VOL 3 EXS Flashcards

CIRROSE E COMPLCIAOES

1
Q

TODA VEZ QUE UM HEPATOPATA,
GERALMENTE COM ASCITE VOLUMOSA, MANIFESTAR
OLIGÚRIA E ELEVAÇÃO DAS ESCÓRIAS NITROGENADAS,
DEVEMOS PENSAR EM

A

Síndrome HEPATORRENAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Critérios para SHR

A

(1) cirrose com ascite;
(2) creatinina > 1,5 mg/dl (ou aumento absoluto ≥ 0,3 mg/dl
em 48h ou aumento relativo > 50% do valor basal em até 7
dias);
(3) ausência de melhora da creatinina após dois dias
de retirada de diuréticos e expansão volêmica com albumina
(1 g/kg/dia) ;
(4) ausência de choque;
(5) ausência de uso
recente ou atual de drogas nefrotóxicas;
(6) ausência de
doença parenquimatosa renal, a qual pode ser definida
por: proteinúria > 500 mg/dia, hematúria > 50 células
por campo de grande aumento e ultrassonografia renal
alterada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

melhor terapia para a SHR é sem dúvida

o

A

Transplante hepático

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Tratamento clínico da SHR

A

uso de vasoconstritores (ex.:
terlipressina ou noradrenalina ou octreotida + midodrina)
associado à albumina humana venosa (1 g/kg/dia).

Além
disso, é claro, temos que suspender os diuréticos em uso,
pois tal manobra faz parte dos próprios critérios diagnósticos
da SHR.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

O grande exemplo de uma derivação
seletiva para tratamento cirúrgico da hipertensão
porta é a derivação

A

Esplenorrenal distal

Cirurgia de Warren

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Vantagem da descompressão portal seletiva? Efeito colateral?

A

ao mesmo tempo em se descomprimem
as varizes esofagogástricas, o fluxo portal em
direção ao fígado é mantido, evitando-se a encefalopatia
e a própria degeneração da função hepática decorrente
da perda do fluxo porta, problemas frequentes nas derivações
não seletivas!

Como a hipertensão intrassinusoidal
é mantida, a ascite persiste e inclusive pode
piorar, o que de fato acontece se houver lesão de vias
linfáticas retroperitoniais durante a dissecção da veia
renal esquerda.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Tratamento preemptivo com ATB com dose terapêutica para pacientes cirróticos com ascite, QUANDO? QUAIS ATBS?

A

HDA

Norfloxacino ou Ceftriaxona

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Primeira escolha para prevenção secundária de varizes esofágicas sangrantes

A

consiste na associação de betabloqueadores
não seletivos com erradicação das varizes por meio de
sessões repetidas de ligadura elástica endoscópica!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Somente para os pacientes que ressangram a
despeito dessa estratégia de profilaxia secundária é que
se indica uma abordagem mais agressiva. Que abordagem é essa?

A

TIPS

Se não der, faz as cirurgias para hipertensãoporta

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

A EDA deve ser repetida a cada ………. na ausência
de varizes, …….. na presença de pequenas
varizes, e ……… se Child-Pugh B/C.

A

2-3 anos

1-2 anos

Anualmente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

A profilaxia PRIMÁRIA é feita com (EDA)

A

BB

ou

Multipals ligaduras endoscópicas se px nao tolerar BB

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

A profilaxia
PRIMÁRIA (para o paciente que NUNCA sangrou) está
indicada (EDA)

A

(1) nas varizes de médio e grande calibre
(F2/F3); e

(2) varizes de pequeno calibre em pacientes
com alto risco de sangrar (Child B/C ou “pontos avermelhados”
à EDA)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Platipneia (dispneia na posição
ortostática que melhora com o decúbito) e ortodeoxia
(dessaturação arterial na posição ortostática que melhora
com o decúbito) são manifestações características da

A

Síndrome hepatopulmonar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O que explica a síndrome hepatopulmonar?

