UERJ - Pediatria Flashcards

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1
Q

Lactente de 18 meses é trazido para atendimento apresentando massa cervical à direita e febre de
38°C há dois dias. A família relata que a criança tem um “tumor no pescoço”, desde que nasceu, mas que
nesses últimos dias notou aumento do local. Ao exame físico, a criança está em bom estado geral e
apresenta massa cervical do lado direito, com presença de hiperemia, de consistência amolecida, cística
e dolorosa à palpação. A massa não se move à deglutição e o restante do exame físico não indica outras
alterações. A principal hipótese diagnóstica é infecção de:

a) cisto tireoglosso

b) higroma cístico

c) hemangioma

d) linfonodo

A

B

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Q

Menina de 9 anos é atendida com dor abdominal e diarreia há três semanas. Refere que a dor
abdominal se dá em cólicas, havendo períodos sem dor, porém a mesma vem aumentando de
intensidade. Sobre as evacuações, relata serem de consistência líquida, por vezes com presença de
sangue vivo. Há seis semanas, apresenta dor em joelho esquerdo e cotovelo direito, com piora pela
manhã ao acordar. Ao exame físico, a criança está em regular estado geral, emagrecida, referindo dor à
palpação profunda de abdômen, sem sinal de irritação peritoneal, apresentando edema de joelho
esquerdo e cotovelo direito, com aumento da temperatura local e limitação à movimentação passiva e
ativa. Os exames complementares mostram anemia leve normocítica, aumento de proteína C reativa no
sangue e aumento de calprotectina nas fezes. A coprocultura é negativa. Nesse caso, o diagnóstico mais
provável é:

a) doença inflamatória intestinal

b) porfiria aguda intermitente

c) artrite idiopática juvenil

d) doença celíaca

A

A

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3
Q

Lactente de 7 meses é trazido para consulta de puericultura por sua avó, que refere que a criança
está bem, com bom desenvolvimento e aceitando os alimentos oferecidos. Ao exame da região da
genitália, notam-se lesões eritematosas confluentes, com presença de pequenas lesões satélites
papulares, algumas pustulosas, estendendo-se para fora da área de contato com a fralda. Nesse caso, o
principal agente causador é:

a) Papiloma Vírus

b) Candida albicans

c) Herpes Vírus tipo 2

d) Trichophyton tonsurans

A

B

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4
Q

Recém-nascido (RN) a termo, no segundo dia de vida, apresenta quadro de cianose. A mãe não fez prénatal e chegou à maternidade em período expulsivo. Ao exame físico, o RN encontra-se com cianose labial e
periférica, tiragem subcostal moderada, FR = 70ipm, FC = 150bpm, SatO2 = 80% e a ausculta cardíaca revela sopro sistólico leve, em borda paraesternal, apagamento de B1 e hiperfonese de B2. O ecocardiograma (ECO) mostrou transposição de grandes vasos, com septo atrioventricular íntegro. Para esse caso, o tratamento medicamentoso urgente é:

a) morfina

b) furosemida

c) propranolol

d) prostaglandina

A

D

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5
Q

Menina de 7 anos é trazida para consulta ambulatorial com queixa de baixa estatura. A mãe refere que a
criança tem desenvolvimento normal, mas que é bem menor que seus colegas de turma da escola. Ao ser
questionada sobre doenças prévias, a mãe relata que a menina foi internada mais de cinco vezes por
infecção urinária, com presença de febre e que o primeiro episódio aconteceu aos três meses de vida. À
época, foi pedida uma ultrassonografia (USG) de vias urinárias, que não conseguiu realizar. Ao exame físico,
a criança apresenta PA = 128 x 86mmHg, FC = 98bpm, FR = 34ipm, sem outras alterações, exceto pela baixa
estatura, classificada como abaixo do alvo genético e do z escore -3 para a idade. O IMC é adequado para a
idade. A mãe trouxe um hemograma que mostra: Hgb = 9g/dL, VCM = 79, RDW = 11. Para a investigação
diagnóstica dessa criança, é essencial solicitar:

a) cinética de ferro

b) cultura de urina

c) função renal

d) mielograma

A

C

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6
Q

Sobre o aleitamento materno, é correto afirmar que:

a) retirar um pouco de leite antes de colocar o bebê no peito pode facilitar a pega, se a mama estiver
muito cheia nos primeiros dias, após a apojadura

b) colocar o bebê no seio materno na primeira hora de vida não é vantajoso, uma vez que este ainda
está muito sonolento

c) se deve evitar colocar o bebê para sugar a mama que estiver apresentando fissura ou mamilos
machucados

d) se deve evitar amamentação na posição deitada, pelo maior risco de otite no bebê

