HAS Flashcards
O que é hipertensão arterial sistêmica (HAS)?
Doença crônica caracterizada por níveis elevados de pressão arterial que aumentam o risco cardiovascular e justificam intervenção terapêutica.
Como se define HAS sistólica isolada?
PAS ≥ 140 mmHg com PAD < 90 mmHg, comum em idosos.
Como é caracterizada a pré-hipertensão?
PAS entre 121-139 mmHg e/ou PAD entre 81-89 mmHg.
Quais os critérios para diagnóstico de hipertensão arterial?
PA ≥ 140/90 mmHg em pelo menos duas medidas em consultas diferentes, com técnica adequada.
O que é hipertensão do jaleco branco?
Pressão arterial elevada apenas na presença de profissionais de saúde, normal em outras situações.
O que é hipertensão mascarada?
PA normal no consultório, mas elevada fora dele, detectada por MAPA ou MRPA.
Como deve ser feita a aferição correta da PA?
Paciente em repouso, sentado, sem ingestão de substâncias pressóricas, braço apoiado, medir nos dois braços na primeira consulta.
Quais são as indicações para uso de MAPA ou MRPA?
Suspeita de efeito do jaleco branco, hipertensão mascarada, variabilidade pressórica ou avaliação de controle terapêutico.
Qual a fórmula que define a pressão arterial?
PA = DC x RVP (débito cardíaco vezes resistência vascular periférica).
Qual a alteração hemodinâmica mais comum na HAS primária?
RVP elevada com DC normal.
Quais fatores estão envolvidos na manutenção da HAS?
Remodelamento vascular, retenção de sódio, hiperatividade simpática, resistência à insulina.
O que propõe a teoria da heterogeneidade de néfrons?
Existência de néfrons com arteríolas mais estreitas que produzem mais renina, elevando a PA.
O que propõe a teoria da redução do número de néfrons?
Menor número de néfrons leva à hiperfiltração e esclerose glomerular, aumentando a PA.
Como a angiotensina II intrarrenal contribui para a HAS?
A presença contínua da substância leva à retenção de sódio e vasoconstrição.
Qual o papel do sistema nervoso simpático na HAS?
Hiperatividade adrenérgica aumenta RVP, remodela vasos e estimula o SRAA.
O que deve constar na avaliação clínica inicial do hipertenso?
Classificação da PA, fatores de risco, lesões de órgãos-alvo e doenças associadas.
Quais exames são recomendados para investigação de lesão em órgão-alvo?
Fundo de olho, índice tornozelo-braço, ecocardiograma, proteinúria e creatinina.
O que indica microalbuminúria em paciente hipertenso?
Sinal precoce de lesão renal e marcador de risco cardiovascular aumentado.
Quais as principais lesões vasculares causadas pela HAS?
Arteriolosclerose hialina, hiperplásica, microaneurismas, aterosclerose.
O que caracteriza a cardiopatia hipertensiva?
Hipertrofia ventricular esquerda, disfunção diastólica e, em longo prazo, cardiopatia dilatada.
Quais alterações cerebrais podem ocorrer na HAS?
AVE isquêmico, hemorrágico, AIT, demência vascular.
Qual é o primeiro sinal de comprometimento renal na HAS?
Microalbuminúria (30-300 mg/24h).
Como se classifica a retinopatia hipertensiva?
Grau 1 a 4: de estreitamento arteriolar até papiledema.
Quais são as principais causas de HAS secundária?
Doença renal parenquimatosa, estenose de artéria renal, apneia do sono, hiperaldosteronismo, feocromocitoma, coarctação da aorta.
Como diagnosticar hiperaldosteronismo primário?
Razão aldosterona/renina > 30 com aldosterona > 15 ng/dl, seguido de TC abdominal.
Qual exame confirma feocromocitoma?
Metanefrinas urinárias em 24h ou plasma.
Como identificar coarctação da aorta no exame físico?
Diferença de pressão e pulsos entre membros superiores e inferiores, sopro sistólico dorsal.
Quais medidas não medicamentosas auxiliam no controle da HAS?
Perda de peso, dieta hipossódica, redução de álcool, cessar tabagismo, atividade física, apoio multiprofissional.
Quais classes são de primeira linha no tratamento da HAS?
Diuréticos, bloqueadores de canal de cálcio, IECA, BRA, betabloqueadores.
Qual a vantagem dos BRA sobre IECA?
Menor incidência de tosse e angioedema, útil em pacientes com gota (ex: losartana).
Qual é o anti-hipertensivo de escolha na gravidez?
Metildopa (crônica) e hidralazina IV (crise hipertensiva).
Homem de 50 anos, PA 165/105 mmHg em 3 consultas, sem lesão de órgão-alvo. Qual a conduta inicial?
Início imediato de tratamento medicamentoso e não farmacológico por ser HAS estágio 2.
Mulher de 48 anos, PA 135/88 mmHg no consultório, mas MAPA revela média de 148/94 mmHg. Qual o diagnóstico?
Hipertensão mascarada.
Paciente com história de episódios de sudorese, palpitações, cefaleia e picos hipertensivos. Qual hipótese e exame indicado?
Feocromocitoma. Dosagem de metanefrinas urinárias em 24h.
Homem jovem com PA de 160/100 mmHg e diferença de pulsos entre MMSS e MMII. Qual hipótese diagnóstica?
Coarctação de aorta. Confirmar com ecocardiograma.
Idosa com PA de 170/70 mmHg e queixa de tontura postural. Qual a provável forma de hipertensão e conduta?
HAS sistólica isolada. Introduzir tratamento de forma lenta e escalonada.
Mulher com hipocalemia espontânea e PA elevada. Aldosterona alta, renina baixa. Qual o diagnóstico e tratamento?
Hiperaldosteronismo primário. Espironolactona ou cirurgia se adenoma confirmado por TC.
Paciente obeso com sonolência diurna, roncos e PA noturna persistentemente elevada na MAPA. Hipótese e exame?
Apneia obstrutiva do sono. Solicitar polissonografia.
Paciente com DRC e proteinúria > 300 mg/dia. Qual classe de droga preferida?
IECA ou BRA — reduzem progressão da doença renal e protegem os rins.
Homem de 67 anos com história de IAM, IC com FE 35%. Qual a combinação ideal de drogas anti-hipertensivas?
IECA + betabloqueador + antagonista da aldosterona.
Paciente com PA 190/110 mmHg em uso de 4 medicações. MAPA confirma níveis elevados. Qual o diagnóstico?
Hipertensão arterial resistente verdadeira.