Vigilância Epidemiológica Flashcards

1
Q

Investigação Epidemiológica

A

Visa investigar novos dados e informações que possa fundamentar novas intervenções a fim de evitar novos casos. Esse conhecimento pode depois ser aplicado na vigilância

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2
Q

Vigilância Epidemiológica

A

É um processo contínuo e sistemático de recolha, análise e interpretação de dados de saúde contribuindo para a descrição e monitorização de um evento de saúde, tendo em vista o planeamento, implementação e avaliação de intervenções e programas de saúde

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3
Q

Principais Objetivos

A
  • A identificação precoce e a intervenção para o controlo de doenças
  • A intervenção preventiva ao debater outros casos e ou surtos relacionados
  • A determinação de tendências nacionais ou locais
  • A avaliação do impacto de programas de Saúde Pública
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4
Q

Interação entre Investigação e Vigilância – Vigilância

A
  • Aplicação de boas práticas e medidas de controlo conhecidas em função do conhecimento existente
  • Monitorização direta das necessidades
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5
Q

Interação entre Investigação e Vigilância – Investigação

A
  • Investiga novos dados/informação que possa fundamentar novas intervenções/boas práticas
  • Investigação e avaliação sistemática com o intuito de desenvolver novo conhecimento
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6
Q

Processo Clínico da Vigilância Epidemiológica

A

Um evento no sistema de saúde faz uma notificação aos dados de Saúde Pública. Essa notificação é um dado que é analisado e interpretado, e é informado ao sistema de saúde, ao fim de haver intervenção

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7
Q

Doenças de Notificação Obrigatória

A

Os médicos perante um determinado grupo de doenças (varíola, escarlatina, difteria, febre tiroide, tifo exantémico, meningite epidérmica, peste, coléra e febre amarela), são obrigados a informar às autoridades de saúde. A lista é sendo atualizada, mas recentemente a lei foi mudada. Até 2009 a notificação era feita em papel e essas notificações eram processadas a nível nacional. Desde 2009, foi aplicado um sistema SINAVE, tornando a informação inteiramente eletrónica. Apesar de tudo, ainda há um subnotificação, que é verificada comparando as notificações obrigatórias comparadas aos registos dos hospitais
A notificação que é feita a nível nacional depois é feita de maneira integrada a nível internacional. A nível internacional, há o TESSY (The European Surveillance System), concentrando toda informação

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8
Q

Inquérito epidemiológico

A

Há um formulário próprio para cada doença, que serve de guião ao inquérito epidemiológico. A informação é fornecida pelo utente para ter informações mais concretas sobre o surto a fim de confirmar o caso e identificar a fonte da infeção

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9
Q

Outros sistemas de informação

A
  • Sistema de Alerta e Resposta Apropriada (SARA): sistema de notificação online para controlo dos casos de meningite
  • Monitorização das coberturas vacinais
  • Vigilância das doenças preveníveis para vacinação (ex.: gripe)
  • CDP: controlo dos casos de Tuberculose
  • TAC: infeções específicas na comunidade e em curto período de tempo, como são situação com evolução rápida, demanda medidas de prevenção e controlo imediatas
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10
Q

Tecnologia Epidemic Intelligence

A

Foi desenvolvida a fim de recolher e organizar sistematicamente a informação de várias fontes, normalmente em tempo real. Tem como objetivo acelerar a deteção de potenciais ameaças à saúde pública, permitindo uma resposta em tempo útil.
Ele funciona com dois braços: vigilância baseada em indicadores, cuja informação é recolhida e interpretada, e a vigilância baseada em eventos, cuja informação é recolhida de redes sociais, por exemplo, e após é filtrado e verificado. Essas duas informações são u9idas e é formado um sinal, que após avaliação é comunicado como um alerta de saúde pública e são tomadas medidas de controlo após investigação

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11
Q

Vigilância baseada em eventos – ECDC

A

É a vigilância epidemiológica convencional baseada em notificações e indicadores. É uma alternativa complementar à convencional, além de ser uma análise constante e há uma deteção muito mais precoce de problemas ed saúde.

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12
Q

Vigilãncia Sindrómica

A

Outra solução que está a ser complementada. É uma vigilância de tempo real, investigando grandes padrões de doenças, através de sintomas comuns, independentemente do diagnóstico precoce. É de rápida identificação e tem intervenção imediata, pois se baseia em marcadores não específicos

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13
Q

Atributos do sistema CDC

A
  • Simplicidade
  • Flexibilidade: capacidade de se adaptar a alterações nas necessidades de informação
  • Qualidade dos dados: mais completo e válido
  • Aceitabilidade: disposição favorável dos profissionais e daqueles que fornecem as informações de forma exata
  • Sensibilidade: proporção de casos verdadeiros detetados
  • Valor preditivo positivo: proporção de casos positivos entre os identificadores como casos
  • Representatividade
  • Oportunidade: tempo que medeia entre a ocorrência do caso e os passos previstos lo sistema de vigilância
  • Estabilidade: a recolha sistemática e segura dos dados
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14
Q