A

A

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7
Q

Lactente de 8 meses chega para primeira consulta na unidade básica de saúde, com história de mielomeningocele ao nascer, corrigida na maternidade. Também necessitou de colocação de derivação
ventriculoperitoneal (DVP), devido à hidrocefalia. Ao exame físico, nota-se a presença de pé torto congênito. Nessa síndrome, outro distúrbio ou malformação comumente presente é:

a) rim policístico

b) arritmia cardíaca

c) bexiga neurogênica

d) defeito de septo AV

A

C

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8
Q

Lactente de 4 meses, sexo masculino, é levado à emergência devido a choro inconsolável, há cerca de
uma hora, e aumento de volume de bolsa escrotal à direita. Ao exame físico, apresenta dor à mobilização e
discreta hiperemia local, além de abaulamento, com transiluminação testicular negativa. A redução digital
do abaulamento é realizada com sucesso, havendo a regressão do choro. Nesse caso, a melhor conduta a
ser tomada é:

a) internação hospitalar; cirurgia de urgência

b) seguimento ambulatorial; sem indicação cirúrgica

c) seguimento ambulatorial; cirurgia eletiva em duas a três semanas

d) internação hospitalar; alta sem indicação cirúrgica, se assintomático

A

C

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9
Q

Menina, com dez dias de vida, é levada à emergência por estar “mais amarela do que o normal”.

Seus responsáveis referem que ela apresenta evacuações com fezes claras e urina escurecida desde o
nascimento, e que as sorologias maternas do pré-natal são negativas. Ao exame físico, apresenta bom
estado geral, está ativa e reativa, com fontanela anterior normotensa, ictérica 4+/4+ (zona V de Krammer), acianótica, hidratada, corada com boa perfusão periférica, fígado palpável, a 5cm do rebordo costal direito, FC = 135bpm, FR = 45irpm e SatO2 = 99%.

A principal hipótese diagnóstica e alteração
esperada na dosagem de bilirrubinas, respectivamente, são:

a) policitemia /predominância de bilirrubina indireta

b) hepatite viral / predominância de bilirrubina direta

c) icterícia fisiológica / predominância de bilirrubina indireta

d) atresia de vias biliares / predominância de bilirrubina direta

A

D

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10
Q

Lactente de 2 meses de vida é trazido ao serviço de cardiologia para realização de ecocardiograma
agendado, para acompanhar um “buraco no coração”, segundo a mãe, que também relata que a avaliação auditiva diagnosticou surdez, através de potencial evocado. Ao exame físico, o lactente está em bom estado geral, à ectoscopia dos olhos é notada provável catarata à direita e o ecocardiograma detecta persistência do canal arterial, de tamanho pequeno, sem repercussão hemodinâmica.

Nesse caso, a principal hipótese diagnóstica é:

a) sífilis congênita

b) herpes neonatal

c) rubéola congênita

d) citomegalovirose congênita

A

C

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11
Q

No RN a termo, com asfixia neonatal, a manobra de reanimação a ser realizada que apresenta maior
efetividade é:

a) infusão de adrenalina pelo cateter umbilical

b) ventilação com pressão positiva

c) intubação orotraqueal

d) massagem cardíaca

A

B

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12
Q

No paciente com quadro de pneumonia bacteriana de repetição, em uma mesma topografia
pulmonar, o exame que mais auxilia a investigação diagnóstica é:

a) tomografia computadorizada de tórax

b) dosagem de imunoglobulinas

c) contagem de células CD

d) broncoscopia pulmonar

A

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13
Q

Menino de 13 anos é trazido pelos pais ao pronto atendimento com quadro de disúria há três dias.

Paciente nega febre e está em uso de cefalexina há dois dias sem melhora dos sintomas. A mãe refere que ele não tem histórico de doenças prévias ou quadros semelhantes.

