Risco, Prevalência e Incidência Flashcards

1
Q

Noção de Risco

A

Probabilidade de ocorrência de um acontecimento, por exemplo, doença ou falecimento de um indivíduo, no decurso de um dado período de tempo, ou idade

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2
Q

Apreciação do risco

A

A estimativa qualitativa ou quantitativa, da probabilidade ou verosimilhança de efeitos adversos resultantes da exposição a riscos de saúde específicos, ou da ausência de influência benéficas

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3
Q

Controlo do risco

A

Medidas tomadas para alterar, isto é, reduzir os níveis de risco a que os indivíduos e as populações estão expostos

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4
Q

Risco Atribuível

A

Diferença entre a ocorrência entre os expostos e a ocorrência os não expostos

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5
Q

Risco Relativo

A

Quociente entre a ocorrência entre os expostos e a ocorrência entre os não expostos

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6
Q

Noção de Prevalência

A

Número de casos de uma dada doença, ou condição, presente numa dada população, num dado momento cronológico
- Probabilidade de já ter doença
- Numerador: casos novos e antigos
- Não necessita de “follow up”, não depende da doença
- Depende da duração de doença: maior duração, maior prevalência

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7
Q

Calculo da Prevalência

A

Prevalência = Incidência x Densidade de incidência

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8
Q

Noção de Incidência

A

Número de casos de doença iniciados durante um período de tempo especificado, numa dada população
- Probabilidade de desenvolver doença
- Numerado: apenas novos doenças
- Necessita “follow up”
- Não depende da duração da doença

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9
Q

Fatores que influenciam o acréscimo da taxa de prevalência

A
  • Duração mais longa da situação
  • Prolongamento da vida de doentes
  • Aumento da incidência
  • Imigração de casos
  • Emigração de pessoas saudáveis
  • Imigração de pessoas suscetíveis
  • Melhoria dos meios de diagnóstico
    Diabetes tem alta prevalência e baixa incidência
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10
Q

Fatores que influenciam o decréscimo da taxa de prevalência

A
  • Duração mais curta da situação
  • Taxa de letalidade elevada
  • Diminuição da incidência
  • Emigração de casos
  • Imigração de pessoas saudáveis
  • Melhoria da taxa de cura
  • Gripe tem baixa prevalência e alta incidência
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11
Q

Taxa de Incidência (ou densidade de incidência)

A

É a proporção da população que adquire ou desenvolve a doença num período de tempo. O denominador é uma medida que inclui o tempo e é a soma do tempo em que cada indivíduo esteve em risco, até contrair a doença.

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12
Q

Cálculo da Taxa de incidência

A

TI = nº de novos casos de doença / total de pessoas-tempo em observação

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13
Q

Cálculo do Risco Relativo

A

RR = TA expostos / TA não expostos

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14
Q

Hierarquia da Evidência

A
  1. Mate análise / revisão sistemática
  2. Ensaio clínico (RCT)
  3. Estudo de corte
  4. Estudo caso - controlo
  5. Estudo de prevalência
  6. Estudo ecológico
  7. Séries de casos/relatos de casos
  8. Opinião de especialistas
  9. Estudos em animais
  10. Estudos in vitro
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15
Q

Estudos Ecológicos

A
  • Unidades em estudo são comunidades
  • Frequentemente utilizam informação disponível
  • Relativamente rápidos e económicos
  • Muitos sujeitos a viés de classificação
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16
Q

Estudos Transversais (ou de prevalência)

A
  • Facilidade de tirar conclusões
  • Não existência de um período de seguimento
  • Mais rápidos, mais baratos, mais fáceis
  • São a única maneira de calcular a prevalência das doenças e dos fatores de risco
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17
Q

Princípio do Estudo de Coorte

A

O estudo de Coorte divide a população em:
- Expostos
- Não expostos
A exposição é o que define a divisão. Acompanha um grupo populacional

Para os cálculos, as medidas de frequência utilizadas no Estudo de Coorte são a taxa de incidência e a incidência cumulativa (taxa de ataque)
- Separam-se os indivíduos em expostos e não expostos e calcula-se a taxa de ataque para cada categoria
- Os resultados dos estudos de coorte geralmente são organizados numa tabela 2x2

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18
Q

O que é um Coorte?

