TUTORIA SP 1.1 Flashcards

1
Q

Os estímulos com processamento coincidente está dividido em duas categorias no sistema sensorial, quais são elas?

A

As duas categorias são Sentidos especiais e sentidos somáticos.

Sentidos especiais: visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio.
Sentidos somáticos: tato, temperatura, dor, coceira (prurido) e propriocepção.

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2
Q

Em qual categoria do sistema sensorial está classificada a nocicepção, ou seja, o sentido da dor?

A

A dor está classificada como sentido somático de acordo com a classificação de estímulos com processamento consciente.

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3
Q

Como se inicia o processo de transmissão da via sensorial para o sistema nervoso central?

A

A via sensorial começa com um estimulo, na forma de energia física, que atua em um receptor sensorial.
O receptor é um transdutor, que converte o estimulo em um sinal intracelular (que normalmente é uma mudança no potencial de membrana).
Se o estimulo produz uma mudança que atinge o limiar, são gerados potencias de ação que são transmitidos de um neurônio sensorial ate o sistema nervoso central (SNC), onde os sinais de entrada são integrados.

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4
Q

Como os receptores convertem os diversos estímulos físicos em sinais elétricos?

A

O primeiro passo é a transdução, a conversão da energia do estímulo em informa- ção que pode ser processada pelo sistema nervoso.
Cada receptor sensorial tem um estimulo adequado, uma forma particular de energia à qual ele é mais responsivo. O estímulo mínimo necessário para ativar um receptor é conhecido como limiar ( a despolarização mínima necessária para disparar um potencial de ação).
O estímulo abre ou fecha canais iônicos na membrana do receptor, direta ou indiretamente (via segundo mensageiro).

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5
Q

Qual a definição de dor?

A
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6
Q

Qual a diferença entre dor e nocicepção?

A
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7
Q

O que são nociceptores?

A

São neurônios com terminações nervosas livres, os quais respondem a vários estímulos nocivos intensos (químico, mecânico ou térmico) que causam ou têm potencial para causar dano tecidual.

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8
Q

Onde os nociceptores são encontrados?

A

Na pele, nas articulações, nos músculos, nos ossos e em vários órgãos internos, mas não no SNC.

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9
Q

Quais são as fibras dos nociceptores que levam o sinais aferentes para o SNC?

A

Os sinais aferentes dos nociceptores são levados ao SNC por dois tipos de fibras sensoriais primárias: fibras A-delta e fibras C.

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10
Q

Qual a diferença entre dor rápida e dor lenta?

A

Dor rápida (aguda e localizada) - é rapidamente transmitida ao SNC por fibras finas mielinizadas do tipo A-delta. É sentida dentro de 0,1 segundo após a aplicação do estimulo doloroso. A dor pontual rápida não é sentida nos tecidos mais profundos do corpo. Os sinais dolorosos pontuais rápidos são desencadeados por estímulos mecânicos ou térmicos.

Dor lenta (surda e mais difusa) - é transmitidas por fibras não mielinizadas do tipo C. É sentida após 1 segundo ou mais, aumentando lentamente durante vários segundos e, algumas vezes, durante minutos. A dor lenta pode levar ao sofrimento prolongado e pode ocorrer na pele e em quase todos os órgãos ou tecidos profundos. O tipo de dor lenta crônica é desencadeado principalmente por estímulos dolorosos do tipo químico, mas, algumas vezes, por estímulos mecânicos ou térmicos persistentes.

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11
Q

Descreva a via da nocicepção:

A

O reflexos nociceptivos iniciam com a ativação de terminações nervosas livres.

Os canais iônicos respondem a estímulos químicos, mecânicos e térmicos dando origem a potenciais graduados, os quais disparam potenciais de ação se o estimulo for suficientemente intenso.

Os agentes químicos que desencadeiam respostas inflamatórias no local da lesão no tecido ativam nociceptores ou os sensibilizam por reduzir seu limiar de ativação. As substâncias químicas locais liberadas em consequência da lesão tecidual in- cluem K, histamina e prostaglandinas, liberadas pelas células lesionadas; serotonina liberada por plaquetas ativadas pelo dano tecidual; e o peptídeo substância P, secretado pelos neurônios sensoriais primários.

Os neurônios sensoriais primários da nocicepção terminam no corno dorsal da medula espinal.