Ao exame da genitália, há saída de secreção purulenta pela uretra, Tanner G3P3. O EAS mostra piúria e na secreção uretral coletada foi identificado diplococo gram negativo. Nesse momento, o tratamento indicado é:

a) azitromicina

b) ciprofloxacina

c) amoxicilina + clavulanato

d) sulfametoxazol + trimetoprim

A

A

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14
Q

Criança de 6 anos, com diagnóstico recente de leucemia e cateter totalmente implantado para
tratamento quimioterápico, é trazida para atendimento por seu responsável, pois apresentou um pico
febril (38°C) e episódio de diarreia líquida. No relato, refere dor abdominal em cólica e nega uso de antibióticos, nos últimos dois meses. Ao exame físico, a criança está em regular estado geral, afebril, com FC = 120bpm, FR = 28ipm e dor à palpação profunda e superficial de abdômen. O hemograma mostra Hgb de 7,5g/dL, 300 leucócitos, com 10% de neutrófilos, 15 mil plaquetas. A tomografia de abdômen mostrou espessamento importante do ceco. Nesse momento, a principal hipótese diagnóstica e a conduta adequada, respectivamente, são:

a) giardíase / iniciar secnidazol

b) tiflite / iniciar piperacilina com
tazobactam

c) colite pseudomembranosa / iniciar vancomicina

d) diarreia aguda viral / iniciar terapia de reposição hídrica

A

B

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15
Q

Adolescente de 15 anos, sexo feminino, comparece ao ambulatório de pediatria, pois deseja um
“atestado para frequentar academia”. Paciente relata que realiza exercícios físicos há dez meses, correndo cerca de 20km por dia, além de dieta restritiva para emagrecer baseada em sopas e água.

No momento, pesa 39kg e tem 160cm de altura, com IMC de 15,2kg/m2 (abaixo do z escore -3), porém sente-se “inchada” e refere incômodo com suas dobras cutâneas, em quadril e região abdominal. Nesse tipo de distúrbio alimentar apresentado pela paciente, é correto afirmar que:

a) suicídio é uma das principais causas de morte

b) amenorreia e anovulação são alterações irreversíveis

c) taquicardia sinusal é o achado eletrocardiográfico mais comum

d) hipercalemia e alcalose hipoclorêmica são alterações metabólicas comuns em caso de vômitos

A

A

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16
Q

Com relação ao acompanhamento de pacientes com Síndrome de Down, é correto afirmar que:

a) instabilidade atlantoaxial é encontrada na maioria dos pacientes, sendo necessário o rastreio anual
com radiografia da coluna cervical, desde o nascimento

b) o uso de gráficos de estatura específicos é dispensável, uma vez que a estatura final desses indivíduos
costuma ser igual à da população geral

c) hormônios tireoidianos devem ser solicitados anualmente, sendo comum o hipertireoidismo

d) ecocardiograma deve ser realizado devido ao risco aumentado de cardiopatias congênitas

A

D

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17
Q

Menino de 7 anos é levado pelo responsável ao pronto socorro infantil com queixa de febre alta há
cinco dias, associada à diarreia com presença de sangue, sem muco ou pus. Os exames complementares revelam anemia hemolítica grave, plaquetopenia, aumento de ureia e creatinina e isolamento da bactéria Escherichia coli O157:H7, produtora da toxina shiga. Sobre o tratamento indicado para esta doença, é correto afirmar que a:

a) prescrição de antibióticos é contraindicada, pois pode aumentar a liberação de toxina

b) despeito da plaquetopenia, está indicada a prescrição de anticoagulação terapêutica

c) transfusão de hemácias está contraindicada pelo risco de sobrecarga volêmica

d) maioria dos pacientes necessita de suporte dialítico na fase aguda

A

A

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18
Q

Menino de 2 anos e 3 meses comparece ao ambulatório com a avó. Preocupada com o desenvolvimento da criança, a senhora relata que, diferente de seus outros netos, o paciente ainda não fala nenhuma palavra, embora emita sons, escute bem e aponte o que deseja. A avó nega história de
prematuridade, asfixia perinatal ou comorbidades e o menino não apresenta prejuízo no desenvolvimento
motor ou na interação social. Nesse caso, em relação à investigação, o médico deve:

a) orientar a avó sobre o desenvolvimento do menino que será acompanhado sem intervenção imediata

b) solicitar ressonância magnética do crânio e eletroencefalograma para fechar o diagnóstico

c) excluir o diagnóstico de deficiência auditiva, tomando como base o relato da avó

