UERJ - Clínica Médica Flashcards
Mulher de 57 anos, carga tabágica de 40 maços-ano há 10 anos, sem queixas respiratórias, realiza tomografia computadorizada (TC) de baixa dose, sendo visualizado nódulo de 1,1cm em ápice de pulmão direito, com calcificação central ocupando 60% do nódulo. A melhor conduta, nesse caso, será realizar:
a) tomografia computadorizada de tórax com baixa dose em 12 meses
b) ressonância magnética de tórax em 2 semanas para definir conduta
c) broncoscopia, seguida de biópsia endobrônquica
d) biópsia percutânea de imediato
A
Homem de 39 anos, com histórico de atopia e asma brônquica, apresenta tosse seca associada com broncoespasmo e episódios de dispneia há vários meses. Foi medicado com drogas via inalatória, tendo boa resposta.
Recentemente, as crises têm ocorrido de duas a três vezes por semana.
Algumas vezes, ele acorda durante a madrugada com acesso de tosse e dispneia. O paciente nega febre, emagrecimento e não percebe relação dos sintomas com o ambiente. Nesse caso, a melhor conduta deve ser uso inalatório de:
a) ipatrópio com corticoide
b) formoterol com corticoide
c) formoterol e cromoglicato de sódio
d) salbutamol e ipatrópio, quando tiver manifestações clínicas
B
Mulher de 50 anos, apresenta aferições de pressão arterial (PA) sistólica na faixa de 160 a 170mmHg
e PA diastólica de 80 a 95mmHg. O exame clínico é normal, exceto por B4, como bulha acessória. O
eletrocardiograma (ECG) indica aumento da amplitude da onda R em precordiais esquerdas, índice de
Morris aumentado e padrão do segmento ST tipo “strain”. Além de modificações de estilo de vida e dieta
hipossódica, a melhor conduta será:
a) iniciar anti-hipertensivos como hidralazina com ou sem clonidina
b) iniciar anti-hipertensivos como inibidor da enzima de conversão com ou sem tiazídico
c) aguardar resposta das modificações de estilo de vida, dieta hipossódica e solicitar MAPA
d) aguardar resposta das modificações de estilo de vida, dieta hipossódica e reavaliar em seis meses
B
Homem de 35 anos, com quadro de febre reumática, apresentou piora, com febre diária, queda do estado geral e dispneia, há alguns dias. A suspeita é de endocardite infecciosa com regurgitação aórtica.
A correta descrição do sopro típico dessa lesão orovalvar e os outros achados no exame físico,
respectivamente, serão:
a) sopro diastólico de baixa frequência (rude) em foco aórtico / B2 apagada e pressão de pulso convergente
b) sopro sistólico de baixa frequência (rude) em foco aórtico / B1 apagada e pressão de pulso
convergente
c) sopro sistólico de alta frequência (suave) em foco aórtico acessório / B1 apagada e pressão de pulso alargada
d) sopro diastólico de alta frequência (suave) em foco aórtico acessório / B2 apagada e pressão de pulso alargada
D
Homem de 45 anos, índice de massa corpórea (IMC) de 40kg/m2, histórico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, seguido de infarto agudo do miocárdio, faz uso de enalapril, carvedilol,
atorvastatina e AAS em dose baixa. Por aumento assintomático do ácido úrico, iniciou alopurinol há três dias. O paciente relata que acordou essa noite com febre de 39°C, dor intensa em hálux direito, que se encontra hiperemiado e quente.
Os exames mostram glicemia = 105mg/dL, ureia = 47mg/dL, creatinina =
1,2mg/dL, sódio = 138mEq/L, potássio = 5,8mEq/L e ácido úrico = 10mg/dL. Nesse caso, a conduta mais
adequada será:
a) iniciar colchicina e manter alopurinol
b) aumentar o AAS e manter alopurinol
c) iniciar colchicina e suspender alopurinol
d) aumentar o AAS e suspender alopurinol
C
A menopausa é um fator de risco para a osteoporose, por causar diminuição da densidade óssea.
