Valvulopatias Flashcards
O que caracteriza a insuficiência mitral?
Fechamento incompleto da valva mitral com refluxo de sangue para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular.
Quais são as principais causas de insuficiência mitral?
Moléstia reumática, prolapso valvar mitral, infarto agudo do miocárdio.
Como a insuficiência mitral aguda afeta a hemodinâmica?
Causa aumento súbito da pressão atrial esquerda, transmitido aos capilares pulmonares, resultando em congestão e edema pulmonar.
Qual a principal manifestação clínica da insuficiência mitral reumática crônica?
Dispneia leve com evolução lenta e dilatação progressiva do átrio esquerdo.
Quais achados físicos sugerem insuficiência mitral?
Sopro sistólico no foco mitral com irradiação para a axila, ictus intensificado, 3ª bulha e ritmo irregular (FA).
O que caracteriza a estenose mitral?
Redução da área valvar mitral, gerando gradiente de pressão diastólico entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo.
Quais são os graus de estenose mitral?
Leve: AVM 1,5-2,5 cm²; moderada: 1-1,5 cm²; grave: <1,0 cm².
Quais são os principais sintomas da estenose mitral?
Dispneia aos esforços, ortopneia, hemoptise, disfagia, rouquidão.
Quais achados auscultatórios sugerem estenose mitral?
Hiperfonese de B1, estalido de abertura, ruflar diastólico no foco mitral.
Qual a principal etiologia da estenose mitral?
Cardiopatia reumática crônica (mais de 95% dos casos).
Como a estenose mitral leva à hipertensão pulmonar?
Aumenta a pressão venocapilar que é transmitida ao leito arterial pulmonar causando vasoconstrição e hipertrofia vascular.
Por que a FA é comum na estenose mitral?
Devido à dilatação progressiva do átrio esquerdo e inflamação atrial reumática.
Qual complicação grave está associada à FA na estenose mitral?
Fenômenos tromboembólicos, especialmente AVC isquêmico.
O que caracteriza a insuficiência aórtica?
Refluxo de sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole.
Quais são os principais achados físicos da insuficiência aórtica?
Ictus deslocado, sopro diastólico aspirativo, pulso amplo e sinais periféricos (Musset, Duroziez, etc).
Quais são os sinais eletrocardiográficos da insuficiência aórtica?
Sobrecarga diastólica de VE com ondas R altas e T pontiagudas em precordiais esquerdas.
Qual a tríade sintomática da estenose aórtica grave?
Angina, síncope e dispneia.
Quais são os achados físicos da estenose aórtica?
Pulsus parvus et tardus, sopro sistólico no foco aórtico, frêmito, B4 e atraso do pulso em relação ao ictus.
Qual a principal etiologia da estenose aórtica em idosos?
Degeneração calcífica da valva aórtica.
Qual o exame padrão-ouro para quantificar a gravidade da estenose aórtica?
Cateterismo cardíaco com gradiente VE-Ao.
O que caracteriza a insuficiência tricúspide funcional?
Regurgitação causada por dilatação do anel valvar devido à hipertensão pulmonar.
Quais sinais físicos indicam insuficiência tricúspide grave?
Sopro holossistólico na área tricúspide que aumenta com inspiração, pulsação hepática sistólica.
Quais são os principais sintomas da estenose tricúspide?
Fadiga, turgência jugular, hepatomegalia, ascite, edema de membros inferiores.
Qual achado do ECG sugere aumento atrial direito?
Onda P apiculada e de grande amplitude.
Qual a indicação da valvoplastia mitral com balão?
Pacientes sintomáticos com AVM < 1,5 cm² e escore de Block < 8, sem trombo em AE ou regurgitação significativa.
Quando se opta por troca valvar na estenose mitral?
Valva calcificada, escore de Block > 12 ou coexistência de insuficiência mitral moderada a grave.
Qual a indicação da TAVI na estenose aórtica?
EA grave com contraindicação cirúrgica ou alto risco cirúrgico — idade avançada, múltiplas comorbidades, etc.
Quais tipos de próteses valvares existem?
Biopróteses (sem anticoagulação, > 65 anos) e mecânicas (com anticoagulação, < 65 anos).
Qual complicação valvar está associada à angiodisplasia intestinal e enterorragia?
Estenose aórtica calcificada (síndrome de Heyde).
Qual é o som cardíaco característico do prolapso da valva mitral?
Clique mesossistólico na área mitral, com ou sem sopro sistólico.
Paciente de 65 anos com dispneia aos esforços, ausculta com sopro sistólico em foco mitral com irradiação para axila. Qual o diagnóstico mais provável?
Insuficiência mitral crônica de provável etiologia reumática.
Homem com histórico de febre reumática apresenta ruflar diastólico e estalido de abertura no foco mitral. Qual a valvulopatia?
Estenose mitral.
Mulher de 40 anos com história de ortopneia, hemoptise e rouquidão. Apresenta ritmo irregular e sopro diastólico mitral. Qual a complicação esperada?
Fibrilação atrial com risco de fenômeno tromboembólico.
Homem com PA 150/40 mmHg, sopro diastólico aspirativo e pulso em martelo d’água. Qual a valvulopatia?
Insuficiência aórtica grave.
Paciente idoso com síncope ao esforço, angina e dispneia progressiva. Ictus sustentado e sopro sistólico em crescendo-decrescendo no foco aórtico. Qual hipótese?
Estenose aórtica grave.
Homem jovem com estalido mesossistólico mitral ao exame físico, ECG com extrassístoles. Qual o diagnóstico provável?
Prolapso da valva mitral com manifestações arrítmicas.
Paciente com estenose mitral importante associada a congestão sistêmica, turgência jugular e ascite. Qual valvulopatia pode coexistir?
Estenose tricúspide funcional secundária à EM grave.
Mulher de 60 anos com FA crônica, área valvar mitral de 0,9 cm² e HAP. Qual a conduta preferida?
Indicação de valvoplastia percutânea com balão se escore de Block < 8.
Homem de 55 anos com EA grave assintomática, septo > 1,5 cm e disfunção ventricular. Qual o risco e conduta?
Alto risco de morte súbita — considerar intervenção valvar precoce.
Paciente com EA grave sintomática, múltiplas comorbidades, idade > 80 anos. Qual a melhor estratégia terapêutica?
TAVI — implante percutâneo de bioprótese como alternativa à cirurgia convencional.