Vigilância da Gravidez de Baixo Risco Flashcards

1
Q

Quais são os passos comuns a todas as consultas de saúde materna?

A
  • Garantir as rotinas de cada fase da gravidez
  • Confirmar suplementação
  • Avaliar a escala de Goodwin Modificada
  • Preenchimento do BSG
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2
Q

Como é que justifico que uma gravidez é de baixo risco?

A

Através da escala de Goodwin Modificada:

Baixo risco: 0-2 pontos
Médio risco: 3-6 pontos
Alto risco: 7 ou mais pontos

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3
Q

Que valências são avaliadas na escala de Goodwin Modificada? (5)

A

Idade
Paridade
Antecedentes obstétricos
Patologias associadas (incluindo cirurgias ginecológicas)
Intercorrências da gravidez atual

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4
Q

Face à suspeita de violência familiar, onde deve ficar registado?

A

No processo clínico e nunca no BSG

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5
Q

Qual é a diferença entre Idade Gestacional Cronológica e Idade Gestacional Definitiva?

A

IGC: calculada a partir da data da última menstruação - deve ser revista.

IGD: calculada a com recurso a ecografia do 1ºT, pelo comprimento crânio-caudal.

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6
Q

O que é a regra de Naegle?

A

Permite prever a data do parto.
Consiste em somar 7 dias e subtrair 3 meses à DUM.

Ex: DUM a 03/10. data prevista do parto = 03 + 7d/ 10-3m = 10/07.

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7
Q

Como é que se data uma gravidez se não for possível apurar a DUM?

A

Pode ser feita ecografia para datação de gravidez.

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8
Q

Qual é a exceção à datação da gravidez com recurso à DUM?

A

É a procriação medicamente assistida, que obedece a critérios específicos.

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9
Q

Na gravidez de baixo risco, quando é que deve ser feita a primeira consulta?

A

Assim que possível, idealmente antes das 12 semanas (no 1ºT).

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10
Q

Qual deve ser a periodicidade das consultas de gravidez?

A

Primeira consulta até às 12 semanas.
A cada 4-6 semanas até às 30 semanas.
A cada 2-3 semanas até às 36 semanas.
A cada 1-2 semanas após as 36 semanas.

NOTA: todas as grávidas entre as 36-40 semanas devem ter acesso a consulta no hospital.

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11
Q

O que devo fazer se a grávida só se apresenta após as 12 semanas?

A

Deve fazer as rotinas preconizadas para a primeira consulta de gravidez.

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12
Q

Admitindo-se um correto seguimento de uma gravidez de baixo risco, em que idade gestacional deve ocorrer cada consulta?

A

1ª consulta: até às 12 semanas
2ª consulta: 12-18 semanas
3ª consulta: 19-24 semanas
4ª consulta: 25-30 semanas
5ª consulta: 31-33 semanas
6ª consulta: 34-36 semanas
7ª consulta: 37-38 semanas

Eventualmente, em cada caso, pode haver mais consultas.

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13
Q

Quais são os suplementos preconizados na gravidez de baixo risco?

A

Ácido fólico, 400 ug
Iodeto de potássio, 150-200 ug (se ausência de contraindicações)
Ferro elementar, 30-60 mg (se ausência de contraindicações)

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14
Q

Quais são as grávidas com indicação para 5 mg de B9 por dia?

A
  • Antecedentes familiares de defeitos do tubo neural
  • Antecedentes obstétricos de defeitos do tubo neural
  • Fármacos que diminuem biodisponibilidade de ácido fólico
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15
Q

Como é feita a profilaxia da isoimunização Rh?

A

Imunoglobulina anti-D (300 ug) a todas as grávidas RhD negativas não sensibilizadas às 28 semanas.

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16
Q

O rastreio do colo do útero pode ser atualizado na gravidez?

A

Sim, recomendado no primeiro trimestre.

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17
Q

Quando deve ser realizado o rastreio de violência doméstica?

A

Em todas as consultas de saúde materna.

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18
Q

Qual é o ganho ponderal esperado no 1ºT?

