Úlcera Péptica Flashcards
DEFINIÇÃO
Perda circunscrita de tecido, que ultrapassa a muscular da mucosa, em regiões do trato digestivo que entram em contato com a secreção cloridro-péptica, ou seja, duodeno, estômago, esôfago distal, jejuno proximal e divertículo de meckel.
- Doença comum: 5 à 10% dos indivíduos apresentam sintomas no decorrer da sua vida.
- Homem x Mulher: 2:1.
- Grupo sanguíneo O.
- Predisposição genética
ETIOPATOGENIA
Desequilíbrio entre fatores agressores e defensores da mucosa gástrica
HCl
Pepsina
H. pylori
AINES
Cigarro
Efeito dos AINES nos estômago
Diminui prostaglandinas
Ação citotóxica direta sobre as defesas
ETIOPATOGENIA
Úlceras Duodenais
AUMENTO DA SECREÇÃO ÁCIDA
Aumento da população de célula parietal
Aumento da sensibilidade da célula parietal à gastrina
Diminuição da sensibilidade das células G aos efeitos inibitórios da somatostatina
ETIOPATOGENIA
Úlceras Gástrica
A secreção ácida e é normal ou baixa
Diminuição dos fatores defensores da mucosa
Biopsiar sempre úlceras duodenais?
Biopsiar sempre úlceras gástricas?
Duodenais: Nem todas precisam ser biopsiadas, a não ser que tenham características de malignidade
Gástricas: Todas devem ser biopsiadas para a pesquisa de carcinomas precoces. Pedir complemento com biopsia do antro, pois a H. pylori adora essa região. Pedir Urease.
HELICOBACTER PYLORI
Mecanismos de ação na UG e UD
90 à 95% - U.D
70 à 80% - U.G
Induz a hipersecreção, inibindo a produção de somatostatina promovendo maior liberação de gastrina.
Diminui a produção endógena de prostaglandinas.
Na U.D aumenta a velocidade do esvaziamento gástrico fazendo com que o quimo ácido no duodeno provoque metaplasia gástrica com duodenite e posterior ulceração.
Na U.G a pangastrite provocada pelo H.pylori leva ao aparecimento de úlceras em áreas não secretoras.
Sindrome de Zollinger-Ellison (Gastrinoma)
Definição
Diagnóstico
Pesquisa por RM?
Tratamento
Tumor pancreático de células das ilhotas não beta com hipersecreção de HCl, é raro, 20 à 25% das úlceras se localizam na porção distal do duodeno.
Diagnóstico: Dosagem da gastrina sérica - 1000pg/ml - Suspender IBP uma semana antes
RM dificilmente detecta
Tratamento
de cura: ressecção tumoral;
Paliativo: doses altas de IBP.
ETIOPATOGENIA
Fatores ambientais
Idiopática?
Fatores ambientais
- Tabaco
- Promove o refluxo duodeno-gátrico.
- Diminui a produção do bicarbonato pelo pâncreas.
- Café
- Aumenta a secreção ácida.
- Emoções
- Dieta?
Idiopática
QUADRO CLÍNICO
Dor? Qual a diferença pra gastrite?
Outros sintomas/achados (6)
DOR: Sintoma mais comum, em geral, é discreta tipo queimação ou roedura com ritimicidade (Dói - Come - Passa - Dói) e periodicidade (Dura semanas ou meses e permanece meses ou ano sem aparecer), localizada no epigastro pu dorso (duodenal)
Dor noturna (12 horas às 03 horas).
- Náuseas e vômitos - Comum em casos de estenose do piloro
- Pirose.
- Sialorréia.
- Plenitude pós-prandial.
- Hematêmese e melena - Pode ser o primeiro sintoma
- Abdome agudo. (Perfuração).
DIAGNÓSTICO
Exames
EDA
Exame de escolha
Proporciona o diagnóstico e tratamento
Permite a realização de biópsias
SEED (nos lugares em que não dispomos de EDA)
Outros (gastroacidograma, dosagem de gastrina sérica)
DIAGNÓSTICO
CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
Quais os seis tipos de lesão?
Se trata até qual lesão?
A1 - Lesão arredondada ou ovalada com bordas planas e nítidas, fundo com fibrina.
A2 - Bordas bem definidas, as vezes, elevadas, com mais nitidez, fundo com fibrina espessa e clara.
H1 - Fibrina tênue, discreta convergência de pregas com hiperemia marginal.
H2 - Linhas de tecido de regeneração com nítida convergência de pregas e intensa hiperemia marginal.
S1 - Cicatriz vermelha - Se trata até aqui
S2 - Cicatriz branca.
CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
Lesão A1
Lesão arredondada ou ovalada com bordas planas e nítidas, fundo com fibrina.

CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
Lesão A2
Bordas bem definidas, as vezes, elevadas, com mais nitidez, fundo com fibrina espessa e clara.

CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
H1
Fibrina tênue, discreta convergência de pregas com hiperemia marginal.

CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
H2
Linhas de tecido de regeneração com nítida convergência de pregas e intensa hiperemia marginal.

CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
S1
Cicatriz vermelha

CLASSIFICAÇÃO DE SAKITA
S2
Cicatriz branca
LESÃO MALIGNA TAMBÉM CICATRIZA!

DIAGNÓSTICO
Localização mais frequente das úlceras duodenais
Localização mais frequente das úlceras gástricas
Localização mais freqüente das úlceras duodenais: Bulbo, 1 à 2cm do piloro.
Localização mais freqüente das úlceras gástricas: Pequena curvatura de antro.
Diferenças entre úlcera gástrica e neoplasia
Na neoplasia
- localização da úlcera, na maioria das vezes, é bizarra,
- há presença de restos necróticos no fundo da lesão,
- o tamanho é maior e as pregas terminam abruptamente ou, tem formato afilado e/ou em baqueta de tambor e podem se fundir.
TRATAMENTO
Esquema pelo consenso
Esquema na prática clínica de Sheila
Pelo consenso: Tratar logo a bactéria e IBP por 8 semanas
Pela clínica: Um mês de IBP antes de começar o tratamento da H. pylori
TRATAMENTO
Esquema de erradicação do H. pylori
Controle na UG e UD
Esquema de erradicação:
- Amoxacilina: 1g de 12/12 horas.
- Claritromicina: 500mg de 12/12 horas.
- IBP: 12/12 horas.
- Durante 7 dias.
Controle:
Na úlcera gástricas: EDA + biópsias com 8 semanas.
Na úlcera duodenal: Teste respiratório marcado com C13 e C14 ou EDA com biópsias.
TRATAMENTO
H. pylori
Esquemas de retratamento
Esquema de retratamento:
- Amoxacilina: 1g de 12/12 horas.
- levofloxacino 500mg .
- IBP: 12/12 horas.
- Durante 10 dias.
OU
- IBP: 12/12 horas.
- Subcitrato de bismuto coloidal: 120mg, 4 vezes ao dia.
- Tetraciclina: 500mg, 4 vezes ao dia.
- Metronidazol: 500mg, 3 vezes ao dia.
- Durante 14 dias.
TRATAMENTO
Medicações utizadas
MEV
Cirurgia?
MEDICAÇÕES
Anti-secretores: IBP. Se não tolerar, usar Bloqueadores H2 ou Misoprostol (Em desuso)
Pró-secretores: Antiácios, Sucralfato, Sais de bismuto coloidal
MEV
Cessar tabagismo, diminuir cafeinados, fracionar alimentação, dieta?
TTT CIRÚRGICO
Apenas reservado para algumas complicações
IBPS
Ação
Medicações disponíveis
Posologia na Úlcera
Inibidores da bomba de prótons (impedem a ação da ATPase-K ativada).
Em 4 semanas: 92 à 100% de cicatrização da úlcera.
- Omeprazol 20/40mg
- Lanzoprazol 15/30mg
- Pantoprazol 20/40mg
- Rabeprazol 10/20mg
- Esomeprazol magnésio 20/40mg
- Pantoprazol magnésio 40 mg
- Dexlanzoprazol 60/30mg
Posologia: dose plena durante 8 semanas
BLOQUEADORES H2
Ação
Medicações disponíveis
Posologia
MISOPROSTOL - Cytotec
Ação
Bloqueadores do receptor histamínico (bloqueio do receptor H2, diminuindo ativação da ATPase K ativado).
Em 4 semanas: 60 à 85% da cicatrização da úlcera.
- Cimetidina 200/400mg
- Ranitidina 150/300mg
- Famotidina 20/40mg
- Nizatidina 150/300mg
Posologia: dose plena durante 8 semanas
Misoprostol (Prostaglandina)
Efeito citoprotetor e anti-secretor.
Efeito colateral: Abortivo.
Efeito colateral da Cimetidina
Impotência sexual
Efeito Colateral do Misoprostol
Abortivo
Vantagem da Nizatidina sobre oss outros bloqueadores H2
Não tem.
Medicação mais cara
Pró-secretores
Antiácidos - Ações
Sucralfato - Ações
Sais de bismuto coloidal - Ações
Anti-ácidos:
- Diminui a concentração de ácido que chega ao bulbo duodenal.
- Estimula a liberação de prostaglandinas endógenas.
Sucralfato:
- Estimula a liberação de protaglandina endógena.
- Ação inibidora sobre algumas enzimas citotóxicas do H.pylori.
- Produz película protetora sobre a base da ulceração.
Sais de bismuto coloidal: Ação bactericida.
- Estimula a liberação de prostaglandina endógena.
COMPLICAÇÕES
Quais as três principais?
Tratamento das complicações?
Hemorragia digestiva alta:
- Acontece em 20% dos casos.
- Mais nas úlceras induzidas por AINES.
Perfuração:
- Acontece em 6% dos casos.
- Tratamento cirúrgico.
Obstrução piloro-duodenal:
- Acontece em 4 % dos casos.
- Suspeitar quando ao quadro clínico se somarem emagrecimento e vômitos copiosos com restos alimentares de alimentação antiga.
- Tratamento endoscópico: Dilatação com balão
- Tratamento cirúrgico.