A
  • Uma divisão militar do Exército Romano
  • Grupo de indivíduos:
    × Partilham de uma mesma experiência;
    × Seguidos por um período de tempo específico.
  • Exemplos:
    × Coorte de nascimento;
    × Coorte de participantes numa festa de casamento;
    × Trabalhadores numa mina;
    × Turma de Ciências Biomédicas
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19
Q

Incidência cumulativa/Taxa de ataque

A

É a proporção da população que adquire ou desenvolve a doença num período de tempo. O denominador pressupõe um determinado tempo de observação

20
Q

Cálculo da Taxa de ataque

A

TA = nº novos casos de doença / total de pessoas em observação

21
Q

Vantagens do Estudo de Coorte

A
  • Medição direta
  • Risco relativo
  • Incidência nos expostos e não expostos
  • Adequado para exposições raras
  • A relação temporal entre exposição e doença é clara
  • Menos propenso a viés de seleção
  • Pode explicar múltiplos efeitos de uma única exposição
22
Q

Desvantagens do Estudo de Coorte

A
  • Amostra/população de grande dimensão
  • Período de Latência
  • Custo
  • Tempo
  • Perdas de participantes
  • Exposição pode mudar
  • Exposições múltiplas são difíceis de avaliar
23
Q

Estudos Caso Controlo

A

Começa com 2 grupos de pessoas: os casos e os controlos . O resultado é aquilo que define a divisão. Assim, este estudo avalia retrospetivamente a exposição
Os estudos caso controlo divide uma população de indivíduos em expostos e não expostos.

24
Q

O que são ODDS?

A

As ODDS são a razão da probabilidade de ocorrência de um evento, sobre a probabilidade da não ocorrência desse evento

25
Q

Cálculo das ODDS

A

ODDS = Probabilidade de um evento ocorrer / Probabilidade de um evento não ocorrer

26
Q

Cálculo de ODDS Ration

A

OR = ODDS casos / ODDS controlo

27
Q

Medidas Epidemiológicas de Associação

A

Um elevado valor destas medidas não pressupõe um relação causal. A força de associação é só um dos critérios de causalidade
- RR, OR > 1 → associação positiva; a exposição é um fator de risco
- RR, OR =1 → ausência de associação
- RR, OR < 1 → associação negativa; a exposição é um fator protetor

28
Q

Vantagens do Estudo Caso-Controlo

A
  • Rápido e barato
  • Adequado a doenças raras e com período latente longo
  • Necessita amostra reduzida de casos
  • Permite o estudo de múltiplas exposições em simultâneo
  • Disponibilidade de dados
29
Q

Desvantagens do Estudo Caso-Controlo

A
  • Desenho retrospetivo
  • Não mede a incidência da doença
  • Relação temporal de exposição-doença desconhecida
  • Suscetível a viés de seleção e de recordação
30
Q

Associação

A

A exposição refere-se à dependência estatística entre duas variáveis
Exposição ⇆ Doença
A presença de um associação estatística não significa necessariamente uma associação causal, devido aos erros sistemáticos, confundimento, acaso, entre outros

31
Q

Conceito de Associação causal

A

É aquela na qual uma mudança na frequência ou qualidade de um exposição ou característica resulta num correspondente mudança na frequência da doença ou desfecho de interesse. É aquela que obedece aos critérios de causalidade

32
Q

Conceito de Causalidade

A

O efeito Causal consiste na modificação de um estado de saúde é o resultado a exposição da um fator (fator causal)
Só pode ser comprovado por comparação de 2 populações com diferente exposição ao fator causal
Exposição → Doença

33
Q

Modelos de causalidade

A

Modelo das causas
- Suficiente e componente (multicausal): é um modelo determinista. Para ocorrer uma doença pode haver diversos conjuntos de causas suficientes
- Causa necessária: a doença só se desenvolve na presença da causa
- Causa suficiente: conjunto de condições ou eventos mínimos que inevitavelmente produzem ou iniciam a doença