A

0.5 a 2 Kg.

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19
Q

Qual é o ganho de peso estimado para uma mulher com IMC normal (18.5-24.9)?

A

11.5 a 16 Kg.
0.4 Kg por semana no 2º e 3ºT.

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20
Q

Qual é o ganho de peso estimado para uma mulher com IMC < 18.5?

A

12.5 a 18 Kg.
0.5 Kg por semana no 2º e 3ºT.

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21
Q

Qual é o ganho de peso estimado para uma mulher com excesso de peso (IMC 25-29.9)?

A

7 a 11.5 Kg.
0.3 Kg por semana no 2º e 3ºT.

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22
Q

Qual é o ganho de peso estimado para uma mulher com obesidade (IMC > 30)?

A

5 a 9 Kg.
0.2 Kg por semana no 2º e 3ºT.

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23
Q

Quais são os rastreios analíticos recomendados no 1ºT? (10)

A

AB0 + Rh D

Teste de Coombs indireto

Hemograma completo

Glicemia em jejum

VDRL

Rubéola - IgM + IgG (se desconhecido ou NI prévia)

Toxoplasmose - IgM + IgG (se desconhecido ou NI prévia)

VIH 1 e 2

AgHBs

Urocultura com TSA

NOTA: eventualmente citologia cervical

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24
Q

Quais são as rotinas analíticas do 2º trimestre? (5)

A

Entre as 18 e as 20 semanas:
- Rubéola IgG e IgM nas não imunes.

24-28 semanas:
- Hemograma completo
- PTGO 75
- Coombs indireto
- Toxoplasmose (IgG e IgM nas não imunes)

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25
Q

Quais são as rotinas analíticas do 3ºT? (6)

A

32-34 semanas:
- Hemograma completo.
- VDRL
- VIH 1 e 2
- AgHBs (nas não vacinadas com rastreio negativo no 1º trimestre)
- Toxoplasmose (IgG e IgM nas não imunes)

35-37 semanas:
- Pesquisa vaginal e anorretal do S. agalactiae

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26
Q

Qual é o tempo correto para cada ecografia obstétrica?

A

1º T: 11 semanas a 13 semanas e 6 dias

2º T: 20 semanas a 22 semanas e 6 dias

3º T: 30 semanas a 32 semanas e 6 dias

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27
Q

Que peso devo utilizar para determinar qual deve ser a progressão ponderal da grávida?

A

Deve-se usar o IMC calculado na consulta pré-concecional.

Se não houver consulta pré-concecional, o peso de referência deve ser o peso à data da última menstruação.

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28
Q

Quando é que um aumento de peso é problemático?

A

Um aumento de peso superior a 1.5 Kg numa semana, associado a edemas, requer avaliação clínica (PA, evolução dos edemas e avaliação analítica).

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29
Q

Qual é o intuito da ecografia do 1ºT? (7)

A

Determinar:
- Viabilidade fetal (FC)
- Número de fetos
- Corionicidade
- Datação (comprimento craniocaudal)
- Malformações major (pólo cefálico, coluna, estômago, parede abdominal e membros)
- Avaliação de aneuploidias (rastreio combinado)
- Anexos

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30
Q

Como é que a ecografia do 1º T contribui para o rastreio de trissomia 21?

A

Através da linha de translucência nucal e da idade materna.

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31
Q

O que compõe o rastreio combinado?

A

Idade materna + Ecografia 1º T + PAPP-A + Fração livre de b-hCG

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32
Q

Para que serve a ecografia do 2º trimestre?

A

Ecografia morfológica: identificação de malformações fetais.
Avaliado cada sistema de órgãos
Avalia cordão umbilical

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33
Q

Para que serve a ecografia do 3º trimestre?

A
  • Desenvolvimento fetal
  • Diagnóstico de anomalias tardias
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34
Q

Quais são os parâmetros incluídos na ecografia do 3º trimestre?

A
  • Apresentação fetal
  • Perímetro cefálico
  • Perímetro abdominal
  • Comprimento do fémur
  • Estimativa ponderal
  • Parâmetros biofísicos
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35
Q

Em que período deve ser feita a suplementação com ácido fólico?