A

(as chamadas DVIPs - Dilatações Vasculares
Intrapulmonares)

Não podia passar dilatação, deveria passar uma hemácia por vez nos capilares

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Os principais patógenos envolvidos
na gênese da peritonite bacteriana espontânea associada
à cirrose hepática são justamente as principais enterobactérias
(Gram-negativas) presentes na microbiota intestinal:

A

E. coli e K. pneumoniae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Critérios de MIlão

A

(1) tumor único < 5 cm,
(2) até três tumores com < 3 cm,
(3) ausência de metástases
a distância e invasão linfovascular do hilo hepático)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

O diagnóstico de PBE
é empiricamente CONFIRMADO pela demonstração da
presença de ……………………………….
por ml de líquido ascítico.

A

250 ou mais polimorfonucleares (neutrófilos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Já está mais do que estabelecido na
literatura médica que no tratamento da PBE associada
à cirrose hepática existe benefício com a administração
de…………….. no primeiro e no terceiro dias de tratamento
(1,5 g/kg de peso e 1 g/kg de peso, respectivamente).

A

albumina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

PBE da cirrose é causada por flora…

A

Monomicrobiana

E. coli

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

O que faz pensar em peritonite bacteriana secundária (perfuração por exemplo) na microbiologia?

A

Flora mista

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

GASA

A

Gradiente entre albumina sérica - albumina do líquido ascítico

> 1.1 HP
<1.1 TB ou Carcinomatose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

A profilaxia primária (para quem
nunca teve) da Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)
está indicada em pacientes

A

cirróticos com níveis de

proteína total no líquido ascítico ≤ 1 g/dl.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Como fazer profilaxia prima´ria para PBE

A

Ela é feita com
norfloxacino 400 mg/dia ou sulfametoxazol + trimetoprima
800 mg/160 mg, por tempo indeterminado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

o diagnóstico de hipertensão portal não se
dá pelo calibre da veia, e sim pelo gradiente de pressão
venosa hepática > ….mmHg, só havendo a formação de
varizes esofagogástricas com gradiente de pressão >
…. mmHg.

A

5

10

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

A albumina só será administrada quando retirarmos
….. litros ou mais nas paracenteses, administrando
…..para cada litro retirado (contando com os 5 L iniciais).

A

5L

6-8g

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

É justamente a
presença de um líquido ascítico pobre em ………………
(proteína total < 1 g/dl) que favorece a proliferação
bacteriana após translocação intestinal

A

Opsoninas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

dito de outro modo,

o que acontece na SHR é uma….

A

“vasodilatação esplâncnica
acentuada, associada a uma intensa vasoconstrição
renal”.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Distúrbio hidroeletrolítico que favorece a ocorrência de encefalopatia hepática

A

Alcalose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Por definição, um GASA ≥ 1,1 mg/dl indica que a ascite

é um

A

Transudato

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

ao passo que
um GASA menor que 1,1 mg/dl indica que a ascite é um
exsudato e está sendo causada por uma doença do peritônio
(ou por….

A

Sindrome nefrótica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

o shunt
porto-cava é uma cirurgia de emergência realizada nas
HDA refratárias ao tratamento …..

Contudo, tem como
principal complicação o agravamento da encefalopatia
hepática, que ocorre de forma reduzida quando se realiza o

A

Endoscópico

Shunt calibrado com enxerto de 8mm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

(técnica de

Sugiura-Futagawa)

A

a transecção esofágica com grampeador

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

TX em HDA ativa

A

tratamento endoscópico associado ao tratamento
clínico com vasoconstritores esplâncnicos (ex.: terlipressina,
octreotida) constitui a escolha terapêutica nesses casos,
sendo a cirurgia reservada para casos graves, refratários.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

A cirurgia de urgência está indicada apenas na falha do

tratamento endoscópico agudo ou crônico… OUTRAS INDICACOES

A

na hemorragia
por varizes gástricas, cujo tratamento endoscópico é ineficiente
e não recomendado,

no sangramento por gastropatia
hipertensiva e

na falha de implante do TIPS (shunt
portossistêmico intra-hepático transjugular)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