A ativação do nociceptor pode sugerir duas vias: (1) respostas protetoras reflexas, que são integradas na medula espinal (reflexos espinais), e (2) vias ascendentes para o córtex cerebral, responsáveis pela sensação consciente (dor ou prurido).

Os neurônios nociceptivos primários fazem sinapses com interneurônios nas respostas reflexas espinais ou em neurônios secundários que se projetam ao encéfalo.

As respostas nociceptivas integradas na medula espinal iniciam reflexos protetores inconscientes rápidos que, automati- camente, retiram a área estimulada, afastando-a da fonte do estímulo.

Os neurônios sensoriais secundários cruzam a linha média do corpo na medula espinal e ascendem ao tálamo e áreas sensoriais do córtex.

As vias também enviam ramos para o sistema límbico e para o hipotálamo. Como resultado, a dor pode ser acompanhada de manifestação emocio- nal (sofrimento) e várias reações neurovegetativas (autônomas), como náuseas, vômitos e sudorese.

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12
Q

O que é dor inflamatória?

A

A sensibilidade à dor aumentada no local é denominado dor inflamatória.

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13
Q

Defina a dor visceral:

A

A dor visceral é a dor que se origina nos órgãos internos do corpo, como o coração, estômago, intestinos ou fígado. Ela é frequentemente descrita como uma dor surda, profunda e difusa, frequentemente mal localizada e pode ser sentida em áreas distantes do local de estimulo. A dor visceral muitas vezes resulta de distensão, inflamação, isquemia (falta de suprimento sanguíneo) ou contrações anormais dos órgãos internos.

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14
Q

Porque a dor visceral é frequentemente mal localizada e pode ser sentida em áreas distantes do local de estimulo?

A

Isso ocorre porque entradas de dor visceral e somatossensorial convergem para um único trato ascendente. De acordo com esse modelo, quando o estímulo doloroso se origina nos receptores viscerais, o encéfalo não é capaz de distinguir os sinais viscerais dos sinais mais comuns, originados nos receptores somáticos. Consequentemente, a dor é interpretada como prove- niente das regiões somáticas, e não das vísceras.
Ex: a dor da isquemia cardíaca pode ser sentida no pescoço e se irradiar para o ombro e o braço esquerdos.

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15
Q

Cite algumas substâncias que excitam o tipo químico de dor:

A

bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas proteolíticas. Além disso, as prostaglandinas e a substância P aumentam a sensibilidade das terminações nervosas, mas não excitam diretamente essas terminações. As substâncias químicas são, de modo especial, importantes para a estimulação do tipo de dor lenta e persistente que ocorre após lesão tecidual.

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16
Q

Qual é a relação entre a intensidade da dor e a gravidade do dano tecidual?

A

A intensidade da dor também está intimamente relacionada à intensidade do dano tecidual, como calor, infecção bacteriana, isquemia dos tecidos, contusão dos tecidos e outras.

A pessoa comum começa a sentir dor quando a pele é aquecida acima de 45°C. Essa é também a temperatura na qual os tecidos começam a ser lesados pelo calor; na verdade, os tecidos são enfim destruídos se a temperatura permanecer acima desse nível indefinidamente. Portanto, é evidente que a dor secundária ao calor está intimamente relacionada à intensidade em que ocorre o dano aos tecidos e não ao dano total que já ocorreu.

17
Q

Extratos dos tecidos lesionados podem causar dor intensa. Algumas substâncias químicas que excitam os receptores químicos para dor, pode ser encontrada nesses extratos. Qual a relação dessas substancias com a indução da dor?

A

Os pesquisadores sugeriram que a bradicinina poderia ser a principal responsável pela indução da dor após dano tecidual. Além disso, a intensidade da dor se relaciona ao aumento local da concentração do íon potássio ou à elevação da concentração de enzimas proteolíticas, que atacam diretamente as terminações nervosas e estimulam a dor por fazer as membranas nervosas mais permeáveis aos íons.

18
Q

Qual a relação conjunta entre dor rápida e dor lenta?