A

Deve ser iniciado pelo menos 2 meses antes da interrupção do método contracetivo e durante pelo menos as primeiras 12 semanas de gestação para prevenção de defeitos do tubo neural.

As recomendações da OMS falam no uso de ferro e B9 até ao termo para prevenção de anemia materna, parto pré-termo, baixo peso à nascença e sépsis puerperal.

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36
Q

Quais são as malformações prevenidas pela suplementação com ácido fólico?

A

Espinha bífida
Anencefaleia
Meningocelo

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37
Q

Em que período deve ser feita suplementação com iodeto de potássio?

A

Desde a pré-conceção até ao fim do aleitamento exclusivo.

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38
Q

Em que mulheres está contraindicada a suplementação com iodeto de potássio?

A

Mulheres com patologia da tiroide.

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39
Q

Quais são as fórmulas a que corresponde 60 mg de ferro elementar?

A

300 mg de sulfato ferroso (a evitar)
180 mg de fumarato ferroso
500 mg de gluconato ferroso

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40
Q

O que está recomendado pela OMS para o alívio de náuseas no 1ºT?

A
  • B6 (nausefe)
  • Gengibre
  • Camomila
  • Acupuntura
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41
Q

O que recomenda a OMS para tratamento de pirose e azia?

A

Medidas não farmacológicas em primeira linha.
Eventualmente algum anti-ácido.

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42
Q

O que recomenda a OMS para tratamento de cãibras na gravidez?

A

Magnésio
Cálcio
Medidas não farmacológicas

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43
Q

O que recomenda a OMS para o alívio de obstipação na grávida?

A

Suplementos de fibra

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44
Q

O que recomenda a OMS para tratamento de insuficiência venosa e edemas na grávida?

A
  • Elevação do membro inferior
  • Meias elásticas
  • Imersão dos membros inferiores em água
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45
Q

Quais são as vacinas recomendadas durante a gravidez?

A

Tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa) - todas as grávidas

Gripe sazonal - todas as grávidas

Hepatite B (VHB) - nos casos indicados

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46
Q

Para além da gripe sazonal, da tosse convulsa, da Td e da Hepatite B, quais são as vacinas a administrar às grávidas em situações de risco?

A

Neisseria meningitidis C (men C)
Poliomielite (VIP)

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47
Q

Quais são as vacinas contraindicadas na gravidez?

A

Vivas (VASPR e BCG)

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48
Q

Qual é o período preferencial para vacinar na gravidez?

A

2º ou 3º trimestre

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49
Q

Quais são os sinais sugestivos de violência na grávida?

A
  • Hematomas, queimaduras, cicatrizes
  • Abuso sexual
  • Lesão anal ou genital
  • Aborto espontâneo ou ameaça de aborto
  • Sintomatologia ansiosa ou depressiva
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50
Q

Em Portugal, devemos estar particularmente atentos a situações de mutilação genital feminina em imigrantes de que países? (7)

A

Costa do Marfim
Egito
Gâmbia
Guiné-Bissau
Guiné Conacri
Nigéria
Senegal

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51
Q

Quais são os tipos de mutilação genital feminina que não condicionam uma alteração da vigilância da gravidez?

A

Tipo I, II e IV, se não houver cicatrizes que possam provocar obstrução da vagina.

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52
Q

O que se deve fazer face a uma mutilação genital feminina do tipo III?

A

Deve ser oferecida defibulação, no 2ºT, pelas 20 semanas, para reduzir o risco de aborto, vaginose, lacerações do períneo e asfixia intra-parto.

53
Q

O que se deve fazer numa situação de mutilação genital com obstrução vaginal?

A

Se houver obstrução, fibrose ou distorção da anatomia dos genitais externos, deve ser feita referenciação precoce para o hospital de apoio perinatal.

54
Q

Quantas refeições diárias deve fazer a grávida?

