ANAMNESE Flashcards

1
Q

Quais são os elementos componentes de uma anamnese?

A
  • identificação
  • queixa principal
  • história da doença atual
  • interrogatório sintomatológico
  • antecedentes pessoais fisiológicos
  • antecedentes pessoais patológicos
  • antecedentes familiares
  • hábitos de vida
  • condições socioeconômicas e culturais (história psicossocial)

(Semiologia médica Porto 8ed)

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2
Q

O que consiste a identificação?

A

1) nome (social) - primeiro dado da identificação.

2) idade - cada grupo etário tem a sua própria doença.

3) sexo/gênero - há enfermidades que só ocorrem em determinado sexo.

4) cor/etnia (autodenominação) - há enfermidades que são predominantes em determinada etnia (é preferível o registro da cor da pele como faz o IBGE usando a seguinte nomenclatura - cor branca, cor parda, cor preta.

5) estado civil

6) profissão - em alguns casos existem relações entre o local de trabalho e a doença que acometeu o individuo (inserir o local de trabalho junto) obs: ocupação atual e ocupações anteriores ficam em hábitos de vida.

7) naturalidade - local onde nasceu.

8) procedência (onde mora e viagens recentes) - residência anterior do paciente.

9) residência - residência atual do paciente, deve-se incluir o endereço do paciente.

10) religião - apresenta relevância no quadro da doença.

(Semiologia médica Porto 8ed)

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3
Q

O que consiste a queixa principal?

A
  • nesse item registra-se o motivo da consulta e quando começou ( e localização, caso necessário).
  • a QP deve ser breve e se possível com as palavras do paciente, podendo ser uma anotação entre aspas.
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4
Q

O que consiste a história da doença atual?

A

A história da doença atual (HDA) é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual.

  • deixe que o paciente fale sobre a sua doença.
  • identifique o sintoma-guia.
  • descreva o sintoma-guia com suas características e análise-o minuciosamente.
  • use o sintoma guia como fio condutor da história e estabeleça a relação das outras queixas com ele em ordem cronológica.
  • nao induza repostas.
  • Apure evolução, exames e tratamentos realizados em relação à doença atual.
  • Resuma a história que obteve para o paciente, a fim de que ele possa confirmar ou corrigir algum dado ou acrescentar alguma informação esquecida.
  • a história deve ter inicio, meio e fim.
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5
Q

Em que consiste o esquema para análise de um sintoma? (HMA)

A
  • inicio
  • característica do sintoma
  • fatores de melhora ou piora
  • relação com outras queixas
  • evolução
  • situação atual

(Semiologia médica Porto 8ed)

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6
Q

Qual a sistematização proposta no interrogatório sintomatológico?

A

O interrogatório sintomatológioc (IS) é o momento que o médico ou o estudante faz perguntas sobre todos os sistemas do corpo humano do paicente. Deve-se fazer o levantamento de possíveis diagnósticos que não foram relatados na HMA e que podem ter associação com a queixa principal do enfermo.

Sistematização:

  • Sintomas gerais
  • Pele e fâneros
  • Cabeça e pescoço
  • Tórax
  • Abdome
  • Sistemas urinário e genital
  • Sistema hemolinfopoético
  • Sistema endócrino
  • Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades
  • Músculos
  • Artérias, veias, linfáticos e microcirculação
  • Sistema nervoso
  • Exame psíquico e avaliação das condições emocionais.

OBS3: Antes de iniciar o interrogatório sintomatológico (IS), explique ao paciente que você irá fazer questionamentos sobre todos os sistemas corporais (revisão “da cabeça aos pés”), mesmo não tendo relação com o sistema que o motivou a procurá­lo. Assim, você terá preparado o paciente para a série de perguntas que compõe o IS.

OBS2: Inicie a avaliação de cada sistema corporal com essas perguntas gerais. Exemplos: “Como estão seus olhos e visão?”, “Como anda sua digestão?” ou “Seu intestino funciona regularmente?”. A resposta permitirá que você, se necessário, passe para perguntas mais específicas, e, assim, detalhe a queixa.

