dias pós-parto.

III. A tríade de Bumm é constituída por útero amolecido, útero doloroso e útero hipoinvoluído.

IV. Os esquemas terapêuticos são:

Clindamicina 600 mg IV 8/8 h + 
Gentamicina 3,5-5 mg/kg a cada 24 h 

Ou 

Ampicilina 1 g IV 6/6 h + 
Gentamicina 3,5-5 mg/kg a cada 24 h + 
Metronidazol 500 mg IV 8/8 h 
A

Todas são corretas

139
Q

Cite uma possível complicação fetal do DM descompensado durante o período de organogênese.

A

Cardiopatia congênita

Obs.: macrossomia e polidrâmnio são complicações do DM descompensado no 3º trimestre.

140
Q

Quais os principais fatores de risco da DPP?

A
DPP prévio 

HAS crônica 

Eclâmpsia/pré-eclâmpsia 

Trauma abdominal 

Tabagismo, cocaína 

Corioamionite 

Gemelaridade 

Polidramnia 

Cesárea anterior 

Trombofilias hereditárias

Rotura prematura de membranas 

Anomalias uterinas 
141
Q

Qual a via de parto preferencial na pré-eclâmpsia?

A

Vaginal e sempre após estabilização materna