A

5 a 6 refeições.
Não deve ficar mais de 3 horas sem comer

55
Q

Que quantidade de água deve a grávida ingerir por dia?

A

Pelo menos 1 L e meio.

56
Q

Quais são as carências mais prováveis em mulheres vegetarianas?

A

B12
Ferro
B9
Cálcio

57
Q

Quais são os alimentos aconselháveis para prevenir hipocalcémia?

A

Leite de soja
Couves
Grão
Amêndoas

58
Q

Cuidados a ter para evitar infeção por Toxoplasma

A

Higiene das mãos e lavagem abundante dos utensílios de cozinha depois de manusear carne crua.
Lavar bem fruta e vegetais crus
Cozinhar bem a carne
Usar luvas a mexer na caixa de areia
Usars luvas a fazer jardinagem

59
Q

Cuidados para evitar infeção por Listeria

A

Evitar leite e laticínios não pasteurizados
Evitar peixe e carne crus ou mal cozinhados
Evitar refeições pré-preparadas
Evitar frutas e vegetais crus, não lavados / não cozinhados
Higienizar bem as mãos, utensílios e frigorífico

60
Q

Cuidados para evitar infeção por Salmonella

A

Cozinhar muito bem aves e ovos
Não consumir ovos crus (ex maionese, mousse) - a gema e a clara devem estar sólidas.

61
Q

Cuidados para evitar infeção por Brucella

A

Evitar carnes mal cozinhadas
Evitar laticínios não pasteurizados

62
Q

Qual é a atividade física recomendada em grávidas que não estão em risco de PPT?

A

Aeróbica de baixo impacto (natação, yoga, caminhadas…)
Estão contraindicados os desportos de contacto ou com trauma abdominal.

63
Q

Qual é a quantidade de exercício físico recomendado na gravidez?

A

30 min x 5 dias por semana
Sem exercícios de alta intensidade.

64
Q

Quais são os cuidados dentários a ter com as grávidas?

A

Escovagem de dentes pelo menos 2x ao dia, com dentrífico com flúor. Fio dentário à noite, antes da escovagem.

A grávida deve ser incentivada a uma avaliação no dentista.

65
Q

Como funcionam os cheques-dentista na grávida?

A
  • Todas as grávidas podem beneficiar
  • Até 3 cheques dentista, sendo o primeiro emitido pelo MGF
  • Com validade até 60 dias após o parto
66
Q

Em que situações deve ser desaconselhado o sexo com penetração vaginal?

A
  • Hemorragia vaginal
  • Rotura prematura de membranas
  • Risco de parto pré-termo
  • Placenta prévia
  • Placenta abrupta
67
Q

Quais são os sinais de alerta a ensinar à grávida?

A

Deve recorrer aos serviços de saúde se:

  • Hemorragia vaginal
  • Perda de líquido pela vagina
  • Corrimento vaginal com prurido/ardor
  • Dores abdominais/pélvicas
  • Arrepios ou febre
  • Disúria
  • Vómitos persistentes
  • Cefaleias intensas ou contínuas
  • Perturbações da visão
  • Diminuição dos movimentos fetais
68
Q

Qual é a dose segura de álcool na gravidez?

A

Não há dose segura de álcool ou de substâncias psicoativas na gravidez.
Estão contraindicadas na totalidade.

69
Q

Como deve ser usado o cinto de segurança na grávida?

A

O cinto não deve exercer pressão sobre o abdómen.
A faixa transversal deve ser colocada sobre os ossos da bacia, apoiada em baixo.
A faixa longitudinal sobre o ombro, passa pelo esterno.

70
Q

Durante quanto tempo deve durar o aleitamento materno exclusivo?

A

6 meses (e a manter iodeto de potássio).

71
Q

Para além do uso adequado do cinto de segurança, que outras medidas de segurança rodoviária devem ser aplicadas às grávidas?

A

No 3ºT, as grávidas devem evitar os lugares com airbag frontal.
Se tal não for possível, deve-se recuar o banco ao máximo.

No final da gravidez, devido à proximidade do airbag, pode ser desaconselhável conduzir.