OBS3: Não induza respostas com perguntas que afirmem ou neguem o sintoma, como por exemplo: “O senhor está com falta de ar, não é?” ou “O senhor não está com falta de ar, não é mesmo?” Nesse caso, o correto é apenas questionar: “O senhor sente falta de ar?”.

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7
Q

Interrogatório sintomatológico de Sintomas gerais:

A

Febre: Sensação de aumento da temperatura corporal acompanhada ou não de outros sintomas (cefaleia, calafrios, sede).

Astenia: Sensação de fraqueza.

Alterações do peso: Especificar perda ou ganho de peso, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outras condições).

Sudorese: Eliminação abundante de suor. Generalizada ou predominante nas mãos e pés.

Calafrios: Sensação momentânea de frio com ereção de pelos e arrepiamento da pele. Relação com febre.

Cãibras: Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular.

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8
Q

O que pode ser analisado em cada item do interrogatório sintomatológico?

A

1 - Sintomas gerais: como alteração de apetite ou peso, astenia e febre;
2 - Pele e fâneros: alterações de textura, alterção de cor, presença de lesões, prurido, queda de pêlos, alterações nas unhas;
3 - Cabeça: cefaleia e tonturas são as principais queixas desse segmento;
4- Olhos: acuidade visual, diplopia, prurido, hiperemia, fotofobia, xeroftalmia, edema, sensação de corpo estranho;
5- Ouvidos: acuidade auditiva, zumbido, otalgia, otorreia, otorragia, vertigem;
6- Nariz: congestão nasal; secreções, prurido, epistaxes, anosmia, hiposmia, dor em seios paranasais;
7- Boca e garganta: lesões em lábios, mucosa oral ou gengiva; dor de dente; rouquidão, odinofagia, xerostomia, sialorreia;
8- Pescoço: presença de bócio, de nódulos, dor, rigidez;
9- Mamas: nódulos, mastalgia, secreção mamilar, alterações da pele que recobre;
10- Aparelho Respiratório: tosse, escarro, dispneia, trepopneia, hemoptise, sibilos, dor torácica;
11- Aparelho Cardiovascular: dor ou desconforto torácico, palpitações, dispneia, ortopeneia, dispneia paroxística noturna (DPN), edema;
12- Ap. Gastrointestinal: alteração no apepite, eructação, dor abdominal, empachamento, regurgitação, pirose, náuseas, vômitos, hematêmese, disfagia, alteração do ritmo intestinal, questionar sobre as fezes, dor anal, tenesmo, sangramento, flatulências excessiva;
13- Ap. gênitourinário: disúria, polaciúria, poliúria, nictúria, oligúria, enurese, anúria, alterações na coloração da urina, incontinência urinária, hematúria, dor;
14- Sistema osteoarticular: dores musculares, artralgias, dor óssea, rigidez matinal;
15- Sistema nervoso: altações da memória e da marcha, presença de alucinações, perda ou alteração na sensibilidade, presença de movimentos involuntários, convulsões, fraqueza;
16- Extremidades: edema, sinais de flogose, altaeração de temperatura.

Em caso de o paciente apresentar algum sintoma, é importante que este seja caracterizado da melhor forma possível:

Há quanto tempo?
Tem horário preferencial?
Duração
Frequência
Episódios anteriores
Inicio foi súbito ou gradual?
Modo de evolução
Sintomas associados
Fatores desencadeantes, de melhora, de piora.

Vale salientar que dor é um sintoma presente e de grande incômodo. Sendo assim, sua investigação sempre deve questionar em relação ao:

Tipo
Início
Localização
Intensidade
Frequência
Duração
Irradiação
Fatores desencadeantes, de melhora e de piora.

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9
Q

O que inclui os antecedentes pessoais fisiológicos?

A

A avaliação dos antecedentes pessoais fisiológicos inclui os seguintes itens: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural e desenvolvimento sexual.