d) encaminhar o menino para avaliação multidisciplinar e terapias de estímulo

A

D

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19
Q

Menino de 6 anos, asmático, é levado à consulta na pediatria geral, após quatro anos sem seguimento ambulatorial, sendo que as últimas medidas na caderneta registram peso, estatura e IMCkg/m2 em escore-z de valor zero. A mãe relata que o paciente ganhou muito peso e cresceu pouco nesse período. Durante o atendimento, nota-se que o paciente apresenta asma não controlada, com diversas exacerbações, erros alimentares graves e sedentarismo. No momento, pesa 50kg (escore-z > +3) e tem 102cm de altura (escore-z entre -2 e -3), com IMC de 48kg/m2 (escore-z > +3). Nesse caso, a
respeito da obesidade, é correto afirmar que:

a) síndromes genéticas estão entre as principais causas

b) baixa velocidade de crescimento dispensa investigação

c) uso abusivo de corticoides por via oral em pacientes asmáticos pode justificar o quadro

d) exames complementares são desnecessários para pesquisa de comorbidades associadas

A

C

20
Q

Adolescente de 13 anos, sexo masculino, comparece com a responsável à consulta ambulatorial com queixa de massa em região cervical esquerda de crescimento lento há três meses. Ao exame, palpa-se
linfonodo único, medindo aproximadamente 3cm x 3,5cm, indolor e sem sinais flogísticos, lesões
cutâneas ou outras linfonodomegalias associadas. Paciente nega perda ponderal, relata febre não aferida
e sudorese noturna no período. O adolescente reside em apartamento, em área urbana, sem contato com
animais ou terra no dia a dia. A hipótese diagnóstica mais provável e o exame complementar indicado
para confirmação, respectivamente, são:

a) leucemia / biópsia de medula óssea

b) linfoma / biópsia excisional de linfonodo

c) tuberculose ganglionar / BAAR do escarro

d) paracoccidioidomicose /punção aspirativa por agulha fina

A

B

21
Q

Pré-escolar de 2 anos, sexo feminino, em acompanhamento com nefrologista devido a refluxo vesicoureteral, é levada à emergência por queda importante no estado geral e febre de 40ºC. Devido ao estado toxêmico, foi internada no CTI para melhor manejo, respondendo bem à expansão volumétrica.

Exames colhidos evidenciaram leucocitose com desvio para a esquerda e EAS com estearase leucocitária positiva, nitrito negativo e piúria maciça. O exame direto da urina identificou coccus Grampositivo.

Nesse caso, a urinocultura provavelmente indicará o crescimento de:

a) Staphylococcus

b) Enterococcus

c) Klebsiella

d) Proteus

A

B

22
Q

Lactente de 6 meses, sexo masculino, apresenta melena em grande quantidade, sendo internado para investigação diagnóstica. Os responsáveis referem que ele apresenta quadro febril há 48 horas,
associado à diarreia. História patológica pregressa de internação em UTI neonatal, tendo usado múltiplos
esquemas antibióticos, nutrição parental e diversos acessos profundos (cateter umbilical, PICC e dissecção venosa); obteve alta após dois meses de internação, em uso de fórmula parcialmente hidrolisada. Ao exame físico, encontra-se eutrófico, ativo e reativo, fontanela anterior normotensa,
anictérico, acianótico, hidratado, hipocorado 2+/4+, com boa perfusão periférica. Discreta distensão
abdominal, sem visceromegalias. Restante do exame sem alterações.

Raio X de abdômen normal,
hemograma com anemia normocítica e normocrômica, além de leucocitose com linfocitose, e ultrassonografia de abdômen com Doppler demonstrando fluxo hepatofugal.

A causa mais provável para a melena é:

a) trombose de veia porta

b) enterocolite necrosante

c) diarreia bacteriana invasiva

d) alergia à proteína do leite de vaca

A

A

23
Q

Segundo dados da OPAS/OMS, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 19 anos. As ferramentas para triagem de suicídio têm sensibilidade e especificidade variáveis, o que torna a prática clínica um desafio, incluindo a decisão de hospitalizar ou não um paciente. Nesse contexto, é indicativo de hospitalização
para adolescentes com ideação suicida, mesmo quando:

a) a intenção tiver ocorrido na infância

b) a intenção for fantasiosa

c) a intenção for implícita

d) não houver intenção

A

C

24
Q

Pré-escolar de 1 ano e 8 meses é levado à emergência devido a tremores e incapacidade de deambular. Os responsáveis referem quadro febril baixo e diarreia semilíquida, sem sangue ou pus, há uma semana. Há 24 horas, iniciou sintomatologia de dismetria e ataxia. Ao exame físico, o paciente encontra-se em regular estado geral, algo irritado, anictérico, acianótico, hidratado, corado, com boa
perfusão. Apresenta rash micropapular principalmente em face e tronco.