72
Q

Até que idade a criança deve ser amamentada?

A

Até aos 2 anos, sendo que a amamentação exclusiva deve ser até aos 6 meses.

73
Q

Quais são os benefícios maternos da amamentação?

A

Rápida involução uterina

Diminuição do risco de cancro da mama

Diminuição do risco de cancro do ovário

74
Q

Quando deve ser iniciada a amamentação?

A

Logo após o nascimento, na 1ª hora de vida

75
Q

Contraindicações absolutas ao leite materno (5)

A
  • Criança com galactosémia clássica (exceto variante de Duarte)
  • HIV não tratado (sem carga viral suprimida)
  • Infeção por HTLV I / HTLV II
  • Mãe utilizadora de drogas endovenosas
  • Mãe com suspeita de Ébola
76
Q

A infeção por HIV é uma contraindicação ao leite materno?

A

Sim, se a mãe não tiver carga viral suprimida.
A OMS preconiza que em comunidades de necessidade, esta contraindicação pode não ser absoluta.

77
Q

Contraindicações temporárias ao leite materno (4)

A
  • Mãe com brucelose não tratada
  • Mãe sob determinados medicamentos
  • Infeção por Herpes ativa, com lesões na mama
  • Mãe com infeção por Monkeypox / Varíola dos macacos
78
Q

Situações em que a mãe não pode amamentar mas pode fornecer leite materno (2)

A

Tuberculose ativa não tratada (pode amamentar após 2 semanas de tratamento)

Varicela ativa, contraída entre 5 dias antes do parto e 2 dias após o parto.

79
Q

O que é um fármaco de categoria A?

A

Aparentemente, sem risco de administração em qualquer trimestre.

80
Q

O que é um fármaco de categoria B?

A

Os estudos em animais não mostraram evidência de risco, mas não há estudos aceitáveis feitos em humanos.

81
Q

O que é um fármaco de categoria C?

A

Os estudos em animais mostraram que pode haver risco fetal.
Contudo, em determinadas situações, o benefício de fazer o fármaco pode ser superior ao risco fetal.

82
Q

O que é um fármaco de categoria D?

A

Há estudos que comprovam que existe risco fetal em humanos.
Ainda assim, em situações selecionadas, o benefício de fazer o fármaco pode ser superior ao risco fetal.

83
Q

O que é um fármaco de categoria X?

A

Há evidência de risco fetal em animais ou humanos.
Os riscos fetais claramente excedem qualquer benefício que possa vir do uso do fármaco.

84
Q

Quais são os factores de risco social a avaliar na primeira consulta de saúde materna?

A

Pobreza
Imigração
Desemprego
Refugiados
Condições habitacionais precárias

85
Q

Na primeira consulta de saúde materna, devo ponderar referenciação a…

A
  • Consulta de cessação tabágica
  • Consulta de psicologia
  • Consulta com assistente social
  • Unidade de Cuidados na Comunidade
  • Hospital de apoio perinatal
  • Equipas de prevenção de violência em adultos
86
Q

Qual é o valor normal para a FC fetal?

A

110-160 bpm

87
Q

Quando é que a mãe começa a ter noção dos movimentos fetais?

A

Pelas 16 a 20 semanas.

88
Q

Quando deve ser iniciada a suplementação com ferro?

A

Entre as 14 a 16 semanas de gravidez.

89
Q

Quando deve ser dado o Modelo de certificação do tempo de gravidez para efeitos de pagamento do abono pré-natal?

A

Entre as 14 e 17 semanas, tendo em conta a realização da primeira ecografia.

90
Q

A avaliação do bem-estar materno-fetal na consulta é feita com base em quê?

A

Peso
PA
Altura uterina
Análise sumária de urina
Edemas
Batimentos cardio-fetais
Sinais de ansiedade ou depressão

91
Q

Quando é que deve ser feita a atualização da vacina do tétano, difteria e tosse convulsa?

A

Dose única de Tdap pode ser feita entre as 20-36 semanas (idealmente 32).