O melhor tratamento para

qualquer tipo de SHR é o

A

Transplante hepático

Espera-se reversão completa do quadro renal após o procedimento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Existem dois subtipos de SHR: CARACTERISTICAS

A

1 - (nesta última, por definição, os níveis de creatinina
duplicam em duas semanas, ultrapassando o valor
absoluto de 2,5 mg/dl

2 - o quadro evolui de forma bem mais gradual, não raro se apresentando inicialmente como uma “ascite refratária” à diureticoterapia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

O escore MELD é calculado com

A

creatinina
sérica (mg/dl),

bilirrubina total (mg/dl) e

INR.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

hipertensão

portal é definida como

A

Gradiente portossistemico >5mm

Pressao na veia esplenica >15mm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

o transplante hepático está indicado em paciente com carcinoma
hepatocelular nas seguintes situações:

A
  • Child A, B, C;
  • critérios de Milão * tumor < 5 cm * até 3 tumores, sendo
    nenhum maior que 3 cm;
  • Ausência de invasão vascular
    macroscópica;
  • Ausência de metástases
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

O sangramento gastrointestinal fornece matéria-prima
proteica para a produção de amônia (no caso, a hemoglobina
das hemácias), sendo fator precipitante da

A

Encefalopatiahepática

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

A depleção volêmica e o aumento da
flora bacteriana favorecem a translocação e a Peritonite
Bacteriana Espontânea (PBE), sendo mandatória sua
profilaxia (inicialmente com ceftriaxona, e em seguida
com norfloxacino, quando a via oral estiver liberada)
em casos de

A

Sangramento por varizes gastroesofágicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Qualquer fator que
possa causar depleção volêmica e redução do volume
circulante efetivo é fator de risco tanto para

A

Síndrome
Hepatorrenal - SHR (funciona como uma insuficiência
pré-renal não responsiva a volume, que ocorre por vasodilatação
esplâncnica e vasoconstrição renal), quanto
para Encefalopatia Hepática - EH (hipovolemia também
é fator precipitante)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Os diuréticos de alça causam maior
depleção volêmica que os poupadores de potássio,
e ainda produzem mais…. que são fatores de risco para RH

A

alcalose metabólica e hipocalemia,

outros fatores de risco para a EH!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

A PBE é fator de risco tanto para a EH quanto para a

SHR, mas não para a (outra complicação em cirrose)

A

ruptura de varizes esofágicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Este paciente apresenta agora
um quadro de PBE (Peritonite Bacteriana Espontânea),
pois cumpriu seu principal requisito diagnóstico:

A

presença
de 250 ou mais polimorfonucleares por ml de líquido
ascítico!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Pacientes com PBE

confirmada devem expandir sua volemia com

A

albumina

humana intravenosa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

O uso crônico de ….. vem sendo considerado fator de risco para PBE em
cirróticos!

A

IBP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

A peritonite

tuberculosa costuma cursar com…. (no líquido ascítico)

A

Linfocitose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

A trombose de veia esplênica

causa a chamada

A

Hipertensao porta segmentar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

A escleroterapia com cianoacrilato é especialmente útil

no tratamento das varizes de

A

Fundo gástrico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

É a cirurgia de escolha para a
profilaxia secundária do sangramento varicoso na esquistossomose
hepatoesplênica, com bons resultados a curto
e longo prazos (80-85%).

A

A desconexão

ázigo-portal + esplenectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Logo, deve-se estabelecer de imediato um
diagnóstico clínico de ENCEFALOPATIA HEPÁTICA,
o que não é nenhuma surpresa dado o contexto geral.
Então, a pergunta de ouro:

A

O que está causando a encefalopatia?

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

Cirrose hepática avançada,
“descompensada” por hipertensão porta e ascite,
agudamente complicada por PBE, encefalopatia hepática
e injúria renal aguda. Como tratar esta paciente?

A

NÃO FAZER DIURÉTICOS DE JEITO NENHUM, não hidratar com salina porque não vai permanecer no intravascular

  • albumina IV (1,5 g/kg
    de peso no primeiro dia, seguido de 1 g/kg de peso no
    terceiro dia)
  • Ceftriaxona
  • Lactulona ou Neomicina/Metronidazol/Rifamixina
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Pq fazer lactulona no paciente com encefalopatia hepática?