Exame neurológico evidencia
dismetria e ataxia, com discreta rigidez nucal. Restante do exame físico normal. Ressonância nuclear magnética de crânio revela discretas alterações em lobos temporais. Punção lombar apresenta moderado número de mononucleares e polimorfonucleares, além de número moderado de eritrócitos, proteína discretamente aumentada e glicose normal.

O diagnóstico mais provável para o caso é:

a) síndrome de Guillain-Barré

b) meningoencefalite herpética

c) meningoencefalite por Haemophilus

d) síndrome miastênica de Lambert-Eaton

A

B

25
Q

Recém-nascido de mãe sem acompanhamento pré-natal apresenta hepatoesplenomegalia, erupções
cutâneas petequiais, icterícia e microcefalia ao nascimento. Encaminhado à UTI neonatal devido à
gravidade, apresenta, aos exames laboratoriais, hiperbilirrubinemia direta, elevação de transaminases
hepáticas e trombocitopenia. A ultrassonografia transfontanela evidencia calcificações periventriculares. A sequela de longo prazo mais comum em relação a essa doença é:

a) cegueira

b) convulsão

c) perda auditiva

d) retardo mental

A

C

26
Q

Asfixia é uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre crianças, especialmente para
aquelas com menos de 2 anos de idade.

Entre os objetos mais comuns com os quais as crianças se engasgam, destacam-se os alimentos, sendo que aquele normalmente contraindicado de ser oferecido, nessa idade, é:

a) morango em pedaços pequenos

b) cenoura em formato de palito

c) ovo cozido em pedaços

d) uva inteira

A

D

27
Q

Lactente de 2 meses iniciou quadro de vômitos esporádicos há quatro dias, sonolência há 24 horas, e não teve febre aferida. A família o levou para atendimento, pois apresentou episódio convulsivo tônicoclônico generalizado, sem sinal de localização, há uma hora. Nascido de parto normal, AIG, sem
complicações, alta com 48h de vida, está em aleitamento materno. A família perdeu o cartão de vacinação. Ao exame físico, o lactente está hipoativo, afebril, corado, hidratado, anictérico e acianótico; FR = 62ipm; FC = 130bpm. Fontanela anterior abaulada. Ausculta cardíaca e respiratória normais, sem
esforço respiratório. Restante do exame físico sem alterações. A punção lombar mostrou 80 leucócitos/mm3, 50% de monócitos e 50% de polimorfonucleares, proteína = 200mg/dL, glicose = 38mg/dL. A radiografia de tórax evidenciou infiltrado bilateral, com padrão miliar. A fim de corroborar o diagnóstico, devem ser pesquisados ativamente na anamnese e no exame físico respectivamente:

a) contato com indivíduo com tuberculose / marca da vacina BCG

b) infecção urinária materna na gravidez / hipotensão arterial

c) sorologia materna positiva para CMV / coriorretinite

d) sífilis gestacional / pênfigo palmo-plantar

A

A

28
Q

Recém-nascido com 9 dias de vida, sexo masculino, apresenta, há 48 horas, seis episódios de vômitos e hipoatividade. A família nega febre. Pré-natal e gestação sem intercorrências. Nascido de parto normal, AIG, alta da maternidade com 3 dias de vida. Está em aleitamento materno. Ao exame físico, encontra-se
pouco ativo, desidratado (++/4), corado, acianótico e anictérico. Ausculta respiratória e cardíaca sem alterações. Abdômen flácido, indolor à palpação, sem visceromegalias.

Genitália aparentemente masculina,
criptorquidia bilateral e hipospádia. A dosagem de eletrólitos evidenciou: Na = 124mEq/L e K = 6,5mEq/L. A principal hipótese diagnóstica e o tratamento indicado nesse momento, respectivamente, são:

a) estenose hipertrófica de piloro / dilatação endoscópica

b) estenose hipertrófica de piloro / tratamento cirúrgico

c) hiperplasia adrenal congênita / metilprenisolona

d) hiperplasia adrenal congênita / hidrocortisona

A

D

29
Q

Lactente de 18 meses, com diagnóstico de doença falciforme, apresenta, ao exame físico, fáscies de dor, regular estado geral, sem febre, edema de quirodáctilos de ambas as mãos, hipocorado, hidratado, ictérico (+/4+) e acianótico. Ausculta cardíaca e respiratória normais. Abdômen flácido, de difícil avaliação quanto à dor devido ao choro, fígado palpável a 2cm do RCD e baço palpável a 1cm do RCE. O
hemograma mostra Hgb = 7g/dL, VCM = 88, 23.000 leucócitos (40% de polimorfonucleares e 60% linfócitos), 4 eritoblastos/100 leucócitos, RDW aumentado e plaquetas = 180.000mm3.

