Tumores Malignos de Cólon e Reto Flashcards

1
Q

Introdução/Generalidades

A

O quadro pode se apresentar inespecificamente, sendo dor abdominal e alteração de habito intestinal comuns, devendo-se sempre pensar se há outro fator que nos leve à hipótese, como um dado epidemiológico.

Um sintoma que chama atenção e leva a um ALERTA é o sangramento nas fezes, devendo-se caracterizar adequadamente, pensando-se em patologias diferentes para cada faixa etária:

  • jovens levam a pensar em doenças orificiais
  • idosos deve-se descartar CA.

O sangue misturado com as fezes em um indivíduo com mais que 60 anos deve levar a suspeita de CA.

A identificação de perda de peso também chama atenção nesses quadros.

Na HPP, interessa o conhecimento de doenças inflamatórias intestinais (DC e RCUI).

O historico familiar deve ser colhido, mas sabendo que chama atenção quando o CA colo-retal aparece antes do 40 anos, já que os casos em que se nota o quadro em pacientes mais idosos surgiram de forma esporádica por exposição a fatores ambientais.

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2
Q

EPD

A

Existe um aumento na prevalência do câncer colo-retal, esse aumento está associado a 3 fatores: mudanças nos hábitos alimentares na vida moderna, aumento na expectativa de vida e aumento nas possibilidades de realização diagnostica (tecnologia).

Mesmo assim, apenas 53% dos indivíduos com mais de 50 anos são submetidos ao rastreamento para o CA colo-retal.

3o CA mais comum

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3
Q

QC

A

Dentre os sintomas que chamam atenção estão:

- Hematoquezia: caracterizar bem, associando a outras características do paciente

- Anemia: nunca negligenciar, já que pode ser um dado simples que pode levar a uma origem da perda de sangue, podendo estar associado a uma doença maligna, que teria um prognóstico muito melhor se diagnosticado precocemente.

- Constipação/diarreia: avaliar sempre em relação ao habitual do paciente

- Dor abdominal

  • Obstrução intestinal

Na grande maioria das vezes o quadro aparece em > que 60 anos, sendo equivalente entre gêneros, com maior prevalência em reto e sigmoide (> 70 %), mas há 15% em colo direito (importante devido ao fato de que a retossgmoidoscopia não abrange).

Para fechar o diagnostico, é necessário a biópsia.

TU DE COLON ESQUERDO : LUMEN MAIS ESTREITO, LESOES ANULARES FEZES FORMADAS

TU DE COLON DIREITO SANGRAM 4X MAIS. LUMEN AMPLO . FEZES LIQUIDAS

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4
Q

FR (8)

A

- Idade

- Consumo elevado de proteína e gordura animal

- Álcool

- Tabagismo

- Obesidade

- DM

- DII (DC e RCUI)

A história familiar também é fator de risco, depende do grau de parentesco e da idade do parente quando desenvolveu a doença:

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5
Q

FP

A

- Injesta de frutas, fibras

- Uso de cálcio e folato

  • uso de AAS e AINE está relacionado à redução em estudos observacionais, mas em uso prolongado, estando associadfo a outras complicações
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6
Q

ETLG

A

O Ca colorretal é em sua maioria esporádico (75%), mas pode-se apresentar em quadros genéticos.

Dentre os quadros genéticos estão Síndrome de Lynch(Câncer colorretal hereditário não polipode - PROVA), polipose adenomatosa familiar.

OBS: o exame de colonoscopia deve ser feito ate a válvula ileocecal para que esteja completo.

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7
Q

Síndrome de Lynch

A

Síndrome de Lynch: é uma doença autossômica não dominante, abrangendo 5% dos CA colorretal.

Inicio em idade jovem (25 anos), atingindo colon direito com lesões múltiplas.

Diagnostico com sequenciamento de DNA e instabilidade de microssatelite

Melhor prognóstico

CRITÉRIOS DE AMSTERDAM

  • 3 ou mais parentes com diagnóstico histológico confirmado
  • 02 gerações sucessivas afetadas
  • 1 indivíduo afetado é parente de primeiro grau dos outros dois
  • Um caso diagnosticado < 50 anos
  • Excluir PAF
  • Amsterdam II : engloba tumores extra-colônicos: endométrio, pelve renal, intestino delgado, estômago e ovário
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8
Q

Critérios de Amsterdam

A

CRITÉRIOS DE AMSTERDAM

  • 3 ou mais parentes com diagnóstico histológico confirmado
  • 02 gerações sucessivas afetadas
  • 1 indivíduo afetado é parente de primeiro grau dos outros dois
  • Um caso diagnosticado < 50 anos
  • Excluir PAF
  • Amsterdam II : engloba tumores extra-colônicos: endométrio, pelve renal, intestino delgado, estômago e ovário
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9
Q

Polipose Adenomatosa Familiar

A
  • Autossômico dominante
  • Elevada penetrância
  • 20%: ausencia de HFam
  • gene APC (75% dos CACR esporádico)

A polipose familiar se caracteriza por mais de 100 lesões, difusas e distribuidas pelo colon, evoluindo 100% para adenocarcinoma, aparecendo por volta dos 25 anos, dando sintoma aos 33, tendo diagnostico de adenoma aos 36, o de câncer aos 39 e a morte por volta dos 42 anos.

Se há historia de polipose na família, deve-se então rastrear parentes.

Se há pólipo em paciente de 18 anos = colectomia total.

Pode-se fazer proctocolectomia total + bolsa ileal + ileostomia protetora (risco de lesão de neurológica em S1, S2 e S3, impotência sexual, bexiga neurogênica, infertilidade)

Ou colectomia total + ileorretoanastomose (mantém o reto, recidiva pólipo mas da pra retirar no consultório).