A

Acidifica as fezes -> Forma Amônio -> Absorve menos amônia

2-3 evacuações pastosas ao dia

55
Q

Se o paciente encefalopata da cirrose não tolera lactulona, fazer oq? Pq?

A

Neomicina/Metronidazol/Rifamixina

Diminuir flora da microbiota intestinal para absorver menos amônia

56
Q

5 complicações possíveis num paciente cirrótico com hematêmese

A
Encefalopatia Hepática
Ressangramento
PBE
SHR
Insuficiencia hepática aguda
57
Q

O fato é
que podemos afirmar o seguinte: a primeira grande
complicação relacionada à HDA (de qualquer tipo) é a

A

Hipovolemia por exsanguinação

Choque hemorrágico

58
Q

Como o volume de sangue no estômago pode
vir a ser muito grande, causando distensão e vômitos,
e como o paciente pode ter sua consciência obnubilada
durante o episódio de HDA em cirrótico, outra complicação possível
na fase aguda é a

A

broncoaspiração maciça de sangue

59
Q

Outra
complicação comum nos dias subsequentes à HDA é o
ressangramento das varizes , evento cujo risco persiste
elevado pelas próximas ……………., sendo máximo
nas primeiras ……. (cerca de metade dos ressangramentos
ocorre nos primeiros 10 dias após o evento
inicial).

A

6 semanas

48-72h

60
Q

Ora,

cirróticos Child B ou C devem sempre ser listados na

A

fila de transplante hepático

61
Q

Todo paciente que implanta um TIPS

como forma de tratamento da HDA refratária deve ser

A

periodicamente reavaliado quanto à patência do conduto,
ou seja, deve fazer o “controle” periódico do TIPS (ex.:
USG com Doppler após a colocação do TIPS, repetindo
a cada 6 meses).

62
Q

Paciente cirrótico teve episódio de HDA e ficou internado… CONDUTA NA ALTA?

A

1) BB não seletivo ou aumentar dose de BB
2) Nova EDA em 4-6 semanas da última
3) Para com alcoolismo
4) Restringir ingesta de sódio
5) Controle do TIPS se colocado
6) Listar em fila de transplante hepa´tico se Child B ou C

63
Q

A principal etiologia
de ascite transudativa é a hipertensão porta que, por
sua vez, na maioria das vezes, é secundária à cirrose
hepática. Outras etiologias possíveis são a

A

Budd-Chiari

Pericardite constritiva

64
Q

As indicações

documentadas para o TIPS são as seguintes:

A
  • Sangramento
    por varizes esofagogástricas não controladas por
    terapia medicamentosa ou endoscópica;
  • Sangramento
    recidivante por varizes esofagogástricas não controladas
    por terapia medicamentosa ou endoscópica;
  • Ascite
    refratária;
  • Hidrotórax refratário de origem hepática;
  • Hipertensão porta por obstrução pós-hepática (como na
    síndrome de Budd-Chiari).
65
Q

Lembre-se de que, na
grande maioria das vezes, é possível identificar um ou
mais fatores desencadeantes para a EH, e a Peritonite
Bacteriana Espontânea (PBE) é um dos mais frequentes
(outros exemplos são:

A

hipocalemia, alcalose metabólica,
hemorragia digestiva alta, excesso de diuréticos,
outras infecções etc.

66
Q

Como diferenciar
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) de Peritonite
Bacteriana Secundária (PBS)?

A

Na PBS, a contagem
proteica é muito elevada,

assim como o nível de LDH,

e ocorre acentuada redução da glicose do líquido
ascítico.

Outra diferença é que na PBS a infecção é
polimicrobiana, ao contrário da PBE (monomicrobiana).