Sobre a osteoporose pós-menopausa, é correto afirmar que:
a) a perda principal do osso cortical é o achado mais comum
b) esses pacientes apresentam hipocalcemia e aumento da fosfatase alcalina sérica
c) a densitometria óssea deve mostrar um T escore menor de -2,5 e Z escore maior de -1
d) a perda do estrogênio aumenta a formação do RANKL e diminui a osteoprotegerina no osso
D
Homem de 55 anos, hígido, foi internado com história de dor abdominal, prurido e icterícia de algumas semanas de evolução, seu nível de consciência está preservado e apresenta hepatomegalia, sem sinais
de encefalopatia. Etilista de uma lata de cerveja diariamente e tabagista de 20 maços-ano, nega uso de
medicamentos. Os exames mostram paciente em estado geral precário, emagrecido, ictérico +++/4+ com
bilirrubina total = 22mg/dL, bilirrubina direta = 14mg/dL, ALT = 80 UI/L, AST = 40UI/L, albumina = 3,2g/dL,
fosfatase alcalina = 1.500UI/L e INR = 1,6. Nesse caso, a principal hipótese diagnóstica e os exames
complementares que a confirmarão, respectivamente, são:
a) tumor periampular / USG abdominal e TC abdominal com contraste
b) hepatite viral fulminante / marcadores de hepatite viral A, B, C e D
c) colecistite aguda / USG abdominal e TC abdominal com contraste
d) hepatite alcoólica / dosagem de gama-GT e biópsia hepática
A
Mulher de 50 anos, previamente hígida, etilista social e tabagista de 20 maços-ano, apresenta aumento do volume abdominal, com quadro de anasarca, há algumas semanas. Ao exame físico, havia macicez móvel de decúbito, sem visceromegalias. Os exames laboratoriais apresentam hemoglobina = 11g/dL, glicose = 90mg/dL, creatinina = 1,0mg/dL, proteína total = 5g/dL, albumina = 2g/dL, TGO = 25UI/L e TGP =
30UI/L. A paracentese mostra proteína total = 2,3g/dL, albumina =1,3g/dL, citologia =120células/mm3, sendo 70% mononucleares e amilase = 80Ud/mL. A próxima etapa de confirmação de diagnóstico será feita com:
a) adenosina deaminase do líquido ascítico e biópsia do peritônio
b) citologia oncótica do líquido ascítico e TC de abdômen
c) quantificação de proteinúria e biópsia renal
d) USG de veia porta e biópsia hepática
C
Paciente de 60 anos, com estenose aórtica moderada, com dor precordial a grandes esforços, relata
quadro de febre diária, de 38 a 39°C, há 40 dias. O quadro do paciente evolui com aparecimento de
hematúria dismórfica, proteinúria e CH50 baixo. No exame físico, apresenta mácula avermelhada na
palma da mão e fundo de olho com manchas de Roth. Para a definição da complicação dessa
valvulopatia, deve-se realizar:
a) ecocardiograma e duas hemoculturas
b) pesquisa de fator antinuclear e autoanticorpos
c) ecocardiograma, cintigrafia miocárdica e eletrocardiograma
d) pesquisa de fator antinuclear, cintigrafia miocárdica e biópsia renal
A
Homem de 30 anos, hígido, inicia quadro de febre diária, cefaleia, alucinações e mudança de
comportamento, há cinco dias. O quadro evoluiu com crise convulsiva, sendo necessária internação
hospitalar. Ao exame físico, o paciente está sonolento, com confusão mental, discreta rigidez de nuca e
sem outros achados no exame neurológico. A Ressonância Magnética (RM) de crânio mostra áreas de
edema com hipersinal da substância branca e cinzenta, nas sequências ponderadas em T2 e FLAIR em
lobos temporais, mas de forma assimétrica. O exame do liquor apresenta aspecto límpido, água de rocha,
95 células/mm3
, 90% de células mononucleares, glicose = 70mg/dL e proteínas = 85mg/dL. O principal
diagnóstico e a melhor opção de tratamento, respectivamente, são:
a) encefalite por enterovírus / ribavirina
b) encefalite por herpes vírus / aciclovir
c) meningite bacteriana / ceftriaxona e hidrocortisona
d) meningite bacteriana por tuberculose / RIPE e dexametasona
B
Homem de 34 anos, HIV positivo, em uso irregular de terapia antirretroviral, procura a emergência
com quadro de duas semanas de febre, cefaleia, náuseas e vômitos. Ao exame físico, o paciente apresenta sonolência e rigidez de nuca. O resultado da TC de crânio foi normal e a punção liquórica
revelou discreta pleocitose linfocítica e hiperproteinorraquia, com glicorraquia normal. Considerando o diagnóstico mais provável, o exame que deve ser solicitado e o tratamento mais adequado para o paciente, respectivamente, são:
a) pesquisa de BAAR / RIPE
b) PCR para herpes simples / aciclovir
c) bacterioscopia do liquor / ceftriaxona