Caso a grávida não tenha a vacina do tétano atualizada, pode ser preciso fazer duas doses:
1ª entre as 20 e 24 semanas.
2ª entre as 34 e 36 semanas.

92
Q

Quando é que se deve abordar os cursos de preparação para parto e parentalidade?

A

Entre as 20 e 24 semanas.

93
Q

Quando é que faz sentido avaliar o Índice de Bishop?

A

A partir das 40 semanas.

94
Q

Ao longo da gravidez, quais são os cut-offs para diagnóstico de anemia?

A

1ºT: 11 g/dL

2ºT: 10.5 g/dL

3ºT: 10.5 g/dL

Puerpério: 10 g/dL

95
Q

Quais são os parâmetros avaliados em todas as ecografias fetais?

A

Número de fetos e placentas
Atividade cardíaca
Movimentos fetais
Biometria
Localização da placenta
Quantidade de LA

96
Q

Quais são as intervenções médicas a realizar na primeira consulta de saúde materna (até às 12 semanas)? (8)

A

Após Goodwin modificada e colheita de história:

  • Iniciar suplementação com iodo e ácido fólico
  • Programação de rastreio de cromossomopatias
  • Ponderar cheque-dentista (máx. 3 até 60 dias após o parto)
  • Boletim da grávida
  • Avaliação do histórico vacinal
  • Cálculo da IG e DPP
  • Exame físico e ginecológico
  • Realização de citologia de acordo com o rastreio do cancro do colo do útero
97
Q

Quais são as intervenções médicas a realizar na 2ª consulta de saúde materna (12-14s + 6d) ?

A
  • Iniciar suplementação com ferro
  • Modelo de certificação do tempo de gravidez – abono pré-natal
  • Rastreio de Hemoglobinopatias se Hg alterada
  • Monitorizar altura do fundo uterino e frequência cardíaca fetal (e em todas as consultas subsequentes)
98
Q

Quais são as intervenções médicas a realizar na 3ª consulta de saúde materna (antes das 24 semanas) ?

A
  • Programação da profilaxia da isoimunização nas grávidas Rh negativas
  • Curso para o parto e parentalidade
  • Vacinação contra tétano e difteria – se aplicável
  • Monitorizar altura do fundo uterino e requência cardíaca fetal
99
Q

Quais são as intervenções médicas a realizar na 4ª consulta de saúde materna (27-30s + 6d) ?

A
  • Promoção do aleitamento materno
  • Profilaxia da isoimunização nas grávidas Rh negativas
  • Monitorizar altura do fundo uterino e frequência cardíaca fetal
100
Q

Quais são as intervenções médicas a realizar na 5ª consulta de saúde materna (34 - 35s + 6d) ?

A
  • Vacinação contra tétano e difteria (2ª dose se aplicável)
  • Registo dos movimentos fetais no BSG
  • Monitorizar altura do fundo uterino e frequência cardíaca fetal
101
Q

Quais são as intervenções médica a realizar na 6ª consulta de saúde materna (36 - 38s + 6d)?

A
  • Preparação para o parto (sinais de alerta)
  • Recursos na comunidade, linhas e sites de apoio
  • Monitorizar altura do fundo uterino e frequência cardíaca fetal
102
Q

Quando deve ser feita a referenciação final ao hospital?

A

Às 36-38 semanas.

103
Q

Quando fazer rastreio de hemoglobinopatias na grávida?

A
  • Se ANEMIA ou HIPOCROMIA ou MICROCITOSE (não interessa se tem ferritina e ferro pedidos)
  • Se Hb elevada não explicada
  • Se proveniência da grávida ou do parceiro de Beja, Setúbal, Santarém, Faro ou comunidades imigrantes.
104
Q

O que fazer se glicemia em jejum > 92 mg/dL nas análises do primeiro trimestre?

A

Possível DG - referenciar a obstetrícia com urgência.

105
Q

Quando é que é feita a urocultura com eventual TSA?

A

Pode ser feita em todas as análises

106
Q

Quando é que se considera uma glicemia em jejum alterada?

A

> 92 mg/dL

107
Q

Quando é que se considera uma PTGO alterada?