Os sistemas podem ter desenhos

A
  • Sentinela/completo
  • Dados individuais/agregados: pode-se ter notificação de todos os casos ou apenas agregados
  • Ativo/passivo: ativo no sentido que precisa de uma notificação ou passivo se a informação for recolhida automaticamente
  • Obrigatórios/voluntários: doenças de notificação obrigatória ou um sistema voluntário
  • Confidencial/anónimo: no anónimo não se sabe quem tem o dado, confidencial sabe-se a pessoa, mas essa informação é restrita
  • Baseado em eventos/indicadores
  • Segurança de dados
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15
Q

Dados necessários para o desenho

A
  • Denominadores (população na vigilância; nados vivos; isolados bacterianos)
  • Numeradores (número de casos; número de óbitos; isolados bacterianos com resistência)
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16
Q

Fontes de dados

A

Podem ser:
- Demografia: tempo, lugar, pessoa
- Fatores de risco: exposição; comportamentos
- Administrativo: data/hora da notificação; fonte
- Veterinária: animais (domésticos, selvagens); alimentos
- Ambiente: água; ar; alimentos
- Dados Demográficos: mortes; denominadores
Pode retirar-se informação de diversos momentos da evolução da doença

17
Q

Recolha de Dados

A

A recolha de dados deve ser feita a partir de uma infraestrutura já existente. Os métodos utilizados podem ser: papel, telefone, eletrónicos, web
É importante definir a frequência da recolha. A notificação zero também é importante, pois assegura que não se perde informação

18
Q

Informação para Ação

A

A análise permite converter dados em informação e pode ser:
- descritiva (tempo, lugar, pessoa)
- analítica
- time series
- deteção de surtos
- epidemiologia molecular
- epidemiologia genética
- Sistemas de Informação Geográfica (GIS)
Após a análise, é importante fazer a interpretação, para verificar se não houve nenhum erro (acaso, viés). Deve-se também ter em atenção as características do sistema e dos dados, e as mudanças no sistema

19
Q

Comunicação – Alertas

A
  • Nacionais e/ou locais SARA
  • Europa EWRS
  • Internacional IHR
20
Q

Comunicação –Relatórios

A
  • Artigos científicos
  • Congressos, reuniões, etc.
  • Boletins
  • Relatórios anuais
21
Q

Comunicação – Comunicação Pública

A
  • Comunicação social
  • Internet
22
Q

Comunicação – Destinatários

A
  • Profissionais de Saúde Pública
  • Governo/Decisores Políticos
  • Médicos/Microbiologistas
  • Equipas de Controlos de Infeção
  • Técnicos de Saúde Ambiental
  • Gestores de serviços de saúde
  • ONGs
  • Comunicação social
  • População
23
Q

Sistemas de Vigilância e Registo

A
  1. ECOS: amostra aleatória de cerca de 1200 famílias
  2. EVITA: sistema de recolha de dados sobre acidentes domésticos e recreativos em instituições do SNS
  3. RENAC: Registo Nacional de Anomalias Congénitas
  4. REDE DE MÉDICOS SENTINELA: Rede de Médicos de Família que relata gripe e outras doenças
  5. GRIPENET: Sistema de Vigilância Participativa da Gripe desenvolvido em 2005 pelo IGC e integrado no INSA em 2015; monitorização online; participação voluntária dos cidadãos (~2000), que reportam sintomas por via eletrónica. Conta com a participação de 100 países da Rede Europeia
  6. ÍCARO: Vigilância do Calor e dos seus impactos na saúde
  7. FRIESA: Vigilância do frio e dos seus impactos na saúde
  8. VDM: Vigilância Diária da Mortalidade
  9. LINHA Saúde 24: Deteção precoce da epidemia gripal com dados da linha nacional de saúde
  10. Eventos de Massas: Vigilância Epidemiológico
  11. Vigilância Sindrómica: nova área de investigação
24
Q

Oportunidades

A
  • Sistemas de diagnóstico menos invasivos (saliva, urina)
  • Novas técnicas moleculares
  • Registo clínico eletrónico
  • Novas fontes de dados
  • Online, web (recolha de dados; disseminação de informação)
  • Novas capacidades de análise (GIS; bioinformática)
  • Vigilância Sindrómica
25
Q

Desafios

A
  • Sustentabilidade (vítima do seu próprio sucesso)
  • Excesso de informação
  • Novas ameaças (infeções (re)emergentes; bioterrorismo)
  • Direitos humanos/proteção de dados
26
Q

Evento de Massa, segundo a WHO

A

Mais do que um determinado número de pessoas num local específico para uma finalidade específica (função social, evento público de grandes dimensões ou desportos), por um período definido de tempo e que coloca sob pressão os sistemas locais
Exemplos:
- Jogos Olímpicos
- Campeonato do Mundo/Europeus
- Manifestações
- Festivais

27
Q

Objetivo da saúde pública

A

Prevenir ou minimizar o risco de doença ou lesão e maximizar a segurança para todos os participantes espetadores, trabalhadores voluntários e residentes

28
Q

Riscos possíveis para eventos de massa

A
  • Acidentes e trauma
  • Doenças infeciosas/transmissíveis
  • Doenças de transmissão hídrica e alimentar
  • Temperaturas extremas (frio/calor)
  • NRBQ
  • Causas naturais (tremores de terra, cheias, tempestades)