Urologia: Oncologia - Bexiga Flashcards

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1
Q

Qual o epitélio que reveste o aparelho urinário?

A

Transição (vai até 2/3 proximais da uretra)

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2
Q

Ordena por ordem crescente de frequência de tumores no aparelho urinário os seguintes órgãos:

  • ureter
  • bexiga
  • uretra
  • pelve renal
A

Bexiga (90%) > Pelve renal (8%) > ureter + uretra (2%)

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3
Q

O cancro da bexiga é o 4º cancro mais comum nos homens. V/F

A

V

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4
Q

O cancro da bexiga é mais comum no homem ou na mulher? E em raça branca ou negra?

A

Homem (3x maior).

Raça branca (2x)

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5
Q

Qual a idade mediana do dx de cancro da bexiga?

A

65 anos

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6
Q

O que o policronotropismo? Relaciona-se com todos os tipos de cancro uroepiteliais?

A

Tendência de recorrer ao longo do tempo e em novos locais do trato GU. Sim.

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7
Q

Que hábito é um fator de risco para desenvolver um cancro uroepitelial?

A

Tabaco

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8
Q

Quantas vezes aumenta o tabaco o risco de desenvolver um cancro uroepitelial?

A

2 a 4 x

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9
Q

Que outros fatores de risco, além do tabaco, contribuem para um cancro uroepitelial?

A
  • corantes à base de anilina
  • fenacetina
  • clornafazina
  • ciclofosfamida (exp. crónica)
  • irradiação por feixe externo
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10
Q

Que microrganismo parasitário está associado a uma maior incidência de carcinoma da bexiga?

A

Schistosoma haematobium

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11
Q

Quais os subtipos clínicos em que se divide o carcinoma da bexiga? #3

A
  • 75% superficiais
  • 20% invadem o músculo
  • 5% metastizados à apresentação
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12
Q

O estadiamento do tumor da bexiga baseia-se em que escala?

A

TNM

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13
Q

Uma lesão Ta de um carcinoma da bexiga é uma lesão infiltrativa. V/F

A

Falso. É uma lesão exofítica (tipo papilar), que ainda não ultrapassou a membrana basal

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14
Q

A maior parte dos tumores invasivos da bexiga eram constituídos por lesões infiltrativas in first place ou por lesões superficiais que depois progrediram?

A

Lesões superficiais que depois progrediram.

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15
Q

Os tumores altamente diferenciados (estádio I) progride facilmente para estágios avançados, ao contrário de tumores indiferenciados. V/F

A

Falso. Os tumores altamente diferenciados raramente progridem e vice-versa

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16
Q

Os tumores uroepiteliais derivam na sua maioria (95%) de que célula?

A

Epitélio de transição.

  • provindos de células escamosas puras com queratinização (3%)
  • adenocarcinomas (2%)
  • pequenas células (<1%)
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17
Q

Qual costuma ser o local de origem dos adenocarcinomas? #2

A
  • remanescente do úraco

- tecidos periuretrais

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18
Q

Como costumam ser histologicamente os tumores derivados de células de transição?

A

lesões papilares de baixo grau que crescem sobre uma haste central

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19
Q

Que particularidade curiosa costumam ter os tumores derivados de células de transição (lesões papilares de baixo grau)?

A
  • são muito friáveis, sangram muito, têm alto risco de recidiva
  • raramente progridem para estádios mais avançados (ao contrário de CIS - tumor de alto grau)
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20
Q

Em termos de genética molecular, os tumores papilares de baixo grau envolvem, normalmente, que via de transdução de sinais?

A
  • Ras

- FGF Receptor 3 (frequentemente)

21
Q

Em que difere a genética molecular dos CIS (carcinoma in situ) para os tumores papilares de baixo grau?

A

tumores papilares de baixo grau - via do Ras

CIS - p53, p21, RB

22
Q

Qual a manifestação clínica mais comum de uma pessoa com um tumor uroepitelial?

A

Hematúria macroscópica

23
Q

A hematúria microscópica sugere etiologia vesical. V/F

A

Falso, aponta para próstata. Apenas 2% dos tumores da bexiga produzem hematúria microscópica

24
Q

A que causa mais comum também se pode dever a hematúria macroscópica?

A

Cistite

25
Q

Qual o sintomas mais comum de uma pessoa com um tumor uroepitelial, logo a seguir à hematúria?

A

Sintomas de irritação - frequency, urgency, and dysuria.

Obstrução, se for no ureter - reflete dor no flanco correspondente.

26
Q

Que meios complementares de dx devemos fazer ao paciente após documentarmos hematúria macroscópica?

A
  • citologia urinária
  • TC
  • pielografia intra venosa
  • cistoscopia (com anestesia - injeção de fluido e aspiração para citologia: deve proceder-se à remoção de todos os tumores visíveis e obter amostra do músculo subjacente ao tumor para verificar profundidade da invasão)
27
Q

O que é importante não deixar escapar durante a cistoscopia?