A

1 ou mais valores alterados:

Glicémia às 0h: > 92 mg/dL
Glicémia à 1h: > 180 mg/dL
Glicémia às 2h: > 153 mg/dL

Referenciar com urgência

108
Q

Quando deve ser feita a tipagem AB0 e Rh?

A

No primeiro trimestre em todas as grávidas, exceto quando já foi feito em consulta pré-concecional.

109
Q

Quando deve ser feita a pesquisa de aglutininas irregulares?

A

O teste de Coombs deve ser feito no 1ºT a todas as grávidas e repetido às 24-28 semanas, mesmo nas Rh+

110
Q

Quando deve ser feito o hemograma completo?

A

Nos 3 trimestres.

111
Q

Como é feito o rastreio de DG?

A

Glicemia em jejum na primeira consulta
PTGO às 24-28 semanas.

112
Q

Como é feito o rastreio da sífilis?

A

VDRL no 1ºT e no 3ºT
Se positivo, deve ser feita confirmação com TPHA ou FTA abs

113
Q

Como é feito o rastreio de rubéola?

A

Se imunidade comprovada em consulta PC ou em gravidez prévia, não precisa ser feito novamente.

Sem imunidade documentada faz-se serologias no 1ºT. Se NI, repetir às 18-20 semanas, antes da eco morfológica.

114
Q

Quando vacinar uma puérpara NI para rubéola?

A

Deve ser feita a VASPR ainda na maternidade ou na revisão de parto.

115
Q

Na suspeita de infeção por rubéola no 1ºT devo…

A

Referenciar a centro de diagnóstico pré-natal.

116
Q

Como deve ser feito o rastreio de toxoplasmose?

A
  • Imunidade documentada: não necessita repetir
  • Serologia no 1ºT de gravidez se não tem imunidade documentada. Se não imune deve ser repetida no 2ºT e 3ºT.
117
Q

O que fazer na suspeita de infeção por toxoplasmose?

A

Enviar a centro de diagnóstico pré-natal

118
Q

Como deve ser feito o rastreio de infeção pelo vírus de VIH?

A

Pesquisa de VIH no 1º e 3ºT

119
Q

Como deve ser feito o rastreio de hepatite B?

A

Deve ser feito rastreio de hepatite B no 1ºT, mesmo as que têm vacinação prévia documentada.
As não vacinadas com rastreio negativo no 1ºT devem repetir no 3ºT.

120
Q

Quando deve ser feito o rastreio de bacteriúria assintomática?

A

No primeiro trimestre, pelo menos.

121
Q

Como deve ser feito o rastreio de S. agalactiae?

A

Todas as grávidas entre as 35 e 37 semanas devem fazer colheita de amostra única do 1/3 externo da vagina e anorretal.

Não precisam deste rastreio as grávidas com S. agalactiae em urocultura durante a gestação, nem nas que têm história anterior de sépsis neonatal por S. agalactiae.

122
Q

Quando deve ser feito o RCCU na grávida?

A

No 1ºT.

123
Q

Para que serve o teste de aglutininas irregulares (Coombs)?

A

Pesquisa de antigénios antiD, antiC, antiKell, antiE. Todos associados a doença hemolítica do recém-nascido.

124
Q

Qual a principal causa de anemia na grávida?

A

Ferropenia

125
Q

O que fazer face a uma hemoglobinopatia na gravidez?

A

Testar o parceiro e mandar a consulta de aconselhamento em diagnóstico pré-natal.

126
Q

A elevação da hemoglobina e do hematócrito está associada a…

A

Restrição de crescimento fetal
PE
Morbilidade perinatal

127
Q

O que é a trombocitopenia materna?

A

< 150 000, acontece em 10% das gravidezes, principalmente no 3ºT, geralmente benigno.

Pode estar associada a doença hipertensiva da gravidez (PE) ou patologia imunológica.

128
Q

Por que motivo se tratam as bacteriúrias assintomáticas?

A

Porque 30% dá pielonefrite na grávida.

129
Q
A