Gestação e nascimento: Neste item, incluem­-se os seguintes fatores:
- Como decorreu a gravidez
- Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora
- Viroses durante a gestação
- Condições de parto (normal, fórceps, cesariana)
- Estado da criança ao nascer
- Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho etc.)
- Número de irmãos.

Desenvolvimento psicomotor e neural. Este item abrange os seguintes fatores:
- Dentição: informações sobre a primeira e segunda dentições, registrando­se a época em que apareceu o primeiro dente
- Engatinhar e andar: anotar as idades em que essas atividades tiveram início
- Fala: quando começou a pronunciar as primeiras palavras
- Desenvolvimento físico: peso e tamanho ao nascer e posteriores medidas. Averiguar sobre o desenvolvimento comparativamente com os irmãos
- Controle dos esfíncteres
- Aproveitamento escolar.

Desenvolvimento sexual. Este item inclui os seguintes fatores:
- Puberdade: estabelecer época de seu início
- Menarca: estabelecer idade da 1a menstruação
- Sexarca: estabelecer idade da 1a relação sexual
- Ciclo menstrual e regularidade. Data da última menstruação (DUM)
- Menopausa (última menstruação): estabelecer época do seu aparecimento
- Orientação sexual: atualmente, usam­-se siglas como HSM; HSH; HSMH; MSH; MSM; MSHM, em que: H, homem; M, mulher e S, faz sexo com. (Se usa preservativo, se tem outros parceiros).

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10
Q

O que inclui os antecedentes pessoais patológicos?

A

A avaliação dos antecedentes pessoais patológicos compreende os seguintes itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso.

Doenças sofridas pelo paciente: Começando­-se pelas mais comuns na infância (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, doença reumática, amigdalites) e passando às da vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, osteoporose, litíase renal, gota, entre outras). Pode ser que o paciente não saiba informar o diagnóstico, mas consegue se lembrar de determinado sintoma ou sinal que teve importância para ele, como icterícia e febre prolongada. Faz­-se, então, um retrospecto de todos os sistemas, dirigindo ao paciente perguntas relativas às doenças mais frequentes de cada um.

Alergia: Quando se depara com um caso de doença alérgica, essa investigação passa a ter relevância especial, mas, independentemente disso, é possível e útil tomar conhecimento da existência de alergia a alimentos, medicamentos ou outras substâncias. Se o paciente já sofreu de afecções de fundo alérgico (eczema, urticária, asma), esse fato merece registro.

Cirurgias e outras intervenções: Anotam­-se as intervenções cirúrgicas, referindo­se os motivos que a determinaram. Havendo possibilidade, registrar a data, o tipo de cirurgia, o diagnóstico que a justificou e o nome do hospital onde foi realizada.

Traumatismo: É necessário indagar sobre o acidente em si e sobre as consequências deste. Em medicina trabalhista, este item é muito importante por causa das implicações periciais decorrentes dos acidentes de trabalho. A correlação entre um padecimento atual e um traumatismo anterior pode ser sugerida pelo paciente sem muita consistência. Nesses casos, a investigação anamnésica necessita ser detalhada para que o examinador tire uma conclusão própria a respeito da existência ou não da correlação sugerida.

Transfusões sanguíneas: Anotar número de transfusões, quando ocorreu, onde e por quê.

História obstétrica: Anotar número de gestações (G), de partos (P), de abortos (A), de prematuros e de cesarianas (C) [ (G_ P_ A_ C_) ]. Neste item, caso o paciente seja do sexo masculino, indaga­-se o número de filhos, enfatizando­-se a importância da paternidade.

Vacinas: Anotar as vacinas (qual; época da aplicação).

Medicamentos em uso: Anotar nome(s), posologia, motivo, quem prescreveu.

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11
Q

Quais as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde (2017), de acordo com a faixa etária?

A

Crianças: BCG; hepatite B; difteria; tétano; coqueluche; poliomielite; rotavírus; sarampo; rubéola; caxumba; varicela; febre amarela; hepatite A; meningocócica
C; pneumocócica.

