Vulvovaginites e Cervicites Flashcards
Afecções do epitélio estratificado da vulva e vagina
Vulvovaginites
Afecções da mucosa glandular
cervicites
O meio vaginal é composto :
Resíduo vaginal
Restos celulares
Microorganismos
Função/Contribuição dos Lactobacilos
Mantêm o pH normal
A glicose é convertida em ácido lático, tornando
o pH vaginal normal entre 3,5 e 4,5
Exames para identifica vulvovaginites (3)
Determinação do pH vaginal
Teste das aminas (odor)
Exame Bacterioscópico
Em 80% a 90% dos casos, o agente causador da CVV
Candida albicans
As formas não-complicadas da Candidiase incluem aquelas com todos os seguintes critérios: (4)
Esporádica ou infrequente
Leve a moderada;
Agente é a Candida albicans
Pacientes não-imunocomprometidas.
A candidíase complicada inclui qualquer uma das
seguintes características (6)
Infecção recorrente por cândida (4 ou mais
surtos em um ano
Infecção grave;
Candidíase não-albicans
Diabetes não controlado
Imunossupressão;
Debilidade ou gravidez.
O quadro clínico da candidíase inclui (5)
- Prurido
- Ardência
- Corrimento geralmente grumoso, inodoro, com aspecto de queijo “cottage” e aderente à parede vaginal
- Dispareunia de introito vaginal
- Disúria externa
Os sinais característicos da Candidiase são: (3)
Eritema e fissura vulvares
Corrimento grumoso com placas aderidas à parede
vaginal, de cor branca
Edema vulvar, escoriações e lesões satélites.
À citologia a fresco na Candidiase
pH vaginal é normal (ácido) <4,5
Exame microscópico mostra a levedura ou hifas
Tratamento Candidiase
Miconazol creme a 2%, Via vaginal, um aplicador cheio à noite ao deitar-se, por 7 dias
ou
Nistatina 100.000UI, uma aplicação, Via vaginal, à noite, 14 dias
2º opção
Fluconazol 150mg, VO, dose única
Gravidez - via vaginal; parceiras sintómaticas precisam ser tratadas
Casos recorrentes - mesmas opções por 14 dias
Desordem mais frequente do trato genital inferior em mulheres de idade reprodutiva e a causa mais comum de odor fétido no corrimento
vaginose bacteriana
Patogênese da Vaginose
Desequilíbrio na flora vaginal, com perda de lactobacilos e aumento de bactérias como a Gardenerella vaginalis
Gardnerella vaginalis - efeito
Produz aminoácidos, que são quebrados
em aminas voláteis, aumentando mais o pH e causando o odor desagradável
FATORES DE RISCO PARA VAGINOSE BACTERIANA
Sexo oral
Duchas vaginais
Etnia negra
Tabagismo
Sexo no período menstrual
Uso de DIU
Relação sexual em idade precoce
Múltiplos ou novos parceiros sexuais
Quadro clínico - Vaginose (3)
Corrimento de odor fétido – o odor piora após coito
Na menstruação, bolhoso e branco a acinzentado
Não há irritação nem inflamação vulvar ou vaginal.
DEVEM ESTAR PRESENTES TRÊS para ser Vaginose
- Corrimento vaginal homogêneo;
- pH > 4,5;
- Presença de clue cells no exame citológico
a fresco – essas clue cells são células epiteliais
superficiais recobertas por cocobacilos gram-variáveis; - Whiff teste positivo (odor fétido das aminas
com adição de KOH a 10%).
São patognomônicos da doença, mesmo em pacientes assintomáticas - Vaginose
Clue cells e whiff
Tratamento da Vaginose
Metronidazol 250mg, 2 comp, VO, 2xdia, por 7 dias
ou
Metronidazol gel vaginal 100mg/g, um aplicador, Via vaginal, 5 dias
2ºopção
Clindamicina 300mg, VO, 2xdia, 7 dias
Casos recorrentes - Metro 250mg 10 a 14 dias
Tratamento da Vaginose - grávidas
1ºtrimestre
Clindamicina 300mg, VO, 2xdia, 7 dias
Após 1ºtrimestre
Metronidazol 250mg, 1 comp, VO, 3xdia, 7dias
Doença sexualmente transmissível não-viral mais comum no mundo
Tricomoníase
Coinfecção mais comum na Tricomoníase
Neisseria gonorrhoeae
Manifestação clínica - Tricomoníase (5)
Corrimento (Amarelo-esverdeado Odor fétido Abundante)
Disúria
Dispareunia
Prurido vulvar
Dor
Exame ginecológico - Tricomoníase (7)
Hemorragias subepiteliais na vagina e no colo uterino
Vulvite discreta
Hiperemia difusa
Secreção amareloesverdeada em colo
Colo em aspecto de framboesa
Teste de Schiller, aspecto de “pele de tigre”
Exame citológico a fresco, pH vaginal é superior a 5
Teste de KOH costuma ser positivo
Tratamento Tricomoniase
Metronidazol 400mg, 5 comp, VO, ùnica
ou
Metronidazol 250mg, 2comp, VO, 2xdia, 7 dias
Gestantes - mesma que a primeira supracitada
Quadro - Vulvovaginites
Cervicite - Os agentes etiológicos mais frequentes são
C. trachomatis
N. gonorrhoeae
Bactéria gram negativa, intracelular
CLAMÍDIA
Clamídia - introdução
Homens e mulheres jovens, com menos de 25 anos
Assintomática (cerca de 70%)
Sequelas como: infertilidade, dor pélvica crônica e complicações obstétricas tais como gestação ectópica
Fatores de risco - Clamídia
●Idade: < 25 anos.
●Multiplicidade de parceiros
●Estado civil: solteiras
●Uso inconsistente de métodos de barreira
●Ectopia do colo uterino, por maior exposição do epitélio cilíndrico
●Menor nível de escolaridade e sócio econômico
●História de IST prévia
Quadro clínico de clamídia em mulheres (4)
Cervicite: Corrimento vaginal, sangramento vaginal intermenstrual e sangramento pós-coital
Uretrite - disúria
Doença inflamatória pélvica - as dores abdominais e pélvicas
Complicações da gravidez - Amniorrexe
Diagnóstico - Clamídia
Pesquisa de DNA - PCR (NAAT)
Tratamento - Gonorreia
Ciprofloxacina 500mg, 1 comp, VO, única
mais
Azitromicina 500mg, 2 comp, VO, única
ou
Ceftriaxona 500mg, IM, única
mais
Azitromicina 500mg, 2 comp, VO, única
Tratamento - Clamídia
Azitromicina 500mg, 2 comp, VO, unica
ou
Doxiciclina 100mg, VO, 2xdia, 7 dias
ou
Amoxicilina 500mg, VO, 3xdia, 7 dias
Exame físico - Gonorreia
- Cervicite mucopurulenta – Dor pélvica, disúria e dispareunia
-Faringite gonocócica
-Inflamação nas Glândulas de Bartholin e de Skene.
-Sangramento vaginal anormal, e dispareunia. - Muitas vezes, os sintomas aparecem no período menstrual ou logo após
Diagnóstico laboratorial - Gonorreia
Bacterioscopia – Gram: a presença de bactérias diplococos Gram negativos intracelulares é diagnóstico da infecção
-Cultura de secreção endocervical: meio de Thayer-Martin
Métodos de biologia molecular (NAAT): PCR (método mais sensível) e Captura híbrida.