As alterações encontradas no hemograma se devem ao(à):

a) infecção

b) hemólise

c) hiperesplenismo

d) aplasia de medula óssea

A

B

30
Q

Menino de 8 anos é levado para consulta com história de convulsões tônico-clônicas generalizadas
desde os 5 anos de vida. A família refere que é acompanhado por neurologista de forma irregular e faz
uso de fenobarbital há dois anos. Contam, ainda, que antes dos episódios convulsivos, a criança fica
“fora do ar” e que, por diversas vezes, foi testada a glicose periférica nas idas à emergência, sendo evidenciada hipoglicemia. Ao exame físico, o menino interage com o examinador, porém, é perceptível o atraso cognitivo. O restante do exame físico é normal. Após jejum, é realizada glicemia capilar com resultado de 46mg/dL, confirmado pela glicemia central. Hemograma e bioquímica sem demais alterações.

O EAS mostra ausência de corpos cetônicos. A dosagem de insulina no sangue é de 10µU/mL. Pode-se dizer que a hipoglicemia nesse paciente tem como provável causa:

a) cetose diabética

b) infecção pancreática

c) tumor secretor de insulina

d) defeito do metabolismo do glicogênio

A

C

31
Q

Menina de 6 anos é levada para atendimento, pois há cinco dias apresenta fraqueza muscular e
câimbras em membros inferiores, evoluindo para incapacidade de deambular. Nega febre ou diarreia. Ao
exame físico, está pouco comunicativa, apresenta diminuição da força muscular e dos reflexos profundos
em membros inferiores. Sensibilidade dolorosa e tátil normais. Restante do exame físico sem alterações.

A bioquímica do sangue coletada mostrou: Na = 138mEq/L; K = 2,0mEq/L; Cl = 120mEq/L; HCO3 =10mEq/L; ureia e creatinina normais. O EAS evidenciou Ph = 6, traços de proteína, sem piúria ou hematúria. Para corroborar a principal hipótese diagnóstica desse caso, deve-se complementar os
exames com:

a) colonoscopia

b) análise do líquor

c) dosagem de potássio urinário

d) ressonância de coluna vertebral

A

C

32
Q

Sobre as hérnias inguinais e umbilicais na infância, é correto afirmar que hérnia do tipo:

a) inguinal deve ser tratada cirurgicamente

b) inguinal tem menor risco de encarceramento

c) umbilical não se resolve espontaneamente na maioria das vezes

d) umbilical >2cm tem indicação absoluta de abordagem cirúrgica

A

A

33
Q

Menina de 4 anos é levada à consulta ambulatorial de rotina. Responsável nega comorbidades e intercorrências no período interconsultas. Na anamnese dirigida, refere que
a menina não gosta de verduras e legumes e, normalmente, ingere apenas frituras, lanches,
biscoitos recheados e sucos artificiais. Relata que ela não brinca com outras crianças e fica durante todo o dia no tablet, dorme pouco, pois só consegue dormir de madrugada e acorda
quase na hora do almoço. À ectoscopia, apresenta panículo adiposo proeminente, sendo restante do exame físico normal. Pressão arterial tanto sistólica quanto diastólica no percentil 90; escore Z de IMC/idade > +2. A classificação nutricional da menina e conduta inicial adequada frente ao apresentado, respectivamente, são:

a) sobrepeso / prescrever orlistat 120mg/dia VO e reavaliar em três meses

b) obesidade grau I / prescrever orlistat 120mg/dia VO e rastrear comorbidades associadas

c) sobrepeso / recomendar mudança de estilo de vida e alimentação e reavaliar em três meses

d) obesidade grau I / recomendar mudança de estilo de vida e alimentação e rastrear comorbidades associadas

A

D

34
Q

Menino de 1 ano e 10 meses é levado à consulta ambulatorial pelos responsáveis.
Estes se queixam de que ele apresenta comportamento estranho. Os responsáveis relatam que o filho parece não se importar com eles, que seu comportamento é aéreo, não sorri,
nem faz contato visual; quando chamado pelo nome não responde, apesar de parecer ser sensível a sons altos. Segundo eles, o menino não se interessa por outras crianças, nem
demonstra suas vontades, apontando para objetos ou verbalizando seus desejos.