d) látex para cryptococcus / anfotericina B
D
Mulher de 66 anos, hipertensa, com insuficiência cardíaca e diagnóstico de mielofibrose primária, com necessidade de suporte transfusional semanal, procura o ambulatório de hematologia para transfusão de concentrado de hemácias. Após 30 minutos do início da infusão, a paciente apresenta febre de 38,3°C, dispneia e dessaturação. A radiografia de tórax evidencia infiltrado alveolar bilateral difuso. Não havia icterícia, dor abdominal ou alteração da cor da urina. Nesse caso, a reação
transfusional está associada a:
a) sepse bacteriana
b) lesão pulmonar aguda
c) sobrecarga circulatória
d) reação hemolítica aguda
B
Idoso de 72 anos, tabagista, procura o ambulatório de clínica médica, queixando-se de prurido e alteração da cor dos olhos e da pele. Ao exame físico, apresentava-se ictérico e hipocorado. À palpação de abdômen, evidenciou-se massa indolor de cerca de 5cm em região de hipocôndrio direito de consistência cística, e exames laboratoriais revelaram anemia, hiperbilirrubinemia e elevação de enzimas canaliculares. Nesse caso, o diagnóstico mais provável é:
a) colangiocarcinoma distal
b) câncer de vesícula
c) tumor de Klatskin
d) hepatocarcinoma
A
Mulher de 23 anos apresenta quadro de dor lombar à direita, iniciado há dois dias, de forte intensidade, com irradiação para a vagina, associado a náuseas e vômitos e refratário a analgésicos comuns. Procura a emergência ao apresentar pico febril de 38,8°C. A TC de abdômen sem contraste evidenciou cálculo em ureter distal direito, de cerca de 9mm, com hidronefrose ipsilateral e borramento de gordura perirrenal. Nesse caso, o melhor esquema antibiótico e a conduta definitiva mais adequada para
o caso, respectivamente, são:
a) amoxicilina com clavulanato / realização de litotripsia extracorpórea
b) sulfametoxazol com trimetoprima / prescrição de tansulosina
c) levofloxacina / realização de nefrolitotomia percutânea
d) ceftriaxona / realização de ureterorrenolitotripsia
D
Homem de 63 anos, hipertenso, chega à emergência queixando-se de dor precordial iniciada há cerca de 30 minutos. O paciente relata dor localizada em região retroesternal, em aperto e que irradia para membro superior esquerdo. O exame físico indica pressão arterial de 190 x 100mmHg, em ambos os membros, sem outras alterações relevantes. O ECG realizado na admissão evidencia supradesnivelamento de segmento ST de 3mm, em derivações DII, DIII e AVF. A artéria mais provavelmente acometida e a conduta mais adequada, respectivamente, são:
a) descendente anterior / cineangiocoronariografia
b) descendente anterior / trombólise intravenosa
c) circunflexa / cineangiocoronariografia
d) circunflexa / trombólise intravenosa
C
Mulher de 63 anos procurou a unidade básica de saúde, com queixa de episódios recorrentes de vertigem iniciados há três meses. A paciente relatou que esses episódios eram mais frequentes pela manhã, ao levantar-se, e negou quaisquer outros sintomas associados. Ao exame neurológico,
apresentou nistagmo horizontal bilateral. O teste de Weber não evidenciou lateralização e o teste de Rinne mostrou tempo de condução aérea superior à óssea. Nesse caso, o exame mais indicado para diagnóstico etiológico da vertigem é:
a) manobra de Dix-Hallpike
b) ressonância magnética
c) audiometria
d) otoscopia
A
Jovem de 19 anos apresenta queixa de aumento do volume testicular há cerca de um mês. O exame da região genital revela massa palpável em topografia de testículo direito, indolor. Nesse caso, considerando o diagnóstico mais provável, o marcador tumoral que teria a capacidade de diferenciar
entre os dois principais tipos histológicos é:
a) alfafetoproteína
b) desidrogenase lática
c) gonadotrofina coriônica
d) antígeno carcinoembrionário (CEA)
A
Idoso de 74 anos, hipertenso e tabagista, foi internado para tratamento de pneumonia bacteriana. Ao exame físico, encontrava-se vígil, orientado, hidratado, taquipneico e hemodinamicamente estável.
Exames laboratoriais da admissão evidenciaram creatinina = 1,2mg/dL, sódio = 123meq/L, potássio = 3,8meq/L e ácido úrico = 3,4meq/L e a análise da urina revelou sódio e osmolalidade aumentados. Nesse caso, a etiologia mais provável para a hiponatremia é:
a) polidipsia primária
b) hipovolemia relativa
c) insuficiência adrenal primária
d) síndrome de secreção inapropriada de ADH
D