Adolescentes: difteria; tétano; hepatite B; febre amarela; HPV

Adultos: hepatite B; febre amarela; difteria; tétano; sarampo; rubéola; caxumba

Pessoas idosas: hepatite B; difteria; tétano; febre amarela; influenza ou gripe; pneumocócica.

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12
Q

O que consiste os antecedentes familiares?

A

Os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos do paciente. Se for casado, inclui­se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade e também o motivo do óbito caso seja necessário

Pergunta­se sistematicamente sobre a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas, doenças psiquiátricas, doenças auto-imunes, doença arterial coronariana (infarto agudo do miocárdio, angina de peito), acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são as doenças com caráter familiar mais comuns.

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13
Q

O que consiste hábitos e estilo de vida na anamnese?

A

Hábitos e estilo de vida
Este item documenta hábitos e estilo de vida do paciente e está desdobrado nos seguintes tópicos: alimentação; ocupação atual e ocupações anteriores; atividades físicas e lazer; hábitos.

ALIMENTAÇÃO:
Devemos questionar principalmente sobre o consumo de alimentos à base de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, bem como de água e outros líquidos. Com a finalidade de facilitar seu trabalho, sugerimos as seguintes expressões, nas quais seriam sintetizadas as conclusões mais frequentes:
■ Alimentação quantitativa e qualitativamente adequada
■ Reduzida ingesta de fibras
■ Insuficiente consumo de proteínas, com alimentação à base de carboidratos
■ Consumo de calorias acima das necessidades
■ Alimentação com alto teor de gorduras
■ Reduzida ingesta de verduras e frutas
■ Insuficiente consumo de proteínas sem aumento compensador da ingestão de carboidratos
■ Baixa ingestão de líquidos
■ Reduzida ingesta de carboidratos
■ Reduzido consumo de gorduras
■ Alimentação puramente vegetariana
■ Alimentação láctea exclusiva.

OCUPAÇÃO ATUAL E OCUPAÇÕES ANTERIORES:
- Na identificação do paciente, deve­-se abordar este aspecto. Naquela ocasião, foi feito o registro puro e simples da profissão; aqui pretendemos ir mais adiante, obtendo informações sobre a natureza do trabalho desempenhado, com que substâncias entra em contato, quais as características do meio ambiente e qual o grau de ajustamento ao trabalho.
- Devemos questionar e obter informações tanto da ocupação atual quanto das ocupações anteriores exercidas pelo paciente.

ATIVIDADES FÍSICAS:
Torna­-se cada dia mais clara a relação entre muitas enfermidades e o tipo de vida levado pela pessoa no que concerne à prática de exercícios físicos. Por exemplo: a ocorrência de lesões degenerativas da coluna vertebral nos trabalhadores braçais e a maior incidência de infarto do miocárdio entre as pessoas sedentárias.

Devemos questionar qual tipo de exercício físico realiza (p. ex., natação, futebol, caminhadas etc.); frequência (p. ex., diariamente, 3 vezes/semana etc.); duração (p. ex., por
30 minutos, por 1 hora); e tempo que pratica (p. ex., há 1 ano, há 3 meses). Uma classificação prática é a que se segue:

■ Pessoas sedentárias
■ Pessoas que exercem atividades físicas moderadas
■ Pessoas que exercem atividades físicas intensas e constantes
■ Pessoas que exercem atividades físicas ocasionais.

HÁBITOS:
Deve­-se investigar sistematicamente o uso de tabaco, bebidas alcoólicas, anabolizantes, anfetaminas e drogas ilícitas.