67
Q

A cirurgia de Teixeira-Warren ou
anastomose esplenorrenal distal é uma derivação venosa
portal seletiva, pela anastomose da

A

veia esplênica à veia
renal esquerda, associada à ligadura da veia gástrica
esquerda e desconexão esplenopancreática, não se manipulando
a região do hilo hepático e preservando o baço

68
Q

Trata-se do método padrão-
-ouro para o diagnóstico e quantificação da hipertensão
porta

A

O gradiente venoso hepatoportal
é medido de forma invasiva através do cateterismo
das veias hepáticas

***(hoje em dia ele é medido quando da colocação
de um TIPS, por exemplo, ou em pacientes que
estão sendo acompanhados em estudos científicos).

69
Q

A literatura demonstrou que o risco de rotura e hemorragia
varicosa torna-se significativo a partir de valores maiores
ou iguais a (GRADIENTE HEPATOPORTAL)

A

12mmHg

70
Q

Outros fatores que contribuem
na previsão do risco de sangramento das varizes
são:

A

disfunção hepática (Child B e C),

calibre vascular aumentado (F2/F3),

sinais “vermelhos” endoscópicos,

presença de ascite volumosa.

12mmHg de gradiente hepatoportal

71
Q

O diagnóstico de PBE deve ser imediatamente confirmado à beira do leito quando um simples
critério laboratorial for satisfeito:

A

POLIMORFONUCLEARES > 250/ml DE LÍQUIDO ASCÍTICO!

72
Q

Fármacos potenciais desencadeadores de encefalopatia hepática

A

BZP

Diurético

Narcótico

73
Q

Desencadeadores de Encefalopatia hepática

A

São fatores precipitantes:

hipovolemia, 
infecção, 
sangramento digestivo, 
constipação e 
distúrbios metabólicos.
74
Q

Tratamento primeiro em ascite por cirrose recém-descoberta

A

Redução de sal

Diurético

Espironolactona

75
Q

Objetivo de perda de peso em paciente cirrótico com ascite

A

500mg/dia se só houver ascite

1000mg/dia se além de ascite houver edema periférico

76
Q

3 DDX para cirrose hepática de etiologia alcoólica

A

Pancreatite crônica

TB peritoneal

Carcinomatose peritoneal

77
Q

Decoramos a classificação

de Child-Pugh através do mnemônico

A

BEATA

Bilirrubina
Encefalopatia
Albumina
TAP
Ascite
78
Q

Até 6 pontos em Child-Pugh é CP….

A

A

79
Q

7-9 pontos em Child-Pugh é CP…

A

B

80
Q

10-15 pontos em Child-Pugh é CP…

A

C

81
Q

Como classificar AScite em Child Pugh (1,2,3 pontos)

A

Ausente
Facilmente Controlável
Mal controlada

82
Q

Como classificar Bilirrubina em CP? 1, 2, 3 pontos

A

<2
2-3
>3

83
Q

Como classificar Albumina em CP? 1, 2, 3 pontos

A

> 3.5
3.5-3
<3

84
Q

Como classificar RNI em CP? 1, 2, 3 pontos

A

<1.7
1.7-2.3
>2.3

85
Q

Como classificar Encefalopatia em CP? 1, 2, 3 pontos

A

Ausente

Graus I e II

Graus III e IV

86
Q

Valor de proteína total do líquido ascítico abaixo do qual se indica profilaxia primária para PBE

A

<1

87
Q

Nos estudos celulares de líquido ascítico a contagem de hemácias
é feita de rotina, e valores aumentados podem ter dois
significados:

A

1 - acidente de punção

2 - carcinomatose peritoneal

88
Q

Existem dois tipos de SHR: tipo
1 e tipo 2, diferenciados pela velocidade de progressão
da disfunção renal. EXPLIQUE

A

1 - caracterizado pela rápida
progressão da insuficiência renal (“menos de” 2 semanas),
havendo aumento da creatinina sérica para o dobro da
inicial (níveis superiores a 2,5 mg/dl), geralmente precipitada
por um quadro de PBE. O prognóstico da SHR tipo 1 é
extremamente ruim, com uma sobrevida média de cerca de
2 semanas

2 - a creatinina
sérica se situa entre 1,5 e 2 mg/dl, a evolução é mais
insidiosa, espontânea, associada à ascite refratária e com
prognóstico melhor.