34
Q

Critérios de Bradford Hill

A
  • Sequência temporal
  • Força de associação
  • Consistência da associação
  • Gradiente biológico
  • Especificidade de associação:
  • Reversibilidade
  • Plausibilidade biológica
  • Coerência
  • Analogia
35
Q

Viés ou Erro Sistemático

A

Surge quando existe tendência para produzir resultados que diferem, de modo sistemático, dos valores reais.
Pode ser introduzido em qualquer fase do estudo e pode ocorrer em qualquer tipo de estudo.
Resulta numa estimativa incorreta da associação entre a exposição e a doença
A validade de um estudo depende da redução do erro sistemático

36
Q

Principais Viés em Investigação Epidemiológica

A
  • Viés de Conceção: erros devido a incorreções ou imprecisões na conceção do estudo
  • Viés de Seleção da Amostra: erros devido a diferenças sistemáticas entre os indivíduos selecionados para o estudo e os não selecionados
  • Viés de Informação ou de medição: erros devido a diferenças sistemáticas na forma como é recolhida e interpretada a informação relativa à exposição ou ao efeito nos diferentes grupos em estudo (ex.: viés de memoria, do entrevistador, de cortesia)
  • Viés de Análise Estatística e Interpretação dos Resultados
37
Q

Viés de Seleção

A

Ocorre quando, durante a seleção e seguimento dos participantes, existem diferenças sistemáticas nas características dos participantes e não participantes

38
Q

Viés de Seleção a ter em conta

A
  • Coorte: os grupos expostos e não expostos são similares em tudo, exceto em relação à exposição que se quer estudar?
  • Caos-Controlo: os casos e os controlos são similares exceto em relação à presença da doença?
  • Ensaios Clínicos: os indivíduos foram alocados para os grupos de tratamento e não tratamento de forma aleatória?
39
Q

Minimizar Viés de Seleção

A
  • Definição clara da população em estudo
  • Definição explicita de casos e controlos
  • Casos e controlos da mesma população
    × Seleção independente da exposição
  • Seleção de expostos e não expostos ignorando o resultado
40
Q

Viés de Informação

A

Ocorre quando os participantes no estudo são incorretamente classificados em termos de exposição ou efeito

41
Q

Viés de Informação a ter em conta

A
  • Coorte: a informação sobre a doença será obtida da mesma forma para os expostos e não expostos?
  • Caso-Controlo: a informação sobre a exposição será obtida da mesma forma para os casos e os controlos?
  • Ensaios Clínicos: o estudo é feito em dupla ocultação (duplo cego)?
42
Q

Minimizar Viés de Informação

A
  • Padronizar instrumentos de medida
  • Administrar instrumentos igualmente a casos e controlos; expostos e não expostos
  • Utilizar múltiplas fontes de informação (questionários, medição direta, registo clínicos e do doente)
  • Usar controlos múltiplos
43
Q

Erros em Estudos Epidemiológicos

A

Os erros podem ser aleatórios ou sistemáticos

44
Q

Erro Aleatório

A

Corresponde à diferença devida ao acaso, entre os resultados obtidos numa amostra e o verdadeiro valor da população
Pode ser introduzido devido a:
- Variação biológica individual
- Erro de amostragem
- Erro de medição
Resulta na falta de precisão na estimativa da medida de associação
Reflete a precisão do estudo

45
Q

Erro Sistemático

A

Expressa a diferença entre a medida real de efeito e aquela obtida no estudo

46
Q

Variáveis de Confundimento

A

São variáveis que não constituem o objeto de estudo nem correspondem a passos intermédios entre a exposição e o efeito, mas que se encontram simultaneamente associadas aquelas variáveis, originando uma associação indireta entre elas

47
Q

Metodologias de Controlo de Confundimento

A
  • Restrição
  • Emparelhamento
  • Estratificação
  • Análise multivariada