  • Consumo de tabaco: O consumo de tabaco, droga socialmente aceita, não costuma ser negado pelos pacientes, exceto quando tenha sido proibido de fumar.
    Os efeitos nocivos do tabaco são indiscutíveis: câncer de boca, faringe, laringe, pulmão e bexiga, afecções broncopulmonares (asma, bronquite, enfisema, DPOC e bronquiectasias), afecções cardiovasculares (doença arterial coronariana, hipertensão arterial, tromboembolia), disfunções sexuais masculinas, baixo peso fetal (mãe tabagista), intoxicação do recém­ nascido em aleitamento materno (nutriz tabagista), entre outras.
    registra-se o tipo (cigarro, cachimbo, charuto e cigarro de palha), quantidade, frequência, duração do vício e abstinência (já tentou parar de fumar).
    (Carga tabágica em anos/ maço. Quantidade de carteiras (20 cigarros ) por dia X quantidade de anos anos)
  • Consumo de bebidas alcoólicas: o álcool tem efeitos deletérios graves sobre fígado, cérebro, nervos, pâncreas e coração.
    Não se deve deixar de perguntar sobre o tipo de bebida (cerveja, vinho, licor, vodca, uísque, cachaça, gim, outras) e a quantidade habitualmente ingerida, bem como frequência, duração do vício e abstinência (se já tentou parar de beber). Para reconhecimento dos pacientes que fazem uso abusivo de bebidas alcoólicas, vem sendo difundido o questionário CAGE.

Para facilitar a avaliação do hábito de ingerir bebidas alcoólicas e/ou do grau de dependência do paciente ao consumo deálcool, pode­se fazer uso da seguinte esquematização:
■ Pessoas abstêmias, ou seja, não consomem definitivamente nenhum tipo de bebida alcoólica
■ Consumo ocasional, em quantidades moderadas
■ Consumo ocasional, em grande quantidade, chegando a estado de embriaguez
■ Consumo frequente, em quantidade moderada
■ Consumo diário, em pequena quantidade
■ Consumo diário, em quantidade para determinar embriaguez
■ Consumo diário, em quantidade exagerada, chegando o paciente a estado de embriaguez.

Uso de anabolizantes e anfetaminas (Drogas lícitas sem prescrição): tais substâncias associadas a jovens frequentadores de academias levam à dependência e estão correlacionadas com doenças cardíacas, renais, hepáticas, endócrinas e neurológicas. A utilização de anfetaminas, de maneira indiscriminada, leva à dependência química e, comprovadamente, causa prejuízos à saúde.

Consumo de drogas ilícitas:
As drogas ilícitas incluem maconha, cocaína, heroína, ecstasy, LSD, crack, oxi, chá de cogumelo, VAPE, inalantes (cola de sapateiro, lança­perfume).
Não deixar de questionar sobre tipo de droga, quantidade habitualmente ingerida, frequência, duração do vício e abstinência.

Práticas sexual:
segura? De risco? Número de parceiros

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14
Q

O que consiste Condições socioeconômicas e culturais?

A

As condições socioeconômicas e culturais avaliam a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, bem como condições de moradia e grau de escolaridade.
Este item está desdobrado em:
■ Habitação e higiene
■ Condições socioeconômicas
■ Condições culturais
■ Vida conjugal e relacionamento familiar e pessoal

HABITAÇÃO
Neste item, é importante questionar sobre as condições de moradia: se mora em casa ou apartamento; se a casa é feita de alvenaria ou não; qual a quantidade de cômodos; se conta com saneamento básico (água tratada e rede de esgoto), com coleta regular de lixo; se abriga animais domésticos, entre outros. Indaga­-se também sobre o contato com pessoas ou animais doentes. Se afirmativo, questiona­se sobre onde e quando ocorreu e sobre a duração do contato.

CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS
Os primeiros elementos estão contidos na própria identificação do paciente; outros são coletados no decorrer da anamnese. Se houver necessidade de mais informações, indagar­ sobre renda mensal, situação profissional, dependência econômica de parentes ou instituição.

Todo médico precisa conhecer as possibilidades econômicas de seu paciente, principalmente sua capacidade financeira para comprar medicamentos e realizar exames complementares.
É obrigação do médico compatibilizar sua prescrição às condições financeiras do paciente. A maior parte das doenças crônicas (hipertensão arterial, insuficiência coronária, dislipidemias, diabetes) exige uso contínuo de um ou mais medicamentos. No Brasil, atualmente, há distribuição gratuita de medicamentos para pacientes crônicos e cabe ao médico conhecer a lista desses remédios para prescrevê­los, quando necessário.
Uma das mais frequentes causas de abandono do tratamento é a incapacidade de adquirir remédios ou alimentos especiais.