Devido à suspeita de déficit auditivo, foi realizada uma audiometria infantil comportamental, que teve resultado normal. Na avaliação do desenvolvimento, houve atraso nos eixos pessoal-social e linguagem pela escala de Denver-II e escore de 10 pontos pela escala M-CHAT-R/F. Em
relação ao caso, o diagnóstico mais provável e a conduta adequada, respectivamente, são:

a) transtorno de déficit de atenção / iniciar terapia medicamentosa com ritalina

b) transtorno de espectro autista / marcação de consulta com neuropediatra para diagnóstico precoce

c) transtorno de déficit de atenção / acompanhamento regular com pediatra até possibilidade de diagnóstico com 6 anos

d) transtorno de espectro autista / acompanhamento regular com pediatra até possibilidade de diagnóstico com 36 meses

A

B

35
Q

Lactente de 8 meses é levada à emergência com quadro de febre de 39°C há três dias.

Responsáveis relatam que a paciente não apresenta nenhuma comorbidade de base, não fazendo uso de nenhuma medicação, além de conseguir ingerir líquidos sem restrições. A
caderneta de vacinação está completa para idade. Ao exame, apresenta-se em regular estado geral, fontanela anterior normotensa, anictérica, acianótica, hidratada, corada, com boa perfusão periférica. Exame físico sem alterações: FC = 120bpm; FR = 40irpm; temperatura axilar = 39,1⁰C. Frente a esse quadro, a melhor conduta consiste em colher:

a) EAS; se o resultado estiver alterado, internar a paciente, colher urinocultura e iniciar antibióticoparenteral

b) EAS; se o resultado estiver alterado, colher urinocultura e iniciar antibiótico oral em regime ambulatorial

c) EAS e hemograma; se os resultados estiverem alterados, internar a paciente, colher urinocultura, hemocultura e iniciar antibiótico parenteral

d) EAS e hemograma; se os resultados estiverem alterados, colher urinocultura e hemocultura, além de iniciar antibiótico oral em regime ambulatorial

A

B

36
Q

40) Lactente de 1 mês, prematuro extremo de 27 semanas, internado na UTI neonatal desde o nascimento, está em aleitamento materno exclusivo via sonda, com bom crescimento pôndero-estatural e sem histórico clínico de apneias. No momento, faz uso
medicamentoso de polivitamínico oral. Apresenta em exame de rotina: Hb = 9g/dL, VCM = 80, Ht = 29%, reticulócitos = 1,0% (índice reticulocitário = 0,3%). A conduta adequada é:

a) prescrever sulfato ferroso 2 mg/kg/dia

b) reavaliar a série vermelha de quinze em quinze dias

c) administrar eritropoietina recombinante humana 200U/kg/dose

d) transfundir concentrado de hemácias filtrado e irradiado 15mg/kg

A

A

37
Q

Fazem parte do tratamento inicial de primeira linha da dermatite atópica:

a) controle ambiental e hidratantes de pele

b) controle ambiental e corticosteroide tópico

c) antihistamínicos H1 e hidratantes de pele

d) antihistamínicos H1 e corticosteroide sistêmico

A

A

38
Q

Em sua primeira avaliação oftalmológica, lactente com 2 meses de idade cronológica, nascido prematuro extremo de 28 semanas, apresenta retinopatia da prematuridade (ROP) grau III em zona I. A conduta terapêutica adequada é:

a) tratamento intraocular com agonistas de VEGF-1

b) reavaliação do exame oftalmológico em 15 dias

c) reavaliação do exame oftalmológico em 7 dias

d) tratamento com fotocoagulação a laser

A

D

39
Q

Menino de 5 anos com diagnóstico de síndrome nefrótica é levado para atendimento com quadro de dor abdominal intensa, de início há duas horas. Vinha em redução da dose
de corticoterapia. Ao exame físico, está em regular estado geral, com fáscies de dor, abdômen tenso, com dor à palpação superficial e descompressão dolorosa. Ausculta cardíaca e respiratória sem alterações. Há edema bipalpebral e de membros inferiores. O
EAS mostra ausência de piúria ou hematúria. O spot urinário evidencia proteinúria nefrótica.