A

cistoscopia (com anestesia - injeção de fluido e aspiração para citologia: deve proceder-se à remoção de todos os tumores visíveis e obter amostra do músculo subjacente ao tumor para verificar profundidade da invasão; biópsias aleatórias de áreas de aspeto normal; descrever mapeamento, aspeto, número, etc)

28
Q

Os papilomas são benignos ou malignos? Acontecem mais frequentemente em idades mais jovens ou avançadas?

A

Benignos.

Jovens

29
Q

Os adenocarcinomas primários da bexiga são frequentemente precedidos de 2 condições. Refere-as

A
  • Cistite

- Metaplasia

30
Q

O carcinoma de células escamosas da bexiga está associado a que 4 condições? #1 microorganismo

A
  • Schistosoma haematobium
  • infeção crónica
  • uso crónico de catéter
  • cálculos vesicais
31
Q

Qual o tratamento de eleição para tumores Tis ou Ta da bexiga?

A

Resseção trans-uretral pós citoscopia.

Eventual QTx intravesical após ou apenas vigilância

32
Q

Qual o tratamento de eleição para tumores T1, CIS, múltiplos, alto grau, largos da bexiga?

A

Resseção trans-uretral pós citoscopia seguida de QTx ou imunoterapia intravesical

33
Q

Qual o tratamento de eleição para tumores T2 e T2 da bexiga?

A

Cistectomia parcial ou total e QTx sistémica + RTx

34
Q

A terapia intravesical atua de duas formas distintas dependendo do momento da administração. Explica.

A
  • Quando instilada logo após a RTU, atua profilaticamente para impedir a implantação do tumor (1x após RTU)
  • Também pode ser usada de forma terapêutica para reduzir o risco de recorrência e progressão particularmente em tumores de baixo risco superficiais (semana a semana, durante 6 semanas)
35
Q

Qual a terapia intravesical standard?

A

Bacilo de Calmette-Guérin (attenuated strain of Mycobacterium bovis), mitomicina C, IFN

36
Q

Qual o gold-standard para tumores vesicais que atinjam o músculo?

A

Cistectomia radical (in men, the bladder with its surrounding fat and peritoneal attachments, the prostate, and the seminal vesicles; in women, the bladder and surrounding fat and peritoneal attachments, cervix, uterus, anterior vaginal vault, urethra, and ovaries)

37
Q

Deve considerar tratar-se os tumores vesicais T2-T4 locais e os tumores metastáticos da mesma forma. V/F

A

É controverso, mas tem começado a tratar-se tudo de igual forma.

  • QTx neoadjuvante antes da cistectomia radical
  • ou QTx adjuvante após
38
Q

Qual o risco de administrar Bacilo de Calmette-Guérin como terapia intravesical?

A

Doença granulomatosa sistémica, mas isto é raro

39
Q

Durante quanto tempo precisam de ser monitorizados os pacientes após RTU? E em intervalos de quanto tempo?

A

1 ano, intervalos de 3 meses

40
Q

Quais as indicações para cistectomia e não uma abordagem conservadora?

A
  • tumores com invasão muscular sem hipótese de serem tratados por ressecção segmentar
  • tumores de baixo estádio inadequados para tx conservador (múltiplas recidivas, etc)
  • tumores de alto grau associados a CIS
41
Q

Os homens, após cistectomia radical, ficam frequentemente com impotência sexual. V/F

A

V

42
Q

Como é feita a drenagem urinária após uma cistectomia radical?

A

É drenada para um dispositivo cutâneo externo, constituído por uma neobexiga ortotópica (mais natural esvaziamento) ou intestino destubularizado.

Ambos os reservatórios cutâneos são drenados por cateterismo intermitente

43
Q

Quais as contraindicações para a colocação de uma neobexiga?

A
  • impossibilidade de autocateterismo
  • presença de tumor exofítico ou CIS na uretra
  • Insuf renal
  • CIS difuso da bexiga é CI relativa com base no cálculo do risco de recidiva uretral
44
Q

Para pacientes com doença invasiva da bexiga, a QTx é suficiente para tratar. V/F

A

Falso. É insuficiente. Tem que ser sempre combinada com cistectomia radical ou parcial para prolongar a vida do paciente

45
Q

Como são tratados os tumores da pele renal e do ureter?

A

Por nefroureterectomia, recorrendo a um manguito vesical

46
Q

Como se faz a abordagem Tx da doença metastática quando se trata de tumor da bexiga?

A
  • QTx sistémica com resseção cirúrgica da doença residual - pode ser curativa ou paliativa, dependendo dos fatores de risco (0 fatores - 38% remissão completa; 2 fatores - 5% remissão completa)
47
Q

Quais os agentes mais usados para QTx sistémica?

A

Cisplatina + gencitabina

48
Q

Quais as indicações para QTx adjuvante após cistectomia parcial ou total (quer tenha tido ou não QTx neoadjuvante)?

A
  • invasão linfonodal
  • extensão extravesical do tumor
  • invasão vascular do espécime ressecado