A

Devido a este sistema duplo de inervação para a dor, o estímulo doloroso
súbito, em geral, causa sensação dolorosa “dupla”: dor pontual rápida que é transmitida para o cérebro pela via de fibras Ad, seguida, em 1 segundo ou mais, por uma dor lenta transmitida pela via das fibras C. A dor pontual avisa a pessoa rapidamente sobre o perigo e, portanto, desempenha papel importante na reação imediata do indivíduo para se afastar do estímulo doloroso. A dor lenta tende a aumentar com o passar do tempo. Essa sensação, por fim, produz dor intolerável e faz com que a pessoa continue tentando aliviar a causa da dor.

19
Q

É importante estruturar a avaliação diagnóstica inicial e o rastreamento dos pacientes com dor torácica aguda em três categorias, quais são elas:

A

(1) isquemia miocárdica;
(2) outras causas cardiopulmonares (doença pericárdica, emergências aórticas e condições pulmonares);
(3) causas não cardiopulmonares.

20
Q

Definir:

1) infarto agudo do miocárdio (IAM)
2) angina estável
3) angina instável

A
  1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM):
    O infarto agudo do miocárdio é uma condição em que há uma obstrução repentina de uma ou mais artérias coronárias, resultando na interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco (miocárdio). Isso leva à morte do tecido cardíaco devido à falta de oxigênio e nutrientes. Os sintomas podem incluir dor no peito intensa, falta de ar, sudorese, náuseas e vômitos.
  2. Angina Estável:
    A angina estável é uma condição caracterizada pela presença de dor no peito causada por uma redução temporária do fluxo sanguíneo para o coração. Geralmente é desencadeada pelo esforço físico ou estresse emocional e aliviada pelo repouso ou pela administração de medicamentos, como nitroglicerina. A dor é geralmente descrita como uma sensação de pressão, aperto ou queimação no peito.
  3. Angina Instável:
    A angina instável é uma forma mais grave de angina caracterizada por sintomas mais intensos, imprevisíveis e frequentemente ocorrendo em repouso. Pode indicar uma situação de risco aumentado de infarto do miocárdio iminente. Diferentemente da angina estável, que geralmente é desencadeada pelo esforço físico e aliviada pelo repouso, a angina instável pode ocorrer sem nenhum esforço físico aparente. A angina instável é geralmente causada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma artéria coronária já estreitada, o que pode levar a um bloqueio total do fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco.
21
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas das principais causas de dor torácica aguda do sistema cardiopulmonar?

A

Cardíaco:
- isquemia miocárdica
- pericardite

Vascular:
- síndrome aórtica aguda
- embolia pulmonar
- hipertensão pulmonar

Pulmonar:
- pneumonia ou pleurite
- pneumotórax espontâneo

22
Q

Defina a isquemia/ lesão miocárdica e a sua causa mais comum:

A

A isquemia miocárdica que causa dor torácica, denominado angina do peito é precipitada por um desequilíbrio entre a necessidade miocárdica de oxigênio e fornecimento miocárdica de oxigênio, resultando em liberação insuficiente de oxigênio para satisfazer as demandas metabólicas cardíacas. O consumo miocárdico de oxigênio pode estar elevado por aumentos na frequência cardíaca, estresse da parede ventricular e contratilidade miocárdica, enquanto o fornecimento miocárdico de oxigênio é determinado pelo fluxo sanguíneo coronariano e pelo teor de oxigênio arterial coronariano. Quando a isquemia miocárdica é grave o suficiente e prolongada (mesmo que apenas 20 minutos), ocorre lesão celular irreversível, resultando em IM. A causa mais comum de cardiopatia isquêmica é uma placa ateromatosa que obstrui uma ou mais artérias coronárias epicárdicas. A cardiopatia isquêmica estável (Cap. 29 3) em geral resulta do estreitamento aterosclerótico gradual das coronárias.
A angina estável caracteriza-se por episódios isquêmicos que costumam ser precipitados por um aumento superposto na demanda de oxigênio durante exercício físico e aliviados com repouso. A cardiopatia isquêmica torna-se instável mais comumente quando uma ruptura ou erosão de uma ou mais lesões ateroscleróticas desencadeia trombose coronariana.

23
Q

Quais as características da dar torácica isquêmica?

A

A dor torácica característica da isquemia miocárdica é descrita tipicamente como contínua, intensa, excruciante, esmagadora ou constritora. Acredita-se que os episódios isquêmicos excitem receptores locais sensíveis a estímulos químicos e mecânicos que, por sua vez, estimulam a liberação de adenosina, bradicinina e outras substâncias que ativam as extremidades sensoriais de fibras simpáticas e vagais aferentes.