O agente etiológico mais provável para o quadro é:

a) Streptococcus pneumoniae

b) Staphylococcus aureus

c) Klebsiella pneumoniae

d) Proteus mirabilis

A

A

40
Q

Acerca do tratamento da diabetes mellitus em lactentes, é correto afirmar que:

a) deve ser focado no controle estrito das hiperglicemias

b) após episódios de hiperglicemia, o risco de sequelas é mais alto

c) o risco de hipoglicemia é menor quando opta-se pelo uso de insulina regular

d) o risco de hipoglicemia é menor quando opta-se pelo uso de insulina de ação ultra rápida

A

D

41
Q

Menina de 10 anos, previamente hígida, é levada para atendimento com quadro de movimentos involuntários em membro superior direito há um mês, que desaparecem durante o sono, mas que vêm piorando a intensidade há uma semana. A criança relata problemas para acompanhar tarefas
escolares, pois está com dificuldade para escrever. Na anamnese dirigida, a mãe nega outros sintomas, porém refere quadros recorrentes de amigdalite no início da idade escolar.

Ao exame físico, está em bom estado geral, porém notam-se movimentos rápidos, involuntários e incoordenados, em membro superior direito. À protrusão da língua, são percebidas fasciculações.

Ausculta cardíaca revela ritmo cardíaco regular, FC = 100bpm, sopro sistólico (3+/6+), regurgitativo, principalmente em foco mitral. O restante do exame físico é normal. Sobre as características dos movimentos involuntários apresentados pela menina, o mais provável é que haja:

a) associação com febre

b) melhora durante exercício físico

c) resolução dos sintomas com o
tempo, sem deixar sequelas

d) ausência de resposta ao uso de sedativos ou anticonvulsivantes

A

C

42
Q

Menino de 2 anos apresenta, há três semanas, quadro de febre e aumento do volume abdominal. Ao exame físico, está em regular estado geral, Tax = 38,5°C, FC = 110bpm, FR = 40ipm, ausculta cardíaca e respiratória normais. Abdômen globoso, algo doloroso à palpação, sem sinal de irritação peritoneal, com fígado palpável a 6cm do rebordo costal e baço palpável em fossa ilíaca esquerda. Restante do exame físico sem alterações. O hemograma
revelou Hgb = 8 mg/dL, VCM = 78, leucopenia com neutropenia (< 500células/mm3 ) e
plaquetopenia (50.000/mm3). O exame da medula óssea evidenciou presença de formas amastigotas. A conduta terapêutica medicamentosa adequada para o caso é:

a) corticoterapia, cefepima

b) anfotericina B, vancomicina

c) anfotericina B, piperacilina +
tazobactam

d) corticoterapia, piperacilina + tazobactam

A

C

43
Q

Criança de 2 anos é levada para atendimento com quadro de febre diária há oito dias e irritabilidade. O pai refere aparecimento de alterações em boca, mãos e pés ao longo desse
período. Ao exame físico, a criança está em regular estado geral, irritada, hipocorada, hidratada, apresenta hiperemia conjuntival bilateral, língua em framboesa, edema de mãos e pés e linfonodo cervical palpável à direita (2cm). Ausculta cardíaca e respiratória normais. Abdômen indolor, fígado
palpável a 3cm do rebordo costal direito. Os exames complementares mostram: 20.000 leucócitos
(80% neutrófilos), Hgb = 10g/dL, VCM = 74, plaquetas = 600.000/mm3
, VHS = 60mm, albumina =
2g/dL. A conduta terapêutica adequada e uma possível complicação tardia, respectivamente, são:

a) aciclovir / encefalite

b) amoxicilina / síndrome nefrítica

c) albumina venosa / insuficiência valvar

d) imunoglobulina venosa / aneurisma de artéria coronária

A

D

44
Q

Lactente de 3 meses é trazido para atendimento devido a quadro de “choro rouco” e “barulho ao respirar” há um mês. A família refere que aos 2 meses foi internado e tratado para
laringite, com resposta parcial do quadro. Nega outros sintomas. Está em aleitamento materno exclusivo. O ganho de peso é adequado. Ao exame, lactente em bom estado geral, ativo e
reativo, presença de estridor moderado, auscultas cardíaca e respiratória sem alterações. Sem
esforço respiratório. Restante do exame físico sem alterações. A laringoscopia mostra presença de hemangioma subglótico. A conduta terapêutica, nesse caso, é:

a) expectante

b) remoção cirúrgica

c) corticoterapia por 2 semanas

d) propranolol por 4 a 12 meses

A

D

45
Q
A