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10
Q

DG

A

Para se fechar diagnostico deve-se realizar colonoscopia com biópsia.

Em muitas situações, se a lesão se assemelha demais com uma lesão cancerosa e a biopsia vier negativa, repete-se o exame e a biópsia.

Retossigmoidoscopia e anuscopia são alternativas.

97% das lesões serão adenocarcinomas.

< 3%

—Tumores carcinóides

—Linfomas

—Sarcomas

—Gist

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11
Q

Metástases

A

O principal local de metástase dos tumores intestinais se dá em linfonodos e o primeiro órgão é o fígado (seguido de pulmão, cérebro e osso).

A disseminação se dá por via linfática, sanguínea, continuidade, implante peritoneal e implante intra-luminal.

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12
Q

Seguimento pre e pos-op

A

Para a cirurgia se faz Rx tórax, USG abdome, laboratório (hemograma, enzimas e função hepática, ureia, creatinina, glicemia de jejum, coagulograma), TC de abdome com contraste, CEA (marcador importante).

CEA: marcador que define prognóstico, devendo ser feito sempre que houver cirurgia para tumor de intestino, medindo antes da cirurgia e depois a cada 3 meses por 2 anos (marcador de escolha para acompanhamento de pósop.), normalizando com 4 a 6 semanas de pós-operatório.

Não é usado para diagnóstico.

Também é usado para avaliar resposta a quimioterapia.

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13
Q

Estadiamentos…

A

Agora, deve-se saber que se usa dois tipos de estadiamentos no CA de intestino.

Estadiamento de Dukes e o TNM.

Mandou gravar apenas que quando se passa a ter pelo menos um linfonodo comprometido (N1), muda-se todo o tratamento e prognóstico.

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14
Q

Estadiamento de Dukes

A

A – invasão até a camada muscular

B – invasão além da camada muscular

C – metástases para linfonodos regionais

D - presença de metástases a distancia

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15
Q

Estadiamento TNM

A
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16
Q

TTO

A

Objetiva não perder qualidade de vida (mínima morbimortalidade), diminuindo recidiva e aumentando sobrevida.

Porém, é importante manter a radicalidade oncológica para que a lesão tenha um tratamento adequado (retirar lesão com margem, em monobloco, junto a retirada de linfonodos regionais).

Meio a uma colectomia com intenção de cura de um CA colorretal, deve-se saber que se deve retirar no mínimo 12 linfonodos para uma cirurgia adequada.

Quando não se retira esses 12, deve-se indicar quimioterapia (ocorre muito em cirurgia de urgência).

Existem outros quesitos necessários, mas não é necessário saber no momento.

Para reestabelecer transito intestinal, talvez seja necessário uma colostomia.

De preferência faz-se uma anastomose primária, mas pode ser feito uma ostomia de proteção.

A melhor via de acesso é a laparoscópica (melhor recuperação, menor complicação).

A quimioterapia adjuvante também pode ser usada quando houver 1 gânglio positivo (N1).

Princípios da radicalidade oncológica

—Erradicar a lesão com margem de segurança

—Exérese de estruturas envolvidas em monobloco

—Remover os linfonodos regionais junto com a peça cirúrgica

Princípios da colectomia com intenção curativa

—Inspeção rigorosa da cavidade a procura de tumores sincrônicos , implantes ou metástases a distância

—Colectomia segmentar envolvendo o meso adjacente

  • Margem de 5 cm proximal e distal é adequado
  • Ressecção de segmentos desvascularizados

—Ligadura alta dos vasos, próximo a sua origem

  • Remoção dos linfonodos
  • Mínimo de 12 linfonodos para melhor estadiamento

Quimioterapia Adjuvante (Pós-cirurgia)

—Linfonodo positivo

—Tumores de alto risco

  • Perfuração
  • obstrução
17
Q

Prevenção e Rastreamento

A

Pode-se fazer testes fecais como pesquisa de sangue oculto nas fezes, que deve ser feito em todo paciente que procura o proctologista com mais de 30 anos.

Além disso, o melhor exame para rastreio é a colonoscopia (> 50 anos).

OBS: a colonoscopia virtual não faz biópsia, sendo usada apenas quando a colono padrão não pode ser feita.

—Maioria do tipo esporádico

—Incidência aumenta com a idade

—Sequência adenoma-adenorcacinoma

—10-15% apresentam sintomas

—Melhora da sobrevida no estadiamento precoce

18
Q

CA de Reto

A

Discorrendo um pouco especificamente sobre o CA de reto, para ele, sempre será necessário uma radioterapia neoadjuvante, após uma quimioterapia para sensibilizar o tumor.

A cirurgia é realizada 6-8 semanas após a quimioradioterapia.

A cirurgia é com excisão total do mesorreto, sendo uma cirurgia mais difícil, que pode levar a complicações neurológicas por lesão medular, levando a impotência sexual, incontinência urinaria, bexiga neurogênica, mais a colostomia.

A radioterapia é importante para se tentar uma anastomose (retossigmoidectomia videoassistida com anastomose colorretal primária) e evitar uma amputação de reto (perda do ânus).

QRT neoadjuvante: regressão tumoral e downstaging, associados com maior ressecabilidade e maior preservação de esfíncter.

O procedimento cirúrgico é realizado de 6 a 8 semanas após a QRT, para permitir a recuperação do paciente e a resposta tumoral máxima

19
Q

Exames p estadiamento

A

CEA, TC, Rx tórax

20
Q

Exames pre-op

A

Hemograma, ureia, Cr, coagulograma, enzima e função hepática, PCR …

21
Q
A