Controlo de Doenças Transmissíveis Flashcards

1
Q

Doenças transmissíveis (ou doenças infeciosas)

A

São causadas por agentes patogénicos (bactérias, vírus, parasitas, fungos ou priões) que podem apresentar manifestações clínicas ou não

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2
Q

Manifestações clínicas

A

São essencialmente febre e inflamação (ruborização, aumento da temperatura, inchaço, dor e perda de função).
Também podem manifestar-se outros sinais e sintomas comuns

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3
Q

Sistemas afetados

A
  • Respiratório: pneumonia, pleurite; faringite, laringite, traqueíte, amigdalite; rinite, sinusite
  • Gastrointestinal: gastroenterite; apendicite
  • Genito-urinário: uretrite, prostatite; cistite, pielonefrite; vaginite, cervicite, salpingite (peritonite)
  • Nervoso Central: meningite/encefalite
  • Cardiovascular: endocardite, pericardite; bacteremia e sepsis
  • Outros: abcesso; artrite, osteomielite; celulite; hepatite; peritonite
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4
Q

Resultados

A

Os resultados esperados das doenças infeciosas é a sua resolução/cura.
Poderão eventualmente ocorrer algumas sequelas ou, em último caso, óbito

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5
Q

Em 1967, pensava-se que o fim das doenças infeciosas estaria próximo essencialmente porque…

A
  • A varíola tinha sido erradicada (foi a primeira e única doença em que, até ao momento, houve sucesso na sua erradicação)
  • Verifica-se um com controlo de várias doenças infeciosas
  • Foram desenvolvidos vacinas e antibióticos
  • Existência de água potável, nutrição e segurança alimentar
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6
Q

Porém, acabaram por surgir novas doenças…

A
  • HIV/SIDA: no final dos anos 80, doença devastadora, visto que apresentava uma taxa de letalidade bastante elevada, o que atualmente não se verifica
  • West Nil: doença que tem vindo a ter surtos nos últimos anos
  • SARS
  • Tuberculose e malária: tem-se verificado um aumento destas patologias, em particular das duas formas multirresistentes, o que saliente a importância do consumo responsável de antibióticos
  • Resistência aos antibióticos
  • Bioterrorismo: ataques deliberados utilizando armas biológicas
  • Gripe aviária, em 2009
  • Ébola: recente surto na África Ocidental, que mostra ser uma ameaça forte, com elevada letalidade
  • Zika: doença relativamente benigna, exceto nas grávidas (microcefalia: malformação congénita)
  • COVID-19
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7
Q

Reemergência de Doenças Infeciosas – Razões

A
  • Aumento da população
  • Facilidade e velocidade das viagens
  • Alterações climáticas
  • Aumento do uso de antibióticos em humanos e animais
  • Guerra e conflitos sociais contribuem para a disrupção no sistema, o que faz com que os programas de vacinação sejam colocados em questão
  • Envelhecimento da população
  • Proximidade entre humanos e animais, o que propicia a transmissão de doenças
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8
Q

Transição demográfica

A

Houve um envelhecimento da população, diminuição da taxa de natalidade (antes verificava-se uma elevada taxa de mortalidade e natalidade)

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9
Q

Transição epidemiológica

A

Passagem de um padrão de doença aguda/infeciosa, para um padrão de doença crónica e degenerativa

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10
Q

Cadeia de infeção

A

➝ Agente ➝ Reservatório ➝ Porta de saída ➝ Via de transmissão ➝ Porta de entrada ➝ Indivíduo suscetível ➝

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11
Q

Tipos de agentes infeciosos

A
  • Bactérias (tétano, tuberculose, cólera
  • Vírus (HIV, hepatite, influenza)
  • Parasitas (malária, giardia)
  • Fungos (candidíase)
  • Priões (doença de Creutzfeldt-Jakob)
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12
Q

Reservatório (fonte da doença)

A
  • Humano: HIV
  • Animal (zoonoses): Salmonella spp
  • Solo: Clostridium tetani
  • Água: Legionella pneumophila
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13
Q

Portas de entrada e saída

A
  • Vias respiratórias: nariz/boca
  • Pele e mucosas: feridas/injeções
  • Gastrointestinal: ânus e boca (porta de saída; porta de entrada)
  • Trato urinário: uretra/colo
  • Placenta
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14
Q

Indivíduo suscetível

A

É um indivíduo se imunidade, ou que possui uma dose infeciosa bastante alta e ainda em casos de imunossupressão