89
Q

A redução do risco de ressangramento proporcionada
pelo betabloqueador em portadores de varizes
de esôfago ocorre em …… PRAZO!

A

LONGO

90
Q

A antibioticoprofilaxia
primária para …… também está indicada em episódios de
HDA!

A

PBE

91
Q

A paracentese de “alívio” é a primeira opção nos casos
de ascite refratária, com reposição de ….de albumina
por litro retirado.

A

8g

92
Q

Na realidade, é contraindicado iniciar

diurético de alça sem ….. (ASCITE EM CIRROSE)

A

bloqueio da aldosterona concomitante!

93
Q

Entenda que a furosemida isolada pode levar à
desidratação e redução ainda maior do volume circulante
efetivo, o que AGRAVA o estado de hiperaldosteronismo
secundário e, consequentemente, aumenta a retenção
renal de sal e água. Além disso, a furosemida isolada pode
provocar alcalose metabólica hipocalêmica, condição que
sabidamente pode desencadear

A

Encefalopatia hepática em cirróticos

94
Q

Válvula de LeVeen é uma derivação…

A

Peritoniovenosa

95
Q

Vasoconstritor esplâncnico que foi aumentado da rotina do atendimento em HDA cirrótica

A

Vasopressina

96
Q

CONDUTA em HDA no cirrótico

A

Volume
Hemoderivados
Terlipressina ou Octreotide
Ligadura elástica

97
Q

Quando usar balão de Sengstaken-Blakemore?

A

Vale dizer que em locais onde a EDA não está
disponível, bem como nos pacientes que não estabilizam
clinicamente, mantendo a hemorragia a despeito
do tratamento de suporte inicial, PODEMOS REALIZAR
A QUALQUER MOMENTO O TAMPONAMENTO DA
REGIÃO ESOFAGOGÁSTRICA COM A PASSAGEM DE
UM “BALÃO DE SENGSTAKEN-BLAKEMORE”

98
Q

Na realidade, além de pouco sensível, o nível de
proteína total no líquido ascítico é pouco específico
para diferenciar entre transudato e exsudato, pois uma
ascite transudativa pode muito bem ter proteína total
elevada! É o que acontece em duas clássicas situações:

A

(1) ascite relacionada ao hipotireoidismo, cuja
fisiopatologia não é totalmente conhecida (mas trata-
-se de exemplo clássico desse fenômeno, isto é, GASA
e proteínas totais elevados);

(2) insuficiência cardíaca
congestiva em paciente que receberam grandes doses
de diureticoterapia.

99
Q

A ascite
quilosa, na qual o líquido ascítico adquire uma aparência
leitosa (devido a elevada concentração de triglicerídeos),
ocorre devido a presença de linfa na cavidade abdominal.
Suas principais causas são:

A

malignidades abdominais,

anormalidades referentes ao sistema linfático e

cirrose
hepática, l

as quais juntas, representam dois terços de
todos os casos de ascite quilosa

100
Q

Na ascite
quilosa, a concentração de triglicerídeos do líquido está
tipicamente acima de

A

200mg/dDL

101
Q

A síndrome hepatopulmonar deve ser considerada presente, quando a seguinte tríade
for observada:

A

— Doença hepática (mais comumente associada à hipertensão porta, com ou sem cirrose);

— Comprometimento da troca gasosa;

— Anormalidades vasculares intrapulmonares, referidas como dilatações
vasculares intrapulmonares.