CONDIÇÕES CULTURAIS
É importante destacar que as condições culturais não se restringem ao grau de escolaridade, mas abrangem religiosidade, tradições, crenças, mitos, medicina
popular, comportamentos e hábitos alimentares. Tais condições devem ser respeitadas em seu contexto.
Quanto à escolaridade, é importante saber se o paciente é analfabeto ou alfabetizado. Vale ressaltar se o paciente completou o ensino fundamental, o ensino médio ou se tem nível superior (graduação e pós­graduação). Tais informações são fundamentais na compreensão do processo saúde­-doença.

VIDA CONJUGAL E RELACIONAMENTO FAMILIAR
Investiga­se o relacionamento entre pais e filhos, entre irmãos e entre cônjuges.
Relações interpessoais. Família, trabalho, vínculos afetivos

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15
Q

Como funciona o questionário CAGE?

A

C – (cut down)– Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim

A – (annoyed) – As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim

G – (guilty) – Se sente culpado (a) pela maneira com que costuma beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim

E – (eye opened) – Costuma beber pela manhã (ao acordar), para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim

Resultado: Se duas ou mais questões foram respondidas afirmativamente, procure um profissional de saúde para conversar sobre seu modo de consumo. Duas respostas positivas identificam 75% dos etilistas com uma especificidade de 95%.

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16
Q

Qual a diferença entre sinal e sintoma?

A

• SINTOMA É AQUILO QUE O PACIENTE FALA. DADOS SUBJETIVOS - ANAMNESE
• SINAL É O QUE O PROFISSIONAL AFERE. DADOS OBJETIVOS - EXAME FÍSICO

17
Q

Como fazer o calculo da carga tabagica?

A

Multiplicar o número de carteiras (maços) pelo número de anos que a pessoa fumou.

  • Um maço (carteira) tem 20 cigarros.
18
Q

Como questionar sobre a dor na anamnese?

A

Cronicidade:
Aguda – Minutos ou horas. Ex: trauma físico.
Crônica – Período maior de tempo. Ex: câncer.

Periodicidade: Com que frequência ou em qual período ocorre
Contínua – Ex: fratura óssea.
Intermitente – Está muito relacionada às vísceras ocas que tenham a capacidade de contração. Ex: cólica biliar, menstrual e nefrítica.
Semestral – Ex: úlcera péptica.

Localização: “Onde sua dor começa?”
Circunscrita – Ex: lesão de pele.
Difusa – Ex: diarréia.

Extensão:
Dor irradiada – Está relacionada com a posição anatômica do nervo. Ex: Dor ciática.
Dor Referida – Não é real no sentido da sua localização. Ex: infarto do miocárdio.

Qualidade: Como o paciente define a dor
Queimação – Ex: úlcera péptica.
Pontada – Ex: pleurite.
Pulsátil – Ex: cefaleia vascular.
Cólica – Ex: cólica ureteral.
Constritiva – Ex: angina de peito.
Surda – Ex: inespecífica.

Intensidade: Quão ruim é a dor
Leve – Ex: tendinite.
Moderada – Ex: faringite.
Intensa – Ex: infarto do miocárdio.
Lancinante – Ex: neuralgia do trigêmio.
OBS: há diversas escalas de dor para intensidade, mas há duas mais usadas, uma é a Faces Pain Scale e a outra é a escala analógica visual de 0 a 10 de intensidade da dor.

Duração: Quanto tempo dura
< 20 minutos – Ex: angina de peito
> 20 minutos – Ex: infarto do miocárdio

Fatores de agravo e piora: o que piora ou melhora a dor

OBS: É importante perguntar: Fatores associados à dor (o que mais a pessoa apresenta quando sente dor); O que a pessoa acha que tem; Como aquela dor já foi tratada e fatores desencadeantes da dor.