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15
Q

Vias de transmissão

A
  • Transmissão direta: ocorre por contacto, via sexual e/ou gotículas
  • Transmissão indireta: pode ser por via alimentar, hídrica, por vetores (mosquitos) ou aérea
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16
Q

Controlo de infeção

A

Para “quebrar a cadeia”, deve-se identificar os elos mias fracos e desenvolver intervenções direcionada a fim de parar ou limitar a transmissão da infeção

17
Q

Intervenções possíveis

A
  • Agente: antibióticos
  • Reservatório: inseticidas
  • Porta de saída: etiqueta respiratória
  • Vias de transmissão: irradiação da comida, tratamento de águas
  • Porta de entrada: máscaras, EPI
  • Indivíduo suscetível: vacinação
18
Q

Antibióticos

A

Podem ser antibacterianos, antivirais ou antifúngicos
Podem ter um efeito bactericida (eliminar o agente) como um efeito bacteriostático (impedir a proliferação do agente)

19
Q

Efeitos secundários dos antibióticos

A
  • Efeitos gastrointestinais
  • Alergias
  • Efeitos tóxicos
  • Sensibilidade à luz
20
Q

Resistência antibiótica

A

Devido ao maus uso e a banalidade do uso de antibióticos, as bactérias e os vírus podem acabar criando resistências aos antibióticos, afetando ou até mesmo inviabilizando a eficácia do tratamento

21
Q

Vacinação

A

A vacinação é a intervenção com o melhor custo-efetividade, a mais eficaz e mais segura da saúde pública

22
Q

Imunidade

A

Ativa:
- Natural: após doença
- Artificial: após vacinação
Passiva:
- Natural: transplacentária
- Artificial: injeção de imunoglobulina

23
Q

Imunidade de grupo

A

É adquirida a partir de uma certa taxa de vacinação, em que não ocorre transmissão da doença

24
Q

Vacinas podem ser produzidas a partir de…

A
  • Microrganismos vivos ou atenuados: bactérias (BCG) ou vírus (febre amarela, sarampo, rubéola, papeira,…)
  • Microrganismos mortos: bactérias (pertússis) ou vírus (Encefalite Japonesa, poliomielite IPV, raiva)
25
Q

Programas de vacinação

A

São vacinas que são oferecidas a determinados grupos populacionais, de acordo com as guidelines definidas pelas autoridades de saúde, de forma a permitir mudar a epidemiologia de algumas doenças

26
Q

Um bom programa de vacinação requer…

A
  • Calendário adequado
  • Vacinas corretas
  • Bom sistema de fornecimento/aplicação
  • Profissionais com as competências necessárias
27
Q

Os programas nacionais de vacinação permitem que exista…

A
  • Proteção individual
  • Redução da incidência da doença
  • Manter a doença fora do país
  • Erradicação da doença
  • Poupança de recursos
28
Q

Causas de baixa eficácia

A
  • Influenza: evolução rápida das estirpes
  • Variabilidade Humana: diferenças genéticas
  • Imunidade Incompleta: pertússis 70/90%; varicela (1 dose) - 70/90%
  • Erros de Armazenamento e Administração
29
Q

Dilemas sobre vacinas

A
  • Como manter taxas de vacinação altas, na ausência de doença?
  • Vacinação para tratar doença crónica (como a hepatite B)
  • Critérios para deixar de vacinar (polio)?
  • Quem deve receber vacinação contra agentes usados em bioterrorismo?
  • Como desenvolver vacinas para doenças negligenciadas e em países de baixo rendimento?
30
Q

Erradicação da doença

A

É a extinção completa do agente que causa a doença, o objetivo último da doença
Uma vez que a doença esteja erradicada, deixam de ser necessárias medidas de controlo, permite-se poupança nos custos e nas reações adversas, e ficamos sem mais “cara de doença”

31
Q

Outras vantagens da erradicação da doença

A
  • Poupanças continuam indefinidamente
  • Custos com a erradicação são temporários
32
Q

Desvantagens numa estratégia de erradicação

A
  • Vigilância rigorosa e medidas de controlo continuamente, mesmo com incidências muito baixas
  • Erradicação com sucesso exige muitos recursos, o que leva a uma competição com doenças mais importantes, para esses mesmos recursos existentes
  • As características biológicas de algumas doenças dificultam a sua erradicação, por exemplo, doenças com reservatório animal ou ambiental