102
Q

o balão de Sengstaken-Blakemore pode

ser utilizado por no máximo

A

24h

103
Q

ATB profilático melhor do que a norfloxacina na HDA por cirrose

A

Ceftriaxona

104
Q

A policitemia vera é uma das

causas clássicas da síndrome de

A

Budd-Chiari

105
Q

São considerados fatores de risco
para ressangramento na hemorragia por ruptura de varizes
esofagogástricas:

A
  • Idade > 60 anos;
  • Cirrose devido à
    doença hepática alcoólica;
  • Sangramento inicial de grande
    volume (hemoglobina < 8 g/dl);
  • Trombocitopenia;
  • Encefalopatia
    hepática (que denota um grau avançado de
    disfunção hepática);
  • Ascite;
  • Sangramento ativo observado
    no momento da endoscopia;
  • Sangramento proveniente
    de varizes gástricas;
  • Varizes de grande calibre;
  • Varizes com sinais de ”red spots”;
  • Insuficiência renal
    aguda;
  • Elevado gradiente de pressão venosa hepática
106
Q

A profilaxia está indicada nas seguintes situações: (profilaxia de HDA por varizes)

A
  • Varizes de médio e grande calibre (F2/F3); ou
  • Varizes
    de pequeno calibre em pacientes com alto risco de sangrar
    (Child B/C ou “pontos avermelhados” na EDA).
107
Q

(HDA POR VARIZES) A profilaxia
primária é feita com betabloqueadores não seletivos, sendo
a ligadura endoscópica de varizes indicada apenas quando
o paciente

A

Não tolera o fármaco

108
Q

A melhor terapia é o (SHR)

A

Transplante Hepático

109
Q

Tratamento Clínico em SHR deve ter o foco em

A

prevenção deve ser o foco das
intervenções, evitando-se o uso inapropriado de diuréticos
e corrigindo-se precocemente os distúrbios hidroeletrolíticos,
hemorragias e infecções.

110
Q

Ora, se há falência hepatocelular, não

adianta repor vitamina

A

K (os hepatócitos “doentes” não

utilizarão esta vitamina)

111
Q

Platipneia (dispneia ao sentar-
-se) e ortodeoxia (dessaturação arterial em ortostase) são
achados que, em um cirrótico sem outros sinais de doença
cardiorrespiratória, indicam a presença da síndrome

A

Hepatopulmonar

112
Q

Tais lesões funcionam como verdadeiras fístulas arteriovenosas
intrapulmonares., estamos falando da síndrome..

A

Hepatopulmonar

113
Q

No tratamento clínico do sangramento associado à

doença ulcerosa péptica, deve-se iniciar o uso de

A

IBP
com uma dose de ataque em bolus associada à infusão
contínua por 72 horas (Ex.: omeprazol, bolus de 80 mg
seguido de infusão contínua de 8 mg/h).

114
Q

O TIPS, de acordo com a American
Association for the Study of Liver Diseases, costuma ser
recomendado apenas para os pacientes que

A

Não toleram repetitivas paraventeses de alívio de grande monta

115
Q

Diante de um paciente cirrótico
que se apresenta com uma ascite volumosa e TENSA,
a melhor intervenção consiste em

A

Paracentese de alívio

116
Q

Em HDA no cirrótico, quando transfundir plaquetas e quando transfundir plasma?

A

<50 000

TTPa >1.5

117
Q

Escala de tratamento em HDA por cirrose

A

Ressuscitação volemica

Ligadura elastica

Medicamentoso

Balao

TIPS

Cirurgia

118
Q

Complexo protrombínico, necessitam de vitamina K

A

II
VII
IX
X

119
Q

A conduta perante bacterascite monobacteriana (isto
é, cultura do líquido ascítico positiva, sem a presença
do critério neutrofílico de PBE, que é uma contagem
de PMN > 250/ml) depende da

A

Presença ou não de sintomas

pacientes assintomáticos são apenas observados,
ao passo que aqueles que apresentam sintomas
são tratados como se possuíssem PBE.