24
Q

Defina o que é angina:

A

• A angina do peito (Angina pectoris) é a dor torácica causada pela falta de sangue (isquemia) que acomete o músculo cardíaco.
• A angina geralmente é um sinal de doenças coronarianas oclusivas.
• Angina pode ser estável (mais comum) ou instável (menos comum e mais grave)

25
Q

Defina pericardite e a sua relação com a dor:

A

A inflamação do pericárdio (membrana fina que reveste o coração) devido a causas infecciosas ou não infecciosas pode ser responsável pela dor torácica aguda ou crônica. A superfície visceral e a maioria da superfície parietal do pericárdio são insensíveis à dor. Portanto, acredita-se que a dor da pericardite surja principalmente de inflamação pleural associada e é mais comum com causas infecciosas de pericardite, que costumam envolver a pleura. Por causa dessa associação pleural, a dor da pericardite em geral é pleurítica e exacerbada pela respiração, pela tosse ou por alterações na posição.

26
Q

Defina a dissecção aórtica aguda e a sua relação com a dor:

A

A dissecção aórtica envolve uma laceração na íntima aórtica, resultando em separação da média e criação de um lúmen “falso” separado.
A dissecção aórtica aguda é uma causa menos comum de dor torácica, mas é importante pela história natural trágica de certos casos, quando o diagnóstico é tardio ou o problema não é tratado.

27
Q

Defina a embolia pulmonar e a sua relação com a dor:

A

A embolia pulmonar é uma condição em que um ou mais coágulos sanguíneos (trombos) se deslocam para os pulmões através da corrente sanguínea e bloqueiam uma artéria pulmonar ou um de seus ramos.

Tipicamente de padrão pleurítico, a dor torácica associada à embolia pulmonar pode resultar de (1) envolvimento da superfície pleural do pulmão adjacente ao infarto pulmonar resultante; (2) distensão da artéria pulmonar; ou (3), possivelmente, estresse da parede ventricular direita e/ou isquemia subendocárdica relacionada com hipertensão pulmonar aguda.

28
Q

Definia Pneumotórax e a sua relação com a dor torácica:

A

Pneumotórax é uma condição médica em que há a presença de ar anormalmente acumulado no espaço entre a parede do tórax e os pulmões. Esse acúmulo de ar cria pressão sobre os pulmões, fazendo com que eles se contraiam parcialmente ou até mesmo completamente, o que pode levar a dificuldades respiratórias. O pneumotórax espontâneo primário é uma causa rara de dor torácica.

29
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas das principais causas de dor torácica aguda do sistema não cardiopulmonar (gastrointestinal)?

A
  • refluxo esofágico
  • espasmo esofágico
  • úlcera péptica
  • doença na vesícula biliar
30
Q

Qual a relação de distúrbios gastrointestinais com a dor torácica?

A

Distúrbios esofágicos, em particular, podem simular angina na característica e na localização da dor. O refluxo gastresofágico e os distúrbios da motilidade esofágica são comuns e devem ser considerados no diagnóstico diferencial de dor torácica. O refluxo ácido em geral causa dor em queimação. A dor do espasmo esofágico, em contraste, costuma ser intensa, compressiva, de localização retroesternal. A localização mais comum da úlcera péptica é epigástrica, mas pode irradiar-se para o tórax. Os distúrbios hepatobiliares, incluindo colecistite e cólica biliar, podem simular doenças cardiopulmonares agudas.

31
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas das principais causas de dor torácica aguda do sistema não cardiopulmonar (musculoesqueléticas e outras)?

A

A dor torácica pode ser causada por qualquer distúrbio musculoesquelético que envolva a parede torácica ou seus nervos, o pescoço ou os membros superiores. A dor na distribuição de um dermátomo também pode ser causada por cãibra de músculos intercostais ou por herpes-zóster.

32
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas das principais causas de dor torácica aguda do sistema não cardiopulmonar (Transtornos emocionais e psiquiátricos)?

A

A dor pode ser causada por um transtorno do pânico ou condição relacionada. Os sintomas podem incluir aperto no tórax ou dor associada a uma sensação de ansiedade e dificuldade respiratória. Os sintomas podem ser prolongados ou transitórios.