120
Q

Parâmetros
bioquímicos bastante alterados no líquido ascítico, como
glicose < 50 mg/dl, proteínas > 1 g/dl e LDH > LSN
apontam para um diagnóstico de

A

PBS e não de PBE

121
Q

Moral da história: cirrótico com ascite internou

por qualquer motivo agudo, faça sempre uma

A

Paracentese diagnóstica

122
Q

Por que o diagnóstico NÃO
PODE SER Delirium Tremens (DT)? Ora, por um simples
motivo:

A

Há de ter manifestações adrenérgicas intensas

123
Q

QC Delirium Tremens

A

O DT é caracterizado por desorientação e alucinações
que surgem num paciente alcoólatra após 2-5 dias de
abstinência, porém, obrigatoriamente existe uma importante
síndrome hiperadrenérgica, com taquicardia, taquipneia,
hipertensão arterial, hipertermia, aumento do índice
cardíaco e do consumo metabólico geral de oxigênio.
É comum o surgimento de alcalose metabólica significativa,
e o aumento do pH plasmático reduz o fluxo sanguíneo
cerebral, com risco de crises convulsivas. Também são
frequentes múltiplos distúrbios eletrolíticos, como hipocalemia,
hipomagnesemia e hipofosfatemia, o que aumenta
o risco de taquiarritmias ventriculares malignas e rabdomiólise
(esta última principalmente pela hipofosfatemia
grave).

124
Q

TX Delirium Tremens

A

O tratamento é feito com medidas de suporte, tais
quais oxigenoterapia, hidratação parenteral e correção dos
distúrbios eletrolíticos, lançando mão de drogas como os
benzodiazepínicos (preferência pela via IV), conforme a
necessidade individual de cada paciente. Casos graves
e refratários podem requerer sedação com drogas mais
potentes, como o propofol ou mesmo os barbitúricos e,
obviamente, nestes casos será necessário instituir ventilação
mecânica invasiva

125
Q

Além da correção de causas básicas associadas,

o tratamento da EH é feito com

A

lactulose (30-120 ml/dia,
dividido em 2-4 tomadas, visando manter 2-3 evacuações
pastosas diárias) e

antimicrobianos orais para reduzir a
densidade populacional da microbiota colônica, como a
neomicina 2-8 g/dia de 6/6h

126
Q

Todo

cirrótico que já teve PBE possui indicação de

A

Profilaxia secundária

127
Q

Um clássico estudo demonstrou
que a infusão de albumina humana na dose de 1,5 g/kg
de peso no primeiro dia, seguido de 1 g/kg de peso no
terceiro dia de tratamento de uma PBE (Peritonite Bacteriana
Espontânea) reduz de forma significativa a chance
de surgimento da

A

Síndrome Hepatorrenal

128
Q

Portadores de cirrose hepática
e hipertensão portal que não melhoram da ascite após a
introdução de furosemida + espironolactona, em princípio,
devem ter avaliada a adesão quanto à dieta hipossódica
prescrita. Se a adesão for confirmada, pode-se

A

aumentar as
doses dos diuréticos: (1) até 120-160 mg/dia de furosemida e
(2) até 400-600 mg/dia de espironolactona.

Em quem tem disfuncao renal –> TIPS ou Paracenteses de Alívio

Transplante em CP B ou C

129
Q

Lembramos que pacientes com hipertensão portal não apresentam
risco aumentado de desenvolver

A

Hemorroidas

130
Q

As causas mais
comuns de descompensação no paciente hepatopata
que podem provocar encefalopatia são as seguintes:

A

hemorragia digestiva,

constipação intestinal,

infecções,

peritonite bacteriana espontânea,

hipocalemia,

alcalose
metabólica,

hiponatremia,

hipovolemia,

diuréticos,

paracentese
de grande volume,

diarreia osmótica,

uso de
benzodiazepínicos e psicotrópicos,

insuficiência hepática
aguda,

shunts portossistêmicos (espontâneo, cirúrgicos
e TIPS) e

hepatocarcinoma.

131
Q

As varizes de fundo gástrico isoladas são francamente

sugestivas de

A

Trombose de veia esplenica

132
Q

O tratamento definitivo é feito com (Trombose de veia esplenica)

A

Esplenectomia

133
Q

(“nefrose” ou “síndrome nefrótica”) representa

uma exceção à regra do GASA, pois

A

apesar de ser um
transudato tem GASA inferior a 1,1 g/dl. A explicação é a
seguinte: na síndrome nefrótica há uma profunda hipoalbuminemia,
estreitando a diferença entre a albumina sérica
e a albumina do líquido